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Portugal 20-30 e PRR Coimbra e Região contam
Rui Alírio Gestor / Administrador no Coimbra iParque
É
notório que estamos atualmente num quadro de alguma incerteza persistente, no domínio económico. Por um lado, temos a manutenção da existência da pandemia, apesar de sermos um país com uma percentagem de vacinação que ronda os 90%, por outro lado, temos instalada uma pausa política, para não lhe chamar crise política, uma vez que existe a possibilidade de logo em final de janeiro de 2022, a
situação voltar a poder ser normal e não se cair num período de ingovernabilidade, que seria o pior que nos podia acontecer. Que assim não seja. Na verdade, os desafios que temos pela frente são muitos e interessantes. De facto, o próximo quadro de apoio, Portugal 20-30, mas também o Programa de Recuperação e Resiliência são ferramentas essenciais para o futuro do país, das suas regiões e do tecido empresarial. Temos desde logo o desafio do território, uma vez que Portugal tem uma oportunidade ímpar de potenciar e fazer gerar uma nova tendência nas cidades médias, ou seja, onde possa existir sustentabilidade verde, qualidade, e inovação criativa. Como alguém e bem já chamou, Centros de modernidade participativa. E esta dinâmica tendo
sempre em consideração o desenvolvimento do interior. Depois, com naturalidade e em sequência, temos o desafio da competitividade. Esta assenta de forma decisiva e incontornável no avanço tecnológico e na transformação digital, comportando um verdadeiro plano de ação do litoral ao interior, de norte a sul, não esquecendo as ilhas atlânticas. Falamos de um plano de ação para a competitividade que signifique uma dinâmica efetiva de aposta nas novas tendências tecnológicas, seja ao nível da conceção de novos serviços e produtos, seja ao nível da execução de centros modernos de elevada performance e produção, onde se possa acrescentar valor e dessa forma colocar serviços e produtos ao máximo nas redes internacionais. Um verdadeiro desígnio nacional! E tudo isto nunca esquecendo a for-
mação e a qualificação. É bom lembrar que somos um país que necessita de investimento mas que não tem capital, portanto é preciso ter arte e engenho e aproveitar as possibilidades. O Plano de Recuperação e Resiliência é neste particular uma forte e capaz oportunidade de transformar e possibilitar a mudança que tanto é necessária, equilibrar os efeitos ambientais e acelerar a digitalização. Coimbra e a Região estão neste contexto, seja na mobilidade, na reindustrialização, na bioeconomia, ou na digitalização. E considerando também em cadeia, os Parques empresariais, os Centros de investigação, a Universidade e Politécnico, bem como os agentes de turismo. Ou seja, considerando a necessária atratividade de investimento mas também a imprescindível execução de um verdadeiro plano de ação para o desenvolvimento que possa criar valor e riqueza, bem como qualidade de vida que a todos fascine!