16 | Dossier sobre Envelhecimento Ativo
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Envelhecimento activo… (QYHOKHFLPHQWR VDXG£YHO Joana Rodrigues de Sousa Mestre em Ciências do Desporto – Actividade Física na Terceira Idade
O
s benefícios da actividade física nos idosos são, actualmente, bem conhecidos, ao nível da autonomia funcional, constrangimentos sociais, condição de saúde e qualidade de vida. Poderia citar inúmeros artigos científicos que corroboram o valor da actividade física para o bem-estar geral dos idosos, contudo, são as pequenas alterações no quotidiano desta população que fazem a diferença e aumentam exponencialmente os níveis diários de actividade física. De uma forma resumida, os conceitos de actividade física e exercício físico são distintos. Se por um lado a actividade física se refere a todo o movimento corporal que aumenta significativamente o gasto energético, quando nos referimos ao exercício físico temos de ter em atenção um plano de treino, com foco na intensidade, duração e frequência. Seria perfeito que todos os idosos cumprissem as directrizes e recomendações estipuladas em termos de intensidade, duração e frequência de um programa de exercício físico, mas essa não é a realidade. Pese embora já comecem a existir iniciativas e programas de exercício físico para esta população, ainda nos deparamos com um nível de sedentarismo elevado nesta faixa etária. A heterogeneidade desta população, os hábitos, as barreiras sociais e a condição de saúde, fazem com que apenas uma pequena parte desta
população realize exercício físico de forma eficaz para se alcançarem os objectivos do mesmo. Se pensarmos em idosos com autonomia reduzida, com excepção dos institucionalizados, o objectivo principal é aumentar os níveis de actividade física diária, numa tentativa de aumentar a mobilidade articular e diminuir a perda de massa muscular (sarcopenia). Sabemos que estes idosos passam a maior parte do tempo em casa e por esse motivo existem pequenas alterações que podem ser realizadas no sentido de aumentar os níveis de actividade física.
Figura 1
É tão simples e ao alcance de todos… É muito comum vermos esta disposição em casa dos nossos avós e/ou pais (Figuras 2 e 3). Objectos mais pesados a uma altura superior. Se por um lado é difícil alcançar o objecto pretendido, muitas das vezes os idosos recorrem a ajuda externa (netos, filhos, empregada doméstica, entre outros) para os alcançar. Desta forma, a probabilidade de realizarem movimentos acima da cabeça que promovem a lubrificação e movimento articular fica diminuída. Felizmente ainda temos avós que cozinham para os netos e/ou família. Assim sendo, devemos optar por colocar os objectos mais leves e quase obrigatoriamente utilizados no plano supe-
Figura 2
Nota: Texto escrito de acordo com a antiga ortografia