Versus#56

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Revisitando a pureza Bait

Pureza e Natureza rimam e – para , uma banda alemã que recentemente assinou pela LADLO – são sinónimos. Entrevista: CSA

Saudações! Para começar, diz-nos tudo o que puderes sobre a banda. Não consegui encontrar nenhuma informação sobre a banda. Nico – Saudações. Nós somos os Bait, um trio de Würzburg, na Alemanha. Tocamos uma mistura de Black Metal, Doom, Hardcore e mais alguns géneros. Começamos, em 2013, como um quarteto e sofremos várias alterações ao longo dos anos. Agora só restam os três membros fundadores (David, Alex e Nico). Este álbum atraiu-me imediatamente por causa do seu título («Revelation of the Pure»). - O que significa ele para vocês? O álbum (principalmente no que diz respeito às letras) apresenta uma abordagem niilista, misantrópica. Joga com pensamentos como “o que aconteceria se a humanidade como a conhecemos deixasse de existir”. - De que forma a capa do álbum ilustra essa ideia? A essa pergunta é fácil de responder. A Natureza acima de tudo. Representa uma face criada pela quebra das ondas. Não podia ser mais adequado. - E quem a criou? Quando estivemos a gravar nos Ghost City Studios, conhecemos um indivíduo muito simpático chamado Giovanni Raabe que era estagiário. Travámos logo amizade e decidimos que seria agradável que a capa fosse feita por alguém que esteve connosco durante todo o processo de gravação. - Que papel desempenhou a banda na sua conceção? Tínhamos algumas ideias sobre o que deveria ser e que aspeto deveria ter. Também queríamos algo minimalista. O Giovanni ouviu-nos, começou a fazer o trabalho e fomo-lo afeiçoando juntos.

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Ouvindo a vossa música fica-se com a impressão de que os vossos “puros” são gente muito atormentada. O que pensas desta ideia? Como já referi, os “puros” correspondem à natureza. A vida para além do cimento e do fumo. Tudo o que fique afastado do que arruína o nosso belo planeta para servir interesses egoístas. Esta impressão é dada sobretudo pela voz que soa muito áspera, ansiosa, agonizante sobrepondo-se a uma camada sonora, umas vezes extrema, outras vezes melódica criada pelos outros elementos. Concordas comigo? Bem, com letras como as que fizemos para este álbum não faria muito sentido que fosse de outra maneira, sobretudo no universo do Metal. Por isso, concordo em absoluto. Queremos transmitir um sentimento específico através das melodias, das letras e da voz. Quem escreve a música e as letras para a banda? É um trabalho colaborativo? O nosso guitarrista – o David – compõe a maior parte dos riffs. Com algumas exceções, o Nico (eu) escreve as letras. Mas continua a ser um trabalho colaborativo, porque todos revemos quase tudo e esforçamo-nos para que tudo encaixe bem. Decidi entrevistar-vos por várias razões entre as quais o facto de terem assinado contrato com a LADLO. - Como está a correr o trabalho com eles? É fantástico trabalhar com eles. É super fácil e


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