Jô Alves Jô, 30. Escrevedora de imaginações divagantes, travestidas em prosa e verso (às vezes rima); fotógrafa amadora, desenhadora informal, amante irremediável do cinema e da arte em geral. Casualmente licenciada nas Letras do português, atualmente enveredada nas Ciências do social. Em permanente intento de construção da própria existência.
Corpo-Ser corpo: recipiente que, precária e provisoriamente, apara a fluidez desse ser-não-ser fugidio; tua leitura superficial e normatizada denota errôneas interpretações; pois, diferente do que de cara pareces deixar entrever, nada no fora de ti mesmo decifra tuas reais emoções, incapturável ser e não ser ser e não ser, aliás, eis a minha questão metamorfose ambulante em constante transformação, te habito, corpo vacilante, carnes pulsantes, que gritam, vibrantes, sentindo-se ser o que muitos outros afirmam, convictos, que não são meu corpo indefinido, em intermitente transição, oscila, pois, entre lacunas suas e definições alheias: ora, involuntariamente, corrobora, em quem o vê e lê, pré-concepções categóricas associadas a sua genitália; Coletivo Flids | 37