ADRI ALEIXO
(1975)
Poeta mineira, é formada em letras pela UEMG e escreve poemas desde a juventude. De vez em quando arrisca alguns contos. Vive em Belo Horizonte onde atua como professora de português e literatura. Possui textos publicados em sites e revistas literárias como Germina, Mallarmargens, Suplemento Literário de Minas Gerais, Zona da Palavra, Verso Aberto, O Relevo, entre outros. Publicou os livros de poemas: Des.caminhos(2014) e Pés (2015).
CALEFAÇÃO Os pés cansados: cadafalso, candelabro. Pisar minúcias nas costas, o mundo os filhos nos braços. E você diz que a mulher deve ter pés delicados. REGOLITO Quando saio, nunca sei aonde vou me perco entre as ideias do caminho. Meus pés querem céu meu corpo, um canto ribeirinho. Se volto, é porque um astro me prende ao chão. O antúrio sempre me cumprimenta à porta. MONJOLO Um chão vermelho de goiabas e cheiros me regressa E assim meio rio meio córrego eu tento dar-lhe fundo Eu sei, pai, foi seu braço que fez o mundo FADO Já busquei a chave do meu caminhar agora Descaminho. TRÊS MARIAS para Daniela Delias
No chão, as estrelas que colhemos têm outros nomes: rosas, margaridas e calêndulas. AS MULHERES POETAS NA LITERATURA BRASILEIRA
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