“Pra matar preconceito eu renasci”: O samba como uma ferramenta de emancipação em Direitos Humanos.

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ANEXO A – Diretriz inicial e perguntas63 Tem estado em curso há anos um apagamento da presença negra na história da música popular do país, principalmente da participação das mulheres negras em todos os aspectos da produção cultural e musical, mas especialmente no samba. O meu trabalho, então, questiona qual seria o papel das sambistas negras no samba hoje. Quero analisar o papel que vocês mulheres desenvolvem ou podem desenvolver nas transformações sociais e, principalmente, nas lutas por direitos humanos.

Em algum momento da sua trajetória você percebeu que deixaram de te chamar para trabalhos por ser mulher ou por ser negra? Como você vê as mulheres negras que estão produzindo – produção cultural e musical – samba no Rio de Janeiro hoje? Que samba essas mulheres estão produzindo? De quem são as canções? Como essas mulheres apresentam o samba? Elas buscam resgatar o samba como uma manifestação cultural negra? Você acha que algumas mulheres, como você, que possuem visibilidade no mercado e na mídia, podem abrir caminho para outras?

63 Preciso ressalvar que a entrevista realizada a partir dessas diretriz e perguntas ocorreu em maio de 2018 e, por vários motivos, está metodologicamente errada. A minha falta de preparo para realizá-la, bem como as mudanças que ocorreram após a qualificação do projeto de dissertação em setembro de 2018, fazem com que a entrevista destoe, em partes, do restante do trabalho. No entanto, Marina Iris se disponibilizou para realizála e estou utilizando os dados coletados em respeito a ela e em consonância com o compromisso político e epistemológico proposto nesse trabalho – apesar dos erros cometidos por mim.


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ANEXO B – Transcrição da entrevista com Marina Iris

15min
pages 106-111

ANEXO A – Diretriz inicial e perguntas

1min
page 105

CONCLUSÃO

4min
pages 96-98

Referências bibliográficas

8min
pages 99-103

3.2. O samba como um processo cultural emancipatório feminista

19min
pages 87-95

3.1. Mulheres no samba

15min
pages 80-86

3 AS VOZES FEMINISTAS NO SAMBA

2min
page 79

2.3. O controle social informal da mulher como um processo cultural regulador

12min
pages 73-78

2.2.2. Indústria cultural e apropriação cultural capitalista

9min
pages 69-72

feminista

19min
pages 44-52

contra saúde pública

18min
pages 61-68

2.1. Cultural e processos culturais

16min
pages 54-60

x processos culturais reguladores

2min
page 53

1.2.2. O discurso das sambista do ÉPreta

13min
pages 38-43

INTRODUÇÃO

4min
pages 12-13

1.1. Direitos humanos como processos de luta

15min
pages 26-32

i.1 Prólogo: situando-me no mundo do samba

7min
pages 14-16

1.2. Direitos humanos para as mulheres sambistas

2min
page 33

1.2.1. Uma análise de discurso feminista

9min
pages 34-37

i.2. Caixa de ferramentas: para pensar os direitos humanos

6min
pages 17-19

1 QUAIS DIREITOS HUMANOS?

2min
page 25

i.3. Questões epistemológicas e metodológicas

10min
pages 20-24
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