História Geral da Aeronáutica Brasileira - Vol 3

Page 435

por pessoal de vôo . Sabia que isto seria fundam ental para as horas que se avizinhavam e para os p ropósitos que constituíam nosso dever. Junto aos norte-americanos, lutava pelo que lhe parecia essencial: aviões de caça e de patrulh a . Caça p ara o Nordeste ameaçado, e patrulha para os no ssos mares atacados. O s norte-americanos atenderam-no, e , no fmal do ano , Natal e Recife já dispunham de aviões de Caça P-40, famosos na época , e aviões de patrulha B-25 e os Lockh eed Hudson de recente fab ricação a pedido dos ingleses. Esses aviões seriam vistos em todas as Bases da área . Enquanto os meios não chegava m , Eduardo G omes lançava no ar o que podia. Sabia que isto implicava muitos riscos. Atormentava-se em con­ tínuos conflitos de con sciência , pois a eliminação desses vôos implicaria ris­ cos maiores. Posteriorm ente , saber-se-ia que a simples presença de aviões no ar tinha desviado muitas missões de sub marinos, salvando-se assim mui­ tas vidas. 3 - Uma Nota Ministerial Corajosa No fmal do mês de maio , após os ataques realizados nos dias 22 e 27 deste mês pelos Capitães Parreiras Horta e Pamplona, o Ministro da Aeronáutica , em nota à Imprensa , divulgou que aviões da FAB haviam ata­ cado sub marinos do E ixo e continuariam a fazê-lo . A s notícias a respeito chegaram ao Alto-Comando do Eixo e , natural­ mente, provocaram reações. O Almirante Dõenitz, por exemplo , em suas M emórias(34) , diz, com relação ao fato: <tA o final de

m aio, o Ministro da A eronáutica do B rasil anunciou que aviões brasileiros haviam atacado subm arinos do Eixo e continuariam a fa­ zê-lo. Sem nenhum a declaração fonn al de guerra, nós então nos encontra­ m os em estado de guerra com o Brasil e , em 4 de julho, foi dada p e nn is­ são aos U -Boats, pela nossa liderança política, para atacar todos os navios brasileiros. " Na realidade, pelo que já vimos, os U -Boats já tinham permissão pa­ ra atacar navios b rasileiros. O que hoje se sabe é que , em conseqüência dos ataques da F AB e a nota do Ministro da Aeronáutica , o Alto Coman­ do naval alemão deu andamento a um plano para que 10 sub marinos ale­ mães, apoiados pelo U -460, flzessem uma incursão pelos portos do Brasil , atacando navios nas proximidades ou no interior deles. Tal plano , à últi­ ma hora , foi suspenso , por sugestão do Ministério das Relações E xteriores da Alemanha que , certamente , teria levado em conta os efeitos de tal ação nos simpatizantes do Eixo na A mérica do Su1.(76) E m suas memórias(34) , Dõenitz diz que , na p rimeira semana d e julh o , decidiu , juntamente com a s operações planejadas contra o tráfego saindo de Freetown na África , mandar um sub marino para as costas do Brasil. E ste U-Boat foi o U-507. Ainda em suas memórias, diz o Almirante(34) : 43 1


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook

Articles inside

sileira

5min
pages 496-497

4 - U m Navio Atacado: o "Vital de Oliveira"

1min
page 495

2 - D isseminação do USBATU

2min
page 493

4 - Os Complementos do Curso

2min
pages 489-490

8 - O Ataque da FAB em 8 de Maio

1min
page 473

6 - Os Primeiros Comboios

4min
pages 457-458

5 - O Co ncurso da Aviação C ivil

3min
pages 455-456

4 - O Ataque da FAB em 28 de Agosto

2min
page 454

3 - O Envolvimento de Toda a Força Aérea Brasileira

3min
pages 449-450

2 - Intensifica-se o Estado de A lerta

3min
page 448

3 - O Comando do Atlântico Sul ( C o m S oLant 4 - A

4min
pages 441-442

4 - O s Ataques que Levaram o Brasil à Guerra

3min
pages 436-438

2 - A Guerra

1min
page 440

4 - O s C o mando s: Brasil e Estados U nido s da A m érica

14min
pages 409-416

2 - Preocupaçõe s D iversas

2min
page 434

5 - O Início da Patrulha

5min
pages 417-420

4 - U ma D e cisão de Comando

5min
pages 425-426

3 - U ma Nota Ministerial Corajo sa

3min
page 435

5 - A Fábrica Nacional de Motores (FNM

5min
pages 358-359

6 - O s Planadores do Instituto de P esquisas Tecnológicas

24min
pages 331-342

4 - A O rganização Lage

16min
pages 353-357

5 - O s Planadores de Bauru

3min
page 330

ÉREAS BRASILEIRAS

29min
pages 311-326

5 - Navegação Aérea Brasileira (NAB

2min
page 308

2 - Panair d o Brasil (PANAIR

2min
pages 300-302

6 - O H o sp ital Central da Aeronáutica

2min
page 290

3 - S o ciedade d e S e rviç o s Aéreos Condor

7min
pages 303-306

1 - A O rdem d o Mérito Aeronáutico

2min
pages 269-270

3 - O s D epartamentos

1min
page 266

3 - O F u n cionamento

4min
pages 253-256

7 - A Participação n a O p e racionalidade d a Força

1min
pages 249-250

6 - O s A sa s Brancas convoca d o s p ela FAB

9min
pages 246-248

8 - O Estandarte da Escola de Aeronáutica

1min
page 224

9 - A Nova S e d e da Escola

5min
pages 225-232

3 - A Instrução

15min
pages 212-223

Aeronáutica

35min
pages 100-130

4 - A D ecisão d e Rompimento 3

3min
pages 91-92

2 - O Relacionamento D ip lomático Brasi-Estados Unid o s 3

6min
pages 88-90

6 - U m Artifício Engenh o so 3

2min
pages 84-86

2 - A C o nsciência da Nova Realidade 3

2min
page 69

Capítulo 1 - ASPECTOS GERAIS 3

4min
pages 67-68

2 - Arma de A viação - Aspirantes-a-Oficial do Exército

8min
pages 28-32

ronáutica

3min
pages 81-83

1 - A H er a n ça da A viação C ivil 3

17min
pages 73-80

3 - Arma de Aviação - Sargentos Pilotos Aviadore s

1min
page 33
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.