MEDUSA: REVISTA DE POESIA E ARTE / MARCELO SANDMANN Medusa, “revista de poesia e arte” (como consta em sua capa, logo abaixo do título), foi editada em Curitiba entre outubro de 1998 e maio de 2000. De periodicidade bimestral e com dez números lançados, teve vida curta, cerca de ano e meio, período de tempo e quantidade de números previstos em seu projeto, que recebeu o apoio da Lei Municipal de Incentivo à Cultura, da Fundação Cultural de Curitiba. À sua frente estavam o poeta Ricardo Corona, editor da publicação, e a artista plástica Eliana Borges, responsável pela editoria de arte. Além dos dois, o conselho editorial contou com a participação dos poetas Rodrigo Garcia Lopes e Ademir Assunção, e do arquiteto e professor universitário Key Imaguire Jr. Outro colaborador importante, Geucimar Brilhador, esteve a cargo da editoração. Medusa, dentro de seu contexto e circunscrito raio de ação, foi contemporânea de uma importante leva de revistas impressas de literatura, arte e cultura que vieram a público durante as décadas de 1990 e 2000 no Brasil, algumas ainda em atividade. Cult e Bravo!, por exemplo (esta última abrangendo vários campos da produção artística), de maior tiragem e ampla circulação nacional, centravam-se, sobretudo, na abordagem de obras e autores através de reportagens, resenhas, ensaios e entrevistas, com pouco espaço para a publicação de textos de criação, e, em geral, destacando nomes de maior projeção. Outras, como Inimigo Rumor, Sibila e Babel (para citar apenas algumas), de circulação mais restrita e voltadas sobretudo para a poesia, sem abrir mão do viés crítico em seus editoriais, ensaios e entrevistas, privilegiavam a publicação de textos criativos, muitos deles de autores novos ou novíssimos, entre outros mais conhecidos, além de traduções. Tiveram papel importante na renovação da literatura brasileira, ao lançar luz sobre autores e obras que então começavam a despontar.