A PRÉMIO NO MUNDO
E S P E C I A L C U LT U R A
MOÇAMBIQUE
O MUNDO MUSEOLÓGICO DE MAPUTO O P E S O D O S M U S E U S N A C A P I TA L M O Ç A M B I C A N A N ÃO É PROPRIAMENTE O MESMO DAS GRANDES CIDADES EUROPEIAS, O N D E T U D O E S TÁ R E G I S TA D O H Á S É C U L O S . C O N T U D O , PA R A QUEM
QUER
CONHECER
UM
POUCO
MAIS
DA
HISTÓRIA,
D A S A R T E S , D A C U LT U R A , D A FA U N A E D A F L O R A D O PA Í S , R E C O M E N DA - S E V I VA M E N T E .
JOÃO VAZ DE ALMADA
M U S E U D E H I S TÓ R I A N AT U R A L
Museu de História Natural O edifício é imponente e domina a Praça Travessia do Zambeze, na zona da Ponta Vermelha. O estilo rococó, terminando as suas colunas com motivos marítimos, não engana: trata-se do estilo manuelino e, neste caso, por ser relativamente recente, há que acrescentar o neo (novo). Aliás, em Moçambique, só há dois exemplos desta arquitectura: o arco do jardim do Tunduro e Museu da História Natural. A importância deste Museu é revelada na boca dos maputenses que a ele se referem simplesmente como o “Museu”,
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como se não houvesse outro. Efectivamente, o Museu de História Natural é largamente o mais visitado da cidade. Criado em 1913 com o nome de Museu Provincial, ocupou primeiro as dependências da Escola 5 de Outubro e, três anos mais tarde, passou para a Vila Jóia – actual edifício do Tribunal Supremo – por decisão de Álvaro de Castro, à época Governador-Geral de Moçambique. Finalmente, em 1932, foi transferido para a actual localização tomando o nome exactamente de Álvaro de Castro. Depois da independência passou a designar-se Museu de História
Natural. Uma águia de gesso pintada, de asas abertas, num pedestal, domina o átrio exterior. A dar as boas-vindas, ladeando a ombreira da porta, dois antílopes. Lá dentro, fica um autêntico reino animal, com destaque para a savana africana. Ao centro, um grupo de leões lança-se na caça a um búfalo e nem falta o sangue no dorso deste enorme herbívoro. Num segundo plano, uma leoa toma de assalto o pescoço de uma zebra. Mais atrás, estão os grandes herbívoros: girafas, pala-palas, elefantes. Pelo meio, há a simulação de pequenos riachos. Lateralmente, a toda a roda, vão