SEMIÓTICA APLICADA À EDUCAÇÃO CIENTÍFICA

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SEMIÓTICA APLICADA À EDUCAÇÃO CIENTÍFICA signos de tipo indicações circunstanciais emitidos pelo professor em atividade discursiva

Tal como discutido no caso 6, questionamentos adicionais para os alunos, frente a uma resposta avaliada como indesejada pelo professor, adquirem características de signo indicação circunstancial, pois tendem a sinalizar, por continuidade e assistência, correção e revelação, o significado por detrás da mensagem que se quer transmitir pelo sinal em forma de ato sêmico de interrogação. Isso é assim porque questionamentos adicionais trabalham indiretamente para que o sinal originário seja aclarado e entendido. A diligência acarretada por esse tipo de indicação circunstancial age no sentido de ir ao encontro de uma tomada de consciência do aprendiz de que sua primeira resposta é de alguma forma insatisfatória, com isso ele acaba redirecionando seu pensar para a mensagem que vá ao encontro do sinal do professor. Como qualquer indicação circunstancial, a assinalada aqui opera no sentido de exigir um esforço intelectual próprio do estudante para que descubra, independentemente, a resposta desejada, fundamento básico da metodologia de perguntas. Nesse sentido, por semelhança com a indicação circunstancial emitida do caso 6, a do presente caso demandou dos estudantes inferência dedutiva, conforme ali explicado e detalhado. A decisão do professor empregar esse gênero de signo comunicativo se contrapôs a possíveis sinais emitidos de uma maneira evidente, ou seja, àqueles que poderiam ser tipificados por uma resposta seca ou sem rodeios do professor, mediante ato sêmico de informação e ordem para que os alunos meramente arrumassem o aparelho com vazamento e repetissem a experiência, sem necessidade de um ato reflexivo maior. Em relação ao entendimento provocado pela indicação circunstancial se pode afirmar que esta levou a um estado de “compreensão”, posto que os estudantes conseguiram apreender a mensagem do sinal. Caso 8 – Problema do coeficiente de dilatação volumétrica 5

O caso agora retratado trata-se do final das discussões da atividade experimental iniciada no caso 4 a respeito da dilatação volumétrica de líquidos. Desde então, a meta do professor foi chegar no valor experimental do coeficiente médio de dilatação volumétrica da água [γmédio = (Vo)-1.(∆V/∆T)]. A saber, os estudantes já haviam determinado o valor médio da medida da relação ∆V/∆T. Atingido esse objetivo, o professor atentou a turma acerca do que se fazia ainda necessário para obter o valor do coeficiente de dilatação médio (γmédio). Para isso, destacou novamente a fórmula “γmédio = (Vo)-1.(∆V/∆T)” para


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