MARIA REZENDE (1978)
Poeta carioca, atriz e montadora de cinema e televisão. Aprendeu a dizer poemas aos 18 anos com a poeta e atriz Elisa Lucinda. Em 2012, não sendo juiza, nem celebrante religiosa, celebrou alguns casamentos com sua poesia. Publicou 3 livros de poemas: Substantivo feminino (2003), Bendita Palavra(2008) e Carne do Umbigo(2014). Os dois primeiros vinham acompanhados de CDs.
PAU MOLE Adoro pau mole. Assim mesmo. Não bebo mate não gosto de água de coco não ando de bicicleta não vi ET e a-d-o-r-o pau mole. Adoro pau mole pelo que ele expõe de vulnerável e pelo que encerra de possibilidade. Adoro pau mole porque tocar um pressupõe a existência de uma intimidade e uma liberdade que eu prezo e quero, sempre. Porque ele é ícone do pós-sexo (que é intrínseca e automaticamente - ainda que talvez um pouco antecipadamente) sempre um pré-sexo também. Um pau mole é uma promessa de felicidade sussurrada baixinho ao pé do ouvido. É dentro dele, em toda a sua moleza sacudinte de massa de modelar, que mora o pau duro e firme com que meu homem me come.
AS MULHERES POETAS NA LITERATURA BRASILEIRA
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