templo interior
Bestiário Maçónico O Dragão por LMB “São Jorge representa a mente e a inteligência do Homem. Através da ação justa e perfeita da mente humana, pelo domínio absoluto e total controlo sobre as emoções, representadas aqui pelo cavalo, subjuga à sua vontade o poder carnal, o vício e a impulsividade dos homens, representadas pela besta, para que cada um seja a melhor versão de si próprio. No fundo, o Dragão é visto como algo perigoso e temível que poucos ou nenhuns são capazes de enfrentar.” O Dragão, animal mitológico de morfologia serpentínea, que está presente um pouco por todo o mundo na cultura de diversos povos, é o guardião de tesouros e fortunas sem fim e também, no imaginário medieval europeu, o guardião de grutas onde esconde uma bela princesa indefesa. O Dragão é também comumente associado à figura de São Jorge, onde este, montado num cavalo, trespassa o seu corpo animal com a sua lança. E é nesta imagem clássica de São Jorge, o Santo Guerreiro, que está representada a luta interior de cada um de nós. São Jorge representa a mente e a inteligência do Homem. Através da ação justa e perfeita da mente humana, pelo domínio absoluto e total controlo sobre as emoções, representadas aqui pelo cavalo, subjuga à sua vontade o poder carnal, o vício e a impulsividade dos homens, representadas pela besta, para que cada um seja a melhor versão de si próprio. No fundo, o Dragão é visto como algo perigoso e temível que poucos ou nenhuns são capazes de enfrentar.
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Parece que a imagem do Dragão foi usada no passado como forma de inibição, castração e até mesmo doutrinação. Através da imagem mitológica da besta, besta essa que nunca ninguém chegou, de facto, a ver, criada na mente dos homens, séculos após séculos, criaram-se “ovelhas de rebanho”, onde o medo e o receio inibiam toda e qualquer iniciativa individual daqueles que queriam algo mais para as suas vidas. Como ainda se faz hoje em dia às crianças. Quando os pais não querem que elas vão para um determinado local, diz-se-lhes que ali mora o “bicho papão”, grava-se-lhes na memória que algo de muito mau existe em determinado local. Embora todos nós saibamos que essa ameaça não é real, numa mente pouco desenvolvida ou pouco culta, essa ameaça fica bem presente. Ora, este mito criado pelo homem tornou-se realidade na cultura dos nossos antepassados. A ignorância é a melhor arma daqueles que querem controlar as massas e não há melhor forma de o fazer do que criar a imagem de que existe um monstro à solta. Assim, o povo limitar-se-á a fazer