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7.2 Destreza, Digital. Qual o impacto do digital nos negócios? O que vai acontecer em cada quadrante de adição digital de valor, se comparado com a chegada da eletricidade na indústria, há um século? Como [e quando, quanto] vai mudar a produtividade das pessoas, dos trabalhadores apoiados pelo digital, movidos pelo digital, que encaram o digital ou estão embarcados no digital? E que trabalho e emprego, em que formato e escala, sobreviverão ao impacto do digital, nos negócios? Independente do quadrante de negócios, quem estiver liderando o processo de transformação digital vai tender a dar mais satisfação ao consumidor. Terá a possibilidade -porque fará mais rápido, mais eficiente e mais focado- de criar e evoluir relações mais fortes, que podem levar a mais crescimento e lucratividade e, com mais recursos, a mais capacidade para inovar. Mas aí tem um só se... Só se combinarmos capacidades digitais -as habilidades de usar tecnologias digitais tanto para melhorar a experiência dos usuários quanto o engajamento dos nossos colaboradores- com nossa destreza digital. Destreza digital50, é a habilidade de auto-organização dos colaboradores para entregar novos [tipos ou formas de] valor a partir de tecnologias digitais que, por sua vez, estão organizadas em plataformas que tornam possível unificar todas as experiências comuns dentro e fora do negócio. Isso facilita encontrar pessoas, formar redes, responder às demandas individuais dos consumidores e torna mais fácil detectar mudanças, ou sinais fracos, nas redes ao redor. Organizar a moçada em times, forma autônoma e nativa, sem comando e controle central, muito mais rápida e efetivamente do que nas organizações analógicas, deveria ser uma das consequências diretas da destreza digital. Como se fosse um processo de criação de grupos no WhatsApp. Mas não é. Corporações dependem de plataformas. Antigamente, os mais velhos lembram, podia ser uma sede própria, que passava ao mercado a ideia de que a companhia era duradoura, não desapareceria de uma hora pra outra. Agora, as plataformas são outras; pouco importa a sede... aliás, importa... mas ela passou a ser um conjunto de serviços digitais. Em que universo estamos? Mais de 56% das organizações55 começa a entender que capacidade digital e a habilidade de se auto-organizar no digital devem se articular. A maioria das empresas ainda está na [ou antes da] primeira metade da escadaria da performance digital, que depende de quatro dimensões: mentalidade digital, práticas digitalizadas, talentos empoderados e acesso a dados e ferramentas de colaboração. Tenha sempre em mente que, ao ouvir falar de cadeia de valor, inclusive aqui, você estará ouvindo redes. E tudo é, no mundo em rede, dependente de redes56: da rede, seu poder e força, sobre quem não faz parte dela; do poder
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Organizing for Digital: Why Digital Dexterity Matters, da Capgemini, em bit.ly/2hXzA4P. A Network Theory of Power, Castells, em bit.ly/2gJIF0a.