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Ninguém se entende Inês Mesquita . Aluna do 12º B
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Tempo de aproveitarmos a nossa juventude como deve ser, sem ter aquela constante preocupação do “O que vai ser de mim?!”, como se todo o santo passo que damos, fosse condicionar algo que acontecerá 10 anos depois.
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artindo do tema da discriminação, ocorreu-me o caso dos ideais profissionais que nos são transmitidos ao longo da vida. É um caso de grande euforia, preocupação e principalmente stress e paranóia, tanto para filhos como para pais. Existe um sistema, igual para todos, o problema é, precisamente, que não assenta a todos. “Que queres ser quando fores grande?” “Quero ser bombeiro!”, oh a doce e inocente felicidade das crianças quando respondem aquela pergunta, quer com “bombeiro”, “veterinário”, “cantor” ou até um simples e modesto encolher de ombros e um “Não sei” despreocupado. Os anos passam, o tempo escasseia, demasiado depressa, diria eu. Brevemente, já não temos o usual riso enternecedor quando ouvem a nossa resposta, já é apenas um sorriso preocupado e um “É melhor
começares a pensar nisso”. Quando damos por nós, já é o dia do juízo final, o tic-tac parou e o tempo para decidir esgotou. Passamos grande parte da nossa adolescência a pensar na nossa vida adulta, e grande parte da nossa vida adulta a pensar na adolescência. Enquanto somos jovens e a transbordar de energia e entusiasmo, tentamos dividir o tempo entre divertirmo-nos e refletir sobre o futuro, e quando finalmente chega essa altura, dividimos o tempo entre pensar nas preocupações do presente e lamentar as oportunidades perdidas do passado. Nunca chegamos a um consenso, nem nos permitem que cheguemos. Quando atingimos a adolescência “é esperado que comecemos a agir como adultos, mas tratam-nos como crianças”, mas isso é porque…bem, é o que nós somos! Somos um fantástico híbrido de uma criança