História Geral da Aeronáutica Brasileira - Vol 3

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Em resumo , do nada fez uma fábrica de aviões. Mesmo assim , o trabalho de Pignatari não foi assistido pelo Governo, e os problemas financeiros, que já eram sérios, passaram a agravar-se. D e 1 942 a 1 945, a FAB recebeu dos Estados Unidos 125 aparelhos T-6 inteiramente acabados. Para a Fábrica de Lagoa Santa estava previs­ ta a construção de 8 1 aviões, sendo que os primeiros 6 1 a partir de kits in­ tegralmente importados dos Estados Unidos da América, e os último s 20 aparelhos com a nacionalização parcial de peças. Entretanto , a produção só foi iniciada apó s a guerra , em 1 946. O modelo industrial adotado , que tornou o projeto completamente dependente de infindáveis n egociações com os norte-americanos, a descontinuidade no suprimento de insumos, além da má localização da fábrica , conspiraram para o fracasso d o empre­ endimento , apesar de a fábrica constar da própria agenda de negociações entre o Brasil e os Estados Unidos da América, durante o desenrolar das relações diplomáticas e comerciais entre os dois países, por ocasião do Con­ flito Mundial. Falta de compreensão ao esforço que Pignatari vinha fazendo levou as autoridades a rescindirem o contrato com a Empresa paulista . Com o término da Campanha Nacional de Aviação, a grande compra­ dora de aviões nacionais e com o G overno comprando, cada vez mais, aviões norte-americanos, sobras de guerra , a preços ínfim os, a indústria na­ cional entrou em péssima fase , e a CAP não mais pôde sustentar-se . A si­ tuação levaria Pignatari, já muito desgostoso , a encerrar as atividades indus­ triais e comerciais da Companhia Aeronáutica Paulista , em 1948. 4 - A O rganização Lage O HL-l - A organização continuava a construir o HL- l , que se cons­ tituía num sucesso . Em agosto . de 1 942, G etúlio Vargas ofereceu dois destes aparelhos ao G overno da B olívia . O transporte em vôo , a partir de São Paulo , foi fei­ to pelos Tenentes-Aviadores da FAB José G omes de Araújo e H élio Alves dos Santos, tendo como mecânico o l S Euclides Limenceli. O HL-2 - A morte de Henrique Lage, a 2 de julho de 1 94 1 , embora tenha trazido imenso prejuízo à organização que levava seu nome , não im­ pediu que um projeto elaborado viesse a ser posto em con strução , o HL-2, iniciado em agosto daquele ano . Sob a direção de René Marie Vandaele, o HL-2 foi sendo construíd o segundo seu projeto original, a o mesmo tempo e m que se utilizavam conhe­ cimentos que advinham de experiências que estavam sendo feitas com ou­ tros aparelhos, como o HL-3 , cuja construção corria paralela . O HL-2 era u m avião bimotor, de desenho e construção inteiramente nacio nais, e seria dotado de motores Franklin de 130 ou 200 HP, de oito cilindro s , de prefe349


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