História Geral da Aeronáutica Brasileira - Vol 3

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Houve até o s que participaram de salvamentos, como foi o caso -do Comandante Hermes Cruz, da Panair do Brasil, que , no comando de um B aby Clippe r, socorreu 58 náufragos de u m navio torpedeado na Costa do Maranhão. Na simplicidade do seu registro do fato no livro de bord o , lê-se: 'Ten­ do p anido, ao clarear do dia 14 de novembro de 1942, de Parnazôa, qua­ renta m inutos depois descem os no local onde a cana situa B arreirinhas. A li, depois de encalh arm os um as 15 vezes (...) soubem os que B arreirinhas ficava algum as horas (de barco) rio acim a (...) Perdem os cinqüenta m inutos p ara encontrar um a área que pemútisse decolagem (...) Barreirinhas foi encontrada a 23 m ilhas da costa, e não cinco com o situa a carta. O pou­ so em B arreirinhas foi norm al e depois ancoram os próxim o à p raia, onde atracam os. D epois de pensados todos os feridos, com eçam os o transporte dos m esmos. " E nada mais d isse o Comandante Cruz, embora houvesse tanto para dizer. .. Há horas, poré m , em que o silêncio fala mais do que as palavras. A quela, talvez, tenha sido uma delas. As 58 vidas salvas pela determinação de um homem testemunham o espírito da A viação da época , quando a missão e stava acima de tudo , inclu sive de todos o s riscos. - Os Aeroclubes Merece também destaqu e , na h istória , a colaboração prestada pelos Aeroclubes. Muitos deles, principalmente o s situados na� cidades do litoral, com seu s frágeis aviões, prestaram relevantes serviços em missões de vigi­ lância sobre o mar e em socorro de náufragos. Um, por exemplo , notabilizou-se numa hora difícil: o Aeroclube de Sergip e . Por ocasião dos torpedeamentos que nos levaram à guerra , foi in­ can sável na bu sca e na orientação de náufragos para as praias, proporcio­ nando toda a assistência aos que se salvara m . Distinguiram-se nesses feitos os seguintes pilotos, sócios daquele Aeroclube: Walter de A ssis Ferreira Baptista , Evandro Freire , D urval Villa Maynard , Lourival B on fim , Walfre­ do R e sende , LindoIfo Calazans. Muitos outros como estes, pelo Brasil afo­ ra , não se furtaram aos riscos de vôos temerários sobre o mar, com os mes­ mos objetivos.( 1 ) 6 - O s Primeiros Comboios D esde o início da G uerra , adotara-se o sistema de comboios, como maneira mais racional de propiciar maior segurança ao tráfego marítimo. Logicamen te , com este sistema, concentravam-se meios de defe sa em tor­ no de u ma área, evitando-se a dispersão de esforços na proteção de cada navio separadamente . E sta solução já resolvera, em parte , o problema da segurança do tráfego marítimo , como se viu nos famosos comboio s do A tlân­ tico Norte, adotados pelos ingleses. 453


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4 - O s Ataques que Levaram o Brasil à Guerra

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4 - O s C o mando s: Brasil e Estados U nido s da A m érica

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2 - Preocupaçõe s D iversas

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5 - O Início da Patrulha

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3 - U ma Nota Ministerial Corajo sa

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4 - A O rganização Lage

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