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poderia se deslocar em qualquer momento histórico, participando de guerras e indo até a Grécia antiga convivendo com filósofos A figura desse avatar poderá ser criada como cópia de seu criador ou seguindo modelos aleatórios, como artistas ou personagens ilustres do mundo atual ou do passado. A moeda para transações seria o dólar através de bitcoins que poderão ser adquiridos através de operações financeiras ou comerciais. Empresas que já se instalaram nesse mundo virtual estão produzindo artigos variados, como vestuários, joias, e acessórios para atrair principalmente o mundo feminino, com preços que superam muito os preços do mundo real. Além de Zuckerberg outros como o próprio Windows também estão interessados na criação desse mundo virtual. Já há estudos para a implantação de chip para entrar no Metaverso e poder ativar no avatar os sentidos humanos. Porém, segundo neurocientistas é muito difícil fazer sentir exatamente os sentimentos que são submetidos aos nossos cérebros. Como exemplo: segurar um copo de vidro. Nós temos discernimento da força que devemos imprimir ao pegar o copo. Se estiver cheio, seguraremos com mais força, se estiver vazio a pegada será mais suave. Todas essas decisões são comandadas pelo cérebro que recebem os estímulos através do sentido do trato. Então, desenvolver todos os sentidos num avatar seria quase impossível. Enfim o Metaverso poderia em contrapartida promover desvantagens ao seu cérebro quando promoverem pessoas que querem ser o que não são; pessoas que não estão satisfeitos com seus convivas; pessoas que querem fingir ser diferentes; pessoas que querem se mostrar melhores do que são. Estas considerações preocupam os neurocientistas por interferirem diretamente no cérebro dos humanos, que podem causar problemas cognitivos. Concluindo os aspectos negativos desse mundo virtual, podemos aferir que haverá um estímulo ao sedentarismo e a tendencia para um isolamento real da vida. Finalizando, pode se fazer uma analogia ao mito da caverna descrito por Platão, onde várias pessoas viviam na caverna e assistindo apenas os reflexos na parede ocasionados por uma fogueira atrás deles. Tudo que viam e sentiam era fruto das imagens projetadas que confiavam ser a realidade do mundo.
magazine 60+ #37 - Agosto/2022 - pág.58