SOLOS

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A MÃE PRETA TAMBÉM TEM PODER

Nossa história não é só opressão

Puerpério, e agora?

Como recuperar a auto estima após a chegada de um filho

Ilustração

As tirinhas da ’Mãe Solo’, criada pela paulista Thaiz Leão Gouveia

Autocuidado

10 dicas para manter o cabelo crespo saudável

OUTONO 2023 ANO 01 Nº 1

COLABORADORAS

MARIANA KUPFER

Mariana Kupfer é uma atriz, palestrante e apresentadora brasileira. Mariana aos 34 anos decidiu seguir seu sonho e se tornar mãe solo de maneira independente. Ela já escreveu um livro sobre a sua jornada como mãe solo e atualmente apresenta um programa "AMAR – Maternidade e amor", no YouTube.

HELEN RAMOS

Helen Ramos nasceu em Brasília e comanda o canal Hel Mother, desde 2016. Ela é formada em Jornalismo e mãe do Caetano, ela decidiu criar o canal para falar sobre os dilemas da maternidade solo que ela sem toda a romantização criada pela sociedade que conhecemos.

DJAMILA RIBEIRO

Djamila Ribeiro é uma filósofa, feminista negra, escritora e acadêmica brasileira. É pesquisadora e mestra em Filosofia Política, já escreveu livros, é colunista e além de tudo experiência a vida de mãe solo com sua filha Thulane.

SHAI ANDRADE

Shai é crescida na Bahia é fotógrafa, realizadora audiovisual e artista visual. Utiliza a fotografia, colagens, vídeos e performances como ativadores da memória, para documentar e criar a partir das narrativas afetivas afro diaspóricas.

MÃE,

a Solos chegou! Diferente das revistas de maternidade comuns, estamos aqui para te ajudar nessa missão que é o maternar solo. Perante os percalços e todas as dificuldades de ser mãe solo, a nossa revista cria um lugar seguro para todas, porque acima de tudo somos uma rede.Aqui enxergamos você da sua forma humana, mãe e mulher presente. Dessa maneira aqui é possível encontrar tanto o maternar, como cultura, autocuidado e política, em conteúdos pensados especialmente para você mulher e mãe.Venha contribuir com a comunidade Solos, e mostrar a sociedade o protagonismo das extraordinárias mulheres e mães. Ah e não se esqueça, você é a melhor mãe que seu filho, ou filha pode ter!

ESCOLA SUPERIOR DE PROPAGANDA E MARKTING

Graduação em Design

Turma DSG 3A 2023.1

PROJETO INTEGRADO TERCEIRO SEMESTRE

Projeto III: Marise de Chirico

Cor, Percepção e Tendências :Paula Csillag

Ergonomia: Auresnede Stephan e Matheus Passaro

Finanças Aplicadas de Mercado: Alexandre Ripamonti

Marketing Estratégico: Elisabete Furtado Bronholo

Produção Gráfica: Marcos Mello

PROJETO EDITORIAL E GRÁFICO

Fernanda Rós Nosé

Giovanna Denys Fonseca

Giulia Pires da Fonseca

Loretta Aranha Aloia

Maria Victória e Silva Borela

Mariana de Souza Ferreira

Da esquerda para a direita: Giulia Fonseca, Loretta Aranha, Maria Victória Borela, Fernanda Nosé, Mariana de Souza e Giovanna Denys

SOLO
MÃE
NA

SUMÁRIO

54 Matéria de capa 64 Representação de negros 66 Perrengues ilustrados 104 Maternar na adolescência 106 Empreendedorismo 114 Neurociência do parto 118 Mães de primeira viagem 16 Identidade SOLOS 18 Mães artistas 26 Cada mãe uma conquista 70 Sexualidade da mulher 72 Amamentação 80 Amor próprio 94 Comunicação é a chave 96 Se toca! 82 Prêmios Camões 84 100 Dias de governo 92 Infográficos 28 CASACOR SP 30 Hora do rango 32 A obra de Betty Milan 34 Museus do governo 36 Cheirosa 38 Em alta 42 Corada 46 Como cuidar de si CLÍMAX MÃENHÊ B.O BEM-ESTAR REDE BONITA CULTURA MÃENHÊ 70 54 82 94 104 36 28 16

IDENTIDADE

SOLOS

é uma marca que carrega consigo um ideal de pertencimento com seu público-alvo, criando laços e acolhendo, trazendo para a leitora um lugar de conforto e identificação, onde aqui se faz vista e ouvida, mostrando que apesar das dificuldades da maternidade, ela não está sozinha. Por isso desenvolvemos um texto com todas as dúvidas necessárias para fazer parte do universo Solos.

Por que mãe solo e não mãe solteira?

Mãe solteira está ligado ao seu estado civil, devido a sociedade patriarcal o pertencimento de uma mulher na sociedade era ligada ao seu cônjuge e estado civil. Enquanto mãe solo é aquela que é responsável financeiramente (não que seja unicamente responsável) e emocionalmente pela criança, ligado ao maternar. Dessa maneira acreditamos que mudar os termos seja uma forma de se apropriar da sua história.

O que é a ancestralidade para Solos? ( E talvez para você também)

Conhecer a história das mulheres que compõem o nosso círculo familiar é de extrema importância para receber mensagens do passado e futuro a fim de transmiti-las no presente, interpretá-las para entender as nossas próprias histórias atualmente vividas.

A partir do momento que se decide mover a energia criativa para escavar memórias, e reconhecer raízes abre-se um portal de cura, um mergulho no que se é e no que pode se tornar. E o grande objetivo da nossa comunidade é ajudar a fazer essa conexão entre as gerações.

Tem em mente que cada uma delas em estado de presença; as que aqui estão se enfeitaram, se amaram e se reconheceram em plantas de poder e assim decidiram ser representadas.

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O que é rede de apoio?

Um conjunto de pessoas com quem você pode contar quando estiver em apuros, e elas sabem que podem contar com você também, nesse caso podem ser amigos, família, grupos de apoio, funcionários, que te ajudam a criar seu(s) filho(s). A Solos tem como objetivo ser a sua rede de apoio nessa jornada! Estamos aqui para criar uma comunidade de mães, amigos, famílias e editores que buscam por um mundo melhor.

O que a cidade tem a ver com o pertencimento Solos?

A cidade não é a mesma para todos, ela assume diversas formas dependendo de onde e como você mora. Muitos têm o município na palma de sua mão, tem saúde à disposição, serviços à disposição, poder de gasto. Por isso é preciso discutir o direito à cidade, porque nem todos realmente se sentem pertencentes a ela. E sem cidadania e ligação ao seu lugar de origem se perde o pertencimento e identificação, sem reconhecer suas raízes. Assim a Solos tem como objetivo reviver essa ligação entre o passado, presente e até o futuro da ancestralidade, antes esquecida, das mães solo.

A

minha existência reafirma a semelhança com minha mãe e somente com ela, mãe solo-fértil, terreno de afirmações. Meu irmão, filho de um outro pai, muito semelhante ao mesmo, em movimento de negação reafirma mais uma ausência. Mãe solo-fértil, terreno de afirmações.

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MÃES ARTISTAS E SUAS EXPERIÊNCIAS NO MATERNAR

Em pleno século XXI, conjugar a produção artística à opção de ser mãe, transformando essa experiência também em matéria criativa, é um desafio para as mulheres.

QUANDO

estava perto de completar 70 anos, em 2016, Marina Abramovich deu uma entrevista ao jornal alemão Tagesspiegel que causou mal-estar entre algumas mulheres do meio artístico. Na ocasião, a performer afirmou ter realizado três abortos no decorrer da sua vida, explicando sem arrodeio que os fez em nome da carreira: “Tinha a certeza de que (ter filhos) seria um desastre para o meu trabalho. A conversa talvez não gerasse tanto frisson se tivesse ido até aí, mas Abramovich avançou nas suas considerações:

“Na minha opinião, essa é a razão por que as mulheres não têm tanto sucesso como os homens no mundo da arte. Há muitas mulheres talentosas. Por que é que os homens é que ocupam os lugares importantes? É simples. Amor, família e crianças – uma mulher não quer sacrificar tudo isso”. Não é difícil perceber a fragilidade desse posicionamento, inclusive da ideia de sucesso que ele evoca. Marina Abramovich fala em sacrifícios que não são cobrados no mesmo peso aos homens. No caso deles, os “lugares importantes” são conciliáveis com “amor, família e crianças” porque aculturalmente, mais flexível e generoso. Muitos, aliás, abdicam da prole que colocam no mundo sem que haja grande ônus à sua imagem. Talvez por falta de espaço para desenvolver seu argumento, a artista aborda “a razão por que as mulheres não têm tanto sucesso como os homens no mundo da arte” com uma dose de simplismo, ao mesmo tempo que alça a mulher sem marido nem filhos a uma posição heroica.

Abramovich recebeu muitas respostas às suas declarações. Um dos contrapontos de maior repercussão foi a reportagem You can be a mother and still be a successful artist, publicada no Artsy, que reuniu depoimentos de artistas como a fotógrafa Laurie Simmons, a pintora Nikki Maloof e a escultora Diana Al-Hadid. A reação coletiva evidenciava que uma ferida havia sido cutucada. Várias respostas de mães artistas, naquele momento, também sublinhavam certa dose de heroísmo em suas próprias trajetórias. Sabemos, afinal, que a mulher, com ou sem filhos, ainda é cobrada – descarada ou sutilmente – a dar explicações de porque se arvora a ter vida pública. Sinto meus dedos correrem na superfície de um assunto que requer delicadeza. Eu sonhava em ter filhos aos montes e hoje, aos 28, penso como nunca nas implicações sobre

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Mônica de Aquino dedicou o livro à sua filha Manuela

meu árduo trabalho. O dilema que envolve maternidade, vida profissional e vida criativa não é obrigatório, mas tampouco é leviano quando ele existe. No ensaio Contra os filhos, a escritora Lina Meruane, em meio ao seu ataque à cultura da maternidade compulsória, descreve com pragmatismo a dificuldade de conciliar a rotina materna à rotina artística. Para ela, que escolheu não ser mãe, enquanto as “criadoras-sem-filhos” exercem, de forma simultânea ou alternada, o trabalho assalariado e o trabalho criativo (usualmente mal remunerado), as “criadoras-com-filhos” assumem uma terceira atividade ainda mais demandante. “Se para a criadora-sem-filhos ter dois trabalhos é pesado e interfere na sua obra, para a outra, com filhos, as horas do dia se mostram insuficientes porque, ao horário assalariado, é preciso acrescentar a implacável rotina materna e então: de onde tirar o espaço temporal e mental para o ofício criativo?” Dito isso, antecipo a questão central desta reportagem: o impacto da maternidade nos processos criativos. Dediquei estes parágrafos iniciais a uma aproximação arredia do meu assunto, por meio de referências a não mães, que precisam estar sempre justificando para o mundo os seus não filhos. A partir daqui, é com as escritoras mães que começo a conversar.

Literatura e maternidade

O tema da maternidade ganhou nova evidência no meio literário recentemente. Enquanto observamos um debate mais amplo, sobretudo nas redes sociais, sobre maternagem, gestação, parto, violência obstétrica, puerpério, amamentação, rede de apoio, paternidade e criação dos filhos – uma articulação, política inclusive, que vejo com bem mais entusiasmo que a ensaísta Lina Meruane –, algumas escritoras contemporâneas de destaque se tornaram mães e escreveram textos que constelavam essa experiência. Marília Garcia publicou o poema Nave mãe na revista Piauí (set/19, edição 156), uma mixagem de vozes que reagem ou dão palpites diante da gravidez alheia. Maria Carolina Fenati, em A infância prometida desde a anunciação até a chegada ao mundo da filha, que pode ser conferido na terceira edição da revista Gratuita. Mônica de Aquino lançou “Continuar a nascer “, livro desenvolvido enquanto gastava seu bebê, a partir das impressões do corpo.

Tinha a certeza de que ter filhos seria um desastre para meu trabalho

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Marina Abramovich

Quando me propus a escrever esta reportagem, o recorte dizia respeito às poetas contemporâneas, afinal, além das citadas, também Alice Sant’Anna, Ana Estaregui e Mariana Basílio haviam se tornado mães. Junto a isso, o debate sobre o apagamento da experiência da maternidade na tradição da poesia brasileira já estava semeado, assim como a especulação de uma possível relação com a vida sem filhos de muitas das nossas grandes poetas, como Hilda Hilst, Ana Cristina Cesar e Orides Fontela.

No início da apuração, porém, dei-me conta de que estava menos interessada em teorizar e mais em conversar sobre o processo criativo dessas escritoras com filhos, sobre os abalos e metamorfoses da maternidade na trajetória de uma artista. Nesse caso, como não conversar com Micheliny Verunschk e Laura Erber, mulheres cuja caminhada da produção criativa na companhia dos filhos já tem alguns anos? Como não buscar Julya Vasconcelos e Jhenifer Silva, mulheres cujo trabalho teórico e artístico com as letras precisou se ajustar a um compasso imprevisível? Ou, ainda, como não procurar Carolina Fenati, que desenvolve uma oficina intitulada Escrita e maternidade?

A experiência do maternar

O livro mais recente de Mônica de Aquino, o já citado continuar a nascer, dedicado à sua filha Manuela, tem como eixo a própria experiência da maternidade. Ao contrário de suas publicações anteriores, nas quais o corte e a elipse se fazem mais presentes no poema, neste trabalho a poeta se propôs a algo mais fluido: “quis mesclar dados médicos e orgânicos, elementos mais secos e diretos, com uma escrita que transmitisse algo do fluxo de sentimentos e sensações da gravidez, do parto, da chegada da minha filha”, explica. No seu caso, o modo como essa experiência reverberou e conduziu ao novo projeto foi quase imediato.

Por isso, desde o início da gravidez, já senti o reflexo desta nova vivência na escrita, com todas as mudanças intensas na sensação corporal, com a virada radical na percepção de nós mesmos a partir da gestação de outra vida que cresce lenta, que vira a prioridade também do nosso corpo, que compartilha o sangue.

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Alice Sant’Anna acredita que a maternidade renova o olhar. Foto por Alexandre Sant’Anna

O vislumbre desse trabalho veio na ocasião de um sangramento. Com medo pela possibilidade de perder o bebê, Mônica foi encaminhada ao seu primeiro ultrassom, situação em que ouviu o coração do embrião batendo em alta velocidade. “Ainda havia poucas semanas de gestação, Manuela era um ponto na tela, mas já dava para ouvir seu coração que batia rápido, com uma velocidade que era mais ou menos o dobro da de um coração adulto. Comecei a lidar com esses dados médicos, que me impressionaram muito, junto com toda a transformação do corpo, tantas vezes violenta. Escrevi os primeiros dois poemas ainda sob o impacto dessa emoção e percebi que uma série nascia ali”, relembra Mônica. Desde que fui mãe, tudo está noutro lugar, e para onde olho encontro questões que a maternidade trouxe para o meu trabalho. Continuar a nascer percorre ainda a descoberta de uma pré-eclâmpsia grave e o nascimento prematuro. No entanto, na opinião da escritora, a consequência artística dessas experiências não recai apenas sobre o livro lançado. A poeta Ana Estaregui, autora do livro Coração de boi, também nota a presença da maternidade naquilo que tem criado desde que Flora entrou em sua vida, mas é uma inclusão mais sutil, sem uma intenção programática. Gestar e parir um filho é ser literalmente atravessada por um outro corpo e por todos os impactos que esse novo corpo traz: uma transformação existencial profunda, uma mudança de perspectiva no modo de olhar as coisas, um amor louco que nos expõe às nossas imperfeições e aos nossos medos, uma doação sem fim. Essa força que se impõe também é percebida pela escritora e pesquisadora Carolina Fenati, que esperava um grande desafio da maternidade quando colocava em perspectiva a relação com sua própria mãe. “Quando era pequena, imaginava que teria filhos e me lembro de sentir vínculos com as minhas bonecas, com meus cães e peixes. Cuidava deles, e sabia que eles também cuidavam de mim, e isto era muito decisivo no meu cotidiano.

A relação com minha mãe na infância não foi simples, e hoje em dia somos amigas porque, a partir de um certo momento da adolescência, decidimos mutuamente nos empenhar. Talvez por isso eu sempre tenha imaginado que ser mãe seria das minhas aventuras pessoais mais radicais

quero dizer que ser filha definitivamente me exigiu e exige muito.

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O meu projeto artístico e intelectual vive junto com essas movimentações internas, e por isso sempre pensei que, sim, a maternidade afetaria tudo o que eu continuasse a fazer. A experiência é a única autoridade, dizia Bataille, e sinto que é isso”, reflete. Porém, o modo como essa experiência entra em diálogo com a obra, a partir desse reposicionamento da subjetividade que parece contagiar a tudo, tem um aspecto imprevisível, imponderável.

“O Agamben, escreveu que a revolução é um deslocamento mínimo de todas as coisas. Desde que fui mãe, tudo está noutro lugar, e para onde olho encontro questões que a maternidade trouxe para o meu trabalho. Por exemplo, o futuro: nestes tempos em que o presente está asfixiante, em que o tempo e o espaço são quase experiências claustrofóbicas, ter estado grávida e ser mãe me fazem ter um comprometimento com o futuro enquanto espectro de possíveis, me faz querer olhar no olho do impossível, e isto não como uma posição intelectualmente conquistada, mas, sim, cotidianamente vivida, espraiada nos meus gestos mais repetitivos de cuidado e atenção”, avalia Carolina Fenati, que também é uma das editoras da Chão da Feira.

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A poeta Ana Estaregui, autora do livro Coração de boi, com Flora
“ .
Eu sempre imaginei que ser mãe seria uma das aventuras mais radicais
Ana Estaregui
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CADA MÃE COM UMA CONQUISTA

Registramos cada nova fase da evolução de nossos filhos e esquecemos de nossas próprias vitórias

Toda mãe tem um álbum cheio de fotografias —no celular ou físico— de seu rebento. Cada marco no desenvolvimento de um filho é um registro no álbum da mãe. Cada sorriso, passo ou dente que cai é celebrado.

Primeiros dias de aula, formaturas e aniversários, todos ficam devidamente documentados como mais uma vitória de nossas crias.Registramos sem parar as conquistas vivenciadas por eles e deixamos de lado as nossas, que podem não passar desapercebidas, mas seguem adiante sem muitas comemorações. Na maternidade, os caminhos que escolhemos estão sempre ligados aos nossos filhos - FotoliaTalvez seja a falta de tempo trazida pela dedicação materna a responsável por nos fazer esquecer que, a cada dia, estamos transpondo nossas próprias barreiras na criação de novos seres humanos.

Sejam elas barreiras físicas ou psicológicas. Sejam grandes marcos sociais ou algo corriqueiro, mas que jamais seria feito se não fosse por um filho.Há poucos dias, uma amiga publicou um texto em uma de suas redes sociais contando como reaprendeu a dirigir depois da maternidade. Embora tivesse CNH (Carteira Nacional de Habilitação), dirigir era uma prática que não fazia parte de seu dia a dia. Até, com o barrigão, deu-se conta de que seria prudente dirigir caso houvesse alguma emergência com o bebê que estava para nascer.

Retomou as aulas de direção e, agora, oito meses depois do nascimento de seu filho, perdeu o medo e deu seu primeiro passeio só ela e a criança, em uma conquista que me lembrou

de tantas outras vividas por mães que conheço, e até por mim mesma.Um amiga grávida se deu conta que precisava dirigir para atender o bebê em alguma emergência; venceu o medo e, hoje, passei com seu filho por aí - Fotolia Lembro-me de outra amiga que venceu o medo de ir até a feira e ao supermercado sozinha com duas crianças pequenas. Não eram mais bebês, mas, para ela, estavam em uma idade que seria impossível controlar sem o auxílio do pai.Venceu este medo e passou a sair com as crianças por aí. Fui contemplada com uma das primeiras visitas dessa nova mãe, que depois de ir à feira e ao supermercado, resolveu passear com suas crianças.

Eu também tive meus marcos ao volante. Sou filha de motorista e sempre encarei o carro sem medo, mas confesso que pegar a estrada com minha bebê e percorrer 300 km para ver minha família, com 20 e poucos anos, foi desafiador. Luiza, minha primogênita, tinha poucos meses e mamava somente no peito. Viagem com criança já perrengue. Nestas circunstâncias, me assustava. Mas eu fui e fiz. Fiz por mim e por ela.

Dirigir um carro significa. Traz um simbolismo que nos coloca como as responsáveis pelo rumo de nossas vidas. A diferença é que, quando se é mãe, o caminho que escolhemos trilhar está ligado à maternidade. É pelo filho, com o filho, para o filhoCada mãe uma conquista, cada bebê, um amor. Cada vitória, um novo caminho que se abre. Celebremos.

Toda mãe tem um álbum cheio de fotografias —no celular ou físico— de seu rebento.

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POR SÔNIA GRANDA
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CASACOR SP 2023:

ESTER CARRO REVELA ARTE EXCLUSIVA

Para seu ambiente na CASACOR São Paulo 2023, a arquiteta e ativista revela obra de arte criada exclusivamente para seu ambiente

Ester Carro, arquiteta e ativista, estreia este ano na CASACOR São Paulo e promete um ambiente repleto de referências de sua história. “Para criar meu ambiente na CASACOR irei trazer um pouco da cultura indígena, que também faz parte da minha ancestralidade”, conta a Para começar, Ester Carro convidou o artista indígena Waxamani Mehinako para criar um painel exclusivo que será instalado em um lugar especial do ambiente

“Os primeiros testes já foram concluidos pelas mãos do incrível Waxamani Mehinako realizada pelo Tomas Alvim e só posso dizer que estou muito feliz e emocionada por dar voz a quem luta por vida, por nossas florestas“, afirma a arquiteta, que esta semana postou em suas redes um preview do que está por vir.

O projeto, realizado em parceria com Claudia Moreira Salles, Estúdio Buriti e Tintas Coral terá ainda muitas surpresas dessa profissional que fez de sua trajetória um processo constante de melhoria da da vida das pessoas em sua comunidade, o Jardim Colombo, em Paraisópolis, São Paulo.

É também pesquisadora no Insper e presidente do Fazendinhando, movimento de regeneração territorial, cultural e social no Jardim Colombo. Seu projeto foi transformar um lixão em parque. Ester Carro convidou o artista indígena Waxamani Mehinako para criar um painel exclusivo que será instalado em um lugar especial do ambiente.

Aos 26 anos, Ester Carro além de arquiteta, ativista e urbanista social, é também pesquisadora no Insper e presidente do Fazendinhando, movimento de regeneração territorial, cultura

28 CULTURA
Os testes já foram concluidos pelas mãos do incrível  Waxamani

assim como social no Jardim Colombo. Seu primeiro projeto foi transformar um lixão em parque. Ester Carro convidou o artista indígena Waxamani Mehinako para criar um painel exclusivo que será instalado em um lugar especial do ambiente

O projeto, realizado em parceria com Claudia Moreira Salles, Estúdio Buriti e Tintas Coral terá ainda muitas surpresas dessa profissional que fez de sua trajetória um processo constante de melhoria da da vida das pessoas em sua comunidade, o Jardim Colombo, em Paraisópolis, São Paulo. “Vamos lutar juntos pela vida, por uma sociedade menos desigual; conto com o apoio de todos”.

“Os primeiros testes já foram concluidos pelas mãos do incrível Waxamani Mehinako realizada pelo Tomas Alvim e só posso dizer que estou muito feliz e emocionada por dar voz a quem luta por vida, por nossas florestas“, afirma a arquiteta, que esta semana postou em suas redes um preview do que está por vir.

Ester Carro, arquiteta e ativista, estreia este ano na CASACOR São Paulo e promete um ambiente repleto de referências de sua história. “Para criar meu ambiente na CASACOR irei trazer um pouco da cultura indígena, que também faz parte da minha ancestralidade”, conta a Para começar, Ester Carro convidou o artista indígena Waxamani Mehinako para criar um painel exclusivo que será instalado em um lugar especial do ambiente.

Ester Carro convidou o artista indígena Waxamani Mehinako para criar um painel exclusivo que será instalado em um lugar especial do ambiente.

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Obra de arte por Waxamani Mehinako

PRATICIDADE: RECEITAS PARA DEIXAR PRONTAS NA GELADEIRA

Bobó de frango

Ingredientes:

250g de mandioca

250g de peito de frango

1 cebola em cubinhos

1 dente de alho

1 pimenta dedo de moça

1/2 pimentão vermelho

1 tomate em cubinhos

1/2 xícara de leite de coco

1 colher de azeite de dendê

1 folhas de coentro

Um prato super reconfortante, com cara de comida de mãe ou de vó. Feito com ingredientes simples e super acessíveis, é uma opção interessante para fugir do básico do dia a dia e variar o cardápio.

1. Lave bem, descasque e corte a mandioca em pedaços não muito grandes. Coloque em uma panela de pressão ou panela normal, cubra com água e cozinhe em fogo médio até que esteja macia

2. Tempere o frango com o limão, uma pitada de sal e outra de pimenta do reino e reserve.

3. Aqueça uma panela com um fio de azeite e coloque a cebola para refogar. Quando estiver transparente, junte o alho e a pimenta e deixe refogar por mais uns 3 minutinhos.

4. Acrescente o frango e deixe dourar todos os lados. Coloque na panela o pimentão, o tomate, o leite de coco e o azeite de dendê.

5. Após o cozimento da mandioca, escorra e reserve a água do cozimento. Coloque a mandioca no liquidificador com 1 xícara da água do cozimento e bata até ter um creme liso.

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LUCIANA CARPINELLI
POR

Quibe assado, de bandeja ou de forno

Ingredientes:

2 xícaras de carne moída

1 xícara de trigo para kibe 1/2 cebola picadinha

1 dente de alho amassado

2 colheres de hortelã picada

Pimenta síria a vontade (pode usar pimenta do reino)

Recheio de sua preferência: queijo, requeijão, etc.

1. Deixe o trigo de molho em água por pelo menos 30 minutos, escorra e aperte para tirar toda a água.

2. Misture todos os ingredientes e amasse bem com as mãos para incorporarem bem. Arrume a massa em um refratário ou assadeira untada com azeite.

3. Caso deseje, pode dividir a massa em duas partes e rechear com Cebolas douradas . Quando estiver montado, use uma faca para cortar os pedaços do tamanho que desejar e regue com um fiozinho de azeite. Leve ao forno médio por aproximadamente 30 minutos ou até estar assado.

PARA A MARMITA:

Misturar, colocar em refratários individuais (que podem ir ao forno) de preferência com tampa e pré-assar até dourar. Quando esfriar, vai para o freezer/congelador. Antes de comer, deixar descongelar de um dia para o outro na geladeira e voltar ao forno.

31 @solosrevista
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A OBRA DE BETTY MILAN INSPIRADA EM JACQUES LACAN

Filme baseado em livro da psicanalista mostra percurso da busca pela paz com o feminino

A coluna desta semana é uma viagem de 50 anos na vida de uma admirável pensadora e começa com a sessão de cinema aberta ao público, na Academia Paulista de Letras, do longa “Adieu, Lacan”. Foi uma noite rica de debates e de contemplação, tanto do filme como do imenso trabalho de Betty Milan, psicanalista e escritora. Dirigido por Richard Ledes, o filme é uma adaptação da peça “Adeus, Doutor” e do romance “O Papagaio e o Doutor”, ambos escritos por Milan e inspirados nos anos em que ela esteve em análise com o psicanalista Jacques Lacan, de quem foi tradutora e professora assistente na Universidade de Paris.

As obras sobre esse encontro alcançaram expressão internacional desde o início das publicações e marcaram tanto sua carreira como o legado do psicanalista, responsável por escritos que fundaram uma escola de pensamento.Inspirada pela escrita criativa de Richard McKee, a obra foi traduzida para diversos idiomas e ganhou ainda mais projeção quando, anos depois, Milan escreveu a peça de teatro.

Certa vez, Richard Ledes dirigiu a leitura da peça na New York School of Arts e terminou pedindo a Milan que considerasse a adaptação ao cinema. Tanto pediu que acabou dirigindo o longa que foi exibido no largo do Arouche e que traz os diálogos eternizados na obra da escritora.

A ilustração, de fundo amarelo mostarda, traz a silhueta de uma figura feminina, seu busto aparece em posição lateral em relação ao leitor, ela tem cabelos médios soltos, seus braços estão abertos e de seu peito sai um arco-íris de três cores.

Sobre a trama de Siriema, protagonista do filme, reproduzo a sinopse dada de presente por Milan às pessoas presentes naquela noite: “Siriema vive o drama ocidental descendente de imigrantes do Oriente Médio. A maternidade parece impossível, porque ela não se identifica com as mulheres da sua família, suas ancestrais, mas também pelo desejo inconsciente que ela descobre graças à análise”.

A obra retrata o percurso do encontro de Siriema com sua feminilidade. Ela foi uma menina muito ligada ao pai, impedida por ele de namorar meninos. Já adulta e com o pai falecido, ela foi ao encontro do psicanalista francês após dois abortos espontâneos. Segundo Milan: “ela [Siriema] não pode engravidar porque ela é objeto do desejo do pai, que não a autoriza a conceber. Ao descobrir isso, ela deixa de ser vítima do próprio inconsciente para se tornar sujeito do desejo”.

Siriema viaja a Paris e não domina o idioma, fato que também é um mistério na análise pelo psiquiatra, tema que acaba sendo debatido ao final de forma brilhante (não, não vou contar, precisa assistir). Sua reconexão com as mulheres da família, seu confronto com a vergonha de ser mulher estão presentes na trama, que é um percurso da busca pela paz com o feminino.

Milan analisa: “A heroína de ‘Adieu Lacan’ é uma vítima de um preconceito em relação às mulheres que a impede de assumir as vicissitudes do seu sexo e ela só se libera graças à escuta pertinente do doutor. Sou particularmente grata a ele —e ao Richard Ledes pela adaptação cinematográfica do meu texto”.

33 @solosrevista
POR HELEN RAMOS
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MUSEUS DE SÃO PAULO TÊM ENTRADA GRATUITA NO DIA DAS MÃES

Ação é válida para as mães e para um filho que visitarem os museus com o objetivo de cultivar laços e memórias com suas famílias por meio de passeios culturais

Os museus pertencentes à Secretaria da Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo estarão com entrada gratuita para todas as mães e estendida para um filho, no domingo de Dia das Mães (14/5), mediante apresentação de documento que comprove grau de parentesco e crianças até 7 anos não pagam. Além dos museus, outras instituições como as Fábricas de Cultura, Biblioteca de São Paulo e Biblioteca Parque Villa-Lobos e a plataforma digital #CulturaEmCasa prepararam atividades especiais para a data. Os lugares permitem reflexão, inspiração, criatividade e experiências autênticas de aprendizado, diversão, interações e conversas familiares, além de opções de passeios para vários gostos.

Encontrar o presente perfeito para o Dia das Mães não vem com uma solução única para todos. Contudo, de maneira geral, as mães concordam em um ponto: desejam passar um tempo de qualidade com os filhos e mimar-se. Uma das alternativas é o Museu das Favelas, em Campos Elíseos, na capital paulista. Em 13 e 14/5, acontecerá uma programação especial e gratuita voltada para as mães e famílias. No sábado, das 11h às 16h, terá um espaço dedicado ao autocuidado, com oferta de massagem, manicure e troca de experiências com empreendedoras que trabalham com o tema. No jardim, as crianças brincarão dentro de um espaço lúdico.

Ainda no dia 13, às 15h, acontecerá o Papo Reto, roda de conversa com Tinna Rios, mulher negra, comunicóloga e influenciadora digital que nos dará outros pontos de vista.

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POR MARIANA MOREIRA
As mães concordam: desejam passar um tempo de qualidade com os filhos
Mariana Moreira

O Museu Afro Brasil Emanoel Araujo inaugura em 13/5 a exposição “Mães – no imaginário da arte”, com curadoria de Claudinei Roberto da Silva. A mostra celebra a iconografia e os diversos sentidos da figura materna. Obras do importante artista mineiro Maurino Araújo (1943-2020) e da contemporânea Lidia Lisbôa, artista paranaense radicada em São Paulo, integram esse diversificado conjunto.

Entre outras opções de passeio, estão a exposição “Tina Turner: uma viagem para o futuro”, primeira mostra brasileira dedicada à lenda viva do rock e da música internacional no Museu da Imagem e do Som, no Jardim Europa, e a exposição “Rainhas de Copas”, sobre a seleção brasileira feminina de futebol no Museu do Futebol, no Pacaembu. E no Museu da Língua Portuguesa, em maio, nos fins de semana, ou seja, aos sábados e domingos, incluindo o Dia das Mães, a entrada para o museu é gratuita.

É válido destacar que além da gratuidade no Dia das Mães, os museus já têm, de forma fixa, um dia de entrada franca.

Grupos provenientes de escolas públicas e de instituições sociais sem finalidades lucrativas que atuam com pessoas com deficiência e/ou em situação de vulnerabilidade social.

Professores, coordenadores e diretores, supervisores, quadro de apoio de escolas públicas (federais, estaduais e municipais) e quadro da Secretaria da Educação do Estado de São Paulo, com apresentação do holerite do mês corrente ou anterior (impresso ou digital) e carteirinha..

O espaço conta com diversas atividades.

35 @solosrevista

CUIDADOS PARA MANTER O CABELO CRESPO SAUDÁVEL

Aprenda como deixar o seu belíssimo cabelo crespo ainda mais bonito! Siga as dicas à baixo para um resultado perfeito

Alô, crespas! Sabemos o quanto o nosso cabelo crespo demanda por cuidados especiais na hora de lavar, hidratar, finalizar e dormir, não é mesmo? Hora ou outra ele pode apresentar-se mais ressecado ou até mesmo quebradiço devido a uma série de fatores diários. Mas você sabe quais são os cuidados essenciais para manter os seus fios e o couro cabeludo sempre saudáveis?

Para te ajudar, conversamos com a Katleen Conceição, dermatologista referência em pele negra e especialista pela sociedade brasileira de dermatologia, chefe do setor de dermatologia para pele negra do grupo Paula Bellotti, membro do Skin of Color Society (organização internacional de dermatologia voltada exlusivamente para peles negras).

O que você precisa saber sobre o cuidado com o cabelo crespo?

Antes de mais nada, é importante compreender qual seu tipo de curvatura e conhecer os seus fios. De acordo com a especialista, o cabelo crespo é mais fino e seco do que o cacheado e, tende a ser mais quebradiço e seco quando comparado a outras curvaturas.

“A circunferência do fio crespo é mais fechada e estreita, o que dificulta a chegada da oleosidade natural produzida na raiz até o comprimento e as pontas”, conta a especialista em entrevista exclusiva à revista SOLOS.

Segundo Katleen, os óleos e manteigas recomendados para curvaturas 4ABC vai depender de cada pessoa. Entretanto, os óleos de coco e argan costumam costumam ser mais emolientes.

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Para crespas com o cabelo trançado ou twistado existem recomendações
Katleen Conceição

Óleos e manteigas recomendados para curvaturas 4ABC:

Segundo Katleen, os óleos e manteigas recomendados para curvaturas 4ABC vai depender de cada pessoa. Entretanto, os óleos de coco e argan costumam costumam ser mais emolientes, promovendo maior hidratação e brilho aos fios.

Qual é a melhor forma de cuidar dos fios e do couro cabeludo?

Além do cuidado diário em casa, o recomendado é ter uma consulta com dermatologistas especializados, afinal, são esses profissionais que melhor podem te orientar quanto ao crescimento do fio e cuidados necessários na hidratação da fibra capilar.

Ressalvas e recomendações para crespas com trança ou twist:

Para crespas com o cabelo trançado ou twistado, a dermatologista oferece algumas recomendações. “Lave o cabelo pelo menos 1 ou 2x na semana para evitar a descamação do couro cabeludo, conhecida como dermatite seborreica, e evite tranças e penteados muitos apertados para não sofrer uma alopecia de tração”, finaliza.

Lembre-se: cuidar do cabelo e região, antes, durante e depois de retirar as tranças, é muito importante! Busque lavar o couro cabelo 2x na semana, use touca ou fronha de cetim para proteger os fios. Lave o cabelo com uma frequência de 1 ou 2x por semana.

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Mulher lavando o cabelo por Rido Franz .

PERSONALIDADES NEGRAS SE DESTACAM NO MET GALA 2023

Artistas negros marcam presença no Met Gala com looks e produções incríveis. Venha conferir!

Na segunda-feira (01), aconteceu o Met Gala 2023, em Nova York, com a presença de diversos artistas e personalidades negras da indústria da moda, da música e do cinema que marcaram a noite com suas produções no tapete vermelho nas escadarias do Metropolitan Museum of Art, como é feito todo ano. Dentre os destaques estava o casal Rihanna e A$AP Rocky.

A cantora escolheu um look todo branco com flores volumosas, e o rapper apareceu usando uma jaqueta de smoking e kilt xadrez, ambos voltados para o tema da edição que homenageou o estilista Karl Lagerfeld. Também estiveram presentes a atriz Viola Davis, usando um vestido rosa que foi apontado pelo público como uma forma de protesto ao estilista, que odiava a cor, e que ao longo dos anos fez discursos xenofóbicos, gordofóbicos, homofóbicos e machistas.

Algumas personalidades negras que passaram pelos flashes do Met Gala antes de iniciar o baile beneficente optaram por modelitos bem elegantes como a atriz Keke Palmer, a ex-tenista Serena Williams, a atriz e cantora Halle Bailey, o rapper Diddy, a modelo Anok Yai, a cantora Lizzo, a atriz Michaela Coel, e a modelo Naomi Campbell que também usou rosa, e de acordo com quem acompanhava o evento, também seria uma forma de protesto ao estilista que faleceu em 2019, aos 85 anos, e dizia: “Pense rosa, mas não use“.

Já outros nomes da cultura negra decidiram ousar mais em suas produções, como o cantor Lil Nas X que decidiu homenagear o gato de Lagerfeld com uma pintura corporal prateada.

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Pense rosa mas não use
Doja Cat vestindo Oscar de la Renta Lil nas X sendo Kingo no Met Gala 2023. POR BÁRBARA SOUZA NaomI Campbell
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a cantora Erykah Badu, o cantor Burna Boy, o rapper Usher, e outras pesonalidades negras do mundo artístico.

Algumas personalidades negras que passaram pelos flashes do Met Gala antes de iniciar o baile beneficente optaram por modelitos bem elegantes como a atriz Keke Palmer, a ex-tenista Serena Williams, a atriz e cantora Halle Bailey, o rapper Diddy, a modelo Anok Yai, a cantora Lizzo, a atriz Michaela Coel, e a modelo Naomi Campbell que também usou rosa, e de acordo com quem acompanhava o evento, também seria uma forma de protesto ao estilista que faleceu em 2019, aos 85 anos, e dizia: “Pense rosa, mas não use“.

Já outros nomes da cultura negra decidiram ousar mais em suas produções, como o cantor Lil Nas X que decidiu homenagear o gato de Lagerfeld com uma pintura corporal prateada, servindo um look complemanete diferente do usual..

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PELE MADURA: DICAS PARA MAQUIAR PELE MADURA

Você sabia que peles maduras requerem um cuidado especial no momento de passar maquiagem? Confira algumas dicas à baixo

Pele madura exige algumas técnicas e cuidados antes e durante a maquiagem. Até porque, pele madura não se trata apenas de idade, ela é um estado. Se a pessoa fumar muito, tomar muito sol, não cuidar dela, a pele acaba ficando com uma condição madura, independentemente da idade.

Saber maquiar uma pele madura é fundamental para qualquer maquiador profissional. E, se você tem uma pele madura, aprender a se auto maquiar pode ser algo muito prazeroso. Pensando nisso, confira o nosso post abaixo para entender como fazer a skin care da pele madura antes de maquiar e algumas técnicas para valorizar a maquiagem.

Preparação de pele

Cuidar da pele antes de maquiar é essencial para qualquer tipo de pele. Seja pele oleosa, pele seca, pele madura, entre outras. Mas, se tratando de pele madura, tem alguns cuidados a mais que podemos fazer. Porque se ela não estiver bem cuidada e hidratada, pode acabar interferindo no resultado da maquiagem. Separamos 4 passo para os cuidados com a pele antes de maquiar .Depois de esfoliar, use um hidratante labial para finalizar. Assim os lábios ficaram hidratados para receber o batom na hora de maquiar.

Dica: Deixei uma camada grossa de hidratante, para o lábio ir absorvendo bem durante a preparação da pele. Escolha o Primer de sua preferência, para peles maduras opte por um Anti-Idade. Escolha o Primer de sua preferência.

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Pele madura não se trata apenas de idade, ela é um estado
POR ROBERTA BORGES
Roberta Borges

Limpe a pele

Antes de mais nada, é necessário limpar a pele. Você pode optar por lavar com um sabonete neutro de rosto, e usar uma Água Micelar.

Ela é um produto perfeito para uma limpeza mais profunda na pele, ajudando a remover todas as impurezas e oleosidade da pele. A água micelar é um produto é multiuso porque ele limpa, demaquila e tonifica a pele.

Cuidando dos lábios

Depois de limpar bem a pele do rosto, está na hora de cuidar dos lábios. O primeiro passo é esfoliá-los, para poder tirar todas as células mortas e começar a deixá-los hidratados.

Depois de esfoliar, use um hidratante labial para finalizar. Assim os lábios ficaram hidratados para receber o batom na hora de maquiar.

Dica: Deixei uma camada grossa de hidratante, para o lábio ir absorvendo bem durante a preparação da pele.

Saber maquiar uma pele madura é fundamental para qualquer maquiador profissional. E, se você tem uma pele madura, aprender a se auto maquiar pode ser algo muito prazeroso. Pensando nisso, confira o nosso post abaixo para entender como fazer a skin care da pele madura antes de maquiar e algumas técnicas para valorizar a maquiagem. Como fazer a skin care da pele madura antes de maquiar e algumas técnicas para te valorizar. E, se você tem uma pele madura, aprender a se auto maquiar.

Ao passar sombra nos olhos, tomar cuidado pra não acumular quando piscar

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Maquiando a pele madura

Agora que você entendeu a importância de cuidar da pele antes de maquiar, vamos para dicas dos produtos ideias para maquiar a pele madura. E algumas dicas de como manusea-los. Escolher a base adequada para pele madura é fundamental. Deve ser levada em consideração a sua textura. Texturas viscosas, acetinadas, leves, creme ou em gel são as ideais. Essas texturas não marcam, entram bem nas linhas finas e não vincam.

Escolhendo a base e o corretivo

Já a base matte deve ser evitada para pele madura, porque esse tipo de acabamento acaba tirando toda a hidratação e visco que a pele madura necessita. Já se tratando de corretivo, a textura líquida é a ideal para a pele madura. E sempre do tom da pele da pessoa. O contorno para pele madura, a dica é: Ser feito apenas na região do maxilar, para disfarçar a pele um pouco mais flácida e levantar ainda mais o rosto. E ao escolher o produto para fazer o contorno, opte por textura cremosa.

Já o Blush, também escolha os cremosos, porque tais produtos tendem a durar mais na pele, além de trazer o visco que a pele madura necessita.Na hora de escolher a sombra para a maquiagem, tenha em mente que: Tudo que brilha realça e tudo que escurece disfarça. E ao escolher o produto para fazer o contorno, opte por textura cremosa. E ao escolher o produto para fazer o contorno, opte por textura cremosa. Já se tratando de corretivo, a textura líquida é a ideal para a pele madura.

Sobrancelhas

Na hora que maquiar, as sobrancelhas fazem toda a diferença no resultado. Normalmente, pessoas mais maduras acabam tendo sobrancelhas mais ralas, então a dica é criar pelinhos com a maquiagem. Então, escolha um lápis da cor próxima ou igual a sobrancelha, e preencha com esse lápis, fazendo movimentos para cima como se estivesse desenhando pelos. Além disso, para dar volume para essa sobrancelha, pode-se usar uma sombra.

Lábios

Por último na maquiagem, o truque para passar batom e eles durarem é fazer o contorno com lápis nos lábios inteiros. Depois, aplique o batom escolhido por cima e utilize um pouco de iluminador por cima e depois o batom. Essa camada ajudará a dar mais volumes paras os lábios e ainda selar o produto de baixo. obrancelha. A sobrancelha foi tem um grande papel no look. Agora, para o iluminar em peles maduras, escolha entre a textura liquida ou cremosa, que não marcam as linhas de expressão. Deve ser utilizado de maneira sútil, evitar exageiros permite que a pele pareça naturalmente iluminada e que as características erradas não sejas destacadas.Sombras mais brilhantes, como as com glitter, deixa ainda mais aparente as linhas e as texturas. Então, opte por sombras compactas e acetinadas. E sempre do tom da pele da pessoa. Texturas viscosas, acetinadas, leves, creme ou em gel são as ideais. Essas texturas não marcam, entram bem nas linhas finas e não vincam.

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Olhos

Os olhos de pessoas com pele madura, geralmente são olhos mais flácidos, e mais caídos, então não é qualquer sombra que valoriza esse tipo de olho. Na hora de escolher a sombra para a maquiagem, tenha em mente que: Tudo que brilha realça e tudo que escurece disfarça. Sombras mais brilhantes, como as com glitter, deixa ainda mais aparente as linhas e as texturas.

Contorno, blush, iluminador

O contorno para pele madura, a dica é: Ser feito apenas na região do maxilar, para disfarçar a pele um pouco mais flácida e levantar ainda mais o rosto. E ao escolher o produto para fazer o contorno, opte por textura cremosa.

Já o Blush, também escolha os cremosos, porque esses produtos tendem a durar mais na pele, além de trazer o visco que a pele madura necessita. E a dica para aplicar é: Basta sorrir e aplique na bochecha.

Agora, para o iluminar em peles maduras, escolha entre a textura liquida ou cremosa, que não marcam as linhas de expressão. Deve ser utilizado de maneira sútil, evitar exageiros permite que a pele pareça naturalmente iluminada. Agora que você entendeu a importância de cuidar da pele antes de se maquiar, vamos para dicas dos produtos ideias. Opte por sombras compactas e acetinadas, que prometem brilho, mas sem marcar. Já o Blush, também escolha os cremosos, porque esses produtos tendem a durar mais na pele, além de trazer o visco que a pele madura necessita.

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O blush deve ser aplicado nas maças do rosto

COMO CUIDAR DE SI DEPOIS DA VINDA DO BEBÊ

Uma dificuldade que muitas mulheres têm é se encontrar depois da maternidade. Confira dicas de como ter um tempo próprio depois da chegada do bebê para cuidar de si e se sentir plena como mulher e mãe

POR PAULINE BEAUMONT FOTO NILMAR LAGE

QUANDO

um bebê chega, tudo muda na vida da mulher. O corpo, a mente, a rotina. Isso sem falar na avalanche de hormônios e sentimentos. Com o recém-nascido em casa, a mãe acaba se entregando à maternidade e toda atenção se volta para o bebê. O importante é ele estar bem, com saúde e confortável. Mesmo que isso signifique para você alguns dias sem tempo de sequer tomar um banho tranquilo. Quem dirá fazer coisas que gosta ou cuidar de si. Entretanto, nunca esqueça de fazer o mínimo! Tome um banho por dia, durante a soneca ou quando o pai chegar em casa. Você tem direito de exigir isso para o seu bem-estar. Não esqueça de escovar os dentes, comer bem e se vestir (nada de pijama o dia todo!). Você também precisa cuidar da sua rotina de higiene mínima.

Conforme o bebê cresce, a rotina começa a se formatar. A mulher se acostuma com seu papel de mãe e vai se adaptando ao novo ritmo da vida. Tal processo pode levar um tempo específico em cada família. Assim, vocês já aproveitam a beleza a domicílio juntas e colocam os assuntos em dia!

O que é certo é que com o passar do tempo, a mulher começa a sentir falta de cuidar de si. De ter o seu próprio tempo para hobbies ou pequenas vaidades, como se maquiar, fazer as unhas, entre outras atividades. Isso é normal e extremamente saudável. Afinal, por mais entrega que a maternidade represente, não precisa ser uma doação exclusiva.

A importância de cuidar de si É importante lembrar que os bebês são muitos sensíveis e acabam absorvendo as emoções de quem convive diretamente com eles. Então, uma mãe estressada, triste ou frustrada pode deixar, mesmo que sem querer, o bebê mais choroso ou irritado!

Por isso, é bom deixar o filhote uma horinha com alguém de confiança e que vai cuidar dele com todo amor para voltar feliz e de bom humor para estar novamente com o baby. Coloque o bebê cedinho na cama e aproveite para pedir algo gostoso e aproveitar com o marido. A consequência será uma ligação de afeto muito mais forte entre mãe e bebê, de tal forma que a felicidade na relação vai influenciar positivamente o desenvolvimento cerebral do pequeno.

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Maria Magdalena Arrellaga, mãe de dois filhos

Dicas para cuidas de si depois dos filhos

Pode parecer difícil encontrar um tempo na rotina para você mesma, mas com um pouco de flexibilidade e priorizando isso pode se tornar até um hábito. Confira algumas sugestões que podem ajudar a tornar a sua vida mais leve e agradável.

Beleza a domicílio

Se o tempo é curto e você não consegue encaixar cuidados de beleza nos seus horários, que tal receber aquela massagem especial em casa? Ou então uma visita da manicure? Tente marcar na hora da soneca do bebê ou quando tem alguém em casa para dar uma mãozinha com o pequeno. Outra dica é chamar uma amiga para compartilhar esse momento. Assim, vocês já aproveitam a beleza a domicílio juntas e colocam os assuntos em dia!

Prazeres culinários

Muito cansada para cozinhar ou com saudade de delícias gastronômicas? Seja para facilitar ou mudar a rotina, uma entrega é a solução. Coloque o bebê cedinho na cama e aproveite para pedir algo gostoso e aproveitar com o marido. Se a preferência é por sair um pouco, conte com uma baby sitter. Na França é muito comum! Pode ser um adolescente de confiança da vizinhança, filho de uma amiga ou primo. Faça o bebê dormir antes de sair, peça uma pizza para quem vai cuidar do pequeno e coloque um filme. Com certeza a pessoa vai aceitar e voltar quantas vezes precisar

Sempre é bom ter na agenda um contato que pode ficar de olho no bebê esporadicamente, até para emergências, sendo pago por hora. Se estiver inspirada, aproveite para emendar um cinema a dois.

Tempo com as amigas

Uma saudade que muitas mulheres sentem quando se tornam mães é de ter tempo para curtir as amigas. Então, sem desculpa para marcar um encontro com elas! Pode ser um bolo na sua casa mesmo ou um café perto de casa. . Coloque o bebê cedinho na cama.

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Nunca esqueça de fazer o mínimo! Você tem direito de exigir isso
Maria Magdalena

Deixa o baby com a rede de apoio Equilibrar tempo para cuidar de si e os cuidados com o bebê é ótimo. Mas e que tal dar uma fugidinha sem filho, sem marido (e sem culpa!)? Conte com o pai e confie! Às vezes é difícil mesmo a gente deixar os pais conquistarem seu espaço e assumirem os cuidados do bebê. Contudo, lembre-se que o pai também é capaz e se não sabe pode aprender (assim como você mesma aprendeu!). Um tempo sozinho com o filho será ótimo, inclusive para a ligação dos dois. Então… coragem e aproveite! Talvez o bebê vai dormir mais tarde do que de costume ou não vai comer tão bem. Isso faz parte e seja flexível! Você não sonha com um pai que investe na paternidade? Então dê chances para isso acontecer!P.S.: Se você ainda amamenta, tire o leite, dê as instruções e vá. E tente não ficar grudada no celular o tempo todo, querendo saber notícias de casa!

Prazer com o que você gosta de fazer Gosta de ler? Então escolha um livro novo para começar. Pode ser até sobre maternidade, o importante é retomar o hábito! Prefere filmes ou seriados? Prepare a pipoca para curtir depois que o bebê dorme. Fazer tricô, pintar, tocar piano ou apenas jogar Candy Crush… não importa, o tempo é seu! Uma rotina organizada, com o bebê dormindo cedo, vai permitir que você tenha um tempo para você ou para curtir com o marido antes de dormir.

Namorar como se (quase) nada tivesse acontecido

Outra opção pode ser contar com os avós, tios ou padrinhos em alguns fins de semana! Com certeza eles vão curtir ter um tempo a mais com o bebê e você pode aproveitar uma noite sem criança. Arrume tudo que os cuidadores vão precisar, como roupa, fralda, comida, naninha, saco de dormir, leite (se o bebê ainda mamar no peito tire com antecedência). Precisamos aumentar uma linha nessa parte da mat’eria entao esse e meu. Depois, hora de fugir com o marido para namorar. Que tal uma noite em uma fazenda, um spa ou um restaurante diferente? Vocês vão voltar felizes, com saudade do baby e quem sabe até com vontade de encaminhar um outro.

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É importante dedicar tempo a si própria

Faça terapia

Em sessões de terapia você tem a oportunidade de dizer o que está sentindo sem medo de julgamentos. É o momento em que poderá refletir sobre a nova mulher que está se tornando e encontrar maneiras mais leves e assertivas de sair dessa crise de identidade mais forte e cheia de amor próprio.

As transformações do pós-maternidade são realmente desafiadoras, mas não precisam ser enfrentadas de maneira solitária. Se você precisa de orientação para superar a crise de identidade que vida materna pode trazer, venha conhecer a clínica de psicologia Desenvolviver.

Criado em 2017, pela psicóloga Fernanda Correa Brito (CRP 06/102387), o consultório de psicologia está localizado próximo ao metrô Santa Cruz, zona sul de São Paulo, e conta com equipe de psicólogas experientes e com diferentes especializações, todas credenciadas no Conselho Regional de Psicologia.

Procure estar próximo à natureza, sempre que possível Diversos estudos têm comprovado os benefícios do contato com a natureza para o nosso bem-estar.

À essa prática tem se dado o nome de “earthing” ou “grounding”, mostrando que o contato com a natureza auxilia no relaxamento e redução de estresse, além de estar associado à melhoria da qualidade do sono e cura de processos inflamatórios.

Aproxime-se das pessoas e não se isole socialmente

Busque estar em contato presencial com as pessoas que te façam se sentir bem. Isso pode acontecer em atividades de lazer, recebendo visitas, fazendo visitas. Até mesmo a prática de um telefonema diário pra alguém querido pode te ajudar muito. Aqui também cabe o exercício de aumentar a tolerância às pessoas que são diferentes de nós. “e muito importante que a mae se cuida e nao deixe de prezar pelas suas necessidades. É muito bom ficar sozinho, mas o ser humano é um ser social e socializar de maneira saudável pode ser agradável e divertido, além de ajudar na prevenção à saúde e nos manter nos ajudar no crescimento pessoal.

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Autocuidado e autoestima

Você já ouviu que o autocuidado e a autoestima andam sempre juntos? Pois é, acontece que não há como preservar o segundo, sem praticar o primeiro. A autoestima é fundamental para que confiemos nas nossas decisões, pois é a partir dela que construímos a avaliação que fazemos de nós mesmos e, para compor a autoestima, é necessário praticar o autoconhecimento.

O autoconhecimento é fundamental para entendermos por que agimos e reagimos de uma determinada forma e para reconhecermos nossas qualidades e pontos fracos. Assim, quando sabemos no que devemos melhorar e quais são as nossas potências, fica mais fácil encarar os desafios do dia-dia e entender que, na verdade, somos sim capazes de lidar com as dificuldades diárias de uma forma muito melhor do que imaginamos.

Esse exercício de se conhecer, portanto, também compõe o autocuidado, pois lhe traz confiança e te permite expandir e superar crenças limitantes como “não sou capaz” ou “não sou merecedor”.

Porque é tão importante – e tão difícil – praticar o autocuidado

Quando entendemos que o autocuidado é capaz de melhorar a nossa autoestima e nosso poder de tomada de decisões, entendemos também que se trata de uma forma de praticar o amor próprio, pois – diferente do que muitos pensam – cuidar de si não é uma forma de egoísmo, e sim uma forma de se fortalecer e aumentar a nossa capacidade de ajudar ao próximo. Afinal, como ajudar o outro sem antes estarmos bem com nós mesmos?!

O autocuidado, portanto, nos proporciona maior qualidade de vida, pois fortalece nossa autoestima, nossa autoconfiança e a nossa capacidade de tomar decisões frente aos desafios da vida cotidiana.Prepare a pipoca para curtir depois. Talvez o bebê vai dormir mais tarde do que de costume ou não vai comer tão bem. Isso faz parte e seja flexível! Fazer tricô, pintar, tocar piano ou apenas jogar Candy Crush… não importa, o tempo é seu! Uma rotina organizada, com o bebê dormindo cedo, Vale ressaltar que a maior qualidade de vida reduz o sofrimento psíquico e o adoecimento, levando a redução dos gastos com saúde e aumentando a sensação de bem-estar.

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Vanessa, 65 anos, dedica tempo para se cuidar mais
“ .
Autoestima é fundamental para que confiemos nas nossas decisões
Vanessa Borges

AUTOCUIDADO É FUNDAMENTAL PARA DJAMILA

A filósofa Djamila Ribeiro dá a real sobre bem-estar (“Não pode ser um negócio de rico”), pandemia (“Tava bebendo demais”) e amor (“Uma mulher negra sendo amada causa estranhamento”)

POR Fernando Luna

Autocuidado é fundametal para saúde tanto mental quanto física

DJAMILA RIBEIRO

não tá aqui pra atender às expectativas de ninguém. Ela é filha de Oxóssi e mestre em filosofia. Professora universitária da PUC de São Paulo e influenciadora digital com mais de 1,2 milhão de seguidores no Instagram. Confessional em Cartas para Minha Avó e acadêmica em Lugar de Fala. Feminista negra e garota-propaganda da Prada. Reikiana nível 2 e best seller número 1 – seu Pequeno Manual Antirracista foi o livro mais vendido no site brasileiro da Amazon em 2020.

Mas esse negócio de não atender às expectativas pode ser puxado. “Tô cansada”, revelou em entrevista à Mina. “Quero provar o quê? Pra quem? E isso de ter que fazer um milhão de coisas? Agora quero olhar para mim. Não é egoísmo olhar para mim.” Ao contrário, ela continua, olhar pra si deveria ser um direito de todos e não um privilégio de poucos: “É muito importante ver o autocuidado como algo coletivo, que deve ser mais democratizado, que é fundamental para a nossa sobrevivência”.

Pra mim, o lado bom da pandemia foi ter sido forçada a parar. Tava num ritmo muito insano de trabalho. Em 2019, participei de 174 eventos, uma loucura. Terminei o ano estafada. Os três primeiros meses da pandemia foram muito difíceis. Eu tinha muita incerteza: como vai ser, como vou pagar as pessoas, como vou trabalhar? Por outro lado, fui forçada a olhar para mim. Olhar para si não é muito gostoso, você encontra coisas que não gosta, por isso tanta gente prefere não enfrentar isso. Melhor fingir que não tá acontecendo nada.

Djamila Ribeiro não tá mesmo aqui pra atender às expectativas de ninguém.Em Cartas para Minha Avó, você escreve: “Não perco mais as oportunidades de cuidar de mim, fazer isso é um modo de honrar você”. Como foi entender que merecia se cuidar?

Foi um processo longo e difícil. Cresci ouvindo que mulher negra é guerreira. Até que ponto isso é verdade? Não queria nem ser guerreira e nem me subalternizar, só queria ser humana, com toda a complexidade isso envolve: aceitar as fraquezas, as vulnerabilidades. Minha avó e minha mãe não cuidaram de si mesmas porque não puderam fazer isso, tinham que se preocupar com a sobrevivência delas e com a nossa. Isso não devia ser naturalizado.

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Como encarar a própria vulnerabilidade?

O candomblé me ajudou muito. Sou iniciada desde criança, mas fiquei muito tempo longe. Quando retornei, olhei pros arquétipos que as orixás femininas trazem. Tem um itã [narrativa mítica] de Oxum que diz: “Antes de cuidar dos seus filhos, Oxum limpa suas jóias”. Isso ensina a olhar para si. Não é porque você é mãe, que precisa se abandonar. As matrizes africanas olham o feminino numa outra perspectiva.

Você escreveu que você tinha pavor de ser “mulherzinha”.

Fui criada pelo meu pai pra ser independente, o que é ótimo. Mas eu olhava como uma dicotomia: se sou isso, não posso ser aquilo. Via a minha mãe, dona de casa, e falava que jamais seria como ela. Queria trabalhar fora… Virei mãe, envelheci e entendi como o cuidado foi fundamental na minha vida: se o meu pai me incentivou a estudar, foi minha mãe quem arrumou meu cabelo, cozinhou pra mim e lavou o meu uniforme.

A maturidade ajudou a fazer as pazes com o feminino. Fazer 40 anos também mexeu nisso?

Escrevi o livro com 40 anos, tô com 41. A maturidade me ajudou a fazer as pazes com o feminino, a valorizar o papel da minha mãe e da minha avó na minha vida. Muito do que sou, devo a elas. Celebrar esse feminino foi importante pra entender que também sou a pessoa que chora, que gosta de cuidar das plantas, que gosta de ficar em casa com a filha. Comecei a olhar esse feminino como potência.

Ficou mais generosa com você mesma?

Tô muito mais tranquila em me aceitar, com meus desafios. Tive uma formação muito dura, minha mãe foi brutalizada pela vida. Cresci numa família em que era praticamente impossível errar: “Você é negra, não pode errar ou a sociedade vai te punir”. Entendo por que minha mãe fez assim, mas é duro. A gente cresce com medo, infelizmente.

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Você faz ou já fez psicanálise?

Fiz e foi muito bom. Um ano e pouco de terapia, quando meus pais faleceram, um atrás do outro… [Djamila tinha 20 anos quando a mãe, dona Erani, morreu de câncer no rim; um ano depois, morreu o pai, seu Joaquim, câncer de medula.] Hoje, faço terapia holística. Apometria, que é tipo uma ressonância magnética do seu emocional, e reiki. Sou reikiana nível 2, me aplico todos os dias, aplico nas pessoas. Isso é fundamental pro meu bem-estar, pro meu autocuidado.

Você se sentia deslocada no mestrado?

Muito, me sentia sozinha. A academia foi muito hostil. Era a única aluna estudando Simone de Beauvoir, era a moça que estuda gênero. Fiquei num não-lugar. Um dia descobri no google a Simone de Beauvoir Society [fórum internacional de pesquisa sobre a pensadora francesa]. Tive que ir pra fora encontrar referências.

Ninguém estranha estudar filósofos judaico-cristãos, como Kierkegaard ou Espinosa, mas se entra candomblé…

A gente estuda escolástica, com São Tomás de Aquino e Santo Agostinho, e isso não é uma questão. A filosofia ensinada no Brasil ainda é muito eurocêntrica. Isso é coisa de quem não entendeu nossas matrizes: no candomblé não tem essa dicotomia entre razão e emoção. Não é só “penso, logo existo”, também é “sinto”. A gente vem de outra geografia da razão. Pra nós, não é problema o sentir estar aliado com o pensar, com a dança, com a música. É uma coisa só.

Tentam enquadrar o candomblé na lógica ocidental

Falta esses intelectuais entenderem o que dizemos quando propomos epistemologias do terreiro. A própria discussão sobre o feminino… Quando as pessoas falam que feminino é submisso. Bom, dentro da perspectiva ocidental, né? As deusas iorubás não têm nada de submissas, Iansã não tem nada de submissa. Oxum tá em casa, mas os saberes da casa são valorizados.

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Autocuidado é fundamental.
Até brinco que queria fazer uma campanha: Massagem é cura, não é frescura
Djamila acredita que deve olhar para si primeiro Djamila Ribeiro

Você é uma das pensadoras mais conhecidas do país, mas uma parte da academia torce o nariz pra quem rompe o muro da universidade. Sim, sou professora e tenho que fazer certos enfrentamentos. Sempre quis ser popular, vim do povo. Chegar lá no Grajaú [periferia de São Paulo] e ver as meninas de 13 anos com o meu livro na mão é o que eu queria. Fazer eventos com empregadas domésticas é o eu queria. Me emociono muito quando chego nesses lugares e vejo pessoas como a minha mãe, como a minha avó.

Você se reconhece ali.

Exatamente, cresci com essas pessoas. Um podia ser meu tio, outro, meu primo. Falei pra 2 mil pessoas no Acre, pra 3 mil no Ceará. Quando fui a Mossoró [no interior do Rio Grande do Norte] tinham 2 mil pessoas, foi muito marcante pra mim. No dia seguinte, fui pra Apodi e os alunos do ensino médio tavam estudando o meu livro. Voltei chorando… Essas expressões não são mais só de especialistas. Era isso que a gente queria. Autores negros e negras que chegaram no povo e também estão na bibliografia de cursos na USP, de tudo que é universidade. Quando as pessoas falam que feminino é submisso. Bom, dentro da perspectiva ocidental. É importante frisar que queria pautar a academia, passei minha graduação e mestrado sem ter acesso a esses livros.

Audre Lorde escreve no epílogo de Uma Explosão de Luz: “Cuidar de mim não é autoindulgência, é autopreservação”. Como tudo numa sociedade capitalista, o autocuidado pode ser esvaziado. Mas não vamos partir do esvaziamento, vamos partir daquilo que é. Autocuidado é fundamental. A Audre Lorde dizia: “Como vou viver numa sociedade patriarcal e racista se não cuidar de mim?”. Até brinco que queria fazer uma campanha: “Massagem é cura, não é frescura”. É importante ver o autocuidado como algo coletivo, fundamental pra nossa sobrevivência e que deve ser mais democratizado.

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Djamila Ribeiro de perfil para ensaio fotográfico

Como democratizar o bem-estar num país tão desigual?

É muito difícil, apesar da gente ter no SUS dezenove terapias complementares, como reiki e acupuntura. É uma política pública. Autocuidado não é algo meramente individual. São técnicas ancestrais de cura, como massagens que vêm de povos asiáticos e africanos. Reflexologia é uma técnica milenar. Chega aqui e vira um negócio de rico, massagem em geral custa uma fortuna. Tem que quebrar essa lógica. Tem várias terapeutas que atendem a preços populares.

A pandemia fez muita gente pensar mais em autocuidado. Pra mim, o lado bom da pandemia foi ter sido forçada a parar. Tava num ritmo muito insano de trabalho. Eu tinha muita incerteza: como vai ser, como vou pagar as pessoas, como vou trabalhar? Por outro lado, fui forçada a olhar para mim. Olhar para si não é muito gostoso, você encontra coisas que não gosta, por isso tanta gente prefere não enfrentar isso. Melhor fingir que não tá acontecendo nada.

A escritora Grada Kilomba fala da “liberdade de ser eu”.

É uma amiga muito querida, psicanalista também, e me ajuda muito nesses meus processos. Vá desfrutar da vida. Um monte de mulheres me escrevem, brancas e negras, falando “acho tão legal você mostrar que é possível se divertir”. Sou reikiana nível 2, me aplico todos os dias, aplico nas pessoas. Isso é fundamental pro meu bem-estar, pro meu autocuidado. Aí me marca em foto na praia, me marca tomando uma com as amigas. A gente também tem direito de desfrutar do mundo.

Discordo de quem acha que cabelo alisado é alienação. A mulher pode estar num processo de se entender. Você cresceu numa vizinhança branca. Sua filha enfrenta o mesmo?

Na escola, são poucas adolescentes negras como ela. Mas acho que a Thulane lida muito mais tranquilamente com essas coisas, porque é de uma geração muito mais antenada que a minha. As amigas dela tão discutindo feminismo aos 15, 16 anos.

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Você implorava pra alisar o cabelo.

E meu pai, militante, não deixava. Tive que passar por alguns enfrentamentos pra minha filha não passar, assim como minha mãe enfrentou coisas pra que eu não enfrentasse. A Thulane tá com o cabelo crespo agora, de vez em quando põe trança, cuida, hidrata. Tem muito mais afeto com ela mesma do que eu tinha.

Quando fez as pazes com o seu cabelo?

Não parei de alisar por conscientização, não. Foi porque engravidei da Tulane e não pode usar química durante a gravidez. Fui forçada a parar de alisar. Nesse processo, redescobri meu cabelo, sua textura… Comecei a gostar e nunca mais alisei. Por isso digo: “Não se culpem, é um processo”. A maternidade me fez mudar essa chavinha, não queria que minha filha passasse pelo que passei. Meu pai segurou o máximo que pode, mas na adolescência fui pro salão alisar.

E a reação dele quando viu seu cabelo liso?

Não me lembro exatamente… Mas ele vivia criticando, dizendo que eu passava veneno no cabelo. Aquelas químicas da época ardiam, faziam ferida, tinham cheiro muito forte. Sempre expressou que não gostava que eu fizesse isso, mas gerakmente não me abalava. Ele olhava com reprovação e eu falava: “Ah, não é o senhor que é zoado na escola”.

Usando um verso da Audre Lorde: o seu cabelo ainda é político?

Com certeza. Numa sociedade como a nossa, em que o racismo tem um papel preponderante na construção do belo, assumir nosso cabelo, nossos traços, é um ato político. Agora, como ativistas não podemos apontar o dedo pra quem alisa o cabelo. E assumir o cabelo tem consequências: ela pode perder o emprego, ser apontada na rua, discriminada. Nos Estados Unidos, várias mulheres que usam lace e alisam porque gostam, não por imposição estética. Se a mulher branca pode alisar, cachear e fazer tudo, por que nós não podemos?.

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É importante se conhecer e saber se cuidar
“ Agora quero olhar pra mim. Não é egoismo olhar pra mim
Djamila Ribeiro
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A IMPORTÂNCIA DA REPRESENTAÇÃO DE NEGROS EM IMAGENS DE VITÓRIA

Incorporação da categoria inspiração no prêmio Melhores do Ano, o principal da TV Globo, foi muito positiva

Participei neste fim de ano da premiação Melhores do Ano, organizada pelo Domingão do Huck na Globo. Fui convidada para ser madrinha de um projeto social chamado Gastronomia Periférica. Capitaneado pelo chef Edson Leite e pela psicóloga Adélia Rodrigues, a iniciativa visa formar chefs de cozinha no Jardim São Luís, na periferia sul de São Paulo. Em dez anos, mais de mil cozinheiros e cozinheiras foram formados e, atualmente, se distribuem nos mais diversos restaurantes do país e do mundo. Vidas que foram transformadas a partir do trabalho de base. Na ilustração, sobre uma mesa de toalha amarela, estão presentes duas mãos negras segurando garfos, uma bandeja com peixe, camarões, azeite, pimenta e temperos espalhados. Desejo vida longa ao Gastronomia Periférica, que irá se fortalecer ainda mais e romper tantas outras barreiras colocadas pelo racismo que visam impedir pessoas negras de acessar bons empregos pela falta de oportunidade de uma formação profissional adequada. Para quem quiser conhecer mais o Gastronomia Periférica, o restaurante-escola fica localizado na Vila Madalena. É o Da Quebrada, situado na rua Harmonia, 271 e abre de segunda a sexta, servindo café da manhã e almoço, das 8h às 16h.

Além do Gastronomia Periférica, foram premiadas na categoria inspiração a ativista indígena Txai Suruí, colega nesta Folha, e sua mãe, Neidinha, pelo trabalho em favor dos povos indígenas de Rondônia e todo país. Por fim, foi premiada na categoria inspiração a grande Nalvinha da Ilha de Deus, e uma das regiões mais precarizadas da cidade. Nalvinha trabalhou duro para manter o legado

da ONG Saber Viver, fundada por sua mãe em 1983, e que segue oferecendo cursos profissionalizantes e diversas atividades para as moradoras da comunidade, em sua grande maioria mulheres negras.

Iniciativas como esse prêmio são muito bem-vindas, pois, além prestarem o justo reconhecimento, a representação da população negra e indígena em imagens de vitória tem efeitos materiais no cotidiano, sobretudo em um tão bombardeado por imagens de derrota que impregnam a autoestima e a vida da comunidade da população pobre deste país.A incorporação da categoria inspiração no prêmio Melhores do Ano, o principal prêmio da TV Globo, é o resultado da gestão de Luciano Huck à frente da organização. A categoria já existia dentro do Caldeirão, mas migrou para o domingo no meio da premiação das pessoas e produções da emissora. O resultado foi muito positivo. Segundo Huck, é uma oportunidade única para que as estrelas da emissora, acostumadas com os holofotes, aplaudam de pé pessoas que têm feito um trabalho transformador todos os dias. Foi uma ideia brilhante que se somou ao evento tradicional de forma emblemática.

O prêmio conta com uma gigante equipe de produção e essa categoria inspiração possui a curadoria de pessoas que têm feito um trabalho perseverante para a conscientização racial, como meu colega desta Folha Preto Zezé, os comunicadores AD Jr. e Renê Silva, entre outras pessoas que fazem o trabalho difícil de selecionar três iniciativas entre tantas que acontecem diariamente nesse país e que merecem todo o apoio e reconhecimento.

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POR CAMILA DE MORAES
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PERRENGUES ILUSTRADOS DA MATERNIDADE SOLO

As tirinhas da ’Mãe Solo’, mostram a rotina de uma mãe que cria o filho sozinha e fazem críticas à romantização da maternidade

A vida da ilustradora paulista Thaiz Leão Gouveia ficou de pernas para o ar no penúltimo semestre da faculdade quando ela soube que estava grávida de Vicente, hoje com 2 anos. Diante do desafio de criar uma criança – e ainda por cima sozinha –, ela começou a desenhar seus perrengues, desafios e alegrias da maternidade e a postar em sua página no Facebook. O sucesso das tirinhas aconteceu no melhor estilo ‘curtir e compartilhar’: amigos curtiram as ilustrações que foram surgindo e logo outros pais e mães chegaram até a sua timeline, entre elogios e identificações com a personagem.

O jeito foi criar, em 2014, uma fanpage para a personagem Mãe Solo, que, obviamente, se confunde com a vida da própria autora. De lá para cá há dezenas de tirinhas curtidas e comentadas por mais de 33 mil pessoas, sobretudo, mulheres e mães que se emocionam e dão risadas, e que encontraram ali uma rede de apoio para as dificuldades da maternidade solo. “Quanto mais sobem as curtidas mais aumenta em mim a cobrança por conteúdo e qualidade. Vejo em muito , muito mesmo, dos argumentos contrários às bandeiras que defendo como uma manifestação do instinto de proteger o território que ainda pertence a muita gente. Cada like é um acréscimo de responsabilidade e, enquanto a enorme maiotia das Mãe Solo vai ganhando chão, vou desconstruindo e criticando o meu chão. Assim, vou buscando falar e discutir as coisas que acredito que fazem sentido. Peço todo dia ao grande útero da vida por um pouquinho de iluminação para saber transformar esse mundo”, explica Thaiz.

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POR MADISON DE MORAES
A maternidade é como a vida: desdobra-se de maneira única em cada mulher que a vive
Thaiz Leão

Quadrinhos são um jeito mais leve de mostrar o dia a dia

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O jeito foi criar, em 2014, uma fanpage para a personagem Mãe Solo, que, obviamente, se confunde com a vida da própria autora. De lá para cá há dezenas de tirinhas curtidas e comentadas por mais de 33 mil pessoas, sobretudo, mulheres e mães que se emocionam e dão risadas, e que encontraram ali uma rede de apoio para as dificuldades da maternidade solo. “Quanto mais sobem as curtidas mais aumenta em mim a cobrança por conteúdo e qualidade. Vejo em muito , muito mesmo, dos argumentos contrários às bandeiras que defendo como uma manifestação do instinto de proteger o território que ainda pertence a muita gente. Cada like é um acréscimo de responsabilidade e, enquanto a enorme maiotia das Mãe Solo vai ganhando chão, vou desconstruindo e criticando o meu chão. Assim, vou buscando falar e discutir as coisas que acredito que fazem sentido. Peço todo dia ao grande útero da vida por um pouquinho de iluminação para saber transformar esse mundo”, explica Thaiz. Entre algumas das bandeiras levantadas pela ilustradora-feminista nas tirinhas estão temas como criação com apego, parto humanizado, amamentação em livre demanda, os padrões de comportamentos definidos por gêneros, o papel dos pais na criação dos filhos e a “desconstrução” da romantização da maternidade. Thaiz diz que as tirinhas que geram muita polêmica são aquelas que objetivam quebrar esse encanto e “desromantizar” a imagem da mãe perfeita.

A vida da ilustradora paulista Thaiz Leão Gouveia ficou de pernas para o ar no penúltimo semestre da faculdade quando

soube que estava grávida de Vicente, hoje com 2 anos. Diante do desafio de criar uma criança – e ainda por cima sozinha –, ela começou a desenhar seus perrengues, desafios e alegrias da maternidade e a postar em sua página no Facebook. O sucesso das tirinhas aconteceu no melhor estilo ‘curtir e compartilhar’: amigos curtiram as ilustrações que foram surgindo e logo outros pais e mães chegaram até a sua timeline, entre elogios e identificações com a personagem. De lá para cá há dezenas de tirinhas curtidas e comentadas por mais de 33 mil pessoas, sobretudo, mulheres e mães que se emocionam e dão risadas, e que encontraram ali uma rede de apoio para as dificuldades da maternidade solo. “Quanto mais sobem as curtidas mais aumenta em mim a cobrança por conteúdo e qualidade.

Os próximos passos da mãe solo Thaiz é articular, para 2016, uma forma de rentabilizar as tirinhas sem se render a algum patrocínio. Dicas para ser uma ótima mãe solo? “A maternidade é como a vida: desdobra-se de maneira única em cada mulher que a vive. Eu vivo meu modelo, outra mulher vive o dela e tudo bem. Vejo em muito dos argumentos contrários às bandeiras que defendo como uma manifestação do instinto de proteger o território que ainda pertence a muita gente. Mas eu não quero tomar o território conceitual de ninguém. Quero, antes, é defender o direito meu e de outras mulheres de viverem em paz nos seus”, completa a designer. Como ela mesmo diz em uma de suas tirinhas, a vida é curta demais para se perder tempo tentando ser uma mãe que não existe..

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69 @solosrevista
Série de quadrinhos postados no instagram @a_maesolo

A SEXUALIDADE DA MULHER É QUESTÃO DE SAÚDE?

Tabus e mitos colocam o prazer feminino no consultório médico. Entre exames desnecessários e falta de informação, uma nova ginecologia vem ganhando espaço

A rotina é conhecida de muitas mulheres: após a perda da virgindade, inicia-se o ritual anual da visita à ginecologista. Pouca conversa e exames invasivos, muitas vezes marcados por dor, passam a ser considerados naturais, uma parte essencial  de garantir não só a saúde, mas também o bem estar sexual. No entanto, um novo movimento de ginecologia tem questionado esse padrão que coloca o espéculo e a maca como parte essencial da sexualidade da mulher.

Antes de conhecer essa nova ginecologia, é preciso porém, olhar para trás para entender porque a sexualidade é tratada da forma como a conhecemos. É preciso olhar bem para trás, para o que seria o “início” da humanidade. Tanto na Bíblia, com a figura de Eva, como na Mitologia, com a figura de Afrodite, o corpo da mulher e sua sexualidade, respectivamente, teriam sido criadas a partir do pedaço do corpo de um homem: a primeira veio da costela de um; a segunda, do pênis castrado de um deus. A ideia de que o corpo da mulher seria uma extensão do masculino se perpetuou por muito tempo em várias áreas do saber: os ovários eram conhecidos como “testículos femininos” até o século VXII.

Desde a Grécia Antiga até o final do século XIX, por exemplo, acreditava-se que a histeria, um tipo de neurose, era uma “doença” exclusiva das mulheres. A própria origem da palavra demonstra uma falta de conhecimento, por séculos, do corpo da mulher: histeria vem do grego, “hystéra”, que significa útero.

O psicólogo francês Pierre Janet (1859-1947) e, posteriormente, Sigmund Freud (1856-1939), foram os primeiros profissionais

a associar a histeria a causas psicológicas e não físicas, provando que a neurose pode acometer qualquer pessoa independente do sexo. Mas até o século XX, a histeria das mulheres era tratada com cirurgias – em algumas havia a retirada do útero –, remédios e, nos casos mais leves, com uma massagem clitoriana feita pelos médicos, que levavam as “enfermas” a um estado chamado de “paroxismo histérico”. O orgasmo feminino ainda era desconhecido e a tal massagem nas histéricas nada mais era do que a masturbação feminina, ato que pode e deve ser feito pelas próprias mulheres.

Do tratamento equivocado da histeria até hoje, muitos outros mitos sobre a sexualidade e o corpo da mulher continuam sendo disseminados. E neste contexto de tabus e desinformação, o prazer feminino se torna um assunto problemático que, com frequência, vai parar apenas no consultório médico – e raramente em outros espaços. Ao mesmo tempo em que isso pode ser problemático, historicamente, essa relação entre saúde e sexualidade foi muito importante para lidar com alguns dos mitos existentes.

Disseminar mitos sobre a sexualidade feminina e fazer com que mulheres não tenham conhecimento do próprio corpo teve uma função social histórica: o controle social.O surgimento tardio da ginecologia como uma especialidade da medicina mostra que até o século XXI a sexualidade feminina havia sido pouco explorada. No início, a ginecologia se resumia a pensar e estudar a mulher como um corpo determinado à reprodução somente No século XX – é que o campo da sexologia avançou.

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POR LAIS MODELI

Com o avanço da sexologia e com o surgimento do movimento feminista no século XX, a mulher passou a ser vista como agente e sujeito de prazer sexual. Métodos contraceptivos foram desenvolvidos e a saúde sexual da mulher passou a ser considerada em diversas esferas médicas e sociais.

“O orgasmo aparece como indicador de bem-estar, tanto para homens como para mulheres, no século XX. A partir daí, também surgem novas categorias de patologias relativas ao sexo, novas pedagogias do corpo, novas subjetividades advindas desta realização do sujeito via sua vivência sexual e, certamente, novas estratégias de normalização da sexualidade e do prazer”, explica a antropóloga e doutoranda em antropologia, com ênfase em corpo e saúde pela UFRGS, Lara Costa Duarte.

Desde então, contudo, a sexualidade feminina e os vários mitos ainda disseminados ajudaram a formar um novo contexto: a medicalização da sexualidade. “As últimas décadas assistiram ao aumento de terapias, medicamentos, tratamentos, tecnologias e intervenções que se propõem a auxiliar as pessoas a resolverem desordens e dificuldades de cunho sexual que são traduzidas, de modo literal, em questões referentes à qualidade de vida”, pontua a pesquisadora.

Se por um lado a medicalização da sexualidade fez com que o prazer feminino fosse finalmente um tópico de investigação científica, por outro, ela não foi capaz de tornar o prazer sexual das mulheres algo além de uma função secundária ao prazer sexual dos homes de todas as idades..

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O prazer feminino também deve ser tratado como uma questão de saúde

ENTENDA POR QUE MUITAS MULHERES TÊM PROBLEMAS PARA AMAMENTAR

Novas pesquisas sobre a composição do leite materno e os fatores que influenciam sua produção podem mudar a vida de milhões de pessoas

POR AMY MCKEEVER

MESMO

grogue após a sedação, Chandra Burnside foi inflexível sobre amamentar seu filho primogênito. Era maio de 2010, e a então lobista de 29 anos tinha acabado de dar à luz em uma cesariana de emergência em um hospital da Virgínia. Aborrecida por o parto não ter saído conforme o planejado, Burnside estava determinada a amamentar corretamente. Mas isso também não saiu conforme o planejado. Burnside amamentou e bombeou o leite materno 24 horas por dia para manter seu suprimento fluindo, assim como ela aprendeu em uma aula de 45 minutos que teve durante a gravidez. Mas depois de algumas semanas, seu filho ainda não estava ganhando peso.O pediatra insistiu para que ela o alimentasse mais, e a mãe foi aconselhada a suplementar o bebê com fórmula infantil se não conseguisse produzir leite materno suficiente. Mas Burnside se recusou a desistir de amamentar.

Jennifer McClure e a filha Esme com a bomba para tirar leite que ela recebeu durante uma internação prolongada. Jennifer bombeava a cada três horas enquanto mãe e filha estavam separadas, em um esforço para amamentar. Porém, Esme desenvolveu uma preferência pela mamadeira.

De acordo com os Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA, mais de 80% das novas mães norte-americanas tentam amamentar. No entanto, após três meses – tempo da licença maternidade nos EUA, metade do período recomendado para amamentação – apenas um quarto das mulheres amamentam durante um semestre, o recomendado pela Academia Americana de Pediatria. Muitas mães passam a substituir (às vezes por completo) o leite materno pela fórmula infantil. Mas a escassez de fórmula causada pela contaminação por bactérias que provocou um recall abrangente trouxe à luz os desafios generalizados que as mulheres que amamentam enfrentam.

Embora as estimativas mostram que apenas cerca de 5 a 10 por cento das mulheres são fisiologicamente incapazes de amamentar, muitas outras dizem que não estão produzindo o suficiente ou que há algo faltando no leite materno que impede o bebê de prosperar. No entanto, há surpreendentemente pouca pesquisa sobre falhas na lactação e, falta apoio institucional igualmente mínimo para mulheres que estão tentando amamentar.

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É importante contar com uma rede de apoio na criação de um filho Foto por Nat Geo

Em contraste com a indústria de laticínios, que financiou extensos estudos de lactação em bovinos, os pesquisadores pouco fizeram sobre o leite humano.

Nos últimos anos, no entanto, pesquisas sobre o leite materno estão ganhando força à medida que os cientistas investigam fatores como genética, exposições ambientais e dieta, na esperança de fornecer respostas para futuras gerações de mães. “A ciência está evoluindo tão rápido que acho que na próxima década será muito legal estar neste campo”, diz Shannon Kelleher, pesquisadora de ciências biomédicas e nutricionais da Universidade de Massachusetts Lowell.

Buscando suas próprias respostas, Burnside foi ver um endocrinologista para descobrir se ela poderia ter resistência à insulina, o que ouviu dizer que poderia causar baixa produção de leite. Embora os exames tenham revelado que ela tinha alguns marcadores para a síndrome dos ovários policísticos, que podem causar resistência à insulina, o endocrinologista disse que ela não precisava de medicação para melhorar sua sensibilidade à insulina.

Por fim, Burnside se juntou a um grupo de apoio onde encontrou encorajamento, mas nenhuma resposta. Ela continuou a amamentar, mas relutantemente suplementada com fórmula. “Eu ainda estava realmente me debatendo”, lembra.

A biologia da amamentação

A amamentação pode parecer simples para o observador casual – uma mulher levanta a criança no peito e o bebê assume o trabalho a partir daí, certo? Mas, como as mães sabem, a lactação é um processo complexo que pode dar errado de várias maneiras. Há cerca de uma dúzia desses aglomerados em cada mama, e cada um contém dois tipos de células. As células dentro dos alvéolos produzem leite e as células musculares ao redor dessas estruturas se contraem, empurrando o leite para os ductos.

“É realmente uma orquestração afinada de diferentes hormônios que se ligam a seus receptores muito específicos e conduzem reações muito específicas”, explica Kelleher.

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Basicamente começam a atacar as outras partes da célula
Shannon Kelleher

A lactação é a fase onde o recém-nascido adquire todos os nutrientes necessários para seu desenvolvimento

Há cerca de uma dúzia desses aglomerados em cada mama, e cada um contém dois tipos de células. As células dentro dos alvéolos produzem leite e as células musculares ao redor dessas estruturas se contraem, empurrando o leite para os ductos.

Quando o bebê nasce, a remoção da placenta desencadeia uma queda repentina no hormônio progesterona, que ativa a produção de leite.

É preciso outra sequência complexa de eventos para liberar o leite. Quando um bebê suga no mamilo, ele ativa impulsos nervosos sensoriais no corpo da mãe que liberam prolactina e ocitocina. Esses hormônios estimulam as células da glândula mamária a liberar leite. Para manter o processo de lactação, o bebê deve mamar regularmente ou a glândula mamária retornará ao seu estado pré-gravidez.

Como a amamentação dá errado

Quando Burnside estava grávida de seu segundo filho, em 2012, ela tinha uma compreensão muito melhor da amamentação: suas dificuldades para alimentar seu primogênito inspiraram Burnside a mudar de carreira e se inscrever em um programa de enfermagem para estudar lactação.

“Na minha cabeça, isso seria o grande divisor de águas”, conta. Ao contrário de sua primeira gravidez, Burnside entrou na sala de parto munida de conhecimento de todas as potenciais “armadilhas”, como ela as chama, que podem atrapalhar a produção de leite suficiente. Isso inclui esperar muito tempo para alimentar o recém-nascido e oferecer fórmula em vez do seio nos primeiros dias de vida.

“Esse é um momento muito crítico para estabelecer a lactação”, esclarece Parul Christian, diretor do programa de nutrição humana da Escola de Saúde Pública Johns Hopkins Bloomberg. Os especialistas recomendam a amamentação dentro de uma hora após o nascimento para iniciar o processo de sinalização hormonal. Oferecer fórmula também priva o recém-nascido do colostro – a primeira forma de leite materno que o corpo produz por dois a quatro dias após o nascimento, que é repleto de nutrientes vitais, anticorpos e antioxidantes.

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Muitas mulheres podem superar seus problemas de produção de leite com apoio e educação, diz Ann Kellams, pediatra da Universidade da Virgínia e presidente da Academia de Medicina de Aleitamento Materno. Como Burnside, a maioria dos pais de primeira viagem recebe apenas treinamento básico em amamentação – e eles não estão sozinhos. Kellams diz que a maioria das escolas médicas oferece pouco treinamento sobre a ciência da lactação. Durante sua própria residência em pediatria, ela diz que as sessões de educação sobre amamentação em seu hospital na hora do almoço foram lideradas por representantes de empresas de fórmulas.

Se pais e médicos fossem mais bem informados, Kellams argumenta que isso pode deixá-los mais à vontade. Por um lado, eles podem se preocupar menos com a baixa produção de leite se entenderem que a quantidade de leite que produzem varia de acordo com o estágio de desenvolvimento do bebê – e às vezes o recém-nascido não precisa de muito. E enquanto muitos pais suplementam o leite materno com fórmula quando o primeiro parece baixo, isso pode sair pela culatra e diminuir ainda mais a produção de leite.

“Você tem que estar sinalizando desde o início, toda vez que seu bebê está com fome, para que seu corpo saiba que deve, precisa e que vai produzir leite”, diz Kellams. “Pode levar semanas para recuperar seu suprimento. Não é como um interruptor de luz que você simplesmente liga e desliga.”

Às vezes, o desafio também pode estar do lado do bebê. Condições como a língua presa – quando uma faixa de tecido prende a ponta da língua ao assoalho da boca – podem impedir que o bebê estimule adequadamente o mamilo. Os novos pais não devem ser forçados a lidar com todos esses problemas potenciais, diz Kellams. Ela defende o acesso a consultores de lactação, que podem solucionar problemas, bem como apoio institucional, como licença maternidade remunerada, o que torna mais viável a rotina ininterrupta de alimentação e extração.

Mas mesmo o acesso a cuidados de saúde excelentes não será suficiente para todas as mulheres. Não era para Burnside. Ela conseguiu passar cerca de duas semanas amamentando seu segundo filho antes que o pediatra a advertisse de que algo mais precisava ser feito. com duas semanas, os bebês normalmente bebem de 50 a 90 gramas a cada duas horas.

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Burnside ainda tinha falta de cerca de 180 gramas de leite por dia – e ninguém tinha ideia do porquê. Esme Smith ignora uma mamadeira de leite materno de sua mãe. Jennifer queria que sua filha tivesse todos os benefícios do leite materno para a saúde, mas o trabalho de extração frequente prejudicou seu próprio bem-estar. “Você tem que estar sinalizando desde o início, toda vez que seu bebê está com fome, para que seu corpo saiba que deve, precisa e que vai produzir leite”,

Não é você, é a biologia

Existem várias condições médicas que são conhecidas por interferir na lactação: a cirurgia de mama – seja uma mastectomia, aumento ou redução – pode destruir a arquitetura da glândula mamária, e também há uma condição rara em que as mulheres não desenvolvem tecido mamário suficiente durante a puberdade. Problemas de tireóide, diabetes e síndrome do ovário policístico podem afetar os níveis hormonais, interrompendo a delicada interação necessária para manter o leite fluindo. E descobriu-se que o estresse crônico esgota a energia que o corpo precisa para produzir leite. “Na minha cabeça, isso seria o grande divisor de águas”, conta.

Mas Kelleher diz que existem outros fatores biológicos que podem afetar a produção de leite de uma mulher. Destes, os pesquisadores sabem mais sobre dieta. A obesidade e a desnutrição afetam os níveis hormonais do corpo, e Christian diz que a dieta da mãe pode influenciar o perfil de gordura e vitaminas do leite. É por isso que muitas mulheres que amamentam tomam suplementos nutricionais e são incentivadas a consumir uma dieta saudável e evitar déficits calóricos repentinos.

Kelleher diz que há uma crescente curiosidade sobre o papel que os antioxidantes podem desempenhar também na redução do estresse oxidativo, um estado em que os elétrons nocivos no corpo “basicamente começam a atacar diferentes partes da célula”. Se esses elétrons matarem as células da glândula mamária, isso pode encolher os alvéolos e devolvê-los ao estado pré-gravidez. Acredita-se que antioxidantes como o feno-grego, um ingrediente comum em suplementos de lactação, ajudem a estabilizar esses elétrons..

Rafaela com seu bebê de 11 meses, Lucas

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COMO RESGATAR O AMOR PRÓPRIO DEPOIS DA MATERNIDADE

Que tal colocar em prática o exercício diário de olhar com mais carinho para si mesma e recuperar os pequenos prazeres, aqueles que fazem tão bem a você?

Poucos acontecimentos na vida são tão contraditórios quanto a maternidade: ao mesmo tempo em que o amor pelo bebê cresce, a preocupação, a exaustão com a nova rotina e até a crise de identidade que vêm no pacote podem enlouquecer as mães – e fazer a autoestima despencar. Pesquisadores da Universidade de Tilburg, na Holanda, analisaram, durante nove anos, os dados de mais de 84 mil mulheres norueguesas e descobriram que há um declínio na autoestima durante a gestação, seguido por um aumento nos seis primeiros meses após o parto, passando por uma nova queda até a criança completar 3 anos.

De fato, a tendência natural nos primeiros anos é que os cuidados com os filhos tomem boa parte do nosso tempo. O autocuidado? Ah, esse fica lá no fim da lista de prioridades. A questão é que, para cuidar do outro, primeiro é preciso cuidar de si. E isso não tem nada a ver com egoísmo. Uma mãe mais feliz com certeza vai criar um filho mais feliz também. Não sabe por onde começar? Nós damos uma forcinha!

Com todas as demandas que vêm com o bebê, mal sobra tempo para ir ao banheiro... Que tal forçar um pouco a barra e separar uma hora do dia apenas para você? Para isso, vale contar com aquela ajuda da avó ou de uma amiga mais chegada. “Acredite: tomar um café bem gostoso naquela cafeteria que você sempre frequentou, dar uma volta na praça do seu bairro ou até mesmo não fazer nada são atitudes valiosas para recarregar as energias e retomar o gosto pelos hábitos que apreciou, mas que ficaram adormecidos com a chegada do seu filho”, diz a psicóloga paulista Letícia Gonçalves.

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POR ALINE DINI
Que tal forçar um pouco a barra e separar uma hora do dia apenas para você?
Carla Falcão

Mãe de Catarina, 1 ano, e que, após o nascimento da filha, sente na pele o desafio que é colocar-se como prioridade, mesmo que por alguns instantes.

Olhar com carinho para o seu corpo é também uma maneira de resgatar o amor próprio e se sentir melhor para encarar as outras tarefas do dia. Um banho mais demorado, com direito a automassagem e hidratação no cabelo fará você mais feliz? Aproveite os momentos estão dormindo ou quando há ajuda para cuidar delas e invista nisso. A publicitária Carla Falcão, 39, mãe do Miguel, 4, decidiu que esse ano cuidaria mais de si, e já sentiu os reflexos em várias áreas da vida. “Desde o começo do ano, passei a me maquiar e a cuidar do meu corpo durante 30 minutos, três vezes por semana. Não fiz isso por obrigação ou pressão pelo corpo perfeito. Pelo contrário: sabia que isso me ajudaria a admirar ainda mais a figura que eu encarava todo dia no espelho. E deu certo. Além de ânimo para lidar com a casa e as demandas do meu filho, passei a ter clareza para tomar novas decisões como empreendedora. Hoje, chego em casa com uma energia melhor, que contagia todos ao meu redor. De fato, quando a gente se cuida, tudo melhora”, conta ela, que influencia centenas de outras mulheres do grupo de empreendedorismo materno SocialMom.

Não caia na armadilha de comparar o seu corpo antes de ter filhos com o de agora. Muito menos o compare com o de outras mães. Cada um tem uma história e é preciso acolher e abraçar a mulher que você se tornou. Se tentar voltar a ser a mulher que você era traz sofrimento, simplesmente pare..

Se sentir bem é muito mais que uma questão de beleza, é bom para seu emocional e físico

81 @solosrevista

PRÊMIO CAMÕES ENTREGUE COM ATRASO A CHICO BUARQUE

Bolsonaro se recusou a assinar documentação necessária para que Chico Buarque recebesse diploma, apesar de governo português tê-lo feito

Depois de quatro anos de espera, o cantor, compositor e escritor Chico Buarque, de 78 anos, recebeu nesta segunda-feira (24/4) em Sintra, Portugal, o prêmio Camões, o mais importante da literatura de língua portuguesa.

Um dos motivos da demora se deveu à recusa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em assinar a documentação necessária para que o artista recebesse o diploma em 2019, segundo explicou à BBC News Brasil o ministro da Cultura de Portugal, Pedro Adão e Silva. A entrega também ficou prejudicada pelo confinamento imposto pela pandemia de covid-19.

Em sua fala ao receber a premiação, em um salão nobre no Palácio Nacional de Queluz, Buarque, visivelmente emocionado, fez alusão a Bolsonaro, mas não o citou nominalmente.

“O ex-presidente (Bolsonaro) teve a rara fineza de não sujar o diploma de Camões, deixando o espaço em branco para a assinatura do presidente Lula”, afirmou ele.

Segundo Buarque, “quatro anos de governo funesto duraram uma eternidade, porque foi um tempo em que o tempo parecia andar para trás. Aquele governo foi derrotado nas urnas, mas não podemos nos distrair, a ameaça fascista persiste”, acrescentou.

“Recebo este prêmio menos como honraria pessoal, mas mais como desagravo pelos artistas brasileiros ofendidos por esse anos de estupidez e obscurantismo”, finalizou.

Falando antes de Buarque, Lula disse que o prêmio corrigia “um dos maiores absurdos da cultura brasileira dos últimos tempos”. Uma História de Poligamia é um de seus romances mais famosos.

82 B.O
Não podemos esquecer que a negação das artes também foi uma marca das ditaduras
POR LUÍS BARRUCHO
Lula

“O ataque a cultura em todas as suas formas foi uma dimensão do projeto que a extrema direita tentou implementar no Brasil. Se hoje estamos aqui para fazer essa espécie de celebração e reparação da obra do Chico é porque finalmente a democracia venceu no Brasil”, contou a nós.

“Não podemos esquecer que obscurantismo e a negação das artes também foi uma marca das ditaduras. Esse prêmio é uma resposta do talento contra a censura, do engenho contra a força bruta”, acrescentou o atual presidente Lula.

Chico Buarque estreou como escritor de ficção em 1974, com a novela Fazenda Modelo. Em 1979, publicou o livro infantil Chapeuzinho Amarelo. Seu primeiro romance, Estorvo, foi lançado em 1991. Quatro anos depois, publicou o segundo, Benjamin. Em 2003, lançou Budapeste; em 2009, Leite Derramado e em 2014, Irmão Alemão. Ele escreveu as peças de teatro Roda Viva (1968); Calabar (1972, juntamente com Ruy Guerra); Gota D’Água (1974, com Paulo Pontes), e Ópera do Malandro (1978)

O prêmio Camões foi criado em 1988 “com o objetivo de consagrar um autor de língua portuguesa que, pelo conjunto de sua obra, tenha contribuído para o enriquecimento do patrimônio literário e cultural do idioma”, segundo o brasileiro Ministério da Cultura (Minc).

É considerado a mais importante premiação da língua portuguesa e contempla anualmente autores da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP). Seu nome homenageia 0 poeta português Luís de Camões (1524-1580)..

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Chico Buarque recebemdo seu prêmio ao lado de Lula

JÁ FAZEM 100 DIAS. QUE MEDIDAS FORAM TOMADAS NESSE TEMPO?

Presidente resgatou programas como Bolsa Família, Minha Casa Minha Vida, Mais Médicos, entre outras políticas, que voltaram nesse governo

POR MEL DUARTE

DESDE

que assumiu a presidência em primeiro de janeiro, ele viajou à Argentina, ao Uruguai, e também visitou os Estados Unidos. Uma viagem à China deveria ter ocorrido em 25 de março, mas acabou adiada após o presidente ser diagnosticado com uma pneumonia. Se não houver novos imprevistos, Lula deve embarcar para cumprir a tão aguardada agenda com os chineses nesta terça-feira, 11.

Combustíveis

Para evitar um desgaste e perda de popularidade logo no início da gestão, o governo prorrogou a desoneração dos combustíveis, que foi em parte revertida nos casos da gasolina e do etanol em 28 de fevereiro. Agora, o mercado e agentes econômicos esperam pela reoneração completa dos combustíveis para automóveis.

Auxílio de R$ 600 e auxílio gás

O governo garantiu a manutenção do adicional de R$ 200 para o Auxílio Brasil, que perderia a validade em dezembro de 2022 e deixaria de pagar R$ 600 a mais de 21 milhões de brasileiros. Também houve a manutenção do benefício do auxílio gás, que foi agregado como benefício complementar ao Bolsa Família, recriado em março.

Minha Casa, Minha Vida

Retomada do programa, anunciada em 14 de fevereiro. O governo também implementou uma nova linha de financiamento para famílias com renda familiar de até R$ 8 mil reais.

Mais médicos

Lula trouxe de volta o programa lançado originalmente pela ex-presidente Dilma Rousseff (PT), em 2013, e descontinuado no governo de Jair Bolsonaro (PL), em 2019. O novo formato do programa prevê a abertura inicial de 15.000 novas vagas para profissionais da saúde.

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Lula durante discurso presidencial televisivo Foto por Ricardo Stuckert

Reajuste para servidores

Sem reajustes desde a gestão passada, o novo governo promoveu um reajuste linear de 9% para o funcionalismo público e de 43,6% no vale alimentação, que passou de R$ 438 para R$ 658.

Programa de Aquisição de Alimentos

O governo relançou o programa. A medida é voltada para o fortalecimento da agricultura familiar e garantia de segurança alimentar e nutricional para a população, especialmente quem está em situação de vulnerabilidade social. Ao relançar o programa houve uma ampliação no teto de comercialização de agricultores familiares, indo de R$ 12 mil para R$ 15 mil nas modalidades de doação simultânea, formação de estoque e compra direta.

Novo Bolsa Família

Retomada do nome do programa e nova formatação. Além dos R$ 600 de benefício, o programa passou a contar com um acréscimo de R$ 150 para cada criança de 0 a 6 anos de idade. A partir de junho, haverá um adicional de R$ 50 para cada integrante da família com idade entre sete e 18 anos incompletos e para gestantes.

Fundo Amazônia

Retomada do programa de apoio a medidas de proteção da região financiado com recursos estrangeiros, que estava paralisado desde o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Novas doações somaram R$5,4 bilhões.

Isenção do imposto de renda

Anúncio do aumento da faixa de isenção do Imposto de Renda de Pessoa Física (IRPF) para até R$ 2.640 mensais. partir de junho, haverá um adicional de R$ 50 para cada integrante da família com idade entre sete e 18 anos incompletos e para gestantes.

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Novas doações
já somaram R$5,4 bilhões para o projeto de lei
Lula

Lula em proclamação no planalto da República Foto por

Marco do Saneamento

Por meio de decreto que ainda está sendo digerido por agentes econômicos e advogados, o governo federal alterou o Novo Marco Legal do Saneamento (Lei 14.026 de 2020) e abriu espaço para que as empresas estatais continuem a ser protagonistas no setor, sem que haja a necessidade da abertura de editais de licitação. O marco tinha o objetivo de atrair a iniciativa privada para o setor.

Como analisado em artigo à EXAME por Isadora Cohen e Fernando Marcato, 0 novo regramento devolve protagonismo às estatais do saneamento. Diante das críticas em relação às “tímidas” ações do governo nestes primeiros 100 dias, nos quais nenhuma grande proposta voltada para a área econômica foi implementada, o presidente cobrou durante uma reunião ministerial na semana passada que os ministros apresentassem propostas para os próximos meses.

“Na próxima segunda-feira, 10, ao fazer avaliação dos cem dias, vamos ter que anunciar o que a gente vai fazer para frente, porque os cem dias vão fazer parte do passado. A gente vai ter que discutir o que fazer do ponto de vista do investimento na área industrial agrícola, o que a gente vai fazer na área de ciência e tecnologia”, disse o petista em discurso no começo da reunião. A fala foi transmitida pela TV Brasil.

Em reunião com seus 37 ministros, Lula lanço um apanhado de tudo o que foi feito nos cem primeiros dias. E apresentou propostas para o que pretende realizar ainda neste ano e nos próximos durante sua permanência na presidência da República.

Novo Marco das PPPs

Iniciando a rodada de medidas focadas em melhorar o desempenho econômico do país, o Ministério da Fazenda anunciará, após a viagem do presidente à China, um pacote de medidas para estimular parcerias público-privadas (PPPs) e concessões em estados e municípios. Anúncio do aumento da faixa de isenção do Imposto de Renda de Pessoa Física (IRPF) para até R$ 2.640 mensais. Retomada do programa, anunciada em 14 de fevereiro. O governo também implementou uma nova linha de financiamento para famílias com renda familiar de até R$ 8 mil reais.

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Reforma tributária

Uma das mais importantes propostas para melhorar o ambiente econômico do país, o governo deve se debruçar na implementação da reforma tributária que está em discussão num grupo de trabalho na Câmara. Trata-se da junção de duas propostas: a PEC 45 – IVA único para União, estados e municípios, mas um imposto seletivo (sobre produtos nocivos) –, e a PEC 110 – IVA Dual, ou seja, um imposto para estados e municípios, além de outro para o governo federal e, também, um imposto seletivo (sobre produtos nocivos).

Para evitar um desgaste e perda de popularidade logo no início da gestão, o governo prorrogou a desoneração dos combustíveis, que foi em parte revertida nos casos da gasolina e do etanol em 28 de fevereiro. Agora, o mercado e agentes econômicos esperam pela reoneração completa dos combustíveis.

Na terça-feira, 11, o grupo deve apresentar um texto preliminar com os pontos consensuais e um apanhado geral no grupo de trabalho da Câmara. A proposta deve ser aprovada - espera-seaté o final deste ano nas duas Casas.

Novo arcabouço fiscal

Já anunciado pelo governo, o texto elaborado pelo Planalto deve ser enviado ao Congresso até sexta-feira, 14. A intenção é que a nova regra esteja presente na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), que deve ser enviada aos parlamentares até o dia 15. Dessa forma, a nova âncora fiscal já passaria a valer a partir do próximo ano.

Novo PAC

Ainda sem nome, a expectativa é que a nova versão do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) aconteça até o fim de abril. No novo formato o programa deve focar em 6 eixos: água para todos (projeto nacional com foco em saneamento básico); comunicação; energia; infraestrutura; investimento social; transporte.

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Desenrola

Programa de renegociação de dívidas idealizado pelo governo. Era uma das promessas de campanha de Lula, já deveria ter sido implementada, o que não ocorreu devido a um problema operacional, mas de acordo com o ministro da Fazenda, deve ser lançado ainda no primeiro semestre deste ano.

Como analisado em artigo à EXAME por Isadora Cohen e Fernando Marcato, 0 novo regramento devolve protagonismo às estatais do saneamento. Diante das críticas em relação às “tímidas” ações do governo nestes primeiros 100 dias, nos quais nenhuma grande proposta voltada para a área econômica foi implementada, o presidente cobrou durante uma reunião ministerial na semana passada que os ministros apresentassem propostas para os próximos meses. O governo também implementou uma nova linha de financiamento para famílias com renda familiar de até R$ 8 mil reais em todo o Brasil.

“Na próxima segunda-feira, 10, ao fazer avaliação dos cem dias, vamos ter que anunciar o que a gente vai fazer para frente, porque os cem dias vão fazer parte do passado. A gente vai ter que discutir o que fazer do ponto de vista do investimento na área industrial agrícola, o que a gente vai fazer na área de ciência e tecnologia”, disse o petista em discurso no começo da reunião. A fala foi transmitida pela TV Brasil.

Novos Projetos de Lei

Retomada do nome do programa e nova formatação. Além dos R$ 600 de benefício, o programa passou a contar com um acréscimo de R$ 150 para cada criança de 0 a 6 anos de idade. A partir de junho, haverá um adicional de R$ 50 para cada integrante da família com idade entre sete e 18 anos incompletos e para gestantes.

Meio Ambiente

Retomada do programa de apoio a medidas de proteção da região financiado com recursos estrangeiros, que estava paralisado desde o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

A âncora fiscal passaria a valer a partir desse próximo ano

Lula em entrevista coletiva com jornalistas

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. “
Lula

NÚMERO DE MÃES SOLO CRESCE NO BRASIL

No primeiro semestre de 2023 a taxa de nascidos que possuem somente o nome da mãe cresceu 0,57%.

NASCIMENTOS COM MÃE SOLO NO BRASIL

5,83% 5,85%

6,07%

6,38%

6,95%

2019 2020 2021 2022 2023

EVOLUÇÃO DAS LEIS SOBRE MATERNIDADE

1973

Surge no Brasil a licença-maternidade com a CLT. Inicialmente, o afastamento era de 84 dias, e era pago pelo empregador.

1973 1975

A Organização Internacional do Trabalho recomendou que os custos com a licença-maternidade fossem pagos pelos sistemas de previdência social, no Brasil. A licença-maternidade de 120 dias, como é hoje, foi garantida pela Constituição Federal, em 1988.

Criou-se a assitência pré-escolar, a mesma será prestada aos dependentes dos servidores públicos da Administração Pública Federal. O valor-teto para a Assistência Pré-Escolar em 2016, foi reajustado para R$ 321,00.

92 B.O

As mães solo no Brasil chegam a 11 milhões segundo o IBGE. E desde 2019, esse número vem aumentando de acordo com dados obtidos pelo Portal de Transparência do Registro Civil. Isso ocorre porque os registros de nascimentos onde o pai é ausente também vem crescendo. A situação de cidadania e pertencimento dos crianças é afetada e alarmante, pois só no primeiro semestre de 2023, a taxa de nascidos que possuem somente o nome da mãe cresceu 0,57%.

PORCENTAGEM DE MÃES SOLO POR REGIÃO

A maior quantidade de mães solo se concentra na região norte do país por conta da renda média recebida ser menor em comparação a outros estados, acarretando em condições de vida mais precárias e um abandono paterno maior.

MÃES SOLOS NO BRASIL

Não é novidade para ninguém que o Brasil é um país historicamente racista. Assim, a maioria das mães solo está vivendo em uma situação precária.

1988 2003 2021 2021

As empresas com mais de 30 empregadas são obrigadas a disponibilizar no local de trabalho salas de apoio à amamentação e coleta de leite materno adequadas. Para realizar a amamentação, a mulher passou a ter direito a dois descansos especiais de meia hora cada durante sua jornada de trabalho.

O Programa Bolsa Família, programa de transferência de renda do governo federal do Brasil, foi instituído no governo Lula. Desde sua criação, prioriza as mulheres como responsáveis pelo recebimento do benefício financeiro.

O Bolsa Família retoma após o seu fim no governo Bolsonaro, o novo Bolsa Família propõe que mães solteiras tenham direito ao benefício, que teria requisitos similares ao Auxílio Emergencial, porém contaria com o dobro do valor do antigo auxílio. Até o momento, o auxílio para mães solteiras é apenas um Projeto de Lei.

Projeto de Lei dos Direitos da Mãe Solo, assegura por 20 anos uma série de benefícios como: prioridade em creches, cotas de contratação em grandes empresas e licença-maternidade de 180 dias.

Fonte: www.gov.br

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61% pretas 28% brancas 7,7% brancas 11,9% pretas 3,7% brancas 8,8% pretas 9,4% brancas 13,9% pretas
Fonte: ANDI Fonte: Registro Civil Fonte: IBGE Fonte: www.gov.br 11% outras raças

COMUNICAÇÃO É A CHAVE PARA UM BOM SEXO!

Sabemos que a comunicação é indispensável em uma relação mas quando o assunto é sexo, pode ser difícil conversar sobre

Por que acho difícil falar meus desejos?

Você pode achar difícil comunicar seus desejos porque sempre foi esperado que mulheres atuassem passivamente no sexo, sem apontar o que lhes dessem prazer. Muitas vezes, nem sabemos o que gostamos ou preferimos — e tudo bem, já que fomos privadas desse assunto por sempre ser tratado como um tabu — ou sentimos medos de como isso será interpretado e recebido pela parceria.

Saiba o que você quer

Seja sincera com você mesma e entenda que, em alguns momentos, será necessário tocar em assuntos desconfortáveis. Evitar abordar questões conflituosas ao se comunicar só faz diminuir a chance dos problemas serem resolvidos. Quanto mais segura você estiver do que quer comunicar, mais fácil será lidar com tudo isso sem desviar do assunto

Com o hábito de conversar sobre sexo, sua parceria pode trazer uma necessidade ou um pedido que você não está disposta a atender. Nesse caso, não se force e não negociePara que a conversa seja eficaz, comunique-se com clareza, sem palavras de duplo sentido ou indiretas. Deixe o tom acusatório de lado e não fale sobre o outro, e sim sobre você: como se sente diante de tais situações e quais são suas necessidades. Assim, o outro tem a chance de te escutar e dialogar, sem precisar se defender a todo custo. Entenda onde e quando o papo pode fluir de forma mais tranquila, gostosa e respeitosa.

94 CLÍMAX
Você pode dizer “não” sempre que quiser mesmo que já tenha começado

Descubra o momento para se comunicar

Ninguém melhor do que você para saber quando e como conversar com sua parceira. Não existe o momento certo para se comunicar, e sim o melhor momento para vocês. Cada relação tem sua própria dinâmica e ninguém melhor do que você mesma para saber a forma mais adequada para dialogar com sua parceria. Entenda onde e quando o papo pode fluir de forma mais tranquila, gostosa e respeitosa.

Construam juntos um espaço de segurança! Uma só conversa não resolve todos os problemas mas abre espaço para que esse diálogo se torne um hábito cada vez mais recompensador e satisfatório. Para isso acontecer, precisamos nos sentir respeitadas e não julgadas, encontrando na conversa com a parceria um espaço de acolhimento, confiança e segurança.

Não passe por cima dos seus limites

O diálogo abre espaço para experimentar coisas novas no sexo e na relação, mas todas elas devem estar pautadas no consentimento. Você pode dizer “não” sempre que quiser, mesmo que já tenha começado o ato. Você também tem o direito de negar qualquer prática quando não estiver afim. Por isso, não passe por cima dos seus limites e faça somente o que desejar, não o que é cobrado ou esperado de você. Com o hábito de conversar sobre sexo, sua parceria pode trazer uma necessidade ou um pedido que você não está disposta a atender. Entenda onde e quando o papo pode fluir de forma mais tranquila. .

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É importante se conhecer para saber mais sobre seu corpo

SE TOCA! QUAL A IMPORTÂNCIA DA MASTURBAÇÃO?

Quando o assunto é masturbação, muitas pessoas acabam vendo o tema como um tabu, porém é importante desconstruir todo o peso negativo que ainda existe

POR PANTYNOVA

A PRIMEIRA

questão que precisa ser esclarecida é: masturbação não é errado. Infelizmente ainda existe preconceito em relação a essa prática, o que faz com que muitas pessoas, principalmente mulheres, deixem de explorar suas possibilidades e acabem não conhecendo o próprio corpo e as próprias preferências. Sendo assim, deixe de lado a partir de agora tudo de negativo que você já ouviu sobre masturbação, pois ela produz efeitos em diversos níveis no corpo. Ademais, outra coisa que precisa ser pensada é que a masturbação não é apenas para pessoas que possuem pênis, isso é algo que vem de uma cultura falocêntrica e que existe tanto no sexo quando fora dele.

Com isso, aprender mais sobre o tema vai ajudar você a se desvencilhar das críticas e conceitos que a sociedade estabelece, principalmente em relação à masturbação feminina, que é a mais injustiçada. Todas podem fazer uso da masturbação, não importa o gênero, etapa da vida na qual você se encontra ou qualquer outra tentativa de inserir as pessoas em caixas e estabelecer definições que só servem para prejudicar.

Os benefícios da masturbação podem ser sentidos fisicamente, mentalmente, até mesmo em termos de empoderamento e quebra de estigmas. Isso porque uma pessoa que não depende de outra para se conhecer e se proporcionar prazer é uma pessoa que entendeu o que é ser livre. Dentro disso, alguns dos principais benefícios são: autoconhecimento e independência; alívio de dores; melhora no humor; melhora da autoestima; redução de ansiedade e estresse; melhora do sono; fortalecimento do sistema imunológico; ajuda no controle da ejaculação; aumento da consciência do prazer; aumenta a felicidade.

Sendo assim, deixe de lado a partir de agora tudo de negativo que você já ouviu sobre masturbação, pois ela produz efeitos em diversos níveis no corpo. Ademais, outra coisa que precisa ser pensada é que a masturbação não é apenas para pessoas que possuem pênis, isso é algo que vem de uma cultura falocêntrica e que existe tanto no sexo quando fora dele. Todos devem ter o direito de sentir prazer com o próprio corpo sem ter medo disso. “Explore esses pontos também, junto com a masturbação, e anote o que você gostou ou não durante o ato”.

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A masturbação também pode proporcionar o alívio de cólicas menstruais

Alívio de dores

Outro grande benefício que a masturbação possui é o alívio de dores, inclusive de cólicas menstruais. Isso acontece porque durante a excitação e o orgasmo, hormônios importantes são liberados pelo organismo, como a endorfina, que é um hormônio que tem capacidade de reduzir dores. Ademais, as cólicas menstruais podem ser aliviadas com a masturbação também pelo fato de que, depois de um orgasmo, a musculatura do útero relaxa após a contração, fazendo com que o fluxo sanguíneo seja liberado com mais facilidade por todo o corpo,

Melhora no humor

A melhora do humor está entre os benefícios da masturbação, porque a prática libera mais um hormônio que é a serotonina, a qual faz o humor ser equilibrado no organismo. Com isso, além de melhorar o humor, você também pode notar melhoras na memória, no apetite, no sono e até mesmo na qualidade do sexo, o que acontece não só pela liberação hormonal, como também pela satisfação do autoconhecimento e da exploração do próprio corpo.

Melhora da autoestima

Entre os benefícios, a melhora da autoestima também precisa ser mencionada. Isso acontece também pela liberação de outro hormônio durante a masturbação, que é a ocitocina, que tem impacto direto na melhora da confiança e em como você entende seu próprio corpo.

Para quem ainda se sente desconfortável para se tocar ou ter relações sexuais nesses dias, a especialista alerta: “É gostoso se masturbar durante o período menstrual, e precisamos aprender que a menstruação é um processo natural dos nossos corpos”.

Sendo assim, estudos indicam que pessoas que têm o hábito de se masturbar têm tendência a possuir uma autoestima mais elevada, principalmente em relação às mulheres, pois isso tem íntima relação com a descoberta dos próprios desejos, vontades e satisfação pessoal, elevando a forma como você se sente consigo mesma.

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Nunca esqueça de fazer o mínimo! Você tem direito de exigir isso
Mariana Barbosa

A masturbação vai muito além do prazer

Favorece o autoconhecimento e a independência Gabriela lembra que, sem conhecer a própria vulva, você não sabe o que gosta e como gosta, nem como se dar prazer. “Não conhecer o próprio corpo é semelhante a morar em uma casa que você não conhece e deixar alguns cômodos sem cuidado e atenção”, comenta. Todas podem fazer uso da masturbação.

Alivia cólicas

Com a contração do útero e o relaxamento da musculatura genital após o orgasmo, também se favorece a saída do sangue menstrual, aliviando os sintomas. Para quem ainda se sente desconfortável para se tocar ou ter relações sexuais nesses dias, a especialista alerta: “É gostoso se masturbar durante o período menstrual, e precisamos aprender que a menstruação é um processo natural dos nossos corpos”.Outro grande benefício que a masturbação possui é o alívio de dores, inclusive de cólicas menstruais. Isso acontece porque durante a excitação e o orgasmo, hormônios importantes são liberados pelo organismo, como a endorfina, que é um hormônio que tem capacidade de reduzir dores.

É seguro

A terapeuta destaca a importância da masturbação para desconstruir papéis sociais femininos que podem levar a uma pressão social, prejudicando a saúde sexual. “Infelizmente, existe o conceito de que mulheres não possuem essa necessidade, o que é estranho e incoerente com a nossa própria natureza, porque possuímos um órgão genital incrível cuja função é dar prazer (o clitóris)”, finaliza.

Auxilia no desempenho sexual

Quanto mais você conhece o seu corpo, maiores são as possibilidades de ter e se dar prazer. A terapeuta aconselha não focar apenas no estímulo da vulva, pois “seios, pernas, pescoço, pés, mãos, barrigas e costas também são zonas de prazer”.

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Previne infecções

O processo de excitação contribui para a abertura do colo do útero. Com isso, há um alongamento nessa região que induz a circulação de fluidos cervicais cheios de bactérias oportunistas. Também há estudos que apontam um aumento na produção de imunoglobulina A, fortalecendo o sistema imunológico.

Musculação pélvica

Cá entre nós, a masturbação é um verdadeiro exercício. E não só pelo vai e vem dos dedos. Esse estímulo, mesmo quando feito com brinquedos, provoca contrações que fortalecem toda a região do assoalho pélvico. Também há estudos que apontam um aumento na produção de imunoglobulina A, fortalecendo o sistema imunológico. E pra que serve isso? Evita a incontinência urinária e ajuda no controle da bexiga – e, veja: isso é bem essencial com o passar dos anos, pode confiar.

Redução de ansiedade e estresse

A redução de ansiedade e estresse está associada à prática da masturbação, pois todas sofrem liberação de substâncias químicas enquanto estão tendo o prazer e a excitação proporcionada pela masturbação.

Com isso, o corpo consegue reduzir o cortisol, que é o responsável pela ansiedade e pelo estresse, o que apresenta resultados surpreendentes para relaxar, acalmar e deixar você muito mais à vontade. Sendo assim, um ótimo remédio natural para os dias em que você está mais estressada. Não é ótimo isso?

Diminui a ansiedade e aumenta o relaxamento

Esse benefício se deve à ação da ocitocina, também liberada durante o orgasmo. Também há estudos que apontam um aumento na produção de imunoglobulina A, fortalecendo o sistema imunológico da pessoa que enfrenta dificuldades.

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Melhora do sono

Viu como existem vários benefícios que a masturbação proporciona? Porém, eles não param por aí. Essa prática também contribui para a melhora do sono, o que também acontece pelos hormônios liberados.

Além disso, o corpo entende a masturbação como se fosse uma atividade física, que mesmo com menor exigência, promove um certo cansaço quando chega ao final. Assim, a tendência é que o sono tenha melhor qualidade, pois o corpo está com necessidade de repouso. Com isso, o corpo consegue reduzir o cortisol, que é o responsável pela ansiedade e pelo estresse, o que apresenta resultados surpreendentes para relaxar, acalmar e deixar você muito mais à vontade. Sendo assim, um ótimo remédio natural para os dias em que você está mais estressada. Não é ótimo isso?

Fortalecimento do sistema imunológico

O sistema imunológico é mais um beneficiado quando você se permite explorar seu corpo e se proporcionar prazer, pois a masturbação libera endorfina, endógeno e cortisol, o que ajuda a combater diversas doenças.

Considerações finais

São inúmeros os benefícios da masturbação e quanto mais você explorar isso, melhor irá se sentir. Para tanto, você pode deixar a imaginação fluir e tocar seu corpo sem pudor ou preconceito. Essa prática também contribui para a melhora do sono, o que também acontece pelos hormônios liberados. Também há estudos que apontam um aumento na produção de imunoglobulina A, fortalecendo o sistema imunológico.

Além disso, existem muitos objetos que são feitos especialmente para proporcionar prazer e ajudar você no autoconhecimento sexual. Se permita experimentar e descobrir todos os orgasmos que você tem direito de ter. E eles são ilimitados, pode usar sem moderação! Agora, aproveite esta oportunidade e se conheça cada vez melhor.

Benefícios como o aumento do sistema imunológico estão presentes na masturbação

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Essa é uma
“ .
ótima maneira de descobrir seus limites, peculiaridades e como a sua libido é estimulada
Gabriela Duarte
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AS DIFICULDADES DE MATERNAR NA ADOLESCÊNCIA

Sei que vai passar, mas, agora, parece que ainda falta uma eternidade

Em 2022, atingi grandes números na história da minha maternidade. Minha filha mais velha completou 15 anos em janeiro.

A caçula fez dez anos neste mês de julho. E a adolescência chegou com força aqui em casa. Hormônios em alta arrebentando todas as portas. Para mim, essa tem sido a fase mais difícil da maternidade aé agora: adolescência e pré-adolescência juntas. Não que as outras tenham sido fáceis. Não que não possa piorar —eu sei que tem alguma mãe ou pai dizendo isso em silêncio enquanto lê essas linhas.A adolescência da minha filha mais velha e a pré-adolescência da mais nova são as fase mais difíceis da maternidade.

A adolescência da mais velha tardou, mas chegou. A pré-adolescência da mais nova apareceu precocemente. Culpo a pandemia. Não sei exatamente quais os efeitos que o confinamento por um vírus letal possa ter causado nos hormônios para fazer com que uma demorasse um pouco para demonstrar comportamento típico adolescente e a outra começasse tão precocemente, mas sei que ficar trancado não é bom.

Sei também que o cenário político —com displicência do governo federal na compra de vacina, apostando na imunidade de rebanho e na política de morte— são responsáveis pela confusão ainda maiores de sentimentos.O fato é que a adolescência e a pré-adolescência chegaram em casa e representam uma dificuldade muito maior do que as noites insones dos primeiros meses de vida e a livre demanda da amamentação dos dois primeiros anos. Na minha casa, não está acontecendo nada

que não ocorra nos lares com adolescentes. Tenho conversado com muitas mães sobre isso. Compartilhar e tentar entender são sempre o melhor caminho. Mas creio que a adolescência de minhas meninas —esse despertar para a vida adulta— esteja coexistindo com o meu despertar para a maturidade, que é o envelhecimento mesmo. Nessa fase em que todas nós estarmos crescendo —com hormônios em alta ou em baixa—, as crises existenciais das minhas duas filhas chegam avassaladoras. Eu fico perdida. Como dar o rumo a elas se eu procuro meu novo rumo? Se procuro me colocar neste espaço de ser mãe de duas meninas crescidas e não mais de duas criancinhas?

Tenho transitado por dias longos e noites longas só para elas —dormem demais (ufa!)—, tentando reorganizar a vida em torno das novas necessidades das duas e da minha própria rotina ainda incerta. Sempre associei a maternidade a uma montanha-russa. Hoje, mudo o brinquedo: é aquele que gira e te coloca de cabeça para baixo. Eu, que nunca gostei de brinquedos radicais, não queria estar neste. Mas sei que tenho que respeitar o tempo da “diversão da vida” e esperar o maremoto passar. Quem já criou filhos tem a resposta na ponta da língua: logo passa. Já eu vivo sensação de “está demorando uma eternidade”. Não sei exatamente quais os efeitos que o confinamento por um vírus letal possa ter causado nos hormônios para fazer com que uma demorasse um pouco mais para demonstrar comportamento típico adolescente e a outra começasse tão precocemente, mas sei que ficar trancado não é bom.

105 @solosrevista
POR FERNANDA SANTOS
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MATERNIDADE LEVA MAIS MULHERES A EMPREENDER

Especialistas dizem que mercado para gestantes e bebês pode crescer apesar de queda na taxa de fecundidade

POR ROBERTA MALTA

SETE

a cada dez empreendedoras brasileiras decidem abrir um negócio depois da maternidade, mostra pesquisa do ano passado realizada pelo RME (Instituto Rede Mulher Empreendedora). A sondagem ouviu, de maneira remota, 3.386 mulheres em todo o Brasil. A a margem de erro é de 1,6 ponto percentual. “Costumo falar que essas mulheres não são movidas a buscar o empreendedorismo, elas são empurradas para isso”, diz Ana Fontes, fundadora da organização, que tem como objetivo promover a autonomia financeira feminina. “Um dos gatilhos mais importantes para as mulheres empreenderem é a maternidade. Aquele momento em que elas querem continuar profissionalmente ativas, fazendo o que gostam e sabem, mas também sendo acolhidas, reconhecidas e mais ligadas a seus propósitos”, acrescenta.

Como partem de experiências pessoais, essas empresárias acabam criando produtos e serviços voltados justamente para grávidas ou mães. Farmacêutica de formação, ela passou a questionar seu modelo de vida durante a gravidez. Especialistas apontam que esse mercado tem potencial de crescimento, apesar de projeções indicarem tendência de queda da fecundidade no país.De acordo com relatório do IBGE baseado no mesmo censo, a taxa de fecundidade estimada do país, em 2000, era de 2,32 (mais de 3 milhões de nascimentos). A projeção para 2060 é de queda, para 1,66 (2,1 milhões de nascimentos).

Um fator que torna o setor atrativo é o chamado social commerce (comércio social), ou seja, a preferência por consumir dentro de um determinado círculo. “Vender e comprar em comunidade é um valor altamente feminino, vem na frente até da sustentabilidade”, afirma a paulista Dani Junco, 42, fundadora e CEO da aceleradora para mães B2Mamy, aberta em 2016 com recursos próprios.

Outro leva em conta a gama de produtos voltados para essa fatia da população. Segundo conta, a espera foi o gatilho que precisava para começar a trabalhar com propósito. “São muitas fases e há muitos tipos de maternidade, que abrangem desde produtos e serviços para crianças de 0 a 6 anos a roupas para gestantes, para a fase de amamentação, afirma Dani. Segundo pesquisa da B2Mamy, nesse mercado, 78% das consumidoras miram produtos e serviços que economizem tempo, dinheiro e sanidade mental.

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Dani Junco, 42, fundadora da aceleradora B2Mamy

Foi quando teve a ideia de criar um aplicativo em que amigos e parentes pudessem depositar, com a frequência que desejassem, quantias a partir de R$ 100 para os pequenos e ainda gravar uma mensagem em vídeo para a criança assistir na hora de quebrar o cofrinho —aos 18 anos ou quando for emancipada.

Aberta em dezembro de 2021, com aporte da seguradora Icatu via B2Mamy, a Pulpa fechou o primeiro ano de operação com cerca de mil contas abertas e prevê chegar a 10 mil no fim deste ano. Texto necessita de mais uma linha ent fica aq um esteregg pra você. De olho nas mães que voltam a trabalhar no mercado corporativo, a gaúcha Susana Zaman, 39, e a mineira Luciana Cattony, 45, fundaram em 2017 a consultoria Maternidade nas Empresas. O objetivo delas é auxiliar as grandes corporações a quebrar o ciclo de exclusão de mulheres que voltam da licença-maternidade.A ideia veio da dificuldade das amigas, uma profissional de RH, outra de marketing, de se adaptar ao ambiente corporativo depois de ter filhos.

“Estava grávida do meu segundo bebê, Nabil, quando, em 2016, a FGV divulgou uma pesquisa dizendo que 48% das profissionais interrompem suas carreiras depois de se tornarem mães”, diz Susana.A conta para ela não fechava. Especialistas apontam que esse mercado tem potencial de crescimento, apesar de projeções indicarem tendência de queda da fecundidade no país. “Eu me sentia muito mais potente. Como as empresas não enxergavam isso em mim?”. Aqui, “mais potente” quer dizer ter maior poder de negociação, escuta afiada e habilidade na gestão de pessoas, entre outras aptidões que ela desenvolveu com a maternidade.

Gigantes como Magalu, Comgás e Aon já estão sendo impactadas pela ação da dupla à frente da Maternidade nas Empresas, com programas de mentoria para mães na volta ao trabalho, treinamentos de acolhimento à parentalidade para gestores e cartilhas que orientam desde as lideranças até as equipes de recursos humanos.Marcar o retorno da funcionária à empresa numa quinta-feira, e não no início da semana, é um exemplo.“Essa mãe, que terá dois dias para experimentar sua rede de apoio e o fim de semana para fazer os ajustes necessários, vai voltar na segunda- -feira seguinte mais tranquila”, afirma Luciana.

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“48% das profissionais interrompem suas carreiras depois de se tornarem mães
Suzana Fadel

Exemplo disso é o macacão com bolsão frontal desenvolvido pela administradora paulistana Veronica Astrini, 44, fundadora e CEO da Let’Sleep, que começou a operar em 2021.A ideia de projetar a roupinha que evita que o recém-nascido se vire no berço, a fim de protegê-lo da morte súbita, surgiu na gravidez de sua segunda filha, Giovana, hoje com 3. Trata-se da principal causa mortis entre crianças de até 1 ano, que ocorre principalmente quando o bebê dorme de barriga para baixo.“Quando meu maior, Leonardo, tinha oito dias, ele engasgou no berço, ficou roxo e teve que ir para o hospital às pressas”, diz. O trauma a acompanhou durante todo o primeiro ano do menino e voltou a assombrá-la durante a gestação.

No segundo mês de atuação, o número de peças vendidas passou de 30, cifra registrada nos primeiros 30 dias da marca, para 200 --cada uma a R$ 129,90. Segundo Dani, da B2Mamy, o empreendedorismo feminino vai acontecer em duas situações. Duvido algue ler essa fraze em algum momento da história. Com a mulher que não tem estrutura para trabalhar fora de casa e precisa de uma renda extra ou, entre as de maior poder aquisitivo, porque a maternidade vai aflorar sonhos que estavam guardados.

Foi o que aconteceu com a própria fundadora. Farmacêutica de formação, ela passou a questionar seu modelo de vida durante a gravidez. Segundo conta, a espera foi o gatilho que precisava para começar a trabalhar com propósito. Mais do que ganhar dinheiro, Dani queria fazer algo que desse orgulho ao menino que estava chegando.

Ela então compartilhou o desabafo em uma rede social: “Alguém toma um café comigo?”. Esperava encontrar duas ou três gestantes. Apareceram 80. “Percebi ali que as mulheres vão fazer uma transição de carreira após a maternidade”, afirma. “E não falo de algumas, falo de todas, de qualquer classe social.”O negócio tem hoje uma comunidade de 50 mil mulheres e recolocou 500 puérperas das classes C e D no mercado de trabalho. O primeiro esboço do negócio aconteceu quando sua filha Sofia, 7, era recém-nascida e ganhou R$ 1.000 do padrinho para abrir uma poupança. “A burocracia era tanta [para abrir uma conta] que chegaram a perguntar a profissão da criança que havia acabado de nascer.”

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Mães sempre se dividem entre carreira e maternidade

Foi quando teve a ideia de criar um aplicativo em que amigos e parentes pudessem depositar, com a frequência que desejassem, quantias a partir de R$ 100 para os pequenos e ainda gravar uma mensagem em vídeo para a criança assistir na hora de quebrar o cofrinho —aos 18 anos ou quando for emancipada.

Aberta em dezembro de 2021, com aporte da seguradora Icatu via B2Mamy, a Pulpa fechou o primeiro ano de operação com cerca de mil contas abertas e prevê chegar a 10 mil no fim deste ano. Texto necessita de mais uma linha ent fica aq um esteregg pra você. De olho nas mães que voltam a trabalhar no mercado corporativo, a gaúcha Susana Zaman, 39, e a mineira Luciana Cattony, 45, fundaram em 2017 a consultoria Maternidade nas Empresas. O objetivo delas é auxiliar as grandes corporações a quebrar o ciclo de exclusão de mulheres que voltam da licença-maternidade.A ideia veio da dificuldade das amigas, uma profissional de RH, outra de marketing, de se adaptar ao ambiente corporativo depois de ter filhos.

“Estava grávida do meu segundo bebê, Nabil, quando, em 2016, a FGV divulgou uma pesquisa dizendo que 48% das profissionais interrompem suas carreiras depois de se tornarem mães”, diz Susana.A conta para ela não fechava. Especialistas apontam que esse mercado tem potencial de crescimento, apesar de projeções indicarem tendência de queda da fecundidade no país. “Eu me sentia muito mais potente. Como as empresas não enxergavam isso em mim?”. Aqui, “mais potente” quer dizer ter maior poder de negociação, escuta afiada e habilidade na gestão de pessoas, entre outras aptidões que ela desenvolveu com a maternidade.

Gigantes como Magalu, Comgás e Aon já estão sendo impactadas pela ação da dupla à frente da Maternidade nas Empresas, com programas de mentoria para mães na volta ao trabalho, treinamentos de acolhimento à parentalidade para gestores e cartilhas que orientam desde as lideranças até as equipes de recursos humanos.Marcar o retorno da funcionária à empresa numa quinta-feira, e não no início da semana, é um exemplo.“Essa mãe, que terá dois dias para experimentar sua rede de apoio e o fim de semana para fazer os ajustes necessários, vai voltar na segunda- -feira seguinte mais tranquila”, afirma Luciana.

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Nesse contexto, mulheres que não correspondem ao padrão héteronormativo também podem enfrentar uma barreira a mais nos consultórios. “A maioria das pacientes que se relacionam com outras mulheres se queixam que, ao dizerem que são sexualmente ativas aos seus médicos, os profissionais assumem que, necessariamente, essas relações são com homens”, relata Magalhães, que faz parte do Coletivo Feminista Sexualidade e Saúde, uma “Organização Não Governamental, que desenvolve desde 1981 um trabalho com especial foco na atenção primária à saúde das mulheres, a partir de uma perspectiva feminista e humanizada”. Segundo a médica, existe uma dificuldade em enxergar a mulher como um sujeito que deseja e pode fazer escolhas, inclusive com relação a sua sexualidade. “Ainda é comum que se espantem que mulheres podem desejar outras mulheres, enquanto que, com homens, o espanto com a homossexualidade é menor”, conta. Magalhães explica que mais que um preconceito, a falta de atenção do profissional com pacientes lésbicas pode ser um fator prejudicial à saúde dessa mulher. “Quando a mulher consegue dizer que se relaciona com mulheres, é comum que seja tratada como virgem. Por isso, muitos profissionais deixam de realizar o exame ginecológico quando indicado ou deixam de colher o Papanicolau, o que coloca as mulheres que se relacionam com outras mulheres à margem do cuidado em saúde adequado, retardando a realização de exames e diminuindo a chance de atuar preventivamente”, explica a médica.

Gigantes como Magalu, Comgás e Aon já estão sendo impactadas pela ação da dupla à frente da Maternidade nas Empresas, com programas de mentoria para mães na volta ao trabalho, treinamentos de acolhimento à parentalidade para gestores e cartilhas que orientam desde as lideranças até as equipes de recursos humanos.Marcar o retorno da funcionária à empresa numa quinta-feira, e não no início da semana, é um exemplo.“Essa mãe, que terá dois dias para experimentar sua rede de apoio e o fim de semana para fazer os ajustes necessários, vai voltar na segunda- -feira seguinte mais tranquila”, afirma Luciana.

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Erica Fran, 33, fundadora do aplicativo para plano de previdência infantil Pulpa
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“ Um dos gatilhos mais importantes para as mulheres é ser mãe
Erica Fran

A NEUROCIÊNCIA DO PARTO

POR ALEXANDRE DE CARVALHO

Não são só os enjoos. Não é só a barriga protuberante, evidente, que faz com que desconhecidos percebam uma situação extraordinária e ofereçam seu assento no metrô. O corpo da mulher se torna um corpo de futura mãe assim que um embrião começa uma temporada em seu útero.

Por fora, além da barriga, há seios maiores, com vasos bem visíveis de tanto fluxo sanguíneo; o peito está se preparando para nutrir, para a conexão entre mãe e bebê que nos inclui na subclasse de animais vertebrados chamada mamíferos. Esse mesmo fluxo, abundante em regiões protagonistas da gravidez, diminui nas coadjuvantes, como as extremidades do corpo. Com menos sangue circulando por ali, pés e mãos acabam recebendo mais água e ficam inchados, exigindo novos pares de sapatos e sandálias, mais folgados. Já por dentro, há toda uma revolução acontecendo. O antes minúsculo útero aumenta de tamanho até 500 vezes para acolher o serzinho que vai morar ali ao longo de 38 a 41 semanas (isso numa gestação sem sustos). Esse crescimento enfrenta barreiras anatômicas, como a dimensão da bacia na qual está instalado. Por isso, o útero é empurrado para dentro do abdômen e acaba exercendo pressão sobre a bexiga – o que explica as grávidas terem tantos xixis urgentes. Mas há também um relaxamento das articulações dessa bacia, bom para permitir a passagem de um bebê, mas que torna qualquer caminhada desconfortável.

As transformações no corpo de uma mulher que vai dar à luz são bem conhecidas, assim como seus efeitos colaterais: a exaustão, a dificuldade de achar posição para dormir e uma

série de incômodos que vão se acumulando com o passar das semanas de gestação. O que a ciência ainda precisava entender melhor é outro fator que vai do início da gravidez aos primeiros tempos com o filho já no berço: o que acontece no cérebro da mãe. As grandes descobertas a esse respeito só começaram no século 21, e deixaram os cientistas empolgados. Logo ficou notório que, nas gestantes, o cérebro se torna um órgão em contínua transformação – e a metamorfose se estende até alguns anos depois do parto.

Você verá que essas mudanças estão por trás de condições que permitiram, ao longo da evolução, que mães tivessem partos viáveis e cuidassem de forma mais eficaz de seus filhos – se não fosse assim, os filhotes humanos pré-históricos seriam alvos de predadores, e provavelmente não estaríamos aqui. Por outro lado, também explicam instabilidades de humor, frustrações e a depressão que acomete muitas mulheres após um nascimento tão aguardado. O cérebro da grávida muda inclusive de tamanho. Diminui (por um bom motivo), aumenta… vejamos por quê.

Menor e melhor

Essas revelações começaram com um estudo inglês em 2002, que já apontava para o efeito-sanfona cerebral. Pesquisadores do Imperial College, de Londres, coletaram imagens do cérebro de mulheres antes e durante a gravidez, e um ano após o parto. Descobriram que certas partes do órgão encolhem durante a gestação e se expandem um tempo após o nascimento do bebê.

114 MÃENHÊ
Diversas mudanças ocorrem no corpo durante a gestação, fazendo parecer complicado dar conta de tudo o que está por vir

Já era uma descoberta intrigante, porém ainda incipiente: não chegava às razões de esses movimentos acontecerem. Mas, claro, havia um caminho ali a se trilhar.

Foi a partir desse estudo que, 14 anos depois, a neurocientista holandesa Elseline Hoekzema conseguiu um avanço histórico nas investigações a respeito do cérebro das gestantes e durante seu puerpério (o turbulento período pós-parto que se prolonga até que o organismo da ex-grávida volte às condições anteriores à gestação). Conclusão principal: as mudanças no cérebro estão relacionadas aos novos desafios da maternidade.

Essa pesquisadora e sua equipe fizeram exames de neuroimagem no cérebro de 25 mulheres antes que engravidassem pela primeira vez, e os repetiram nas primeiras semanas depois que elas deram à luz. Então compararam os resultados com os do cérebro de 20 mulheres que nunca tinham parido. E a diferença foi espantosa.

As novas mamães apresentavam alterações tão evidentes no tecido cerebral que, com um algoritmo de computador, os pesquisadores conseguiram diferenciar as mulheres que tiveram filhos daquelas que não passaram por essa experiência.

Um dos fatores que mais chamaram atenção foi a redução da massa cinzenta em certas regiões cerebrais. Uma diminuição que, em algumas mães, permaneceu por até dois anos após o parto. Localizada principalmente nas partes mais externas do cérebro, essa massa cinzenta tem um papel importante na execução de tarefas mais sofisticadas, como tomar decisões e processar memórias.

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Mãe em trabalho de parto por Ricardo Pereira

Hormônios do parto

E na hora H? O que acontece com o cérebro no exato momento em que a mulher está apresentando uma criança ao mundo?

Produzida na região do cérebro chamada hipotálamo, a ocitocina é conhecida como o “hormônio do amor”. E não é por acaso. É ele que promove o afeto entre os indivíduos, reduzindo os níveis de cortisol (o hormônio do estresse, seu avesso) quando você está perto de uma pessoa querida. As células receptoras que permitem que seu corpo responda à ocitocina no sangue aumentam cada vez mais na gravidez. Até que chegam a um pico bem na hora do parto. É a ocitocina que estimula as contrações que ajudam a dilatar o colo do útero, mover o bebê para baixo e para fora do canal uterino. Baixas concentrações desse hormônio podem fazer com que as contrações diminuam e até parem, complicando bastante o trabalho de parto e tornando-o mais demorado. Em muitos casos, a obstetra acaba aplicando ocitocina sintética no organismo da mãe, para que o processo retome seu rumo. (Estamos falando, claro, de partos naturais, sem intervenção cirúrgica.)

Foco na missão

A ocitocina não trabalha sozinha. Outro hormônio que chega a seu ápice durante o parto é a noradrenalina. Ela é responsável por deixar o corpo em seu estado máximo de energia e foco. Sim, a não ser que seja uma cesárea, a mulher não tem como parir com o corpo mole e a cabeça desligada. Então, quando chega a hora, o aumento de nível de noradrenalina contribui para que

a mulher entre em um estado de “consciência de parto”, e fique mais preparada para os desafios da hora H. “É um estado de aumento de foco e desinibição de restrições sociais [como não ter vergonha de ficar nua na frente de estranhos]”, descreve a pesquisadora Orli Dahan, da Universidade de Tel-Hai, em Israel, especializada em gestação do ponto de vista evolucionário, num artigo científico sobre o assunto. Entre os hormônios que atuam no momento do parto, também é preciso destacar a endorfina, que está ali para tornar as dores suportáveis. Para as mulheres que não usam anestesia – como no chamado “parto humanizado”, que reduz ao maxímo intervenções médicas no momento de dar à luz –, o nível de endorfina também aumenta bastante durante o nascimento.Esse hormônio produz um estado alterado de consciência, que permite à mulher não se concentrar na dor. Mais do que isso: a endorfina faz a parturiente se sentir eufórica após o nascimento, assim que vê o rostinho da criança. Ou seja: tem um papel importante no fortalecimento da relação mãe-bebê. Uma queda nos níveis do hormônio pode provocar depressão pós-parto, ou uma depressão mais leve e passageira - o baby blues. É sobre elas que vamos tratar agora.

A mãe que não se sente mãe

Se essas transformações do cérebro conferem uma maior capacidade de sobreviver ao parto e transferir cuidados e afeto aos filhos, o mesmo não pode ser dito quanto à subvalorizada habilidade das mulheres para cuidar de si mesmas.

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Cada vez mais, a ciência desconfia que a mesma poda sináptica e a reorganização cerebral ao longo desse período podem estar ligadas a distúrbios de ansiedade e depressão que muitas mulheres experimentam após o parto – transtornos psicológicos podem durar poucas semanas ou até anos.

“As mudanças dinâmicas que afetam o cérebro de uma mulher não são meramente adaptativas e provavelmente conferem vulnerabilidade para o desenvolvimento de transtornos mentais”, aponta outro estudo conduzido por Elseline Hoekzema, agora voltado para os distúrbios psicológicos pós-parto.

Não são casos raros. Pelo menos uma em cada dez mães encontra dificuldade em se conectar com seu bebê.

Amostras de imagens do cérebro de mulheres com ansiedade ou depressão pós-parto identificaram um padrão diferente de ativação neural diante do choro do próprio bebê em comparação com mães sem esses sintomas, sugerindo uma sensibilidade reduzida – indiferença mesmo. Mães deprimidas mostraram ativação mais fraca de áreas de recompensa e motivação, como o tálamo e o núcleo accumbens, e também nas ligadas ao controle emocional, como o córtex orbitofrontal.

“É importante entender melhor as distinções entre esses distúrbios que ocorrem durante e fora do período perinatal, não apenas para aumentar nossa compreensão da neurobiologia desses transtornos, mas também para auxiliar no desenvolvimento terapêutico”, conclui o estudo.peratividade na amígdala. Ela é responsável por deixar o corpo em seu estado máximo.

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É um estado de aumento de foco e desinibição de restrições sociais
Mãos dadas na sala de parto por Gustavo Teixeira
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Orli Dahan

CUIDADOS: O QUE TODA MÃE DE PRIMEIRA VIAGEM PRECISA SABER

POR LEANDRA PONSO

Quem já passou pela experiência da gravidez sabe que dicas costumam surgir de várias fontes, e é perfeitamente normal ficar com medo ou receio desse momento, já que sempre é uma experiência única, especialmente para as mamães de primeira viagem. Por isso, nosso objetivo aqui é dar dicas e mostrar que é normal se sentir preocupada ou ansiosa nesse momento, onde tudo é novo.

Cuide da sua saúde

Mantenha uma alimentação saudável, exercite-se na medida do possível, faça atividades que gosta para se sentir mais tranquila, medite e conte sempre que quiser com a sua rede de apoio.

Tenha uma rede de apoio

A rede de apoio é um grupo de pessoas que ajudarão a mamãe com suas necessidades, podendo ser um parente próximo ou até aquela amiga distante.

A importância do olho no olho durante a amamentação

Evite fazer comparações

Evite ao máximo fazer comparações, afinal de contas cada bebê é um bebê, E cada gestação é diferente. O que realmente importa é um pré-natal acompanhado com orientações.

Faça seu plano de parto É nele que estarão as preferências da gestante, como o tipo de parto, receber o bebê em seu colo assim que ele vier à luz e fazer a primeira troca

Faça o pré-natal

O pré-natal é fundamental para prevenir ou detectar patologias precoces, quer na mãe ou no bebê, de modo que ele possa se desenvolver com saúde ao mesmo tempo em que se reduzem os riscos para a gestante.

Escolha um acompanhante

É muito importante ter um acompanhe durante o parto, do momento em que chegar ao hospital até o nascimento, depois, os primeiros cuidados com o bebê.

MÃENHÊ

MÃE CUIDA

MÃE É CUIDADA

para o começo desde o começo

APENAS O ESSENCIAL PARA A PELE SENSÍVEL DO BEBÊ.

O mundo é mais bonito com você

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