ensar(es)
15
Orion, uma constelação fascinante Sónia Lopes . Professora de Física e Química
H
á muito tempo que o homem olha o céu. Os Babilónios, há cinco mil anos, construíram edifícios para o observar. Estes eram altos para poderem estar mais perto das estrelas. Para os Egípcios as estrelas estavam no corpo da deusa Nut. No céu, o homem projetou as suas crenças. Com linhas imaginárias uniu as estrelas e viu heróis, deuses, animais míticos… Hoje em dia a ciência e a tecnologia evoluíram muito e os astrónomos perscrutam o céu com potentes telescópios. Orion é uma das 88 constelações que constituem o nosso céu. Uma constelação começou por ser uma região da esfera celeste onde as estrelas parecem desenhar figuras. Atualmente, os astrónomos, aproveitando as figuras já imaginadas, dividiram o céu em 88 regiões ou 88 constelações passando a palavra constelação a denominar uma região do céu objeto de estudo. O gigante Orion era caçador e no céu está acompanhado pelas constelações do Cão Maior e do Cão Menor, à sua direita. À esquerda está a constelação do Touro, uma das doze constelações do zodíaco. Por baixo de Orion está a constelação da lebre e por cima do Touro há um conjunto de estrelas, as Plêiades, também conhecidas por Sete Estrelo, que são as “moscas” do Touro. Para os iniciados na astronomia, a constelação de Orion é muito interessante, não só por todo o cenário que a envolve, mas também porque tem muitos pormenores astronómicos interessantes.
A sua cintura é desenhada por três estrelas denominadas Três-Marias ou Três Reis Magos. Por cima destas encontram-se duas estrelas que serão os ombros e um pouco mais acima, a meio, uma outra estrela, a cabeça. Abaixo das Três-Marias outras duas estrelas marcam a posição dos pés. No ombro esquerdo está a estrela Betelgeuse e, se olharmos com atenção, verificamos que é de cor vermelha. Na realidade é uma gigante vermelha, uma estrela velha. No fim da vida as estrelas expandem-se e arrefecem adquirindo uma tonalidade vermelha.