A educação no Brasil: uma perspectiva internacional

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3   APRENDIZAGEM E SEUS RESULTADOS

lias, que será tema do Capítulo 4, além da oferta de escolas e professores de alta qualidade, assunto do Capítulo 5, e o envolvimento efetivo dos pais, descrito no Capítulo 6.

3.2 FONTES DE DADOS O Pisa é a maior fonte de dados internacionais comparáveis sobre desempenho educacional O governo brasileiro anunciou que participará dos próximos ciclos do Estudo Internacional de Progresso em Leitura (PIRLS) e do Estudo Internacional de Tendências em Matemática e Ciências (TIMSS)10, mas essas avaliações somente serão realizadas em 2022 e 2023. Outras avaliações regionais das quais o Brasil participa não acontecem desde 2013. Assim, as comparações internacionais de

resultados de aprendizagem são, no momento, fortemente dependentes do Pisa, uma pesquisa trienal com alunos de 15 anos, com foco na proficiência em Leitura, Matemática e Ciências. O Brasil participou de todos os ciclos do Pisa desde 2000. O Pisa tem sido importante para o Brasil (Inep, 2019 [3]) e foi, por exemplo, usado para estabelecer metas nacionais de referência no Plano Nacional de Educação (PNE) (ver abaixo e no Capítulo 1). No Pisa 2018, 10.691 alunos de 638 escolas realizaram a avaliação no País. A amostra de alunos representa apenas dois terços (65%) dos jovens brasileiros de 15 anos 11 (OCDE, 2019 [4]). O outro terço não está representado, principalmente, porque não frequentava a escola na época em que o Pisa 2018 foi realizado. A taxa de cobertura é muito mais baixa do que nos países da OCDE, onde apenas 12% da população de alunos de 15 anos não está incluída (ver Figura 3.1). Po-

10     O Brasil, como muitos países latino-americanos, participa de avaliações regionais de crianças mais novas, coordenadas pelo Escritório Regional de Educação da Unesco para a América Latina e o Caribe e o Laboratório Latino-americano de Avaliação da Qualidade da Educação (Laboratorio Latinoamericano de Evaluación de la Calidad de la Educación, LLECE). O Primeiro Estudo Regional Comparativo e Explicativo (Primer Estudio Regional Comparativo y Explicativo, Perce) foi implementado em 1997, em 13 países. Nove anos depois, em 2006, o Segundo Estudo (Segundo Estudio Regional Comparativo y Explicativo, Serce) avaliou alunos em 16 países e um estado mexicano. O Terceiro Estudo (Tercer Estudio Regional Comparativo y Explicativo, Terce) foi implementado em 2013, em 15 países e no mesmo estado mexicano. O Perce, o Serce e o Terce mediram os resultados de aprendizagem de Leitura e Matemática de crianças do 3º, 4º (somente em 1997) e 6º anos. O Brasil participou de todas as rodadas dos estudos. O País também participa do Estudo Internacional sobre Educação Cívica e Cidadania (do inglês International Civic and Citizenship Study, ICCS). Sua participação nessas avaliações foi, até pouco tempo, uma das razões pelas quais o Brasil não havia realizado o PIRLS e o TIMSS. No entanto, o governo brasileiro anunciou, recentemente, que o Brasil participará de ambos. 11     Esse número refere-se ao Índice de Cobertura 3 do Pisa, que representa a cobertura da população nacional de 15 anos. Ele estima a proporção da população nacional de 15 anos coberta pela porção não excluída da amostra de estudantes. O índice fica abaixo de 1,0 na medida em que há jovens de 15 anos excluídos ou que não estão matriculados no 7º ano ou ano superior. Para mais informações sobre a amostra de alunos do Brasil no Pisa, acesse: https://www.oecd.org/pisa/data/pisa2018technicalreport/

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A EDUCAÇÃO NO BRASIL: UMA PERSPECTIVA INTERNACIONAL


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