bano quando esses animais são mantidos como pets. Os cães e os gatos eliminam o vírus na saliva antes mesmo dos sintomas aparecerem e continua durante toda a evolução da doença, que termina com a morte do animal após cinco a sete dias do início dos sintomas. Já os morcegos podem albergar o vírus por longo período, sem apresentar sintomas. Os sintomas nos animais são dificuldade para engolir, salivação abundante, mudança de comportamento, mudança de hábitos alimentares, paralisia das patas traseiras e, nos cães, há uma mudança do latido habitual, passando a ter um latido parecido com um “uivo rouco”. Nos humanos observa-se inquietação, perturbação do sono, sonhos tenebrosos, alterações na sensibilidade, queimação, formigamento e dor no local da lesão. Evolui para um quadro de alucinações, febre, medo de água (hidrofobia), crises convulsivas, paralisia e morte, se não tratados a tempo. Por isso, no caso de uma pessoa ser agredida por cão, gato, morcego ou outro mamífero, deve-se lavar a ferida imediatamente, com água e sabão, aplicar um antisséptico e ir ao Posto de Saúde mais próximo ou outra unidade da rede do Sistema Único de Saúde (SUS) para atendimento e avaliação médica. A melhor prevenção do ciclo urbano da doença é a vacinação anual de cães e gatos e não deixá-los ter acesso às ruas sozinhos, durante os passeios devem estar sempre acompanhados e usando coleira e guia. Além disso, se algum morcego entrar em casa ou aparecer caído no chão, vivo ou morto, devemos assumir a possibilidade de ser devido à raiva. Portanto, nunca toque no animal com as mãos desprotegidas, nem deixe que os pets mexam nele. Coloque um balde ou uma caixa sobre ele, para não fugir, e ligue imediatamente para o serviço 156, que encaminhará o caso para o Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), ou órgão equivalente local, para as providências necessárias, e avise se alguém ou algum animal teve ou pode ter tido contato com ele. Como existem muitas outras doenças que podem ser transmitidas pelos pets, recomendamos que antes de adotar ou comprar um animal, procure saber sua procedência, leve ao veterinário para uma avaliação e siga todas as orientações de cuidados e de manejo para a espécie em questão. Texto escrito por Vitor Hoffman Macedo com a colaboração de Natacha Teixeira e Evelise Oliveira Telles, membros do Projeto Santuário. Para sugestões ou dúvidas, entre em contato pelo e-mail: papoanimal60mais@ gmail.com. Nos siga nas redes sociais: Instagram: @projetosantuariousp e Facebook: Projeto Santuário - FMVZ USP. Ficaremos muito felizes em ter vocês conosco!
Cartaz - Prevenção no Estado de SP
magazine 60+ #37 - Agosto/2022 - pág.34