ÍCONES POR ISADORA CAMPOS
OS JUSTOS ALÉM DA ORDEM A discussão sobre o que é justiça antecede ordenamentos jurídicos. É inegável que o senso do que é justo e correto é particular a cada indivíduo e, por assim ser, carrega consigo as suas parcialidades. Em contraponto, a justiça é a perseverança pela igualdade de oportunidades e garantias, expressando uma consciência coletiva. Em doutrinas kantianas, ser justo é virtude, é singularidade atrelada à moral. Aos cristãos, aqueles que praticam a justiça são bem-aventurados. Ao platonismo, é um elo permanente com a felicidade e com o divino. É a máxima das virtudes, aos aristotélicos, adquirida através da reiterada pratica de boas ações, tornandose assim, um hábito. Praticar a justiça é, além de seguir o direito positivo, respeitar normas e ordenamentos jurídicos. É valorizar o próximo, ter coerência e propósito em suas ações, e oportunizar um enobrecedor legado à sociedade. Em uma pluridisciplinar visão, contemporânea e humanizada, das necessidades coletivas, que se multiplicam e se individualizam na mesma proporção em que a sociedade evolui, protagonistas aplicadores do Direito e empreendedores sociais pautam as suas condutas.
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JOSÉ EDUARDO RANGEL DE ALCKMIN
“A minha geração tem o desafio de praticar a busca da solução negociada” Em uma complementariedade das dialéticas do direito natural e do positivo, o jurista José Eduardo Rangel de Alckmin buscou sempre garantir o equilíbrio da distribuição de oportunidades, sem permitir que o abuso da força ou do poder prevaleça. Ao advogado é a busca incessante desse equilíbrio que consiste na
Foto: Gabriel Correia
@isadoracampos