IMAGENS DE PORTUGAL E DINÂMICAS URBANAS NAS REVISTAS MODERNISTAS BRASILEIRAS * / MIRHIANE MENDES DE ABREU
Considerações preliminares As imagens de Portugal no modernismo brasileiro, por se inscreverem sob o signo da plurivalência de sentidos, enfeixou elementos contraditórios e mergulhou a atividade crítica e criativa daqueles anos em programas que exigiam escolhas e cujas formas de ação se processaram nos periódicos literários. Esta afirmação assinala a perspectiva deste ensaio: as revistas modernistas foram meios de comunicação fundidos ao tecido cultural de uma cidade, devem ser lidas como um gênero que sancionou a instalação de novos trajetos abertos pelo convívio com as práticas de vanguarda e, assim como ocorreu ao redor do mundo, prosperaram ao longo de todo Brasil, veiculando as tópicas da novidade e as estratégias que definiam as formas
* Este texto participa da minha pesquisa em andamento intitulada Portugal brasileiro – figurações do
universo português no pensamento de Mário de Andrade, que recebeu apoio da Fapesp e do CNPq. Com algumas modificações, o conteúdo aqui exposto foi publicado originalmente em: ABREU, Mirhiane M. “Modernismo, revistas brasileiras e Portugal. Tramas de um complexo tecido cultural”. In: MARQUES, Ricardo. Tradição e vanguarda: revistas literárias do Modernismo (1920-1926). Lisboa: Biblioteca Nacional de Portugal, 2020.