AMÉRICA
Ameaça de guerra nuclear entre potências não deve ser subestimada, dizem especialistas Com a saída da Rússia e dos EUA do tratado de redução de armas e o desenvolvimento de novas tecnologias bélicas por Irã e Coreia do Norte, aumentam os temores de um conflito atômico
Por Amanda Adachi, Maryane Sales, Nathália Corominas e Talita Alves
A
guerra comercial entre China e EUA, a retirada dos EUA e da Rússia do Tratado de Forças Nucleares de Alcance Intermediário (INF) e a preocupação sobre o fim do Tratado de Redução de Armas Estratégicas têm alarmado a comunidade internacional. Segundo Pavel Luzin, professor universitário sênior na Universidade de Perm, na Rússia, todos os cenários possíveis de confrontos nucleares na atualidade não consideram a guerra nuclear como a Guerra
Fria, mas enfatiza que a ameaça da guerra nuclear existe e que não deve ser subestimada. O consenso entre os especialistas ouvidos pelo Olhares do Mundo é de que não haverá guerra sem um motivo claro ou um acontecimento catalisador relacionado aos militares, o que não ocorreu até o momento. Dinshaw Mistry, especialista em proliferação de armas nucleares da Universidade de Cincinnati, ressalva que o evento catalisador sozinho não é suficiente para resultar em conflito.
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