guia (co)memorativo da boa vista
hotel são domingos
(*) visualização no mapa: item 26.
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Durante um certo tempo, equipamentos educacionais, institucionais e de lazer, entre outros, se concentravam nos bairros centrais do Recife. Essas organizações foram determinantes para a localização de alguns serviços, a exemplo dos hotéis, que se encontravam muito presentes na Boa Vista devido ao contínuo crescimento do bairro. Lá se estabeleceram em pontos distintos, como as ruas do Hospício, do Riachuelo, Barão de São Borja e Treze de Maio, mas pode-se afirmar que o maior polo hoteleiro da Boa Vista foi a praça Maciel Pinheiro. A praça em questão era bastante prestigiada pela sociedade recifense e nos seus arredores se instalaram parte dos grupos de imigrantes, principalmente judeus, que vieram para Recife durante o século XX, o que imprimiu um aspecto cosmopolita no território. Diante disso, deu-se o surgimento de hotéis no entorno da Praça Maciel Pinheiro, a exemplo dos Hotéis América, Alliança, Palace Hotel e o célebre Hotel São Domingos (*). Este último, inaugurado em 19 de abril de 1959, foi definido pelo Diário de Pernambuco como o hotel mais luxuoso do nordeste brasileiro. Suas instalações contavam com 94 quartos distribuídos em sete andares, todos voltados para a sombra e dotados de água quente e telefone. No hall, encontravam-se painéis do artista Francisco Brennand; no primeiro andar, um restaurante e um bar; e, a partir de alguns quartos, vista para a Praça Maciel Pinheiro e além.