por pessoal de vôo . Sabia que isto seria fundam ental para as horas que se avizinhavam e para os p ropósitos que constituíam nosso dever. Junto aos norte-americanos, lutava pelo que lhe parecia essencial: aviões de caça e de patrulh a . Caça p ara o Nordeste ameaçado, e patrulha para os no ssos mares atacados. O s norte-americanos atenderam-no, e , no fmal do ano , Natal e Recife já dispunham de aviões de Caça P-40, famosos na época , e aviões de patrulha B-25 e os Lockh eed Hudson de recente fab ricação a pedido dos ingleses. Esses aviões seriam vistos em todas as Bases da área . Enquanto os meios não chegava m , Eduardo G omes lançava no ar o que podia. Sabia que isto implicava muitos riscos. Atormentava-se em con tínuos conflitos de con sciência , pois a eliminação desses vôos implicaria ris cos maiores. Posteriorm ente , saber-se-ia que a simples presença de aviões no ar tinha desviado muitas missões de sub marinos, salvando-se assim mui tas vidas. 3 - Uma Nota Ministerial Corajosa No fmal do mês de maio , após os ataques realizados nos dias 22 e 27 deste mês pelos Capitães Parreiras Horta e Pamplona, o Ministro da Aeronáutica , em nota à Imprensa , divulgou que aviões da FAB haviam ata cado sub marinos do E ixo e continuariam a fazê-lo . A s notícias a respeito chegaram ao Alto-Comando do Eixo e , natural mente, provocaram reações. O Almirante Dõenitz, por exemplo , em suas M emórias(34) , diz, com relação ao fato: <tA o final de
m aio, o Ministro da A eronáutica do B rasil anunciou que aviões brasileiros haviam atacado subm arinos do Eixo e continuariam a fa zê-lo. Sem nenhum a declaração fonn al de guerra, nós então nos encontra m os em estado de guerra com o Brasil e , em 4 de julho, foi dada p e nn is são aos U -Boats, pela nossa liderança política, para atacar todos os navios brasileiros. " Na realidade, pelo que já vimos, os U -Boats já tinham permissão pa ra atacar navios b rasileiros. O que hoje se sabe é que , em conseqüência dos ataques da F AB e a nota do Ministro da Aeronáutica , o Alto Coman do naval alemão deu andamento a um plano para que 10 sub marinos ale mães, apoiados pelo U -460, flzessem uma incursão pelos portos do Brasil , atacando navios nas proximidades ou no interior deles. Tal plano , à últi ma hora , foi suspenso , por sugestão do Ministério das Relações E xteriores da Alemanha que , certamente , teria levado em conta os efeitos de tal ação nos simpatizantes do Eixo na A mérica do Su1.(76) E m suas memórias(34) , Dõenitz diz que , na p rimeira semana d e julh o , decidiu , juntamente com a s operações planejadas contra o tráfego saindo de Freetown na África , mandar um sub marino para as costas do Brasil. E ste U-Boat foi o U-507. Ainda em suas memórias, diz o Almirante(34) : 43 1