EMRC_10_UL1_Política, ética e religião

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"Em cada nação, os habitantes desenvolvem a dimensão soc ial da sua vida, configurando-se como cidadãos respo nsáveis dentro de um povo e não como massa arrasta da pelas forças dom inantes . Lembremo -nos de que «ser cidadão fi el é uma virtude, e a part icipação na vida polít ica é uma obrigação moral»." Papa Francisco. 2013. EvangemGaudi um, 220.

Tal dever e obrigação mo ra l de participa r exige. também, o compromisso com a educação e a fo rmação no âmbito cívico e político:

"Deve atender-se cuidadosamente à educação cívica e polít ica, hoje tão necessária à pop ulação e sob retudo aos j ovens, para que todos os cidadãos possam participar na vida da comunidade política. Os que são ou podem to rnar-se aptos para exercer a difícil e muito nobre arte da política, preparem-se para ela; e procur em exercê-Ia sem pensar no inte resse pr óprio ou em vant agens materiais. Procedam com inteireza e prudência cont ra a inj ust iça e a opressã o, co nt ra o arbit rário domínio de uma pess oa ou de um part ido, e contra a int olerência. E dediquem- se com since ridade e equidade, mais ainda, com caridade e fortaleza política, ao bem de todos ." Vaticano 11,1965. Gaudium et Spes, 75.

8.1.2. Os partidos e os referendos Este dever de participação. de ordem pessoal, adquire carát er de obr igação coletiva, na med ida em que a part icipação na democracia deve socorrer-se de inst rumentos adequados à estrutu raç ão dessa mesma participaç ão. Ent re esses inst rumentos de participaç ão, adquirem particu lar releváncia os referendos e os partidos políticos, sendo os primeiros uma mani festação da democracia direta, enquanto os segundos são expressão da democracia representativa.

"Os part idos polít icos têm a fu nção de favorecer uma parti cipação difusa e o acesso de todos às responsa bilidades públicas. Os partidos são chamados a interpretar as aspirações da soc iedade civ il orienta ndo-as para o bem comum, ofe recendo aos cidadãos a possibilidade efetiva de concorrer para a formaçã o das opções políticas. Os partidos devem ser democráti cos no seu interior, capazes de síntese polít ica e de formulação de projetes." ConselhoPontifício "Justiça e Paz", 2005. Compêndio da Doutrina Social do Igreja, Cascais, Principia. 413.

"Um outro inst rumento de partic ipação política é o referendo, em que se realiza uma forma direta de acesso às esc olhas políti cas. O instituto da represent ação, de facto, não exclui que os cidadãos possa m ser interp elados diretamente para as escolhas de maior relevo da vida socia l." Conselho Pontifício -Justiça e Pa z", 2005. Compêndio da Doutrina Social da Igreja , Cascais. Principia. 413.

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Politica , Erica e Religi30


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