O PEQUENO PRÍNCIPE: UMA AVENTURA DE LEITURA Helioneth Daniel Lisboa1
RESUMO A prática e o incentivo à leitura sempre foram essenciais para formação do aluno-leitor no que concerne à sua formação como cidadão pensante, crítico e ativo na sociedade, daí a importância de se desenvolver projetos educacionais voltados para este objeto do conhecimento. Nesse sentido, contribuindo para a formação leitora dos nossos, elegemos trabalhar com um dos clássicos da literatura mundial organizando o projeto Pequeno Príncipe: uma aventura de leitura, a obra de Antoine de Saint-Exupéry foi escolhida por ser o terceiro livro mais lido do mundo, traduzido em mais de 160 idiomas e um dos mais vendidos em todo o planeta. Como aporte teórico, buscamos respaldo nos postulados de Izabel Solé (1998) trazendo estratégias que lançamos mão para fazer do ato de leitura algo divertido e apaixonante para os alunos; buscamos ainda fazer referência ao processo de leitura na perspectiva interativa entendendo sua importância no processo de formação leitora (FREIRE, 1994). Nosso público-alvo foram os alunos do 6º ano da Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Prof. Jorge Lopes Raposo, que por estarem iniciando um novo ciclo na escola – os anos finais – seria necessário implementar a prática da leitura, incentivandoos não somente a ler, mas a pensar, a refletir e a questionar por meio da prática da leitura. Como recurso, foi selecionado o filme “O pequeno Príncipe” de Mark Osborne, baseado na obra, com o intuito de promover a leitura comparativa entre as fontes. Como resultado, os alunos produziram um vídeo com a narrativa síntese do livro que, posteriormente, foi apresentada à comunidade escolar na Mostra Cultural da escola. Palavras-chave: Leitura. Formação leitora. Prática docente.
INTRODUÇÃO A leitura é uma atividade que deve ser motivada diariamente na escola por ser esta o espaço de educação formal responsável, dentre outras atribuições, pela formação e o pelo desenvolvimento da leitura, sendo sua atuação tão mais ampla quanto mais restrita for a da família dos alunos (CATTANI; AGUIAR, 1982). Muito embora tenhamos que desempenhar esse papel, temos sentido dificuldade de conseguir com que os alunos leiam livros uma vez que a internet, com um campo vasto de multissemioses, tem atraído mais que a prática da leitura de livros físicos; não responsabilizamos aqui a tecnologia por essa falta de interesse pela leitura, mas os avanços tecnológicos e a facilidade de acesso a ela têm influenciado nesse sentido e isso requer da escola uma nova postura diante do seu ensino e fomento, de uma feita que 1
Especialista em Língua Portuguesa pela Universidade Federal do Pará (UFPA) e coordenadora do espaço Sala de leitura/Biblioteca da Escola Profº Jorge Lopes Raposo.
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Relato de prática docente produzido no Curso Práticas de leitura e escrita: letramentos possíveis, realizado pelo Centro de Formação dos Profissionais da Educação Básica do Estado do Pará (CEFOR), Maio/ Junho de 2020.
Revista “Entre Saberes” - Vol. III, Nº 5 (dez.2020)
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