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Carpe diem Diana Silva . Aluna do 12ºA
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É pena que só demos valor ao que temos de bom na vida quando o perdemos.
Q
ual seria a piada de viver o mesmo momento várias vezes, sabendo que em nenhuma delas iria reparar em todos os pormenores que o compõem? Se tivermos a noção de que teremos tempo de perceber algo mais tarde, nunca iremos tentar aproveitar ao máximo o momento em que aconteceu pela primeira vez... É um pouco como os filmes: da primeira vez que os vemos apenas reparamos naquilo que nos salta mais à vista e nem nos apercebemos que há certos pormenores que nos estão a escapar; mas qual é o problema se os podemos voltar a ver mais tarde e reparar em tudo o que nos escapou? Eis a questão que vos deixo: se apenas pudessem ver um filme uma única vez, preferiam repara nos pormenores ou nas partes que mais saltam à vista e por vezes são as mais banais? Bem, a minha resposta seria que se devia atentar nos pormenores, mas sendo que eu não sou uma pessoa muito atenta ao que me rodeia iria deixar escapar metade...
Mas esta pergunta não se aplica apenas aos filmes, mas também à nossa vida em geral... Posso não ter vivido muito tempo por enquanto, mas o que vivi serviu para perceber o quanto temos de reparar naquilo que não está mesmo à frente dos nossos olhos e talvez por isso eu esteja sempre com as “antenas” no ar como muitos dizem. Simplesmente não quero perder as partes mais emocionantes de ser jovem e não é preciso sair até de madrugada, fumar ou até mesmo andar a fazer sexo com todos os rapazes que nos aparecem à frente para aproveitar o que há de melhor, simplesmente podemos encontrar outras formas de diversão e nenhuma delas tem de passar por algo desagradável. É pena que com o tempo e a evolução da sociedade algumas “regras” se tenham perdido entre os jovens, é pena que com o tempo os nossos próprios pais tenham passado para segundo plano em alguns casos, é pena que só demos valor ao que temos de bom na vida quando o perdemos...