ECONOMIA & SOCIEDADE
‘BOOM’ INDUSTRIAL AMEAÇADO Saída do auxílio emergencial pode frustrar expectativa de crescimento da indústria no AM, diz Cieam Bruno Pacheco - Da Revista Cenarium
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ANAUS – Apesar do Índice de Confiança da Indústria (ICI) atingir 106,7 pontos em setembro, o seu maior nível desde janeiro de 2013 (106,7), de acordo com a Fundação Getúlio Vargas (FVG), o presidente do Centro da Indústria do Estado do Amazonas (Cieam) alertou à REVISTA CENARIUM para um possível impacto sobre o segmento na região amazonense, com a saída do auxílio emergencial a partir de 2021, que pode prejudicar o ‘boom’ industrial, já que o setor luta por crescimento em meio à Covid-19. “Existe a expectativa de um bom segundo semestre com o advento do final de ano. Vamos acompanhar. A dúvida que temos é de como o mercado se comporta no ano que vem, a partir do primeiro semestre, quando provavelmente essa ajuda do governo federal deixa de acontecer”, disse Wilson Périco, presidente do Cieam. Segundo ele, o benefício, criado para reduzir os efeitos da pandemia do novo Coronavírus na economia brasilei-
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ra e prorrogado pelo Governo Federal por mais quatro meses, movimentou não somente o comércio, mas alguns segmentos da indústria. “É preciso levar em consideração que o auxílio que o governo federal deu até o mês passado de R$ 600, que agora é de R$ 300, é algo muito significativo e que movimentou bastante o comércio e alguns segmentos da indústria”, destacou o empresário. Périco disse ainda que existe uma atividade bastante positiva na maioria dos segmentos da indústria amazonense, como no setor de informática, duas rodas, eletroeletrônicos. De acordo com o empresário, a exceção é o polo relojoeiro, que vive uma concorrência com os materiais importados (que chegam de outros países). “O polo relojoeiro continua ainda sofrendo bastante, mas não por conta da pandemia e sim da concorrência com os importados no mercado cinza principalmente”, explicou.