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Did you know: Maurice John Cheyney By Sophia McManus
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n a time of school closures, few opportunities and widespread fear many see parallels between the Covid-19 pandemic and the Second World War. They look to the past for answers, for hope and for the reminder that everything will pass. One of the few people in São Paulo who were directly involved in the Second World War was John Cheyney. While many were traumatised by the war and never told their stories, John recalls the experience with intoxicating enthusiasm, incredible detail and optimism. Maurice John Cheyney, known as John, was born in London in 1924 and his father died a couple of months later. At the time, fatherless children were treated similar to
orphans and John was taken in by the Reedham school for Fatherless Children. Reedham school was located just south of London in the Surrey Downs, just a couple of miles from the Croydon airport, the UK’s major and only international airport at the time and the Kenley Royal Airforce Station. Reedham school had been damaged in World War I and held a two-minute silence at 11am every day to remember the Armistice at the end of the War, which was signed at 11 o’clock on the 11th of November 1918. Watching planes constantly pass overhead from nearby airports, it is not surprising that John remembers deciding to be a fighter pilot at the age of 10, while walking across the school football field.
John as a child with arms crossed | John, ainda criança, com os braços cruzados
In those days, he would see the large but slow Hengist and Horsa aircraft from Imperial Airways flying in and out of Croydon airport, or he’d go to Kenley RAF where he would marvel at the Gloster Gladiators and Gauntlets.
Você conheceu: Maurice John Cheyney Por Sophia McManus
E
m tempos de escolas fechadas, poucas oportunidades e temor generalizado, muitas pessoas enxergam paralelos entre a pandemia da Covid-19 e a Segunda Guerra Mundial. Elas procuram, no passado, respostas e esperança; ao olhar para trás, querem se assegurar de que tudo vai passar. Uma das poucas pessoas em São Paulo que esteve diretamente envolvida na Segunda Guerra Mundial foi John Cheyney. Muitos ficaram traumatizados por causa do conflito e nunca contaram sua história. John, por outro lado, relembra o que passou com entusiasmo contagiante, detalhes incríveis e otimismo.
Dois meses depois, seu pai faleceu. Naquela época, crianças sem pai eram tratadas como órfãos e, por isso, John foi admitido na Reedham School for Fatherless Children. A instituição ficava ao sul de Londres, em Surrey Downs, a uma curta distância do aeroporto de Croydon, o maior e único aeroporto internacional de Londres na época, e da Base Aérea de Kenley da Força Aérea Real (RAF). A Reedham, que fora danificada durante a Primeira Guerra Mundial, respeitava um minuto de silêncio diariamente para recordar o Armistício no fim do conflito, assinado às onze horas do dia 11 de novembro de 1918.
dos aeroportos na região, John se lembre de ter decidido ser um piloto de caça aos 10 anos de idade, enquanto andava pelo campo de futebol da escola. Esta é uma fotografia de John naquela época, determinado, com os braços cruzados no pátio do colégio, enquanto outras crianças estavam muito mais interessadas no veículo militar.
Maurice John Cheyney, mais conhecido como John, nasceu em Londres, em 1924.
Não é de surpreender que, enquanto olhava aviões cortando os céus sem parar, vindos
John se lembra claramente de quando tinha 15 anos e, certa vez, ele e mais três amigos
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Naqueles dias, ele ficava observando os “Hengist” e “Horsa”, grandes e lentas aeronaves da Imperial Airways, chegando e partindo do aeroporto de Croydon. Ou então, ia para a Base Aérea de Kenley, onde ficava maravilhado com os “Gloster Gladiators” e os “Guantlets”.
British Society São Paulo | Fundação Britanica de Beneficência | Spotlight N° 130