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O Quinto Império por Fernando Correia Não podendo ser um império geográfico só podia ser um Império do Espírito que sucederia aos quatro impérios decadentes: Grécia, Roma, Cristandade – Época Medieval e Renascença – Europa Laica. Seria, portanto, o Império da Cultura e do Espírito. O próprio Pessoa forneceu pistas significativas acerca desta grande possibilidade quando escreveu: “O futuro de Portugal, que não cálculo, mas sei, está escrito, para quem sabe lê-lo, nas trovas de Bandarra e nos quadros de Nostradamus”.
Fernando Pessoa, o eterno cavaleiro errante da palavra perdida, “ou de mim mesmo viandante”, como se definia, renovou a mensagem do Padre António Vieira e quiçá do próprio Bandarra ao trazer á tona das suas proféticas ideias a formação do Quinto Império, colocando Portugal em contacto direto com o Centro do Mundo conhecido, e com o historicamente adivinhado, deixando uma porta aberta à universalidade das suas conquistas. De Vieira, a visão era outra, não retomada pelo poeta e pelo pensador. Isto significa que Fernando Pessoa, o poeta, o alquimista, o astrólogo, o pensador, o espiritualista, talvez Maçom, Rosacruz e Templário, estava tão avançado nas suas dissertações sobre a quinta dimensão (corpo/ existência) sucedendo à quarta dimensão (espaço/ tempo) que terá sido por aí o caminho para a admissão do seu sonho acordado de
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