Lana Nóbrega Mãe da Yasmin e do Thiago. Escreve. Milita: LGBT+, antirracista e feminista. Profa de inglês e de humanas.
De mim Mulher Eu te escrevo hoje Mas essas linhas são antigas É de um tempo remoto em mim Em que ainda não me reconhecia Andei todos os mares Nadei todas as lágrimas Me lavei inteira na minha umidade E por fim clamei de volta As cores que eram minhas As cores que são minhas. Em todo o meu feminino Que transborda a outros femininos Em toda a minha umidade Que transborda em outras umidades Meus seios querem mais. Somos quatro seios em êxtase de mulher E andamos as linhas curvas do existir Entre coxas: lambuzadas de vida. 88 | Poesia para amar de toda forma