CLAUDIA FREIRE (1973)
Poeta paulistana, formou-se em Jornalismo e História e, posteriormente, em Tradução, área em que atua há 18 anos. O flerte com a poesia teve início ainda na adolescência. Desde então foram centenas de textos e poemas escritos e… engavetados. Finalmente chegava o momento de seguir os conselhos de velhos amigos, poetas ou não: desengavetar poemas, fazê-los voar. A seu tempo, conseguiu finalmente compreender e aceitar que o poema só se completa quando lido. Publicou Ressonância, seu livro de estréia. Tem como hobby o bordado livre. Nas linhas dos versos ou dos tecidos, acredita que perder o fio da meada é absolutamente fundamental.
ISSO NÃO SÃO HORAS A esta hora da manhã e já lambendo os dedos? A esta hora da noite e ainda de gravata? A esta hora da vida e ainda de algemas? A esta hora da morte e ainda com saudades? A esta hora da viagem e ainda com enjoo? A esta hora da infância e ainda com manha? A esta hora da velhice e ainda se assanha? A esta hora do show e ainda se acanha? A esta hora do trato e ainda me estranha? A esta hora da missa e ainda duvida? A esta hora da barriga e ainda aborto? A esta hora da dívida e ainda juros? A esta hora das juras e ainda acredita? Vou me retirar A esta hora do velório já nem me lembro quem era o morto.
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AS MULHERES POETAS NA LITERATURA BRASILEIRA