da idéia. Entusiasta da aviação , demonstrou-o desde o início de seu gover no, quando participou de um vôo histórico no protótipo Muniz M 5 , em 1 0 de julho de 1 93 1 . -
Durante a década d e trinta, e m d iversas oportunidades, utilizou-se do transporte aéreo em seus deslocamentos pelo vasto território brasileiro . R egistre-se , ainda , a sua sensibilidade política . Após a série de artigos d ivulgados pela Imprensa , o Presidente recebeu no fmal da década de trin ta e início da de quarenta , é o Ministro Nero Moura quem o afirma, vários projetos sobre a criação do Ministério da Aeronáutica , entre os quais os dos Tenentes-Coronéis Lysias R odrigues e Samuel Gom es Pereira . E m m eados de 1940, o Presidente entregou ao então Capitão Nero Moura , à época seu piloto , toda a documentação recebida , determinando lhe que reunisse pessoas de sua confiança , analisasse os projetos e formu lasse opinião . Sem ligações estreitas com aviadores navais ou civis, o Capitão Nero Moura apoiou-se nos então Majores Clóvis Monteiro Travassos, homem de con fiança de Eduardo G omes, e Nelson Freire Lavenere-Warderley; e Capitães José V icente Faria Lima, Miguel Lampert e Arnaldo da Câmara Canto . E m suas reuniões, o grupo concertou algumas idéias: o decreto de cria ção deveria ser o mais simples possível; um gabinete técnico deveria ser organizado para a alta assessoria ; alguns nomes poderiam ser sugeridos ao Presidente , visando à escolha do futuro min istro , tendo inclusive aflora do nomes de G enerais como Brilhante e Paes de Andrade . A p ropó sito desse último item , o Presidente , em sua habilidade políti ca , surpreendeu o Capitão Nero Moura , in formando-lhe, em outubro de 1940, que o ministro seria um civil, o D f. Joaquim Pedro Salgado Filho , no tícia a ser mantida sob o mais ab soluto sigilo . E m dezembro de 1940, o Cap o Nero Moura sugeriu ao Presidente no mes de aviadores do Exército para comporem o Gabin ete Técnico . No entanto , o Presidente, a exemplo da confiança que depositava no Cap o Nero Moura do Exército , dispunha também de homens de confiança na Aviação Naval e no Ministério da Viação e Obras Públicas. Finalmente, a 20 de janeiro de 194 1 , com o Decreto-Lei 2.96 1 , agre gou-se uma nova instituição à estrutura do Poder Nacional brasileiro - o Ministério da Aeronáutica , órgão central de plan ejamento , coordenação, controle e emprego de uma nova entidade - o Pod er Aéreo . Síntese de múltiplos e complexos componentes, todos ligados à racionalização do em prego d e vetores aéreos civis e militares, só uma organização voltada exclu sivamente para aquele objetivo de otimização poderia harmonizar os inte resses simultâneos de segurança nacional, desenvolvimento econômico , tec nológico e social, embutidos nos elementos essenciais do Poder Aéreo : a Força Aérea; a Aviação Civil; a Infra-estrutura Aeronáutica ; a In dústria 69