guia (co)memorativo da boa vista
hotel central (*) visualização no mapa: item 32.
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Quem se desloca pelo núcleo inicial da Boa Vista, logo percebe um edifício cor-de-rosa despontando na paisagem. Trata-se do Hotel Central (*), o primeiro arranha-céu do Recife, que, no momento da sua inauguração, impactou os moradores da cidade com a sua inovação tecnológica, suas instalações luxuosas e seus populares eventos sociais. Considerado um dos símbolos da Boa Vista, o Hotel Central ainda está presente no cotidiano e no imaginário de muitos. O empreendimento surgiu a partir da iniciativa de um empresário greco-suíço que se mudou para o Recife em 1922. Ao perceber o gradativo crescimento populacional da cidade e o aumento do fluxo migratório para a mesma, ele decidiu investir num projeto que atendesse às demandas desse novo contingente de pessoas. Inicialmente, a ideia era de construir um prédio de apartamentos para aluguel, mas, após uma proposta de um proprietário de uma rede de hotéis, foi definido que o empreendimento seria um hotel de luxo que não atenderia apenas a visitantes, mas também à própria sociedade recifense. O projeto do hotel foi elaborado pelo arquiteto italiano Giácomo Palumbo, o mesmo autor dos projetos para o Palácio da Justiça, a Faculdade de Medicina (atual Memorial de Medicina do Derby) e o Hospital Centenário (atual Hospital dos Servidores do Estado), que são outros edifícios de grande imponência na paisagem da cidade. Assim como ocorre em algumas das obras anteriores do arquiteto, o Hotel Central reúne elementos de diversos momentos da história