O Caleidoscópio da Vida

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Afabilidade e Doçura Embora ninguém possa voltar atrás e fazer um novo começo, qualquer um pode começar agora e fazer um novo fim.” Chico Xavier Diz a sabedoria popular que “quem perde a calma, perde a razão”. Algumas vezes, no calor da emoção, nos excedemos, perdemos o foco da questão, e tomamos atitudes impulsivas. Esquecemos da bem aventurança que recomenda sermos mansos e pacíficos. Não se deve, entretanto, confundir afabilidade e doçura com a atitude decorrente do exercício das convenções sociais, de normas de etiqueta, que impõem o verniz da educação e dos bons hábitos, pois, mesmo sendo necessária para a boa convivência, podem ser recursos para ocultar as intenções inconfessáveis de manipulação e poder. Por outro lado, indulgência, tolerância, compaixão e paciência não são sinônimas de omissão. Os primeiros atributos falam da conduta respeitosa que devemos ter diante de um momento de destempero, de desequilíbrio. A última, ou seja, a omissão, é reprovável, porque importa em não fazer ou dizer aquilo que moralmente seria exigível. Muitas vezes, nos omitimos por covardia do enfrentamento, por medo de rejeição, valorizando em demasia o apreço do outro, em desrespeito à nossa dignidade, numa verdadeira violência ao nosso Ser Interior, em prejuízo da auto estima. É preciso sabedoria e experiência para manter o equilíbrio entre falar e calar. A afabilidade nasce do coração desprovido de orgulho e das suscetibilidades próprias do amor-próprio ferido. Importante percebermos que ninguém está isento de ceder a um momento de impaciência e irritação, e relevar atitudes desarmonizadas em favor da boa convivência é a atitude que se espera daqueles que nos amam. Entretanto, a falta de cuidado constante no trato com nossos entes queridos constrói um muro de mágoas e ressentimentos, destruindo o amor. Exercitar o desapego de interesses, convicções e ideias é um desafio. Aceitar que os outros também tenham suas necessidades, percepções, pontos de vista e desejos é uma arte. Conciliar propósitos, respeitar bens, ideias, lares e personalidade dos outros, a partir do respeito que temos a nós mesmos, estabelecendo fronteiras para preservação do nosso Ser Interior atrairá o comportamento doce e afável tão almejado.

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