MOBILIDADE ELÉTRICA
PETIÇÃO PÚBLICA UVE
Restrições à venda de veículos com motor de combustão interna, a partir de 2030 Henrique Sánchez Presidente da UVE Associação Utilizadores Veículos Elétricos
A
UVE – Associação de Utilizadores de Veículos Elétricos, no âmbito da sua missão e ação de divulgação da mobilidade elétrica, da promoção da aceleração da eletrificação dos transportes rodoviários, da transição energética e da descarbonização da economia, lançou uma Petição Pública que visa levar à Assembleia da República, para discussão e aprovação, a imposição de restrições à venda de veículos ligeiros com motores de combustão interna.
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RESTRIÇÕES DE VENDAS DE VEÍCULOS CONVENCIONAIS COM MOTOR A COMBUSTÃO INTERNA, A PARTIR DE 2030
A Petição Pública está focada em duas datas, 2030 e 2035, no seguimento da ação em que a UVE também já esteve envolvida organizada pela Global EV Alliance (Aliança Global de Associações de Utilizadores de Veículos Elétricos) e que levou à Sede da AVERE (Associação Europeia de Mobilidade Elétrica) em Bruxelas e posteriormente à Conferência das Nações Unidas sobre as Alterações Climáticas (COP26) em Glasgow as mesmas propostas: A partir de 2030 apenas seja permi-
tida a venda de veículos 100% elétricos e híbridos plug-in. A partir de 2035 apenas seja permitida a venda de veículos 100% elétricos.
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Há quem se pergunte se não é utópico exigir que a partir de 2030 não se possam comercializar em Portugal veículos ligeiros exclusivamente com motores de combustão interna (gasolina e gasóleo), ou que a partir de 2035 só possam ser vendidos veículos ligeiros 100% elétricos. Remeto para as palavras do cineasta argentino Fernando Birri, citado pelo escritor uruguaio Eduardo Galeano: “A utopia está lá no horizonte. Eu ando dois passos e ela se afasta dois passos. Caminho mais dez passos e o horizonte afasta-se mais dez passos. Por mais que eu caminhe, nunca a alcançarei. Então para que serve a utopia? Serve para isto mesmo, para que nunca deixemos de caminhar”. A utopia serve, portanto, para caminharmos, para fazermos o nosso caminho, que neste caso, por muito que se afaste de nós a linha do horizonte, creio que um dia os objetivos a que nos propomos serão alcançados.