Edição Outubro 480

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Pastagens

Manejo de pasto na palma da mão Fazenda do Paraná duplica produção de arrobas por hectare após adotar estratégia de monitoramento mensal das pastagens

Método de manejo da gerente de pasto dispensa medições por altura ou cálculo de massa forrageira com quadrado

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Passamos a conhecer minuciosamente nossos pastos” Elton Zafanelli, gestor das fazendas 3 Minas e Guaraúna

Denis Cardoso

izem que o caminho para o sucesso na atividade pecuária começa pela escolha de um bom gerente de fazenda. Seguindo essa premissa, melhor ainda seria se a propriedade pudesse também lançar mão de um sistema de gerenciamento focado unicamente em pastagens, dada a enorme importância do manejo correto das forrageiras, especialmente em grandes fazendas de gado de corte que trabalham com pecuária extensiva. Foi o que fez o pecuarista Elton Zafanelli, responsável pelas fazendas 3 Minas e Guaraúna, em Alto Paraíso, PR, dedicadas à cria, recria e engorda. Ele decidiu contratar, a partir de 2012, os serviços do zootecnista Josmar Almeida Junior, hoje sócio da empresa Gerente de Pasto, que conta com uma equipe de especialistas em pastagens, além de um sistema exclusivo de monitoramento das forragens por meio de software. Pouco antes de Josmar iniciar seu trabalho na 3 Minas/Guaraúna, Elton e seu pai, José Alfredo Silveira Bovo, ainda buscavam soluções para reverter os resultados negativos obtidos com a atividade pecuária, consequência de falhas operacionais em anos anteriores. Os proprietários resolveram, então, contratar o serviço

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de consultoria da Terra Desenvolvimento Agropecuário, que revelou alguns dos fatores que resultavam em prejuízos financeiros à época. No topo da lista, estava o problema de gestão inadequada das pastagens. “Confesso que relutei um pouco em gastar dinheiro com outra consultoria, mas a equipe da Terra insistiu e acabou convencendo a gente de que era realmente necessário chamar uma pessoa que trabalhasse exclusivamente com planejamento do pasto”, conta Elton. Ao pisar pela primeira nas duas fazendas, Josmar logo detectou o problema: em grande parte das áreas destinadas ao gado, os pastos estavam “passados”, com uma quantidade excessiva de talos, palhadas, sementeiras, e um baixíssimo índice de folhas. “Aos olhos dos donos, parecia haver muito capim, mas aos olhos dos bois era quase nada. Isso fazia com que eles andassem muito para comer pouco, comprometendo seriamente seu desempenho”, conta Josmar. A saída foi reunir a equipe de campo da 3 Minas/Guaraúna, com objetivo de coletar o máximo de informações sobre os dados das fazendas e, assim, começar a colocar em prática o até então inexistente “planejamento forrageiro”. Divisor de águas Claro que, nos últimos 10 anos, outras estratégias adotadas pela propriedade – muitas delas sob orientação da equipe da Terra Desenvolvimento Agropecuário – também contribuíram para os avanços contínuos dos resultados produtivos e reprodutivos da fazenda, mas o trabalho liderado pela Gerente de Pasto representou um divisor de águas nos negócios, segundo Elton. “Passamos a conhecer minuciosamente todas as nossas áreas de pasto e o histórico de lotação de cada uma delas ao longo das estações do ano, permitindo um ganho significativo de eficiência no uso dos capins, além de um planejamento mais elaborado e seguro sobre a necessidade de reformas ou recuperação de pastagens via adubação e outros insumos de correção do solo”, destaca. Os dados evolutivos da 3 Minas/Guaraúna realmente impressionam. Do ciclo 2010/2011 para o de 2019/2020, a taxa de lotação da fazenda saltou de 1,23 UA para 1,88 UA/ha, o que representou um aumento de 53%. No mesmo intervalo comparativo, o ganho médio diário global (GMDG) cresceu 29%, passando de 356 g para 458 g, enquanto a produção por hectare qua-


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