Magazine 60+ #33

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vos padronizados; 2) Ausência de diagnóstico de demência ou CCL; 3) Quadro clínico não melhor explicado por transtornos psiquiátricos, uso de medicação ou doenças orgânicas. A depressão apresenta maior prevalência para as pessoas com 50 anos ou mais, sendo comum relacionar a depressão e a ansiedade como uma causa natural do envelhecimento, o que não é verdade pois em muitos casos precisam de tratamento. Estudos relatam que as pessoas com DCS frequentemente apresentam sintomas depressivos e de ansiedade, havendo o risco de evolução para uma demência ou CCL. Apresentamos algumas ações que podem ajudar a prevenir a evolução do DCS para um quadro demencial: ● Maximizar a função cognitiva por meio de estimulação cognitiva e social; ● Tratar e controlar fatores de risco como doenças cardiovasculares, diabetes, hipertensão, entre outros; ● Manter uma alimentação saudável; ● Praticar exercício físico regularmente; ● Tratar a depressão; ● Cuidar da perda auditiva. Por fim, é aconselhável sempre procurar um médico quando perceber que você ou um familiar começou a apresentar queixas cognitivas, visto que um diagnóstico precoce ajuda a retardar uma possível demência, favorecer a autonomia, evitar acidentes, diminuir o estresse e a ansiedade, inclusive dos familiares.

Foto: lovepik.com

Assina esse artigo Profa. Dra. Thais Bento Lima-Silva Gerontóloga formada pela Universidade de São Paulo. Docente do curso de Graduação em Gerontologia da Escola de Artes, Ciências e Humanidades da Universidade de São Paulo (EACH-USP), Coordenadora do curso de pós-graduação em Gerontologia da Faculdade Paulista de Serviço Social (FAPSS), pesquisadora do Grupo de Neurologia Cognitiva e do Comportamento da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo e diretora científica da Associação Brasileira de Gerontologia (ABG). Membro da diretoria da Associação Brasileira de Alzheimer- Regional São Paulo. É assessora científica e consultora do Método Supera. Referências bibliográficas MERLIN, Silva Stahl. Características de personalidade e alterações cognitivas de idosos no acompanhamento longitudinal. 2021.Tese de Doutorado. Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. São Paulo, 2021. NIEHUES, Janaina Rocha. Associação entre as características percebidas do ambiente construído, declínio cognitivo e limitações físico-funcionais em idosos comunitários. 2021. Dissertação, Universidade Federal de Santa Catarina, Araranguá - SC, 2021. STUDART NETO, Adalberto; NITRINI, Ricardo. Declínio cognitivo subjetivo: a primeira manifestação clínica da doença de Alzheimer. Dementia & Neuropsychologia, v. 10, p. 170-177, 2016.

magazine 60+ #33 - Março/2022 - pág.60


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