Forever You Jennifer L. Armentrout
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A irresistivelmente sexy série da autora bestselling #1 do New York Times, Jennifer L. Armentrout, dois espíritos livres veem suas vidas mudadas após um caso de uma noite... Algumas coisas você apenas acredita, mesmo que você nunca as tenha experimentando. Para Stephanie, essa lista inclui amor. Ele está por aí. Em algum lugar. Eventualmente. Enquanto isso, ela está trabalhando em um centro de treinamento de MMA (Mixed Martial Arts) e flerta com caras lindos, e temporários, como Nick. Então um segredo os aproxima, abrindo os olhos de Steph para um futuro que ela nunca soube que queria até que uma tragédia estraga tudo. A confiança de Nick serve de escudo para um passado que ninguém precisa conhecer. Sua surpreendente conexão com Steph muda tudo isso. Tão rápido quanto as paredes que o mantiveram livre de compromisso caem, ela está construindo elas de novo, determinada a manter a dor, e Nick, do lado de fora. Mas ele não pode se afastar. Quando ela é a única que o fez desejar pelo 'para sempre'...
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Capítulo Um .............................................................................. 4 Capítulo Dois ........................................................................... 19 Capítulo Três ........................................................................... 36 Capítulo Quatro ........................................................................ 45 Capítulo Cinco .......................................................................... 55 Capítulo Seis ............................................................................ 62 Capítulo Sete ........................................................................... 75 Capítulo Oito ........................................................................... 93 Capítulo Nove ......................................................................... 103 Capítulo Dez ........................................................................... 112 Capítulo Onze ......................................................................... 127 Capítulo Doze.......................................................................... 135 Capítulo Treze......................................................................... 149 Capítulo Quatorze .................................................................... 161 Capítulo Quinze ....................................................................... 169 Capítulo Dezesseis .................................................................... 185 Capítulo Dezessete ................................................................... 194 Capítulo Dezoito ...................................................................... 208 Capítulo Dezenove .................................................................... 222 Capítulo Vinte ......................................................................... 234 Capítulo Vinte e Um .................................................................. 245 Capítulo Vinte e Dois ................................................................. 254 Capítulo Vinte e Três ................................................................. 265 Capítulo Vinte e Quatro .............................................................. 271 Capítulo Vinte e Cinco ............................................................... 282 Capítulo Vinte e Seis ................................................................. 288 Capítulo Vinte e Sete ................................................................. 304 Capítulo Vinte e Oito ................................................................. 319 Capítulo Vinte e Nove ................................................................ 329 Capítulo Trinta ........................................................................ 338 Capítulo Trinta e Um ................................................................. 346 Capítulo Trinta e Dois ................................................................ 358
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Capítulo Um A caixa, que estava transbordando, balançava precariamente em meus braços enquanto eu dava um passo para o lado, usando meu quadril para fechar a porta do meu carro. Eu prendi a respiração, completamente imóvel no estacionamento, ao lado de uma moto gigante, a caixa balançando perigosamente. Um. Dois. Três. Quatro. Cinco... A caixa finalmente parou de balançar quando eu cheguei ao ‘seis’, e eu soltei minha respiração. O que tinha na caixa era precioso demais para deixar cair. Algo que eu provavelmente deveria ter pensando antes de colocar um bilhão de coisas juntas. Tarde demais agora. Exalando, eu olhei sobre a borda da caixa para que pudesse avistar a calçada e a entrada do meu apartamento, andando para frente, determinada a não deixar cair a caixa ou quebrar meu pescoço no processo. Graças a Deus e a todos os seus – ou suas- anjos tocadores de trompete, meu apartamento era térreo. Eu realmente esperava que não precisasse me mudar de novo por um tempo. Mesmo que eu não tivesse muitas coisas para empacotar, isso ainda era um puta de um incomodo. Graças, as coisas grandes – a cama, sofá e outros móveis – tinham sido entregues. Eu só não fazia ideia como consegui acumular tanta porcaria morando em um dormitório. Eu cheguei à calçada, perto da grande escadaria que levava aos andares de cima, quando uma queimação em meu braço aumentou em intensidade. A caixa começou a tremer de novo, e eu xinguei baixo, uma maldição que teria feito meu pai, e o pai dele, tão orgulhosos de mim.
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Apenas mais alguns passos, eu me mantive dizendo, só mais alguns passos e eu – A caixa escorregou dos meus braços. Meus joelhos dobraram enquanto eu tentava segurar ela de novo, mas era tarde demais. A caixa cheia de coisas quebráveis começou a cair. “Filho da puta, bastardo do cacete, caralh...” A caixa virou de repente, alguns centímetros de distância do cimento, me assustando tanto que meus xingamentos foram interrompidos. O peso da caixa tinha sumido completamente e, meus músculos obviamente fracos do braço ficaram aliviados. No começo eu imaginava se tinha desenvolvido algum tipo de superpoder, mas, então, eu vi as duas grandes mãos, que não eram minhas, ao lado da caixa. “Eu admiro qualquer um que consiga usar as palavras ‘bastardo do cacete’ em uma frase.” Meus olhos arregalaram ao som de uma voz incrivelmente rica. Eu raramente corava. Quase nunca. Na verdade, eu estava acostumava a fazer os outros corarem. Mas eu o fiz. Meu rosto esquentou enquanto eu virava minha bochecha para o sol. Por um momento eu fiquei presa, encarando suas mãos. Seus dedos eram longos e elegantes, as unhas lixadas e aparadas, mostrando a pele alguns tons mais escura que a minha. Então a caixa se moveu, para cima, enquanto eu me endireitava. Eu deixei meu olhar vagar sobre a caixa, até os ombros largos, a fonte da voz. Puta cara gostoso... Parado diante de mim estava um ser alto, moreno e lindo. Eu tinha visto muitos assim, mas esse cara era simplesmente fora de comparação. Talvez tivesse a ver com sua coloração única. Seu cabelo castanho escuro, cortado mais curto do lado e ligeiramente longo no topo, emoldurava bochechas e um maxilar angular. Seu tom de pele era de um oliva profundo, dando dicas de uma possível etnia. Talvez hispânico? Eu não tinha certeza.
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Minha tataravó era cubana então ainda haviam alguns traços dela que foram passados a mim. Olhos profundos espiavam entre cílios grossos, e aqueles olhos eram realmente outra coisa. Eles eram ligeiramente verdes em volta das pupilas e quase pareciam azuis perto da retina. Eu sabia que isso tinha de ser algum tipo de ilusão d’ótica, mas eles eram estonteantes. Esse cara era impressionante. “Especialmente quando essas palavras estão vindo de uma menina bonita,” ele adicionou, seus lábios se curvando no canto. Sai do transe antes que eu precisasse limpar minha baba. “Obrigada. Não tinha como eu conseguir salvar essa caixa sozinha.” “Sem problemas.” Seus olhos percorreram meu rosto antes de se abaixarem, parando mais em algumas áreas do que outras. Como eu estava empacotando caixas e correndo por aí, tudo que eu estava usando eram shorts de ginástica e uma camiseta ajustada, apesar do tempo fresco. E os shorts de ginástica mal poderiam ser considerados como shorts. “Você é bem-vinda para terminar aquela frase com o ‘filho da puta’. Estou curioso qual outra combinação você iria fazer.” Meus lábios se curvaram em um sorriso. “Eu tenho certeza que teria sido épico, mas aquele momento já passou.” “Isso é uma pena.” Ele deu um passo para o lado, ainda segurando a caixa. Nós estávamos lado a lado e, apesar deu ser uma menina bem alta, ele ainda era uns bons centímetros mais alto que eu. “Me diga onde isso vai.” “Está tudo bem. Eu consigo carregar daqui.” Eu tentei pegar a caixa. Ele levantou uma sobrancelha. “Não me importo. A não ser que você esteja planejando xingar de novo, então aí eu posso ser convencido.” Eu ri enquanto olhava para baixo, checando ele. Ele estava vestindo uma jaqueta de couro, mas eu podia apostar minhas economias que haviam
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alguns músculos bem definidos por baixo daquele casaco. “Okay então. Meu apartamento é logo ali.” “Mostre o caminho, madame.” Sorrindo para ele, eu passei meu rabo de cavalo sobre meu ombro enquanto eu ia para a esquerda. “Eu quase consegui chegar sem deixar a caixa cair,” eu disse a ele enquanto abria a porta. “Tão perto.” “Ainda assim, tão longe,” ele terminou, piscando quando eu olhei para ele. Eu segurei a porta para ele. “Tão verdade.” Ele me seguiu e parou. As coisas dentro do meu apartamento estavam meio bagunçadas. O que eu consegui desempacotar estava jogado pelo sofá e no chão de madeira. “Algum lugar particular que você quer isso?” “Ali está bom.” Eu apontei para um espaço vazio próximo ao sofá. Andando até lá, ele cuidadosamente colocou a caixa no chão e, como um cachorro no cio, eu não consegui não olhar para suas qualidades quando ele se inclinou. Bom. Enquanto se endireitava e olhava para mim, eu sorri e bati minhas mãos juntas. “Você acabou de se mudar?” ele perguntou, olhando ao redor. Caixas estavam empilhadas perto da cozinha e na pequena mesa de jantar. Eu ri enquanto aquele meio sorriso aparecia. “Eu me mudei ontem.” “Parece que você ainda tem um bom caminho a percorrer antes de terminar.” Andando na minha direção, ele abaixou seu queixo enquanto estendia sua mão. “Por sinal, sou Nick.” Peguei sua mão. Seu aperto era quente e firme. “Eu sou Stephanie, mas quase todo mundo me chama de Steph.”
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“Prazer em te conhecer.” Sua mão ainda estava segurando a minha enquanto ele abaixava seus cílios, seu olhar caindo de novo. “É um prazer te conhecer, Stephanie.” Calor fez seu caminho até minha barriga ao som do meu nome dito por ele. “O mesmo,” eu disse, levantando meu olhar ao seu. “Depois de tudo, se você não tivesse aparecido, eu provavelmente ainda estaria lá fora, xingando.” Nick riu, e eu gostei do som da sua risada. Muito. “Provavelmente não é o melhor jeito de se conhecer uma pessoa.” “Pareceu funcionar com você.” Aquele meio sorriso espalhou vagarosamente, se tornando um sorriso completo, e se eu tinha pensado que ele era bonito antes, não era nada comparado com o que eu pensava agora. Wow. Esse cara era tão lindo quanto era prestativo. “Vou te contar um pequeno segredo,” ele disse, apertando minha mão antes de solta-la. “Não precisaria de muito esforço seu para fazer isso funcionar pra mim.” Oh, meus pequenos ouvidos ficaram aguçados. Que flertada. “Isso é muito... bom de saber.” Eu dei um passo para perto, inclinando minha cabeça para trás. Um cheiro leve de perfume exalava dele, um odor fresco. “Então, Nick, você mora nesse condomínio?” Ele balançou sua cabeça e uma mecha de cabeço escuro apareceu no topo dela. “Eu tenho uma casa no fim da cidade. Eu estou apenas aqui, esperando para ajudar meninas bonitas carregando caixas para seu apartamento.” “Bem, isso é uma pena.” Seus olhos brilharam, a íris verde ficando mais profunda. Um momento se passou enquanto seu olhar segurava o meu, até que seus lábios se afastaram. “Isso é.” Levantando suas mãos de novo, fiquei surpresa quando
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ele tocou minha bochecha, trazendo seu dedão até o canto da minha boca. “Você tinha poeira aqui. Tudo limpo.” Meu pulso acelerou enquanto eu o encarava, pela primeira vez na minha vida estava completamente embasbacada. Eu era ousada. Inferno. Meu pai dizia que eu era tão ousada quanto bolas de bronze. Não é a melhor imagem, mas é verdade. Quando eu queria algo, eu trabalhava para isso. Essa mentalidade tinha funcionado comigo desde criança. Notas. Grupos de dança no colegial. Garotos. Um diploma. Uma carreira. Mas mesmo com toda minha coragem, esse homem me abalou um pouco, e me tirou do meu jogo. Interessante. “Eu preciso ir andando,” Nick disse, abaixando sua mão. O sorriso em seu rosto, aquele meio sorriso torto, dizia que ele sabia claramente o efeito que tinha. Ele foi em direção a porta e olhou sobre seu ombro. “Por sinal, eu sou bartender nesse lugar não muito longe daqui. Se chama Mona’s. Se você ficar entediada... ou quiser repensar em sua habilidade de usar palavras em duplas como xingamentos, você devia ir me visitar.” Eu sabia como ler rapazes. Era definitivamente uma habilidade conquistada, e ele estava estendendo o convite. Simples assim, ele deixou isso ali, e eu gostava disso. Meu próprio sorriso era como uma cópia do dele. “Eu vou manter isso em mente, Nick.”
Uma fina camada de pó cobria meus braços enquanto eu saia de onde eu tinha empilhado as últimas caixas, levantando minhas mãos até meu rosto logo a tempo. O espirro escapou com força suficiente que fez meu rabo de cavalo voar sobre minha cabeça e quase bater em meu rosto. Inclinada, eu esperei alguns segundos. Outro espirro estava se formando e eu não me enganei. Eu espirrei de novo, surpresa por não ter derrubado a pilha de caixas com ele.
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Endireitando-me, eu passei meu rabo de cavalo sobre meu ombro e levei um momento para absorver tudo isso, além da poeira sobre a pele, até meus ossos. Eu finalmente tinha feito isso. Eu me mudei. Não para algum apartamento na mesma cidade onde cresci ou frequentei o colegial, mas para um estado diferente e, pela primeira vez em vinte e três anos, eu não estava a vinte minutos de distância da minha mãe. Mesmo na faculdade eu tinha morado em um dormitório só ficava a uma curta distância da sua casa. Tinha sido difícil – mais do que eu tinha imaginado que seria. Desde que tinha quinze anos, tinha sido apenas minha mãe e eu. Deixala, mesmo que fosse o que ela queria, tinha sido difícil. Houve lágrimas, e isso foi uma grande coisa para mim. Eu realmente chorei. E eu não era esse tipo... de pessoa emocional. A não ser que um daqueles malditos comerciais ASPCA1 aparecessem na TV, especialmente aqueles que tinham a música “Arms of an Angel2”. Ugr. Então aparecia um pequeno ninja descascando cebolas em baixo dos meus olhos. Bastardos. Depois de dois dias desempacotando, eu tinha terminado e, quando eu olhei ao meu redor, eu me senti bem orgulhosa do que tinha conseguido. O apartamento de um quarto era bom apesar de realmente querer um de dois quartos. Eu precisava ser realista uma vez na minha vida, apesar de tudo, e ficando com esse de um quarto eu estaria guardando dinheiro. Eu tinha uma ótima cozinha, com eletrodomésticos de aço inoxidável, e um cooktop a gás – um cooktop que provavelmente nunca usaria devido ao meu medo irracional de explodir tudo.
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The American Society for the Prevention of Cruelty to Animals = Sociedade para a Prevenção da Crueldade com Animais 2 In the Arms of an Angel é uma música da Sarah McLachlan
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Mas a sala e o quarto eram espaçosos e eu tinha certeza que um policial morava aqui, porque havia uma viatura entrando e saindo do estacionamento nesses dois dias desde que me mudei, E alguém que morava aqui tinha um amigo realmente quente chamado Nick. Ponto. Andando até onde eu tinha deixado uma moldura sobre o balcão da cozinha, eu limpei o pó das minhas mãos nos meus shorts de algodão e peguei a imagem. Eu, cuidadosamente, retirei o plástico bolha, revelando a foto que estava a salvo por baixo. Pressionando meus lábios juntos, eu passei meu dedão sobre a moldura cinza. Um homem de meia idade vestindo bege sorria de leve para mim, o deserto dourado infinito atrás. Uma mensagem em caneta preta estava perto dele. Não tão bonito quanto você, Stephanie. Eu mordi o interior das minhas bochechas e levei a foto até meu quarto. A cama cinza e os moveis brancos envelhecidos haviam sido um presente da minha mãe e dos meus avós. Dava ao cômodo um ar de uma cabana confortável. Indo até a prateleira que tinha acabado de instalar a cima da TV, que eu tinha centralizado com a cômoda, eu me estiquei, dando a foto um novo lar ao lado de outra foto especial. Era uma das meninas da faculdade e eu, em Cancun, durante nossas últimas férias de primavera. Um sorriso apareceu em meus lábios. O biquíni preto que eu estava usando mal cobria meus seios. Ou minha bunda, se eu me lembrava bem – na verdade, isso era tudo que eu me lembrava daquelas férias. Bem, isso e aqueles gêmeos do Texas A&M 3... 3
A Texas A&M University é uma universidade de pesquisa coeducational pública localizada em College Station, Texas. É a instituição mais importante do Sistema Universitário Texas A&M.
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Tudo era, definitivamente, maior no Texas. Em cada lado das fotos estavam velas cinzas e eu achei que o conjunto estava bonito. Como se fosse o lugar deles. Eu andei para trás e por uns momentos eu encarei as fotos antes de me virar com um suspiro pesado. O relógio no criado mudo me dizia que era cedo demais numa tarde para terminar o dia e, apesar de ter desempacotado tudo, eu não estava cansada. Minha mente vagou para Nick e o que ele tinha dito ontem sobre o bar em que ele trabalhava. Quando sai ontem à noite para fazer compras, eu tinha visto. Mordendo meu lábio inferior, eu mudei o peso de um pé para o outro. Por que não sair e beber? E uma bebida poderia levar para alguma diversão. Eu era cem por cento a favor de ficadas sem compromisso. Porém, eu nunca entendi, e nunca iria entender, a relação que existia. Estava bem para homens terem controle sobre seu prazer, mas não para as mulheres? Não no meu mundo. Se Nick estivesse lá e ele estivesse tão animado em flertar quanto ontem, então essa noite... Bem essa noite poderia ficar bem interessante.
Eu, com certeza, iria levar Nick para casa comigo essa noite e fazer várias coisas ruins com ele – sem roupa e divertidas que iria fazer minhas orelhas queimarem até saírem da minha cabeça. Ou, pelo menos, causariam uma certa vergonha já que eu estava visualizando elas em um local púbico. Não estava. Não tudo, pelo menos.
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Um caso de luxuria instantânea me atingiu forte. Eu estava atraída a esse cara em um nível puramente primário, e eu era mulher suficiente para admitir isso. Olhos cor de grama encontraram os meus mais uma vez. Cílios grossos abaixaram, protegendo aqueles lindos olhos verdes. Deus, eu sempre tive uma coisa por caras com cabelo escuro e olhos claros. Um contraste tão forte que fazia coisas loucas com todos os meus pontos de pulsação. Eu nunca realmente vi alguém com a mesma cor de olho que os dele. Eles eram definitivamente verdes, mas sempre que ele saia das luzes fortes sobre o bar para as sombras, a cor parecia mudar para um azul agua. Aqueles olhos davam a ele alguns pontos bônus. “Eu estou curioso demais, então tenho de perguntar. O que no mundo te trás para Plymouth Meeting, Steph?” Ao som de uma voz familiar, eu me virei, sentada no banco do bar, e olhei para cima, me encontrando encarando um par de olhos azul bebê que pertenciam a Cameron Hamilton. Quando eu entrei pela primeira vez no Mona’s, eu fiquei chocada ao ver algumas pessoas que tinham frequentado a mesma faculdade que eu. Eu ainda não acreditava que Cam e sua turma estava aqui, algumas horas de distância do seu point usual, que era a Shepherd University. Eu tinha dito oi e rapidamente levado minha bunda até o bar, apesar que eu podia dizer que eles tinham um milhão de perguntas, mas, honestamente, ver eles tinha me pego de guarda baixa. Eu não estava esperando encontrar ninguém que conhecesse e, com certeza, não estava esperando que fosse não só um, mas dois caras que eu... bem, eu tinha estado realmente perto em algum ponto. Falando sobre algo um tanto constrangedor, considerando que eu nunca soube onde eu estava em relação às namoradas de Cam e Jase Winstead. Eu tinha descoberto, a um bom tempo atrás, que muitas meninas não gostavam muito daquelas que seus namorados tinham se envolvido, não
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importando o quão sério a relação tinha sido. Nem todas as meninas eram assim, mas a maioria... yeah, a maioria eram. O que era algo que eu achava... bem, realmente estupido. A maioria das meninas eram ex de algum rapaz em algum ponto de suas vidas. Então elas estavam apenas odiando a si mesmas. Então eu tentava ficar longe do caminho delas quando estávamos todos em Shepherd e isso tinha funcionado até a noite que eu encontrei Teresa – a namorada de Jase e irmã mais nova de Cam – gritando histericamente depois de ter encontrado o corpo de sua colega de quarto. Desde então, mesmo que Jase e eu saíamos ocasionalmente, Teresa estava determinada em ser minha amiga. Eu achava isso estranho e me lembrava de uma menina que eu tinha ficado amiga no meu primeiro ano em Shepherd – Lauren Leonard. Ugh. Só de pensar em seu nome me fazia querer jogar uma bebida na cara de alguém. Ela tinha fingido ser minha amiga quando, na verdade, ela só me odiava porque o cara que ela namorava tinha me beijado um ano antes deles se conhecerem. E nem tinha sido um beijo memorável, com certeza não tinha valido a pena todo o drama que Lauren trouxe para minha porta. “Eu poderia te fazer a mesma pergunta,” eu disse finalmente, pegando meu copo. Um sorriso fácil apareceu enquanto Cam se apoiava contra o bar, seus braços cruzados sobre seu peito. “Você conhece Calla Fritz, certo/” “Eu sei sobre ela.” Eu olhei para onde a linda loira estava com seus braços em volta da cintura de um cara que tinha estampado ‘militar’ sobre si. Eu sabia. Meu pai tinha essa mesma aparência. Uma aparência que gritava eu sei como quebrar cada osso em seu corpo, mas eu tenho um código moral forte que me previne de fazer isso... a não ser que ameacem um dos meus. O cara com o cabelo curto e ondulado realmente estava usando essa aparência.
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“Seu namorado, Jax, é o dono desse bar. Costumava ser da sua mãe, mas isso é uma longa história.” Cam pausou. “De qualquer modo, Teresa é grande amiga de Calla então quando ela vem visitar ela, nós vamos junto. E desde que é bem perto de Philly, faz disso uma boa viagem.” “Oh,” eu murmurei. Mundo pequeno. “Eu acabei de conseguir um emprego na Luma Academy e aluguei um apartamento não muito longe daqui.” “Mesmo?” Nick disse, chamando nossa atenção e fazendo meu estomago afundar de um jeito gostoso, porém estranho. “Você vai trabalhar para o treinador do Brock, the beast4, Mitchell?” Meus lábios se curvaram sobre a evidência do tom surpreso de Nick. Sempre que o nome de Brock era mencionado, essa era praticamente a resposta que recebia. Brock era um exímio lutador de MMA e ele era local. Todos pareciam adorar ele. “Sim. Mas eu não conheci ‘a besta’ ainda. Ele está, na verdade, no Brasil agora, pelo que soube.” Nick colocou seus cotovelos sobre o bar, seus olhos vagando em mim em uma leitura cuidadosa. “Então, você é uma lutadora de MMA?” Eu joguei minha cabeça para trás e ri. “Uh, não. Meu emprego é no escritório. Vou ser assistente do executivo.” “Legal,” Cam respondeu. “Foi nisso que você se formou, certo? Administração de empresas?” Concordei, não inteiramente surpresa que ele se lembrava. Nós tínhamos sido amigos e Cam era um bom rapaz. Assim como Jase. Falando nele, quando eu olhei para onde a turma estava em volta da mesa de sinuca, parecia que Jase tinha Teresa presa em uma... chave de braço? Okay. Eu sorri. 4
A fera
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“Há quanto tempo vocês estão por aqui?” eu perguntei, tomando um gole do meu drink enquanto uma bartender mulher com óculos de armação rosa passava por Nick, atirando a ele um olhar que eu não entendi bem. Nick ignorou isso. “Nós vamos voltar no domingo.” Cam desapoiou do balcão. “Não seja uma idiota,” ele adicionou, sorrindo quando eu revirei meus olhos. “Tire sua bunda do banco e venha nos visitar, okay?” Quando eu concordei de novo, ele olhou para Nick. “Você vai no Jax amanhã à noite, certo?” “Depende da hora que eu sair daqui, mas vou tentar.” Interessante. Então Cam e Nick eram amigos. Eu estava aliviada por ouvir isso. Cam era bom em julgar as pessoas e eu já sabia que Nick era um encantador prestativo, mas eu me sentia como se pudesse seguramente dizer que Nick não era um serial killer. Eu segurei minha bebida enquanto Cam voltava para as mesas de sinuca. Minha mente não tinha se acomodado com a ideia de visita-los ainda. Talvez eu fosse. Talvez não. “Quer outra coca com rum?” Meus lábios se curvaram ao som da voz profunda e rica do Nick. Nós estávamos conversando desde que coloquei minha bunda nesse banco e ele tinha parecido feliz que eu estava aqui. Ponto bônus para a loteria que era esse cara. “Estou bem, mas obrigada.” A última coisa que queria era ficar bêbada. “Ei” sorri para ele, feliz quando seu olhar profundo caiu de novo. “Vocês ficam assim tão cheios nos finais de semana?” Eu podia ver que esse tipo de conversa era algo que Nick dominava, o que fazia sentido, considerando seu trabalho. Ele era um encantador de oportunidades. Mulheres olhavam para ele no bar. A outra bartender, a menina com o óculos rosa, parecia levar isso bem.
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“Não sei se você realmente pode chamar isso de cheio, mas os sábados normalmente trazem uma multidão maior.” Ele olhou para o bar antes de continuar. “Então você frequentou a escola com eles?” ele perguntou, usando seu queixo para apontar na direção que Cam tinha ido. “Yeah.” Me inclinando para frente, eu coloquei meus cotovelos no bar. “Eu não tinha ideia que eles tinham conexões aqui. Surpresa total.” “Mundo pequeno,” ele disse, imitando meu pensamento anterior. “Mas você não é muito próxima a eles.” Isso era uma afirmação, não uma pergunta. “O que te leva a pensar isso?” “Bem, se você fosse, eu acho que você estaria lá com eles. Ou...” Nick era bom observador. “Ou o que?” Um lado de seus lábios se curvaram enquanto ele cruzava seus braços sobre seu peito. O movimento chamou minha atenção. Eu era uma pessoa tão visual. Não que ninguém pudesse me culpar agora. A camiseta preta que ele usava estava esticada sobre seus braços bem definidos. “Ou você prefere passar seu tempo comigo.” A sede alojada no meu estomago se transformou em um nó. “Eu sou assim tão transparente?” “No melhor jeito possível.” Ele pegou uma garrafa. “Estou feliz que você passou por aqui. Toda vez que a porta abriu ontem à noite, eu olhei para cima e esperei que fosse você.” “Mesmo?” “Eu falo a verdade.” Seu sorriso era preguiçoso. “Você terminou de desempacotar?” “Yep.”
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“Houve mais algumas combinações com ‘bastardo’?” Eu ri. “Houveram algumas.” “Meio ruim eu ter perdido isso.” “Sempre tem o depois.” Eu brinquei com meu copo enquanto encontrava seu olhar. “Então, Nick, você tem um sobrenome?” “Blanco,” ele respondeu depois de uma pequena hesitação. “Você tem?” “Keith.” Eu sorri enquanto ele descruzava seus braços. “Tenho outra pergunta para você.” Se movendo, ele colocou suas mãos sobre o balcão. “Pergunte então.” “Você tem uma namorada?” Minha respiração ficou presa um pouco quando ele se inclinou de repente. Nossas bocas estavam perto o suficiente para estarmos respirando as mesmas moléculas de oxigênio. “Ou um namorado?” Nick não piscou um olho. “Não para ambos. E você?” Explosão de pontos bônus! “Nenhum,” eu disse, acolhendo o formigamento que deslizou pela minha coluna enquanto seu hálito aquecia meus lábios. Ele inclinou sua cabeça alinhando sua boca com a minha, apenas uma fração de centímetro de distância entre nós. Eu comecei a me sentir um pouco corada. “Você tem planos para essa noite, Stephanie Keith?” ele perguntou, sua voz mais profunda e rouca. Eu
balancei
minha
cabeça
enquanto
meus
batimentos
se
emaranhavam com uma dança feliz. O sorriso de Nick se espalhou no tipo de sorriso que eu sabia que deixava as mulheres perdidas. “Você tem agora.”
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Capítulo Dois “Tenha certeza de estar esperando por mim,” ele disse com um sorriso brilhante, pegando dois copos vazios enquanto eu me levantava do banco do bar. “Eu saio a uma. Vou chegar em vinte minutos ou menos.” Eu não respondi enquanto me afastava do bar, dando a ele um pequeno aceno. Não havia dúvidas que ele iria aparecer, e animação percorria minhas veias. Sorrindo para mim mesma, eu me virei. A menina com os óculos rosa estava na minha frente, tão perto que eu quase esbarrei nela. Atrás do bar, ela parecia muito mais alta, mas com meu 1,75m, eu ficava acima dela. Uma mecha rosa em seu cabelo combinava com seus óculos, mas isso não foi tudo que percebi. De perto eu notei que ela tinha um olho roxo quase curado. Mas que...? Ela entregou sua mão. “Oi. Eu sou Roxy.” “Oi” Eu peguei sua mão, balançando. “Eu sou...” “Steph. Eu sei. Seus amigos me contaram sobre você,” ela explicou e eu imediatamente lutei para manter minha expressão branca enquanto eu enrijecia. Só Deus sabia o que eles tinham contado a ela. “Você frequentou a faculdade com eles.” “Sim.” Meu olhar passou sobre ela, para onde Teresa e Jase estavam com Jax e Calla. Avery e Cam já tinham ido embora. “Eu fiquei surpresa em ver eles aqui.” “Posso imaginar.” Roxy sorriu, um tipo caloroso e real, enquanto olhava para mim. “De qualquer modo, eu ouvi que você acabou de se mudar, então eu queria dizer oi e que eu espero que essa não seja sua última visita ao Mona’s.”
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Okay. Isso era uma afirmação estranha. “Eu gosto da... vibe desse lugar, então eu provavelmente vou voltar.” “Fico feliz em ouvir isso.” Seus olhos castanhos brilharam atrás dos seus óculos. “Deve ser uma merda mudar para uma nova cidade e não conhecer ninguém.” Eu concordei. “Meio que é. Eu não acho que você percebe o quão importante seus amigos são até que você está em um lugar onde nenhum deles está.” Seu rosto foi coberto por simpatia. “Eu sei que isso pode soar aleatório, mas todo domingo Katie – uma menina mente aberta super legal – e eu tomamos café da manhã. Você é mais que bem-vinda para se juntar a nós três, ou quatro. Então você não vai estar em um lugar sem amigos.” Ela terminou com outro grande sorriso. Huh. Ela era realmente... amigável, mas por algum motivo eu meio que me senti como se estivesse perdendo algo. Como se eu tivesse andado no meio de uma conversa. Antes que eu tivesse a chance de descobrir como responder essa oferta, Roxy continuou. “E, também, Nick é um bom rapaz.” Minha expressão começou a perder um pouco da neutralidade. Será que seu jeito extra amigável estava ligado a Nick? Obviamente. Talvez ela gostasse dele e tinha visto a gente conversando, fazendo planos para nos encontrarmos mais tarde. E houve aquele olhar estranho que eu tinha visto sendo jogando na minha direção. Mantenha seus inimigos/competição perto? Um pouco da excitação que estava me percorrendo morreu. Deuses, eu era tão cínica. E eu iria culpar experiências passadas. “Você está interessada nele?” Eu perguntei, porque mesmo que eu pensasse que a conhecia, eu era nova nessa cidade e a última coisa que eu queria fazer era tomar o lugar de alguém.
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Roxy me encarou por um momento antes de jogar sua cabeça para trás, caindo numa gargalhada enquanto seu rabo de cavalo balançava. “Ele olhava o ‘oh-la-la’ no jogo, mas eu tenho um homem que amo, muito obrigada, então não. Nick e eu somos apenas amigos. Eu só queria que você soubesse que ele é um cara legal e, bem...” ela interrompeu, dando de ombros. “Eu só queria dizer isso.” Eu realmente não fazia ideia de como responder a isso. “Okay. Isso é... uh, isso é bom de se ouvir.” Eu olhei sobre meus ombros, encontrando Nick encarando em nossa direção. Eu me virei para Roxy. “Bem, eu vou embora. Foi bom te conhecer.” “Certo,” ela disse animada sorrindo. “Não seja uma desconhecida.” Sorrindo, eu passei por ela, acenei em direção para onde Teresa e Jase estavam e tirei minha bunda dali. Ar fresco me cumprimentou e eu tive que, realmente, ligar o ar quente dentro do meu carro. O outono estava definitivamente aqui e o inverno não estava muito atrás. Na curta viagem de volta até o condomínio, meu foco continuava alternando entre o encontro inesperado com todo mundo de Shepherd para a conversa curta com Roxy até o que provavelmente aconteceria essa noite. Eu não tinha ideia do que fazer com a conversa que tive com Roxy. Eu ainda sentia como se estivesse perdendo algo e, honestamente, eu não estava acostumada com um completo estranho sendo todo amigável e acolhedor, especialmente comigo. Mais que uma vez eu tinha sido acusada de ser uma puta e uma exibicionista. A verdade era que eu não era maldosa nem não amigável. Eu só era péssima em conversinhas com pessoas que eu não conhecia e, mais importante, eu tinha um caso severo de ter cara de mal humorada. Se eu ganhasse um dólar cada vez que uma pessoa aleatória me pedisse para sorrir, eu teria mais dinheiro que a Rainha da Inglaterra.
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Logo que entrei em meu apartamento, eu peguei as caixas perto da porta e rapidamente as carreguei para a lixeira atrás do prédio. Enquanto eu as jogava pela abertura, eu encarei a grama perfeitamente cuidada. Não havia muito espaço na terra, desde que as árvores eram tão grossas, indo em direção ao céu escuro, seus galhos nus me lembrando de dedos esqueléticos. Virando-me, eu corri pelo estacionamento. De noite, com o som distante do trânsito, era meio estranho aqui atrás. Quando voltei, eu olhei para o relógio sobre o fogão e andei pelo corredor, em direção ao meu banheiro. Era hora dos aparos – sempre tinha de haver hora para aparos. Sorrindo, eu peguei uma lâmina nova do armário abaixo da pia e comecei a trabalhar, o tempo todo meu estomago fundo e se revirando em nós gotosos. Eu me senti meio louca enquanto me preparava, como se eu tivesse bebido um galão de energético. Uma animação nervosa me percorria como um beija-flor persistente. Eu não tinha certeza sobre o que estava fazendo. Inferno, eu conhecia pessoas que tinham ficado com menos tempo entre o primeiro ‘oi’ e o ‘até mais’. Eu não seria estúpida essa noite. Se chegasse ao ponto onde nossas roupas estariam saindo ou se uma camisinha fosse necessária, eu a tinha, caso ele estivesse sem. O nervosismo vinha do fato deu estar fisicamente atraída a ele. Nada mais. Uma ficada de uma noite só te deixava vazia se você esperasse mais e eu não estava esperando nada além de um sorriso em meu rosto após isso. Sendo honesta, eu nunca, na minha vida toda, tinha esperado mais de um cara além do necessário, como respeito mútuo, segurança e, algumas vezes, amizade. Eu nunca me apaixonei.
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Não que eu não acreditasse nisso. Oh, eu acreditava. Mas eu queria o tipo de amor que meus pais tinham compartilhado um com o outro – o duradouro, o tipo que vai até o fim, e eu não tinha chegado nem perto de experienciar isso. E até que eu o fizesse, eu não tinha problema em ter pequenas provas pelo caminho. Quero dizer, quem compraria um carro sem fazer um testdrive? Ninguém, eu acho. Eu ri de mim mesma. Eu coloquei meus jeans de volta, deixando meus pés descalços e me decidi por uma blusa que tinha bojo embutido. Deixando meu cabelo solto, eu voltei para a cozinha, pegando um isqueiro do balcão. Eu acedi a vela que tinha colocado ao fim da mesa. Cheiro de abóbora inundou o ar enquanto eu voltava para a cozinha, colocando o isqueiro no cesto. Um som alto de motor soou do lado de fora, e eu me virei, olhando para o relógio sobre o fogão. Uma e quinze. Será que poderia ser ele? Eu corri até a janela e cuidadosamente puxei a cortina e espiei o lado de fora, como uma total esquisita. “Puta merda,” eu sussurrei. Era Nick. Era Nick, em uma moto. Eu me lembrava de ter visto ela estacionada do lado de fora na quinta, mas tinha me esquecido disso. Ele logo parou, perto da entrada e, enquanto ele saia da moto, ele tirou seu capacete. Eu assisti enquanto ele virava de costas, para a parte de trás do banco. Ele começou a levantar algo e foi aí que eu me forcei a me virar e me afastar da janela. Andando ao redor, eu inalei profundamente e esperei enquanto meus batimentos aceleravam, sapateando em meu peito. Menos de um minuto depois houve uma batida na porta. Andando devagar, eu fui até ela e olhei pelo olho mágico, só para ter certeza que era ele antes de abrir.
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“Hey,” ele me cumprimentou, seus lábios se curvando para cima. Uma sacola plástica azul estava em uma de suas mãos e o capacete enfiado no outro braço. Eu dei um passo para trás. “Você disse depois da uma e vinte.” Ele me seguiu, fechando a porta trás de si com seus pés. “Ou menos. Você está se esquecendo dessa parte.” “Ah, eu estou.” Nick levantou a sacola enquanto passava por mim, indo para a cozinha. “Trouxe algo para nós.” Ele colocou a sacola no balcão e a abriu, pegando duas garrafas. “Tem um abridor?” Ligando as luzes, fui até as gavetas perto do fogão e peguei o abridor. “Apple Ale5? Eu gosto delas. Como adivinhou?” Ele pegou o abridor de mim e tirou as tampas com uma certa habilidade. “Eu imaginei que gostasse de algo doce.” Ele me ofereceu uma garrafa. O vidro estava gelado contra minha palma. “Eu também gosto de forte...” Seu olhar correu para mim e eu sorri. “Minhas bebidas, é claro.” Nick riu. “Você realmente disse isso?” “Eu realmente disse.” Sorri enquanto levava a garrafa até minha boca, tomando um gole. Ele tirou sua jaqueta de couro, jogando ela sobre o balcão ao lado da sacola. “Eu acho que gosto de você.”
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Uma cerveja com maçã na receita.
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“Você precisa remover o ‘acho’ dessa afirmação,” eu disse a ele. “Para ficar mais realista.” Outra risada rouca ecoou dele enquanto pegava sua garrafa. “Bem, desde que estamos sendo completamente honestos um com o outro, eu não estava realmente esperando você aparecer no bar.” Eu levantei uma sobrancelha enquanto abaixava minha garrafa. “Oh, mesmo?” “Yep.” Sua garganta se movia enquanto ele engolia sua bebida. “Eu sabia que você iria aparecer. Era inevitável.” “Inevitável?” Eu repeti? “Essa é uma palavra bem poderosa.” Seu olhar pesado encontrou o meu e um redemoinho de emoções voltou com força. “É a verdade.” “Você é um bastardo convencido, não?” “E você é uma menina convencida?” Eu ri e me inclinei sobre o balcão, do outro lado dele. “Talvez.” “Eu gosto disso. Eu posso dizer que você é o tipo de pessoa que não brinca em serviço.” Bebericando minha bebida, eu cruzei um tornozelo sobre o outro. “E você já pode dizer isso?” Ele concordou. “No momento que seus olhos encontraram os meus ontem, eu pude dizer que você é uma menina que sabe que pode parar o transito apenas por passar. Você tem confiança. Não tem um musculo tímido ou acolhido em seu corpo.” “E você pode dizer isso tudo apenas por ter olhado em meus olhos?” eu retruquei.
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“Na verdade, eu pude dizer isso por causa daquele shorts minúsculo que você estava usando ontem.” Ele relembrou, me surpreendendo. “Não tem nenhuma mulher por ai com pernas tão longas quanto as suas que não saiba que cada cara que elas encontram vão imaginar essas pernas enroladas em suas cinturas.” Eu pisquei, abalada por estar de novo fora do meu jogo com ele. Um momento se passou antes deu me recuperar. “Então, você gostou dos meus shorts?” “Eu amei aqueles shorts, porra.” Ele sorriu enquanto levava sua garrafa até a boca. Talvez eu devesse estar usando eles então. “Bem, parece que você me desvendou depois de duas breves conversas e, aqui estou eu, nem um pouco boa observadora como você. Eu não sei nada sobre você.” “Não é verdade,” ele me repreendeu. “Você sabe meu nome e sobrenome. E onde eu trabalho.” “Wow. Eu poderia escrever uma biografia sua agora.” Eu observei seus lábios se curvarem em um meio sorriso. “Que tal jogarmos um jogo? Uma pergunta por uma pergunta.” Ele inclinou sua cabeça para o lado, seus lábios franzidos. “Acho que consigo fazer isso. Primeiro as damas.” Tirando meu cabelo do meu ombro, eu tomei outro gole. “Quantos anos você tem?” “Vinte e seis.” “Você ainda é um bebê então.” Ele franziu o cenho. “Quantos anos você tem?” “Vinte e três,” eu respondo.
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“O que?” ele riu, a pele em volta dos seus olhos enrugada. “Isso não faz sentido.” Ele pausou. “A não ser que caras mais velhos normalmente são sua praia.” Eu bufei. “Não é sua vez de fazer uma pergunta. É a minha. Você morou aqui a vida toda?” “Indo e vindo. Eu nasci perto daqui.” Seus olhos brilharam. “Responda minha pergunta.” “Caras mais velhos não costumam ser minha praia, mas eu não acho que tenho ‘uma praia’, sendo honesta.” “Uma jogadora de oportunidades, então?” “Eu não acho que você entendeu como se joga esse jogo, Nick.” Ele piscou. “Falha minha.” “Você frequentou uma faculdade ou está na faculdade?” Eu perguntei. Nick levantou uma sobrancelha. “Isso não são duas perguntas?” “Oh, você me pegou. Escolha uma.” Ele abaixou seu queixo. “Eu fui para faculdade. É sua primeira vez vivendo longe de casa?” Eu tomei um gole enquanto observava seu dedão se movendo ao longo da garrafa. “Eu morei no dormitório enquanto estudava, mas é a primeira vez que moro em outro estado. Então, você se formou?” Ele concordou. “Me formei.” A pergunta se formou na ponta da minha língua. Eu queria saber por que ele estava trabalhando como bartender. Eu estava curiosa, mas não de um jeito para julga-lo, porque não havia nada de errado em ser bartender. Ele provavelmente fazia mais dinheiro que eu, mas eu afastei essa pergunta.
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Ela era muito... pessoal pra mim. Batendo com meus dedos sobre a garrafa, eu procurei uma boa. “Qual seu hobby favorito?” “Além de transar?” ele disse, seu olhar escondido em baixo de seus cílios grossos. Meu estomago ficou vazio. Por Deus, isso era definitivamente jogar pra cima e, com certeza, somou pontos importantes enquanto meu corpo ficava excitado de várias maneiras ao ouvir isso. “Yeah, além disso?” “Hmm...” seu olhar foi em direção ao teto enquanto fazia bico, até que ele olhou diretamente para mim. “Se eu tiver que escolher uma coisa, tenho que ir com trabalhos manuais.” Uma pontada de prazer dançou por mim. “Por algum motivo eu acho que isso teve duplo sentido.” Um ombro levantou enquanto ele tomava outro gole. “E você? Qual seu hobby favorito?” “Além de transar?” A risada de Nick era profunda, mas seu olhar não estava mais preguiçoso. “Yeah, além disso,” ele disse, repetindo minhas palavras. “Um...” seu dedão estava se movendo pelo gargalo da garrafa e eu não conseguia evitar imaginar aquela mão em mim, aquele dedão se movendo exatamente daquele jeito. Minha boca ficou seca e minha mente estava rolando em um lugar bem sujo. Eu levantei meu olhar. “Eu tenho de dizer assistir filmes. Eu, provavelmente, vi centenas e centenas.” “Interessante.” Ele me olhou de cima abaixo sobre a borda da garrafa. Eu coloquei minha cerveja de lado e segurei a beirada do balcão, uma mão em cada lado do meu quadril, esperando pela sua próxima pergunta. Ele estava demorando tempo demais.
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“Você sabe o que?” Colocando sua cerveja de lado também, ele se afastou do balcão e eu me endireitei, minhas mãos saindo dele. “Eu não vim aqui para brincar de vinte perguntas.” Minha cabeça inclinou para o lado. “Bem, não brinca.” Eu sorri docemente, mesmo enquanto meus seios ficavam mais pesados e meu sangue parecia engrossar. Ele estava usando aquele meio sorriso de novo. “E você não me queria aqui para responder perguntas também.” Eu encontrei seu olhar enquanto ele andava, parando exatamente na minha frente. Cada célula em meu corpo ficou super consciente da sua proximidade. “Se eu disser ‘não brinca’ de novo isso faz de mim repetitiva?” “Só um pouco,” ele murmurou, se inclinando e colocando suas mãos em meu quadril. “Então vamos mandar as perguntas e respostas para puta que o pariu e vamos logo para parte que nós dois queremos.” A bolha se moveu para meu peito e desceu, até a parte mais baixa da minha barriga. “Você não é um cara que fica dando voltas sem sentido, né?” “Nope.” Suas mãos estavam firmes em meu quadril e meus olhos encontraram os seus. Ele segurou meu olhar. “E nem você. Você já cansou dessas perguntas também.” “Cansei?” Minha respiração ficou presa quando seu aperto ficou mais forte. “Sim, você cansou.” Ele abaixou sua cabeça para que sua boca estivesse próxima ao meu ouvido. “Quer saber como eu sei isso? Você começou a ficar quente no momento em que eu disse que foder era meu hobby.” Ele levantou uma mão e sem quebrar o contato visual, passou seu dedão sobre o pico dos meus seios, procurando e encontrando meu mamilo. “E esses vem ficando mais duros a cada segundo.”
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Oh, por Deus. O raio de prazer foi dos meus seios e se espalhou, carregando cada nervo. Eu estava presa, sem palavras, o que era algo novo para mim. “E eu só queria agradecer a você por estar usando essa blusa.” Ambas suas mãos estavam de volta em meu quadril. “Eu gosto quase tanto quanto gosto daqueles shorts.” Eu coloquei minha mão em seu peito e deslizei-as para baixo ao longo do seu estômago, a ponta dos meus dedos seguindo os picos rígidos do seu estômago. “Então eu acho que você pode gostar do que tenho por baixo desses jeans.” Um som profundo reverberou deve enquanto suas mãos deslizavam para a parte de trás das minhas costas, indo para baixo, apertando minha bunda. “Eu mal posso esperar para descobrir.” “Então não espere.” Eu puxei sua camiseta e ele riu, rouco, em resposta. Olhando para cima, eu soltei sua camiseta. “Isso é apenas essa noite.” “Então estamos acordados, não?” Ele deu um passo para trás e sua mão foi para seu bolso traseiro. Ele puxou sua carteira, abrindo-a. Ele tirou um pacote de alumínio que me fez rir. “Uma camisinha na carteira?” eu disse. “Totalmente cliché.” “E totalmente preparado,” ele respondeu com uma piscadinha. Ele jogou sua carteira e a camisinha no balcão. Pegando a barra da sua camiseta, ele a puxou para cima e para fora. Os músculos em seus bíceps e ombros flexionaram e esticaram enquanto ele jogava sua camiseta para onde sua jaqueta estava. Bom Deus, tudo que eu consegui fazer foi encarar. O menino cuidava de si mesmo. Seu peito era bem definido e sua cintura fina. Seu estomago era uma obra de arte. Seu abdômen era definido, mas não exageradamente trabalhado. Ele me lembrava de um corredor ou nadador, e eu queria toca-lo.
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“Sua vez.” Todo ar escapou de mim. Eu não era uma pessoa totalmente não consciente de mim mesma, mas meus dedos tremiam de qualquer modo enquanto eu passava eles pela barra da blusa que estava usando. De um jeito estranho eu não entendia, nós éramos estranhos, mas isso deixava fácil tirar minha blusa. Talvez fosse porque não havia nenhuma expectativa entre nós ou porque seria apenas essa noite. O olhar de Nick saiu do meu bem devagar e eu parei de pensar, em tudo. A provocação descrita em seus lábios e maxilar era como estar a um passo de uma área em chamas, mas o calor e a intensidade do seu olhar era o que havia começado esse fogo. A expressão era faminta e era como um tapa em meu peito, roubando o ar dos meus pulmões. Silenciosamente, ele levantou uma mão e envolveu meu seio. O gemido que saiu de mim pareceu contido. Ele passou seu dedão sobre a ponta enrijecida e, então, pegou-a entre seus dedos. Minhas costas arquearam e um pequeno meio sorriso apareceu em seus lábios. “Você é linda,” ele disse, sua voz pesada. “Eu aposto que o resto é tão incrível quanto.” Meu coração estava palpitando e minha voz rouca quando eu falei. “Você quer descobrir?” “Você ainda precisa fazer essa pergunta?” Eu sorri enquanto me movi, pegando seu pulso. Eu passei seus dedos pelo meu estômago até o botão do meu jeans. Ele não precisou de mais explicação. Nick quebrou o recorde de tempo me tirando do meu jeans. “Você estava certa.” Seus dedos passaram sobre a tira em meu quadril enquanto ele me virava, sua mão seguindo seus movimentos, passando sobre a renda logo no meio. “Eu realmente gosto disso também.”
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O fio dental era nada mais que um retalho fino de tecido, não era um escudo contra seu calor enquanto ele deslizava sua mão para entre minhas coxas. “Deus,” ele disse, sua voz em um sussurro grosso. “Você já está pronta.” Eu estava. Eu estava pronta desde o momento que ele fez suas intensões claras. Com sua mão entre minhas pernas, ele me puxou contra si e eu pude senti-lo através do seu jeans, pesado e duro, pressionado contra mim. Minhas costas arquearam e um leve gemido escapou de mim quando seus dedos começaram a trabalhar, passando do lado de dentro do tecido, através da minha umidade. Eu peguei seu braço, segurando ele em mim, e o outro bateu contra o balcão. Eu me abracei enquanto ele curvava seu corpo contra o meu, seu peito colado em minhas costas. Tensão ganhou vida enquanto eu movia meu quadril contra sua mão, ficando por cima dela enquanto seu hálito quente passava pela minha testa. “Nós podemos fazer isso aqui se é o que você quer. Eu posso te levantar, colocar essa linda bunda sobre o balcão. Ou contra a geladeira,” ele disse, seus lábios passando pelo lóbulo da minha orelha. “Ou eu posso te comer sobre a mesa ou sobre o sofá, te foder logo aqui.” Uma mão deslizou pela minha lateral, mandando um calafrio por mim enquanto se fechava em meu seio. “Ou eu posso apenas te virar, aqui, e te foder por trás.” Seus lábios passaram sobre meu pescoço, parando logo sobre minha pulsação. Ele mordiscou no mesmo momento que incluiu outro dedo, me fazendo ofegar. “Me diga o que você quer.” Bom Deus... Essas palavras quase me mandaram sobre a borda e eu estava perto, tão perto. O cara tinha dedos mágicos e se ele continuasse desse jeito, isso teria terminando antes mesmo de começar. “Desse jeito.” Eu disse, ofegante. “Oh Porra.”
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Minha calcinha estava no meu tornozelo e então, junto as batidas fortes do meu coração, eu ouvi o pequeno som do seu zíper sendo abaixado. A camisinha estava fora do balcão, nele, antes mesmo que eu tivesse a chance de ficar impaciente. Nick segurou meu quadril e me levantou, me deixando na ponta dos pés, até que uma mão desapareceu e, um segundo depois, eu a senti entre minhas pernas. Eu não precisava ver para saber que ele era grande. Então eu senti ele. Ele me penetrou, centímetro a centímetro, e tão vagarosamente que cada terminação nervosa parecia super consciente enquanto ele me preenchia totalmente. A leve dor sumiu e a pressão era quase demais. Um braço envolveu minha cintura, me puxando contra ele. Seu gemido era deliciosamente ríspido em meu ouvido, como uma droga. Ele começou a mover seu quadril, entrando e saindo de mim. Não havia nada calmo sobre isso. Cada investida era profunda e rápida, totalmente precisa. Isso era... isso era foder, e foi isso o que ele fez – o que eu fiz. Me jogando para trás, encontrando cada investida sua com intensidade similar. Eu nem tive chance de controlar a liberação. Ambas minhas mãos estavam sobre o balcão e o espaço entre nós aumentou até que ele curvou seu corpo sobre o meu, me empurrando para cima e para baixo sobre o balcão. A baixa temperatura da superfície era um contraste contra minha pele quente. Os sons dos nossos corpos se uniram, meus gemidos com seus sons encheram a cozinha. A tensão cresceu e cresceu, apertando até que meus dedos do pé começaram a formigar. Uma de suas mãos deslizou pelo centro das minhas costas, segurando meu cabelo enquanto ele me mantinha ali, seu quadril investindo contra mim. Eu gozei em uma explosão e foi rápido e quase cegante. Eu gemi alto, meu corpo acalmando como se eu estivesse me alongando, e ele continuou a se mover, continuou investindo até que ele se pressionou fundo, agarrado em mim. Prazer me percorria, intensificado com cada investida. Seu grito rouco se juntou ao meu e ele estremeceu, seu corpo ficando imóvel.
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Os tremores se espalharam. Pequenos espasmos passando por mim. Atordoada, eu deixei a frieza do balcão passar para minhas bochechas coradas. Depois do que pareceu uma eternidade, eu abri meus olhos e me encontrei encarando o cooktop. Meus lábios se curvaram em um sorriso preguiçoso. Huh. Nunca pensei que estaria estreando a cozinha assim tão rápido. Nick saiu de mim, sua mão passando pelo centro das minhas costas, parando por alguns segundos no meu quadril e, então, houve uma lufada de ar gelado passando pela minha pele. “Ainda está viva?” ele perguntou. Eu não queria me mover. “Ainda não sei.” Sua risada fez meu sorriso aumentar. Me levantando, eu me abaixei para pegar minha calcinha. “Porra,” ele gemeu e eu percebi que estava dando a ele uma bela visão. “Sem palavras,” ele continuou. “Sem malditas palavras.” Puxando minha calcinha para cima, eu me virei. Sua calça já estava abotoada enquanto ele jogava a camisinha no lixo. Eu fui pegar minha blusa e, enquanto me abaixava de novo, fiquei surpresa pela quantidade de umidade entre minhas coxas. Tinha sido a um tempo desde a última vez que transei, mas porra, isso parecia um pouco ridículo demais. Vesti minha blusa, ajeitando a barra. Meu olhar encontrou o seu e ele me deu um meio sorriso. “Eu não tenho palavras também,” admiti. “Parece que ainda estamos na mesma página.” Pegando meu jeans do chão, ele veio em minha direção e, para minha surpresa, me ajudou a vestilo, suas mãos explorando no processo. Quando ele terminou, ele deu um passo para trás. “Está tarde.” “Está. Você está bem para dirigir?”
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Uma surpresa momentânea passou pelo seu rosto. “Eu acho que tenho neurônios suficientes para chegar em casa.” “Foder até explodir o cérebro pode ser perigoso,” eu respondi. “Tenho certeza que envolve uma notificação para operações de maquinas e dirigir.” Nick jogou sua cabeça para trás e riu enquanto pegava sua jaqueta, colocando-a. “Deus, eu realmente gosto de você.” “Claro que sim.” Ainda sorrindo, ele balançou sua cabeça enquanto pegava seu capacete. “Você pode ficar com o que sobrou das cervejas.” Ele foi em direção a porta enquanto eu ia vagarosamente atrás dele. Ele a abriu e, então, se virou para mim. Seu olhar encontrou o meu, o verde mais claro e caloroso. “Hoje à noite foi...” “Apenas hoje à noite,” eu terminei para ele. “Eu me diverti.” “Claro que sim,” ele me imitou e eu ri. “Tome cuidado,” eu disse a ele. Nick abriu sua boca como se fosse falar algo, mas pareceu ter mudado de ideia. Ele se moveu rapidamente, indo para frente antes que eu soubesse o que ele iria fazer. Ele colocou um beijo no canto dos meus lábios, o toque breve e ainda assim intenso. Isso me tirou da minha névoa de prazer e forçou meus olhos a se arregalarem enquanto ele levantava sua cabeça. “Te vejo por ai.” Eu não respondi, estava totalmente incapaz disso, enquanto ele se virava e andava para fora, fechando a porta atrás de si. Eu nem sei por quanto tempo eu fiquei ali de pé, mas, em algum momento, eu tinha levantado minha mão e tocado o canto dos meus lábios. A pele estava formigando. Isso era o mais perto que qualquer cara tinha estado de me beijar a muito tempo.
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Capítulo Três “Estou bem. Estou ótima.” No espelho retrovisor meus olhos azuis pareciam grandes demais enquanto eu agarrava o volante até que minhas juntas estavam brancas. “Eu consigo. Eu realmente vou conseguir.” Meu estomago estava revirado pela ansiedade, ignorando meu próprio discurso. Eu soltei o volante e me movi, pegando minha bolsa. Abrindo-a, eu puxei a pequena garrafa de Tums6 e a abri. A última vez que tinha ficado assim tão nervosa tinha sido há oito anos, e eu terminei vomitando no sapato aberto da minha melhor amiga. Eu não iria amarelar hoje. Não no primeiro dia do resto da minha vida. Okay. Eu estava sendo um pouco dramática demais. Hoje era importante, era meu primeiro dia como uma assistente executiva da Lima Academy. Depois de toda minha educação, eu realmente não tinha ideia do que esperar. Eu poderia fazer todo o trabalho que passei anos na faculdade me preparando ou eu poderia ficar presa em pegar cafés e lavagens a seco para meu chefe. Se fosse o último caso, seria uma merda, mas eu iria fazê-lo. Não importa como, você tem que começar em algum lugar. Você tinha que investir seu tempo. Inalando profundamente, eu peguei minha bolsa e sai do carro. Alisei minha saia lápis com minhas mãos, inalando profundamente de novo e comecei a andar pelo estacionamento, o barulho dos meus saltos encontrando o do meu coração
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Antiácido em comprimidos.
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A Lima Academy era um prédio gigante no centro que uma vez tinha sido uma fábrica, mas agora estava completamente reformada e convertida e uma das facilidades de auto nível dos Estados Unidos. Eu já tinha estado aqui várias vezes, durante o processo de entrevistas e, depois, sendo apresentada ao layout. O primeiro piso era a academia, equipada como praticamente cada equipamento de peso e cardio que se poderia pensar. No segundo e terceiro andares estavam diversos ringues, gaiolas e áreas onde tatame cobria o chão tão longe quanto era possível de se ver. A Lima Academy não se focava apenas no MMA ou luta livre. Eles treinavam boxeadores, kick-boxers, caratê, jiu-jitsu brasileiro, kVAr maga e, durante certas noites, eles ofereciam aulas de defesa pessoal para o público. O quarto e o quinto andar estavam atualmente em construção. Andrew Lima, o dono e fundador da academia, planejava adicionar mais ringues. Os escritórios ficavam todos no sexto andar, com a exceção do escritório do Lima, que era no sétimo. Nunca, durante as entrevistas, eu conheci diretamente o Andrew Lima ou qualquer membro de sua família que, aparentemente, trabalhavam todos para ele na academia. Eu só tinha sido entrevistada por Marcus Browser, a pessoa a qual eu seria assistente. Peguei o elevador do hall, que ia do estacionamento até o sexto andar. Meu estomago cheio de nós e antecipação borbulhando em mim enquanto eu sabia, ficando cara a cara com a porta de vidro fosco onde dizia: ESCRITÓRIOS DA LIMA ACADEMY. O escritório do Sr. Browser era no fundo, passando vários cubículos e portas fechadas de outros escritórios. Colocando um pequeno sorriso em meu rosto, eu fui em direção ao centro do corredor, sendo acalmada pelas conversas ao meu redor. Antes que pudesse chegar no escritório do Browser, sua porta se abriu e ele saiu. Na sua meia idade e em forma, Sr. Browser parecia em casa aqui, com sua calça social e camisa polo da empresa. Ele não estava sozinho. Outro
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homem estava ao seu lado, vestindo apenas calça treino e uma camiseta também com o logo da empresa. “Ah, sincronia perfeita.” A pele escura ao redor dos olhos do Sr. Browser enrugou enquanto ele sorria. “Essa é Stephanie Keith, nossa nova assistente. Sta. Keith, esse é Daniel Lima. Ele coordena o centro de treinamento.” Passando minha bolsa para mão esquerda, eu estendi minha direita. Seu aperto era firme e caloroso. “Prazer em conhecer, Sr. Lima.” “Apenas me chame de Dan. Tem Limas demais por aqui para usarmos formalidades.” Ele soltou minha mão, sorrindo. “E Marcus está exagerando.” Sr. Browser bufou, mas seu sorriso não desapareceu enquanto Dan continuou. “Eu só supervisiono os treinamentos de kick-boxe e boxe.” “E Dan é modesto demais,” Sr. Browser explicou enquanto cruzava seus braços. “Ele ajuda em todas as outras áreas. Sem ele, Andre e Julio estariam se debatendo em algum canto por aí.” Eu não tinha ideia de quem estavam falando, então eu só concordei e sorri. Se eu tivesse de adivinhar, Andre e Julio também faziam parte da gigante família Lima. “Eu preciso ir indo,” Dan disse. “Foi bom te conhecer, Stephanie. Boa sorte.” Ele passou sua mão pela sua careca. “Trabalhando para esse cara, você vai precisar.” Sr. Browser revirou os olhos enquanto Dan ia embora. “Na verdade, ele é a pessoa mais fácil de se lidar entre todos os Limas. Mantenha isso em mente.” “Quantos existem?” Eu perguntei. “Que trabalham aqui? Cinco, incluindo Andrew. Mas há inúmeros primos e sobrinhos e Deus sabe lá quem mais – porque eu juro, eles são parentes de metade da Philadelphia – mas a maioria você nunca vai ver. Os
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irmãos, apesar, são os únicos que tem voz mais alta que eu.” Ele explicou. “Agora que você é um membro oficial da academia, eu vou cortar os rodeios.” Um... Eu pisquei devagar. “Okay. Eu concordo de ficar sem rodeios.” Seus olhos escuros brilharam em surpresa. “O que os irmãos Lima dizem é o que vale aqui. Além de mim, eles são os únicos que você vai responder e que tem autoridade para te dizer o que fazer.” Pelo canto dos olhos eu podia dizer que algumas das cabeças nos cubículos haviam virado em nossa direção. “Os caras do marketing vão ficar no seu pé, tenho certeza,” Sr. Browser continuou, “pedindo para você fazer coisas estúpidas, como cópias e reabastecer os suprimentos de café. Esse não é seu trabalho. Eles tem uma pessoa para fazer isso.” Ele olhou para esquerda. “Yeah, Will, eu estou falando sobre você e sua bunda preguiçosa.” Uma risada profunda ecoou de algum lugar atrás de uma das paredes do cubículo e eu imaginei que esse era o Will. “Agora, Deanna Cardinali, que você conheceu quando preencheu a papelada é a coordenadora do RH. Você vai ser assistente dela e ela vai estar aqui logo para conversar com você. Este.” Ele apontou para o cubículo em forma de U atrás de mim. “É sua nova casa. Você vai estar fácil de encontrar para quando precisar de você.” Me virando em direção a mesa, eu fiquei um pouco tonta. Eu era uma completa boba por isso, mas a mesa, o computador, o telefone, a impressora e os arquivos eram meus. Okay. Bem, eles pertenciam a empresa, mas eram meus. Daqui eu poderia atender ligações, fazer alguns manuais e organizar conferências e viagens de trabalho, organizar arquivos e, de acordo com o Sr. Browser, ignorar os times de venda e marketing. Daqui eu começaria minha
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carreira no fundo e subiria até a posição do Sr. Browser. Talvez não exatamente aqui, na Lima Academy, mas em algum lugar. Isso era só sobre a experiência que um dia iria valer a pena. Eu sorri enquanto colocava minha bolsa da mesa. “Entendi.” “Bom.” Sr. Browser deu um passo para trás e puxou um pedaço de papel amarelo do seu bolso de trás. “Agora eu preciso que você busque minhas roupas na lavagem a seco.”
Me levou aproximadamente dois dias e três horas para eu poder dar crédito ao aviso do Sr. Browser sobre os caras no departamento de vendas. Haviam dois deles e eu, honestamente, tinha dificuldade em diferenciá-los. Com seus cabelos em um estilo idêntico, o tipo bagunçado de propósito, usando em um dia a quantidade recomendada para uma semana de gel. Ambos usavam camisas polo brancas que eram, no mínimo, dois tamanhos menores, como se eles a estivessem comprando na Baby Gap. Ambos malhavam... excessivamente. Seus músculos eram hardcore. Com ombros grossos, pescoços largos e bíceps do tamanho de bolas de boliche, suas mãos eram pequenas em comparação. E ambos passavam mais tempo encarando meus seios que falando comigo. Eu não tinha ideia do que eles viam quando olhavam para meu peito. A não ser que tivessem visão de raio-x, nenhuma das minhas roupas revelavam alguma coisa. E, se eles não estavam encarando meu peito, eram as minhas pernas ou minha bunda. Eles nem tentavam ser cuidadosos. Sempre que eu os pegava, seus sorrisos ficavam ainda maiores. Eles também tentaram me fazer pegar suas roupas na lavanderia ou seu café, imprimir seus relatórios, fazer ligações para organizar reuniões e todas as outras coisas que requeriam estar em baixo do sol. Normalmente eu
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não teria problema algum em pegar café para eles ou para qualquer outro, mas eles sempre esperavam até eu voltar ao escritório. Quinta de manhã, quando eu voltei com o expresso duplo do Sr. Browser e, randomicamente, um pedido de peônias frescas para seu escritório, um dos Gêmeos dos Esteroides estava zanzando na minha mesa. Eu tinha certeza que era aquele chamado Rick. Eu pretendi não o ver enquanto eu fechava a porta do Sr. Browser atrás de mim e andava até minha mesa. Eu coloquei meu cappuccino para baixo, mandando um olhar desesperado ao telefone. Não havia nenhuma luz piscando que indicaria uma mensagem. Merda. Colocando minha bolsa em baixo da mesa, eu liguei o computador e abri um documento no Word. Os documentos do novo funcionário estavam sendo revisados então Denna tinha me colocado para trabalhar na nova carta de boas-vindas e no livro de políticas da empresa. Ambos precisavam ser atualizados com as informações que ela tinha me passado no dia anterior. Eu olhei minhas anotações, meu olhar caindo para algumas palavras que haviam sido rusticamente escritas e que eu não tinha ideia do que queriam dizer. Passos pesados ficaram mais próximos. Eu me foquei mais forte nas minhas notas enquanto pegava meu próprio cappuccino. Os pequenos cabelos na base do meu pescoço se eriçaram. Eu podia praticamente sentir seu olhar queimando na parte de trás do meu crânio. Por quanto tempo eu teria de ignora-lo antes que ele fosse embora? Meus olhos arregalavam mais enquanto os segundos se passavam. Seria obvio demais se eu pegasse meu telefone e fingisse estar em uma ligação? Rick se apoiou do outro lado do cubículo, diretamente do outro lado. “Hey, Stephanie.”
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Obviamente, ignora-lo não iria funcionar. Eu beberiquei a delícia de caramelo quente e forcei falar. “Oi.” Eu não queria ser insensível, mas ele e seu Gêmeo do Esteroide me assustavam e muito. Ele colocou seus braços pesados contra a parede. “O que está fazendo?” Eu mantive minha expressão neutra enquanto eu apontava para a tela com meu dedo mindinho. “Trabalhando.” “Isso eu consigo ver,” ele respondeu, sem emoção. “No que está trabalhando?” Engolindo um suspiro, eu coloquei meu copo de papelão para baixo. “Estrou trabalhando no kit de boas-vindas.” “Parece tedioso para cacete.” Seus dedos batiam na parede. “Vai fazer algo depois do trabalho?” Oh não. Meu olhar foi para cima e sim, ele não estava olhando para meu rosto. Seus olhos estavam fixos em meu peito como se eles fossem a resposta para a vida. “Eu tenho algumas coisas que preciso fazer essa tarde.” Seu olhar não se moveu. “O pessoal vai ao Saints, no fim da rua. Se mudar de ideia, você deveria ir.” “Vou manter isso em mente.” Eu esperei outro segundo e, quando seu olhar permaneceu colado em meu peito, eu limpei minha garganta. Os olhos de Rick voaram para cima enquanto ele teve a decência de parecer um pouco envergonhado por ter sido pego olhando. Suas bochechas bronzeadas ficaram coradas. “Então, yeah, no que você está trabalhando mesmo?” Eu não tinha ideia de como Rick fazia seu trabalho. Por sorte ele e seu gêmeo maravilhoso não ficavam muito no escritório. Normalmente eles estavam na academia, trazendo novos afiliados ou levantando pesos. “Estou
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trabalhando no kit de boas-vindas,” eu o lembrei com olhar esperançoso ao meu telefone. “Ah, yeah, tedioso pra cacete,” ele repetiu. Se eu pudesse ter qualquer superpoder nesse momento, eu teria escolhido fazer meu telefone tocar sob comando. “Eu não sei por que eles te contrataram para trabalhar aqui,” ele continuou e eu, vagarosamente, levantei uma sobrancelha. “Quero dizer, porra, você é quente pra cacete.” Eu comecei a me questionar se seria estranho se eu, não se eu, batesse com minha cara no teclado. “Se eles tivessem você lá em baixo, eles estariam vendendo milhares de associações, especialmente para os caras.” Ele riu, um som alto e irritante, e eu agora contemplava a opção de enfiar minha cara no computador. “Parece um desperdício, ter você escondida aqui. É obvio porque você foi contratada.” Eu pisquei e olhei para ele. “Desculpa?” Ele deu uma piscadinha e minhas mãos se fecharam em punhos. “Qualquer um com dois olhos sabe que é por causa da sua aparência então parece um desperdício ter você aqui sentada, fazendo coisas tediosas. Nós poderíamos ter alguém como você no nosso time.” Eu estava chocada, sem palavras, enquanto encarava o cara. Ele realmente acabou de dizer que eu único motivo pelo qual fui contratada era por causa da minha aparência? Realmente disse isso na minha cara? “Inferno, faz sentido por causa da última menina que esteve aqui. Ela não era boa de se olhar, se você me perguntasse. Merda, apesar que eu espero que você não termine como ela. De qualquer modo,” ele disse, batendo sua mão pela parede do cubículo enquanto se afastava. “Se mudar de ideia, nós estaremos no Saints. Eu te pago uma bebida.”
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Eu preferia ficar presa no aeroporto durante uma tempestade. Rick se afastou, obviamente se sentindo muito confiante sobre nossa conversa enquanto eu voltava minha atenção para a tela. As palavras ficaram embaçadas enquanto eu encarava o computador. Uma onda de dormência percorria minhas veias. Eu sabia, sem dúvidas, que eu não fui contratada porque o Sr. Browser me achava bonita. Eu fui contratada porque tinha uma média acima da média quando me formei. Eu fui contratada porque eu dominei naquela entrevista. Eu fui contratada porque eu era qualificada. Colocando minha mão sobre o mouse, eu cliquei e balancei minha cabeça, afastando meus pensamentos sobre a conversa que Rick tinha deixado para trás. Bem, quase todos. Quem era a menina que teve esse cargo antes e o que aconteceu com ela?
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Capítulo Quatro Meu scarpin de bico fino preto e branco com um laço no calcanhar era lindo, mas era brutal. Meus pobres dedos estavam doendo e eu tinha certeza que quase toda a pele no meu calcanhar já tinha saído. Ao contrário da crença popular, beleza não deveria significar dor e, não importa o quão fofo os sapatos eram, eles não valiam a dor que irradiava a cada vez que eu dava um passo. Eu joguei eles no fundo do meu armário e coloquei um par de rasteiras que meu pé agradeceu. Balançando meus dedos, eu levantei minha mão e passei ela pelo meu cabelo. Minhas duas primeiras semanas na Lima Academy tinham sido exaustivas, mas de um jeito bom, divertido e produtivo se eu não contasse os encontros com os Gêmeos do Esteroide. Eles eram babacas – babacas relativamente inofensivos – mas eles eram fáceis de se ignorar a maior parte do tempo. Especialmente desde que eu aprendi a ser rápida em fingir estar em uma ligação quando eles entravam no escritório. Cada dia havia algum tipo de trabalho que envolvia eu andando pelas ruas congestionadas da Philadelphia, tanto a pé quanto de carro, para pegar algo para o Sr. Browser. Mas eu também estava aprendendo e a animação do novo trabalho ainda não estava perto de desaparecer, mesmo que a maioria dos caras do setor de vendas fossem totais babacas que passavam mais tempo olhando para minha bunda ou meus seios do que trabalhando. Engolindo um bocejo, eu fechei meu armário e olhei deliciosamente para minha cama. Eu comecei a andar para ela, mas me parei. Ontem à noite eu tinha me deitado por volta das oito da noite e, mesmo que por alguns minutos, terminei desmaiada, dormindo a noite toda.
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Além do mais, eu não estava com tanto sono assim, apenas estranhamente cansada. Eu realmente esperava que eu não estivesse ficando resfriada ou coisa do tipo. A última coisa que eu precisava era potencialmente faltar no trabalho por estar doente e, por causa disso, eu sabia que eu ficaria em casa e iria descansar, mas eu estava entediada. E era sexta à noite. E eu sentia falta das minhas meninas. Por agora, eu falei com Yasmine e Denise pelo Skype, duas meninas que ficaram comigo todo o tempo na faculdade, sempre que estávamos livres, o que não era tanto quanto gostaria. Yasmine tinha se mudado para Atlanta e Denise estava em Baltimore, o que era bem longe daqui. Uma vez que estivesse situada, eu queria fazer uma pequena viagem para visitar Denise. Pegando minha bolsa, eu fui para meu carro. Na verdade, eu estava me sentindo bem solitária e eu precisava sair. Em casa, sempre havia alguém para sair ou algum lugar para ir, e eu realmente não tinha feito uma conexão com alguém aqui. Bem, exceto Nick, mas essa não era uma relação longa. Pelo menos, ainda não. Mas quem sabia? Nós poderíamos virar amigos, mas eu não iria conhecer ninguém sentada em meu apartamento fazendo uma maratona de todas as temporadas de Supernatural. O estacionamento do Mona’s estava bem lotado enquanto eu entrava, imaginando se Nick estava trabalhando... e yeah, eu também imaginava se ele tinha planos para mais tarde. Esse último pensamento trouxe um sorriso para meu rosto. Música e o barulhos das bolas de sinuca batendo me felicitaram enquanto eu passava pela porta. Agradecida por não estar usando nada mais pesado que um cardigã, desde que estava quente do lado de dentro, eu olhei ao redor para dois caras enquanto me aproximava do bar. Eu vi a menina de óculos primeiro – Roxy. Ela tinha mudado a cor dos seus óculos e a mecha em seu cabelo. Hoje à noite, ambos eram azuis e eles
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combinavam com sua camiseta. Uma risada saiu de mim quando ela se virou e eu consegui ler o que estava escrito nela. A BARTENDER KNOWS HOW BAD HEAD IS7. O único cara, aquele com o cabelo castanho curto e militar escrito nele, também estava atrás do bar. Se eu me lembrava direito, esse era Jax, o dono. Perto dele, Roxy estava trabalhando e eu me apertei entre dois bancos. Só uns segundos se passaram antes de seu olhar passar por mim e voltar. Surpresa encheu seus olhos. “Você voltou.” Que comentário estranho. Roxy se virou para o dono e gritou. “Ela voltou!” Um. Jax levantou uma sobrancelha enquanto ele olhava em nossa direção, balançando sua cabeça. Sem ficar impressionada pela falta de interesse da sua parte, Roxy parecia como se estivesse a segundos de fazer uma manobra. “Estou tão feliz por você estar aqui,” ela disse, se inclinando contra o bar na minha frente. “O que posso pegar para você?” Afastando o cumprimento estranho, eu passei meus olhos pelas garrafas atrás dela e desisti de pensar em uma bebida. “Quero qualquer coisa que você tiver a mãos.” “Já vai sair.” Roxy se virou e, como um tornado, ela se moveu atrás do bar, voltando com um copo cheio. “Quer abrir uma conta?” Eu balancei minha cabeça e entreguei o dinheiro. Abrir uma conta sempre terminava comigo bebendo demais. “Fique com o troco.” Roxy sorriu e eu percebi que o hematoma em seu rosto já tinha sumido completamente. Ela voltou do caixa e depois de pegar uma garrafa
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Um bartender sabe o quão ruim a cabeça é
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para um cara a uns dois bancos de distância. “Eu estava começando a pensar que nunca mais a veria. Quanto tempo faz? Duas semanas?” “Eu comecei um trabalho novo,” eu expliquei. “Eu acho que isso meio que me esgotou.” “Compreensível.” Ela apoiou seu cotovelo no balcão. “Está gostando daqui?” Eu concordei. “Está me levando um tempo apenas para me acostumar a cidade. Da onde eu vim, não tínhamos nada como aqui.” “Yeah, Calla – a namorada de Jax – disse isso também. Mas ela é daqui, na verdade, apensar de frequentar Shepherd.” Ela pausou por um tempo para respirar. “Mas você não a conhece direito, certo?” “Eu apenas sei sobre ela. Ela parece uma menina muito legal.” Eu tomei um gole da minha cerveja. “Você morou aqui a vida toda?” “Nascida e criada. Eu amo isso aqui. É o lugar perfeito. Perto da cidade, mas ainda assim tem aquele jeito de interior – um segundo.” Roxy percorreu o bar, atendendo alguém que chegou com um copo vazio. Tomando outro gole, eu me virei e observei o bar. Havia uma certa mistura de pessoas aqui, novas e velhas, de várias etnias e castas. “Tem vários bares badalados na cidade,” Roxy disse, voltando. Ela sorriu e eu me virei. “Desculpa. Você tinha aquele olhar em seu rosto. Não um ruim,” ela adicionou rapidamente. “Apenas o tipo que observa tudo. Estou surpresa que conseguimos ter um público jovem aqui. Tem muito mais opções em Philadelphia.” “Mas o Mona’s é legal,” eu disse a ela, sem mentir. “Yeah, não é... o mais estiloso.” Eu olhei para as placas em neon sobre as mesas de sinuca. “Mas eu gosto.” “Você precisa sair mais,” veio uma voz atrás de mim.
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Roxy cruzou seus braços enquanto ela levantava uma sobrancelha para o intruso. Eu me virei de lado. Um homem alto estava ali, seu cabelo castanho era curto, combinando com seu rosto clássico. Ele piscou na direção de Roxy. “Isso me lembra minha casa,” eu respondi, levantando o copo até meus lábios. O cara riu. “Então eu meio que estou preocupado com sua casa.” Antes que eu pudesse responder, Roxy suspirou. “Cale a boa Reece.” Um sorriso brotou no rosto dele enquanto seu olhar se movia para ela. “Oh, eu amo quando você fica toda mandona comigo.” “Você é ridículo.” “E você me ama,” ele respondeu. “Não sei por quê.” Ela suspirou de novo, muito mais dramaticamente. “Mas eu amo.” Então esse era seu namorado, que ela mencionou da outra vez. Boa. Roxy tinha bom gosto. Reece tocou no ombro de um cara com os dedos. O cara olhou para ele e Reece levantou suas sobrancelhas. “Por que você não é um cavalheiro e deixa a dama se sentar?” “Não é...” Antes que eu pudesse protestar, o cara estava fora do banco. “Todo seu, policial.” Policial? O namorado de Roxy era um policial? Por algum motivo eu tinha dificuldade de imaginar ela com um. “Todo seu.” Reece ofereceu. “Obrigada.” Eu me sentei e meus pés me agradeceram. “Apesar que você não precisava ter feito isso.”
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Reece ficou no lugar que eu estava. “Um cara nunca deveria estar sentando quando se tem uma dama de pé. É simples assim.” Se esticando, ele se inclinou sobre o bar e bateu em seus lábios com um dedo. Roxy ficou rosa, mas ela deu um beijo nele. Quando ela começou a se afastar, a mão de Reece se moveu e agarrou seu pescoço. Segurando ela no lugar, ele inclinou sua cabeça para o lado e realmente começou o show. Por Deus. Assistir eles, eu senti meus olhos arregalarem e eu também senti a necessidade de me abanar. Esse era mais que um beijo e só foi indo e indo. Um dos braços de Roxy passou sobre os ombros de Reece e eu meio que esperava que ele a arrastasse sobre o bar. Um pequeno sorriso apareceu em meus lábios, mas por dentro eu estava impressionada, com uma pequena pontada de inveja. Quase como uma inquietação, mas isso ativou outra emoção que eu já tinha provado antes. Eu não tinha certeza do que estava sentindo nesse momento, mas eu coloquei minha cerveja para baixo, próxima a minha bolsa. A alguns metros, Jax se virou para nós. “Cara, sério?” Com uma risada profunda, Reece soltou Roxy e ela voltou a ficar de pé, seus olhos sem foco. Alguém tossiu e ela piscou rapidamente. Estreitando seus olhos para seu namorado, ela endireitou seus óculos. “Você é terrível,” ela disse meio irritada. “E você causa uma péssima primeira impressão.” “Eu acho que causo uma ótima primeira impressão,” ele respondeu, sorrindo em minha direção. “Eu sou Reece Anders – o amor da vida de Roxy.” Eu não pude resisti em sorrir. “Sou Steph Keith.” “Ah, a famosa Steph.” Ele olhou para Roxy. “Onde está...” “De folga.” O sorriso de Roxy estava brilhante demais, grande demais. “Desculpe pela interrupção. Ele é socialmente danificado.”
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“Também estou com muita sede.” Ele respondeu, olhando o bar. Roxy inclinou sua cabeça para o lado. “Você está vendo Jax ali? Por que não vai pedir para ele te servir?” “Isso foi maldade,” ele murmurou, mas ele ainda estava sorrindo enquanto se afastava do bar. “Já volto.” Ele se virou, indo em direção a Jax, que estava do outro lado do bar. Enquanto ele passava por mim, ele deu um cutucão em meu ombro. “Eu gosto quando ela é mandona.” Eu ri enquanto Roxy gemia de raiva, algo que Reece ignorou. “Ele parece que dá trabalho,” eu disse uma vez que ele chegou perto de Jax. “Menina, você não faz ideia.” Seus olhos arregalaram atrás dos seus óculos. “Mas ele... ele é um ótimo homem, e eu tenho muita sorte, mais do que você possa imaginar.” “Oh, parece que tem uma história aí.” Ela sorriu gentilmente. “Tem é só...” ela se cortou enquanto outro sorriso brotava em seu rosto. “Perfeito!” Percebendo que ela estava encarando algo atrás de mim, eu olhei sobre meu ombro. Minha boca caiu aberta. Uma mulher tinha acabado de entrar e eu... eu nem sabia o que ela estava usando. Era um vestido. Eu acho. Um vestido feito de... fita isolante preta, talvez? Era isso que aprecia. Colado ao corpo, era nada mais do que tiras de tecido preto estrategicamente colocadas. Ele deixava seu corpo esbelto a mostra, deixando pouco para imaginação, ainda mais pela quantidade de seios à mostra. Seus saltos eram tão altos que me fez me sentir mal por estar usando rasteirinha. Ela caminhou na nossa direção, seu quadril balançando de um jeito que chamava a atenção de cada homem no bar. A loira alta tinha uma confiança que durava anos.
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“Você sabe do que preciso,” ela disse a Roxy, que já estava pegando a garrafa de tequila. Ela olhou na minha direção e fez um bico com seus lábios cor de rosa chiclete. “Você é quente. Wow.” Eu abri minha boca, mas eu não tinha ideia de como responder a isso. Nem um pouco. Nada. Nadinha. “Essa é Steph.” Roxy colocou uma dose sobre o bar. “Steph, essa é Katie.” “Oi,” eu disse, balançando meus dedos. Seu olhar caiu e ela me olhou de um jeito mais ousado que a maioria dos caras costumavam fazer. “Espere.” Suas longas unhas rosa batiam em seu copo. “Essa é a Steph?” “A Steph,” Roxy concordou. “Ela foi a próxima a entrar no bar depois da Aimee.” Suas palavras tinham um significado pesado. “E...” Eu comecei a franzir o cenho. Primeiro, Reece tinha se referenciado a mim como a “Infame Steph,” e agora eu era “A Steph?”? O que estava acontecendo aqui? “Wow. Isso é incrível.” Levanto a dose até sua boca, ela virou a bebida como profissional. “Isso é tão incrível. Eu sabia. Eu totalmente adivinhei.” Ela bateu com seus dedos em sua testa. “Eu sou psíquica.” Sem palavras, eu balancei minha cabeça enquanto olhava para Roxy. A bochecha da bartender estava ficando mais vermelha enquanto ela dava de ombros. “Katie sempre é precisa em suas previsões.” “É uma dádiva. Uma maldição. Cai de um poste engordurado uma noite. Bati a cabeça. Uma história longa que tenho certeza que vou ter tempo de te contar depois.” Ela apoiou um quadril contra o bar enquanto eu simplesmente a encarava. “Essa é sua bolsa?” Quando eu concordei, ela a pegou e, completamente embasbacada, eu a assisti pegar meu celular. Normalmente eu teria ficado brava, mas tudo
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que eu conseguia fazer era olhar enquanto seus dedos voavam sobre meu telefone. “Eu mandei uma mensagem para mim e para Roxy. Assim você tem nossos números e nós o seu. Não tem como escapar da gente. Nós vamos te adotar como nossa melhor amiga do mundo.” Ela colocou meu celular de volta na minha bolsa e ela de volta sobre o bar. “Você vai tomar café da manhã com a gente no domingo. Claro, você deve estar pensando ‘claro que não’, mas você vai ir.” Eu ainda estava encarando ela. “Tem tanta coisa que precisamos te contar.” Virando de volta para Roxy, Katie começou a falar, mas parou, batendo suas mãos juntas. “Eu tenho o melhor timing. Sempre.” Por um momento eu não sabia o que ela estava falando, até que eu o vi. Nick. Meu coração fez uma pequena pirueta e isso me assustou tanto quanto Katie. Meu coração raramente fazia isso, e eu não tinha pensado realmente sobre Nick nessas duas semanas. Certo, isso eu não tinha certeza absoluta. Eu tinha pensado sobre ele uma ou duas vezes, mas eram pensamentos raros. Então minha reação, o jeito que senti minhas bochechas corarem e como minha coluna enrijeceu me surpreendeu. Nick saiu de um corredor do outro lado do bar. Usando outra camiseta escura que parecia a segundos de rasgar sobre os picos do seu corpo quando ele levantou a mão, passando ela pelo seu cabelo, ele parecia tão delicioso quanto me lembrava. Ele foi para onde Jax estava falando com Reece, nos dando uma bela vista enquanto levantava uma caixa de garrafas para o bar, seus músculos rolando e flexionando sobre a camiseta. Reece disse algo e Nick deu um passo para trás, rindo. O som era alto e contagiante e meus lábios se curvaram nos cantos em resposta. Ele respondeu enquanto se virava na nossa direção, seu sorriso fácil. Seu olhar levantou, percorrendo o bar.
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Nossos olhares se encontraram em um instante. Nick parou, como se tivesse andado até colidir com uma parede invisível. Uma tensão estranha apareceu em seu rosto enquanto o sorriso sumia. Sua expressão era de choque e, então, ele estava andando em nossa direção, ignorando Roxy enquanto ela dava um passo para o lado com uma expressão em seu rosto que dizia que a única coisa que ela estava sentindo falta, era de pipoca. “Oi Nick,” disse Katie. Ela também foi ignorada enquanto ele ficava do outro lado do balcão, na minha frente, seus olhos mais gélidos que o inverno. Pequenos nós se formaram em minha barriga enquanto ele colocava ambas as mãos sobre o bar e abaixava seu queixo. Tudo que eu conseguia pensar era onde aqueles seus dedos estiveram da última vez que eu o tinha visto e se um dia terminariam lá de novo, por que... porque não? “Stephanie,” ele disse naquela sua voz profunda, mandando raios de prazer. “O que está fazendo aqui?”
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Capítulo Cinco Sua pergunta apertou os nós de prazer dentro de mim como se ele tivesse pego eles com sua mão e apertado. Eu fui para trás, inalando profundamente enquanto meu estomago revirava. “Licença?” “Oh não.” Roxy sussurrou, virando de lado. Alguém balançou uma nota de vinte dólares como uma bandeira da paz e isso chamou sua atenção. “Você é um idiota,” Katie disse a Nick antes de se virar para mim. “Mande ele pastar. O resultado é muito melhor no final. Te vejo domingo. Tchauzinho!” Enquanto Katie ia embora, um tom rosado apareceu no meio das bochechas de Nick. Ele abaixou sua voz. “Eu pensei que tínhamos um acordo.” Talvez, quando eu entrei no Mona’s essa noite eu tinha caído em um universo paralelo? Parecia que eu estava ouvindo apenas metade de cada conversa que eu estava tendo. “Um acordo do que?” Ele inclinou sua cabeça para o lado. “Você não voltou ao bar em duas semanas.” “Uh. Yeah. Estive ocupada.” Meu cabelo deslizou sobre um ombro enquanto me inclinava para frente, as pontas raspando na superfície do balcão. “Eu não acho que estou entendendo onde essa conversa está indo.” “Você não voltou desde a noite que ficamos,” ele explicou, seus olhos verde musgo gélidos. “Então eu imaginei que estávamos na mesma página.” “Obviamente não estamos.” Nick olhou sobre seu ombro rapidamente, olhando bar. Seus ombros ficaram tensos quando seus olhos encontraram os meus de novo. Quando ele falou, sua voz estava tão baixa que eu mal conseguia ouvi-lo. “Aquela noite
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foi apenas àquela noite. Uma vez. Não tem motivo nenhum para você voltar aqui, especialmente você.” Whoa. Tinha muita coisa errada nessa afirmação que eu nem sabia por onde começar. Raiva surgiu, amortecendo meus sentidos, e por isso eu estava grata porque por baixo de toda a raiva tinha um pouco de... Desapontamento. Eu não conhecia Nick assim tão bem, mas nos poucos minutos que passamos juntos eu pensei que estivéssemos na mesma página. Não na sua, obviamente. Sua página tinha a palavra imbecil escrita por toda a superfície. “Deixe-me
esclarecer
as
coisas,”
eu
disse,
minha
voz
surpreendentemente nivelada. “Você pensou que eu não iria voltar aqui porque ficamos?” Ele não respondeu por um longo momento. “É assim que sempre foi. Uma noite. Você que disse isso.” É assim que sempre foi? Wow. Eu quase ri, exceto que nada disso era engraçado. “E só para esclarecer que ainda estamos na mesma página, você acha que eu vim aqui especialmente para te ver?” Um lado de seus lábios se curvou para cima. “Bem, porque mais você iria vir? Alguém como você combina muito mais com os bares e clubes na cidade.” Meus lábios vagarosamente se afastaram. “Alguém como eu?” “Você sabe que é linda. Você sabe...” “Pare exatamente aí,” eu ordenei, colocando ambas as mãos sobre o balcão. “Nós não estamos e, obviamente, nunca estivemos na mesma página, Nick. Você não me conhece. Eu não te conheço. E francamente, minha aparência não tem nada a ver com os bares que frequento.” Nick piscou enquanto seu rosto demonstrava surpresa. “Hey, eu...” “Você é inacreditável.” Eu fiquei de pé, pegando minha bolsa do balcão. “A última vez que chequei, esse bar não era sua ostra e você, com
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certeza, não era a pérola no meio dela. Você pode conseguir dizer para outras pessoas – outras mulheres – o que eles podem ou não fazer, mas isso nunca, jamais, vai funcionar comigo.” Ele se afastou, suas sobrancelhas franzindo, mas eu não tinha terminado. “Eu nunca me arrependi de nada que fiz. Até agora.” Admitir a verdade me chocou mais do que deveria. Eu me virei antes que eu batesse nele com minha bolsa. Eu consegui dar dois passos antes de ouvi-lo chamar meu nome. “Stephanie. Steph.” Ouve uma pausa, então ouvi, “Merda.” Suspirei e olhei sobre meu ombro, bem a tempo de ver Nick pular sobre o bar como a porra de um ginasta. Ele pulou longe do balcão por vários centímetros. Minha boca caiu no chão enquanto ele aterrissava perfeitamente e se levantada com um movimento fluido. Ele era algum tipo de superhomem? Esse movimento era meio... impressionante. Roxy estava do lado de Jax atrás do bar. Ambos tinham parado no meio dos seus drinks. Liquido transbordava sobre o copo que Roxy estava segurando. Jax parecia dividido entre rir e gritar com Nick. Meus músculos ficaram tensos enquanto Nick andava até onde eu estava. Ele passou sua mão sobre a minha, o aperto gentil. Ele era uns bons centímetros mais alto que eu, e ele ficava sobre mim, me fazendo querer socar ele no abdômen. “Nós precisamos conversar,” ele disse. “Eu acho que essa é a última coisa que precisamos fazer,” eu retruquei. Seus olhos ficaram mais calorosos. “Vou ter de discordar. Vamos conversar.” Uma mecha do seu cabelo escuro caiu em sua testa. “Por favor.” Uma grande parte de mim ainda queria atacar ele com minha bolsa, ou melhor ainda, introduzir meu joelho a uma parte sensível sua, mas o maior motivo, se não fosse único, era o bar inteiro encarando a gente. Nós – na
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verdade, Nick, estava causando uma cena. Os olhos estavam todos virados para nós. Calor estava se acumulando em meu pescoço. “Você vai me fazer ficar de joelhos e implorar?” ele perguntou, aqueles lábios se curvando no canto de novo. “Porque eu faço isso. Aqui.” “Você não faria.” Seus olhos brilharam na luz baixa. “Faria.” Meu maxilar doía de quão forte eu estava cerrando meus dentes. “Certo. Podemos conversar.” “Perfeito.” Nick piscou e se virou, me puxando. “Nós não precisamos ficar de mãos dadas.” “Precisamos sim.” Ele olhou sobre seu ombro para mim, seus olhos grandes cheios de inocência. “Eu estou com medo que você vá mudar de ideia e correr de mim, então eu vou ficar muito triste.” Eu atirei um olhar a ele enquanto ele me guiava para fora. Todos estavam nos assistindo. Uma olhada rápida me disse que Roxy tinha se recuperado o suficiente para parar de molhar o bar. Nós seguimos por um corredor. “Nick.” Jax apareceu na lateral do bar, perto de nós. “Não me faça ter de limpar o escritório mais tarde.” Minha boca caiu aberta. Eu estava a segundos de cuspir fogo pela boca. “Yeah, isso não vai ser necessário.” “Eu gosto dela. Muito.” Jax sorriu enquanto voltava para o bar. “Claro que gosta.” Nick murmurou. Eu tentei gesticular para ele com minha mão livre, mas ele não viu enquanto me puxava pelo corredor estreito. Ele abriu a porta na nossa direita
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e, depois que entrei, eu imediatamente agradeci por ter uma mão livre enquanto ele fechava a porta atrás de nós. Jogando minha bolsa no sofá de couro preto, eu me virei para encarar ele. Agora que estávamos em um lugar privado, cada bomba de palavrão estava prestes a fazer sua apresentação. Eu andei em sua direção, minhas mãos fechadas em punhos enquanto abria minha boca. Nick cruzou a distância entre nós num piscar de olhos. Ele era tão rápido que eu fiquei parada ali como uma idiota enquanto ele entrava em meu espaço pessoal, colocando suas mãos abaixo do meu maxilar. Suas mãos eram grandes e quentes e, ele abriu seus dedos, seu dedão passando sobre a pele ao lado dos meus lábios. Seus olhos encontraram os meus, mas eles estavam calorosos como naquela noite em meu apartamento. “Eu vou ser brutalmente honesto com você agora.” “Como se já não tivesse sido?” Eu retruquei, tentando pegar seu pulso. Eu passei meus dedos em volta dele. Nick sorriu, mostrando seus dentes brancos. “Viu. É isso.” “O que?” “A atitude,” ele explicou, me puxando para perto. “Quando você responde
para
mim,
tudo
que
consigo
pensar
é
em me
enterrar
profundamente em você de novo.” Minha boca caiu aberta de novo. Honestamente, era mais fácil eu simplesmente andar por aí com ela aberta. “Eu normalmente não volto para o segundo round. As coisas sempre ficam... complicadas quando você o faz, mas com você...” sua voz caiu e sua respiração estava quente contra meus lábios. Meu corpo era um idiota porque um tremor de prazer se formou em meu estomago. “Yeah, eu estou disposto a abrir uma exceção nas minhas regras.”
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No começo eu não tinha certeza se tinha ouvido ele direito. Ele não poderia realmente estar sugerindo o que pensei que estivesse, mas suas mãos deslizaram sobre meu pescoço até meus ombros. O espaço entre nós sumiu. Seu quadril estava pressionado contra a parte baixa do meu estomago e, oh yeah, ele estava falando sério. Colocando minhas mãos em seu peito, eu o empurrei, forte. Nick cambaleou e no fundo da minha mente eu sabia que era apenas porque eu tinha pego ele de guarda baixa. “Você está falando sério?” eu disse. “Da última vez que olhei, eu estava,” ele respondeu. “Então você deve ser o bastardo filho da puta mais burro possível,” eu retruquei me sentindo mais irritada a cada momento. As linhas em volta da sua boca se torceram e ele desviou o olhar, pressionando seus lábios. “Você acha que isso é engraçado?” Coloquei minhas mãos em meu quadril e olhei para ele. “O que é engraçado é o fato que você acha que vai ‘se enterrar profundamente em mim’ de novo. Eu prefiro puxar cada fio de cabelo do meu corpo, um por um, em vez disso.” Seu olhar voltou para o meu. “Você, com certeza, não teve problema em ficar nua comigo há duas semanas.” “Não tive. Então você abriu sua boca, cheia da gloriosa merda de porco e arruinou todo o calor e a graça.” “Gloriosa merda de porco?” ele repetiu, afastando o cabelo de sua testa. “Okay. Eu sei que sou um babaca. Acredite em mim, mas você e eu...” “Tivemos uma noite. Você estava certo. Nós ficamos. Você saiu do meu apartamento sem uma gota de expectativa entre nós e eu estava bem com isso. Era o que eu queria. Mas você, obviamente, acha que a porra do mundo todo gira em tordo de si.” Meus olhos se estreitaram. “Eu aproveitei o
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que tivemos, mas só porque eu gosto de sexo não significa que eu estou desesperada, ou que sou uma puta, ou estúpida.” Ele deu um passo para trás enquanto suas mãos caiam para sua cintura. Seu rosto estava cheio de surpresa. “Eu nunca disse que você era uma dessas três coisas.” “Não disse?” eu ri, secamente. “Você pode não ter dito exatamente essas três palavras, mas o fato de você achar que eu vim aqui apenas procurando por você insinua que eu estava desesperada. O fato que você acha que pode ficar comigo depois de falar daquele jeito me diz que você não me considera muito. E, depois de uma noite comigo, você acha que pode ditar onde eu posso ou não ir? Você deve me achar estúpida.” Suas sobrancelhas voaram para cima. “Steph...” “Não.” Eu levantei uma mão, o parando. Talvez meu dedo do meio estivesse estendido enquanto eu passava por ele e pegava minha bolsa. “Essa conversa termina com um... que tal você ir se foder?”
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Capítulo Seis Vestindo shorts de dormir de algodão e uma blusa de moletom velha da Shepherd University, era um pouco depois da uma da manhã quando voltei do bar e comi metade de um pote de sorvete. Agora eu estava agarrada ao travesseiro estampado cinza enquanto a contagem regressiva aparecia na TV e a câmera se aproximava na Drew Barrymore. Seus olhos eram grandes, refletindo toda a esperança e antecipação que cada menina sente quando chega o momento de descobrir que seu amor sente o mesmo que você. Deus, isso – isso – era minha cena favorita no meio de todos os filmes desse mundo. O momento onde Sam aparece no campo de baseball, provando que ele se importava com Josie apesar da sua traição. Cara, eu era uma manteiga derretida. Mas eu não tinha arrependimentos. Nenhum. Uma das minhas amigas da faculdade, Cora, odiava Drew Barrymore. Era a coisa mais bizarra do mundo, mas sua raiva nunca conseguiu me fazer amar menos esse filme. Com certeza, não tinha muito de romance uma estória sobre uma mulher de vinte e tantos anos voltando para o colegial fingindo ser uma adolescente enquanto se apaixona pelo seu ultrassensível professor de Inglês. Esse filme 8nunca seria feito nos dias de hoje, mas tem algo naquele primeiro beijo entre eles que derrete meu coração.
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Ela está falando ao filme Nunca Fui Beijada (Aos 25 anos, Josie é redatora de um renomado
jornal. Ela inventa uma reportagem que pode ser sua grande chance para tornar-se repórter: disfarça-se como aluna de sua própria escola de segundo grau e tenta descobrir alguma grande história sobre a vida dos adolescentes. A reportagem acaba tornando-se uma espécie de chance de reviver sua própria adolescência. O que ninguém sabe é que ela nunca viveu um romance. Mas em sua volta à escola, tudo pode mudar).
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Eu me sentei, apertando o travesseiro enquanto o contador acabava e a pobre Josie parecia desapontada. As câmeras focaram na plateia, capturando suas expressões de simpatia e, um murmurinho baixo começa, se transformando em ovações. Todos se viram e ali está ele. Sam. aka9. Michael seja-o-Pai-do-meu-bebê Vartan. Ele se apressa pela arquibancada e, eu conseguia sentir um gritinho de alegria se formando dentro de mim enquanto eu apertava ainda mais o travesseiro. “Ouch!” Soltando ele, eu cruzei meus braços sobre meu peito, soltando eles quando senti uma pontada de dor. Eles também tinham estados sensíveis essa manhã. “Owie.” Eu
tinha
começado
a
calcular
mentalmente
quando
minha
menstruação deveria vir quando houve uma batida na porta, me assustando. “Mas que porra?” Um tremor de inquietação surgiu. Já era quase uma e meia da manhã e alguém estava batendo na minha porta? Inferno. A hora realmente não importava porque quase ninguém me conhecia o suficiente para saber onde eu morava. Pegando o controle remoto do braço do sofá, eu pausei o filme bem quando Sam chegou ao campo. Uma batida soou novamente enquanto eu ficava de pé. Eu puxei para baixo meu casaco e fui até a porta, visões de serial killer passando pela minha cabeça. Me esticando, eu olhei pelo olho mágico. “Mas que inferno,” eu murmurei. Nick estava do outro lado da minha porta, suas mãos enfiadas no bolso de seu jeans enquanto ele olhava para o corredor vazio. Eu fiquei encarando a sua imagem distorcida. Eu não tinha ideia de como percebi que ele estava sem seu capacete, porque isso não era importante. O que ele estava fazendo aqui? Eu tinha certeza que minhas últimas palavras mais cedo naquela noite
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Abreviaçao de As Known as = mais conhecido como
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tinham deixado claro que não estávamos em bons termos. Nick era arrogante, mas ele não podia ser idiota o suficiente para aparecer onde nós ficamos. Curiosidade sobrepôs meu senso comum em um nano segundo. Sabendo que eu deveria apenas apagar as luzes e ignorá-lo, eu me movi e abri a porta. Nick virou para mim, tirando suas mãos dos bolsos. Aqueles olhos verdes claros abaixaram rapidamente, até a ponta dos meus pés cobertos por uma meia e, depois, de volta para cima. Sério? Pressionando meus lábios juntos, eu cruzei meus braços sobre meu peito e levantei uma sobrancelha. Suas bochechas ficaram levemente rosadas enquanto ele oferecia um sorriso tímido e estendia sua mão. “Oi. Eu sou Nick Blanco.” Uh, o que? Eu fiquei olhando para sua mão antes de mover meu olhar para cima. “Eu estava pensando que poderíamos começar de novo,” ele continuou, balançando seus dedos. “Nós meio que começamos tudo mal.” “Eu acho que começamos... começamos muito bem.” Ele sorriu impressionado. “Okay. Esse é um bom ponto. Nós realmente começamos bem.” “Mas você estragou tudo.” Eu mudei meu peso de um pé para o outro. “Realmente estragou tudo.” Agora seu sorriso havia diminuído. “Você está certa. É por isso que estou aqui.” Seus dedos balançaram mais uma vez. “Eu quero começar de novo.” Suspeita foi plantada. Normalmente eu não era uma pessoa paranoica nem desconfiada, mas eu não entendia seus motivos. “Por quê?” “Por quê?” Ele repetiu, sua mão ainda pendendo entre nós.
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Eu concordei. “Yeah, por quê? Nós ficamos. Isso é tudo. E me parece que você estava bem em nunca mais ver minha cara. Como você preferia isso, então porque você quer recomeçar?” Minhas palavras devem ter pego ele desprevenido porque não havia nem um traço do sorriso em seu rosto agora. “Eu... eu não sei.” Ambas minhas sobrancelhas estavam arregaladas. “Não sabe?” Ele balançou sua cabeça. “Normalmente eu estaria bem em nunca mais ver o rosto de uma menina. Esse é o jeito que é – o jeito que gosto.” Meus olhos arregalaram também. “Bem... pelo menos você é honesto, mas isso meio que reforça minha pergunta.” “Eu sei.” Os dedos de Nick balançaram de novo, acenando para mim. “Eu só... olhe, posso entrar e conversamos? Está meio frio aqui e eu realmente não acho que seus vizinhos vão gostar dessa conversa a uma da manhã.” Eu olhei sobre seu ombro e mudei de novo meu peso de apoio. “Eu não sei...” “Você é difícil de convencer.” Ele abaixou sua mão. “Eu sou inconvensível, esse é o motivo.” Seus lábios se curvaram para cima. “Não acho que ‘inconvensível’ é uma palavra.” “O que você é? O policial da gramática?” O sorriso estava de volta agora, suavizando as linhas duras em seu rosto. “Eu sou o tipo de pessoa que corrige silenciosamente a gramática de todo mundo.” “Oh. Wow. Então você não é só um imbecil, mas também é um imbecil irritante.”
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Nick riu profundamente, me surpreendendo. Era a mesma risada que eu tinha ouvido no bar mais cedo, antes dele reparar que eu estava lá. Uma risada profunda e contagiante. “E você realmente fala qualquer coisa que esteja na sua cabeça, não?” “Bem por aí,” eu respondi. “Você tem problema com isso?” “Não. Nem um pouco.” Ele soou surpreso. “Então você vai me deixar entrar ou não?” Eu considerei o que fazer. Nick tinha sido um idiota e seu ponto de vista sobre ficadas era além de arcaico. Ele pensava que podia dizer as meninas que, uma vez que haviam transado elas não eram permitidas de volta no bar? Mas que porra? Mas então, novamente, talvez elas soubessem no que estavam se metendo. Eu não sabia, mas, por algum motivo, Nick achou que eu soubesse. Pessoas cometiam erros e ferravam com tudo o tempo todo e, não era como se eu guardasse rancor, mas isso tinha acabado de acontecer E. De verdade, por baixo de toda a raiva havia a dor. Enquanto eu não havia esperado muito de Nick, eu não estava esperando aquele tipo de recepção. Ela doeu. Eu era apenas humana. “Por sinal, não sei se você percebeu isso ou não, mas Reece mora no mesmo prédio. No andar de cima,” ele disse, movendo seu olhar para cima. Não. Eu não sabia disso. “E Roxy passa muito tempo lá. Eles, provavelmente, estão no caminho daqui uma vez que ela sair então vai ficar bem estranho, eu estar aqui parado quando eles chegarem.” Meus olhos estreitaram. “Eu nunca vi nem um deles, mas isso faz sentido. Eu já vi a viatura da polícia algumas vezes.” Dúvida passou pelo seu lindo rosto até que suspirei e dei um passo para trás. “Você não vai ganhar nada,” eu o avisei. Seus cílios grossos levantaram. “Eu não vim aqui para isso. Não. Sério,” ele disse quando viu meu olhar duvidoso. “Por mais difícil que seja
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acreditar – e eu não vou mentir que quando olho para você, sexo não passa longe na minha mente – mas não é por isso que estou aqui.” “Você também sempre fala o que está na sua cabeça.” “Culpado.” Ele entrou e eu fechei a porta atrás dele. “Eu sei que está tarde, mas eu não tenho seu número ou, se não, teria te ligado.” “Você poderia simplesmente ter esperado até de manhã.” Ele olhou para mim enquanto balançava a cabeça. “Na verdade, isso teria me deixado louco a noite inteira se eu não tivesse vindo aqui e tentado falar com você.” Sem ter certeza do que pensar disso tudo, eu mordi o interior da minha bochecha e passei por ele. Nick olhou para a TV e levantou uma sobrancelha. “Nunca fui beijada?” “Diga uma coisa ruim sobre esse filme e você pode sair pelo mesmo caminho que entrou.” Ele levantou suas mãos em rendição. “Eu não ia dizer nada.” “Uh-huh.” Me sentei no sofá, colocando o travesseiro no meu colo. “Então você vai se desculpar ou algo do tipo?” Nick se sentou no sofá, seu olhar fixo na TV pausada. Por um momento eu fiquei perdida encarando ele. O cara não tinha um ângulo ruim. Seu perfil, com as bochechas altas e o maxilar reto podia estrelar um comercial de lâminas de barbear. “Eu... desculpe-me pelo jeito que agi. Eu meio que sou um imbecil sobre certas coisas,” ele disse, exalando. “Eu sei que não é uma boa desculpa. Eu também sei que você não fez nada para merecer como eu agi. Isso foi tudo minha culpa.” Decidi diminuir minha marra. “Quando eu fui ao Mona’s hoje à noite, eu realmente não fui lá só porque é onde você trabalha.” “Eu sei.”
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Eu inalei profundamente. “Mas você foi um bônus para eu decidir ir.” Seu olhar foi direto para o meu e ele o segurou. “Não um bônus grande. Um pequeno,” eu complementei. Nick sorriu enquanto se inclinava contra o sofá. “Um pequeno bônus, huh? Eu fico com o que posso conseguir.” Levantando sua mão esquerda, ele tirou seu cabelo do seu rosto. “Você... você me surpreendeu.” Abraçando o travesseiro, eu olhei para outro lugar. “Como?” “Eu não sei,” ele disse a sua resposta padrão. “Eu realmente não te conheço então tudo sobre você me surpreende, mas isso... é mais profundo que apenas isso.” “Eu te surpreendi porque eu não achei que estaria tudo bem nunca mais pisar de novo no bar?” Meu tom estava cheio de incredulidade. “Eu sei como isso soa. Acredite em mim. Eu sei.” De repente o reconhecimento estava evidente em sua voz, trazendo meu olhar de volta a ele. Ele estava encarando a TV agora, suas sobrancelhas franzidas. Eu rapidamente olhei para outro lugar enquanto ele exalava profundamente. “Eu não me relaciono.” Uma risada subiu pela minha garganta e eu a cortei. “Isso soa... cliché.” Ele riu e pelo canto de olho eu o vi passar seus longos dedos abaixo da sua boca. “Yeah, e é. Mas esse tipo de merda... bem, não é para mim. As... as mulheres com que fico, elas sabem isso. Eu não dou esperança.” “Você não me deu esperança alguma, mas eu honestamente não sabia que você ia surtar por eu ter ido ao bar.” “Eu acho que pensei que você não iria. Quero dizer, eu sabia que você viria ao bar, mas não pensei que fosse voltar.” Ele pausou e eu pude ouvir o
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barulho do relógio na parede. “Eu, provavelmente, não estou fazendo sentido algum.” Não de verdade, mas eu queria tentar entendê-lo. Algumas pessoas diziam que a curiosidade matou um gato, mas eu estava do lado que acreditava que conhecimento nunca era demais. “Você disse algo no bar – algo sobre ter regras?” “Yeah.” Meu olhar vagarosamente foi em direção ao seu perfil. Eu realmente precisava parar de encará-lo, mas eu não conseguia evitar. “Você realmente tem regras sobre essas coisas?” “Você não tem?” ele respondeu. “Não. Eu...” me cortei. Era uma boa pergunta e ele tinha me pegado. Eu tinha regras. “Bem, eu acho que tenho. Sempre usar proteção. Ter certeza que você não tem expectativas diferentes da outra pessoa. Eu preciso gostar dele. Sempre tem que ter algum tipo de conexão,” eu continuei. “Mas eu não preciso nunca mais vê-los.” Ele apoiou sua cabeça contra o sofá e virou sua bochecha em direção a mim. “Eu tenho essa regra de não dar falsas expectativas. Eu não gosto quando as coisas ficam... complicadas ou bagunçadas.” Eu considerei isso. “Ou você só não gosta de ficar próximo de alguém.” “Você gosta?” ele perguntou com a voz baixa. “Yeah.” “Então porque você transa com um cara que acabou de conhecer? Olhe – eu não quero dizer isso como uma coisa ruim. Eu fiquei feliz que você o fez – fez comigo. Mas isso não parece um jeito de se aproximar das pessoas.”
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Eu me movi, trazendo minhas pernas contra meu peito enquanto afastava o travesseiro. “Talvez seja porque eu não tenha problema nenhum em sair ou conhecer alguém com que eu transei.” Seu sorriso ficou irônico. “Okay. Você me pegou.” Houve uma pausa. “Mas porque você não namora? Alguém como você não fica sozinha por muito tempo.” “Eu não tenho certeza se gosto de você se referindo a mim com ‘alguém como você’,” admiti. “Não é um insulto.” Seu olhar sério encontrou o meu e eu olhei para longe. “Estou sendo sincero, não é.” Abraçando meus joelhos, eu decidi deixar isso para lá agora. “Eu não tenho um namorado há um bom tempo.” “Besteira.” Eu ri. “Totalmente por opção.” “Explique,” ele pediu. “Eu preciso de mais detalhes nisso.” “Por que é tão surpreendente? Você não tem uma namorada e você é gostoso. Com certeza você é um imbecil, mas muitas meninas fariam vista grossa por um bom abdômen.” “Você acha que tenho um bom abdômen?” Eu revirei meus olhos. “Você sabe que tem.” Ele riu. “Eu te disse por que não tenho namorada. Eu não me relaciono.” “Bem, eu também não.” Houve uma pausa e, então. “Acho que somos bem parecidos.”
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Olhando para ele, eu bati com meus dedos sobre meu joelho. “Pensava a mesma coisa.” “Pretérito imperfeito, huh?” Eu concordei devagar. “Eu não tenho nada contra relacionamentos. Eu apenas acredito firmemente em não perder tempo a não ser que você veja algum futuro com alguém. Isso não significa que não podemos aprovar um ao outro, mas por que investir em algo que você sabe que não vai dar em nada?” eu dei de ombros. “Esse é meu lema.” “E você nunca conheceu alguém que você pensou que levaria a algum lugar?” “Nope.” “Huh,” ele murmurou. Um olhar distante cravado em suas feições. Meus dedos congelaram. “Você conheceu?” Um ombro levantou depois de um momento. “Eu conheci uma vez. Aparentemente estava enganado.” O sorriso reapareceu, mas sumiu rápido. “Muito enganado.” “Então... como eu disse você não gosta de se aproximar.” “Não,” ele respondeu franzindo o cenho. “Não é o caso.” Eu levantei uma sobrancelha enquanto ri um pouco. “Okay. Que seja.” Descruzando minhas pernas, eu as estiquei na minha frente. Enquanto eu balançava meus dedos do pé, eu podia sentir seu olhar em mim e, mesmo dizendo a mim mesma para não fazer isso, eu olhei. Nossos olhares se encontraram e, eu olhei para longe, engolindo forte. “Por sinal, eu aceito suas desculpas.” “Sério?” ele perguntou gentilmente.
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Recusando-me a olhar para ele, eu encarei minhas meias. “Eu ainda acho que você é um imbecil.” “Meio difícil de acreditar que você aceita minhas desculpas se você acha isso.” “Bem, o fato de você ser realmente atraente ajuda. Eu sou superficial assim.” Eu estava mentindo. Eu não era tão superficial assim, mas eu curti sua reação. Uma risada surpresa escapou dele. “Eu me sinto como se estivesse sendo abusado aqui.” “Não deixe minha superficialidade significar mais do que é,” eu o avisei, lutando contra um sorriso. “Então eu acho que isso significa que você...” “Se essa frase tem qualquer coisa a ver com sexo, eu sugiro que você não a termine.” Nick riu. “Na verdade, eu ia dizer que eu acho que isso significa que você...” ele se cortou e quando olhei para ele, ele tinha o sorriso mais infantil que eu já tinha visto em um cara da sua idade. “Okay, eu menti. Tem totalmente a ver com sexo.” Passando minhas mãos sobre meu rosto, eu escondi meu sorriso. “Você... você é terrível.” “Possível.” Um momento se passou. “Eu gostei do cabelo, só para você saber.” Por sorte minhas mãos ainda estavam em meu rosto, então ele não viu meu sorriso aumentando. Eu tinha me esquecido que tinha prendido meu cabelo em chuquinhas trançadas quando cheguei em casa. “Obrigada,” eu disse, minha voz abafada pelas minhas mãos. “Posso perguntar uma coisa?” ele perguntou.
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“Claro.” Eu abaixei minhas mãos, me virando em sua direção. Ele abaixou seu queixo, fazendo aquela maldita mecha de cabelo cair de novo em sua testa. “Você estava me observando mais cedo, não estava?” Merda. Eu tentei lutar contra isso, mas senti calor subindo pelo meu pescoço. “Você é tão arrogante. Eu não estava te observando.” “Você diz arrogante e eu digo observador.” Nick se moveu antes que eu pudesse responder, fechando a distância entre nós e pegando uma das minhas tranças. Ele a puxou gentilmente, seus dedos fechados em volta a ela. “Você e eu, estamos bem?” Me levou um momento para responder e eu nem mesmo sabia o porquê. Lá no fundo eu já sabia a resposta, então eu a forcei para fora. “Yeah, estamos.” “Bom.” Ele deslizou seus dedos para baixo, passando sobre o elástico, chamando minha atenção, e eu não tinha salvação enquanto assistia seus dedos fazendo seu caminho para baixo. “Vou te ver de novo no Mona’s?” Inalando, eu levantei meu olhar, mas ele estava encarando a trança ainda. “Talvez.” “Diga que sim.” Meu coração estava começando a bater mais forte. “Sim.” “Essa foi fácil.” “Para ver Roxy,” Eu adicionei e sorri quando ele riu. “Mas vou me certificar de dizer ‘oi’ para você quando estiver lá.” “Tenha certeza de fazer isso.” Sorrindo, ele puxou a trança mais uma vez e a jogou sobre meu ombro. Sua mão ficou parada no espaço entre nós antes de ir parar na minha bochecha. O movimento me pegou de surpresa enquanto ele passava seu dedão sobre meu lábio. "É realmente uma pena.”
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Franzi o cenho. “O que é?” “Nós,” ele disse, sua voz baixa enquanto passava seu dedão novamente, fazendo minha respiração falhar. “Que eu e você somos desse jeito. Isso é uma pena.”
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Capítulo Sete O cheiro de bacon frito e xarope de bordo, fez com que meu estômago resmungasse como um monstro saído de um filme de terror. Ele gritou, alimeeeeente-me. Parando em frente ao balcão vazio da recepção, eu me estiquei nas pontas das minhas sapatilhas e procurei por duas cabeças pouco familiares. Os textos de Roxy e Katie tinham começado sábado à noite, e eu teria concordado em encontrá-las no domingo de manhã logo de cara, se seus crescentes apelos e mensagens não tivessem sido bastante divertidos. Em um ponto, Katie tinha ameaçado invadir meu apartamento e desenhar um bigode na minha cara se eu não viesse. A parte engraçada é que eu não teria dito não a elas. Claro, eu só conhecia a Katie recentemente, e parecia faltar-lhe alguns parafusos, mas tanto faz. Quem eu era para julgar? Eu perdi meus velhos amigos e nossos encontros semanais ou às vezes, três vezes por semana. Evidentemente, eu era uma criatura social, e a solidão que eu estava chafurdando não ia me levar a qualquer lugar. Avistei Roxy e seus óculos azuis sentada na parte de trás do restaurante lotado. Enquanto andava entre as cabines indo em direção a elas, o caminho estava cheio de crianças correndo, coberto de gosmas pegajosas e pessoas mais velhas tentando controlá-los. O cabelo de Roxy estava puxado para cima em um coque bagunçado e seus olhos se apertaram quando olhou para mim. "Você seriamente saiu para correr antes de vir aqui. Você não estava mentindo." "Não. Eu tento correr todos os dias." Sentei-me ao lado de Katie, que em comparação com sexta à noite, estava usando um vestido curto tomara que caia azul bebê, que parecia ter lantejoulas jogadas em cima dele. Seu
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cabelo loiro estava puxado para trás em um rabo de cavalo baixo. "Eu tenho que malhar" Expliquei, colocando minha bolsa entre Katie e eu. "Eu como igual a cinco caras famintos. É realmente embaraçoso quanta comida posso consumir em uma refeição". Katie riu. "Eu não tenho esse problema. Eu posso comer o que eu quiser e não ganhar uma grama. Na verdade, eu provavelmente perco peso." Ela balança os ombros. "é uma droga ser como vocês." Roxy fez uma careta para ela. "Você não precisa esfregar na nossa cara, você sabe." "Não me odeiem porque nasci assim." Katie sorriu quando Roxy revirou os olhos. "Talvez seja Maybelline. Talvez seja Katie." Eu bufei uma risada. A garçonete apareceu na nossa mesa, clicando a caneta que ela tinha puxado para fora do bolso do avental. Ela anotou nossos pedidos das bebidas e, em seguida, correu para buscá-las, seus tênis brancos rangendo pelo chão. "Estou feliz que você veio", disse Roxy, apoiando os cotovelos sobre a mesa. "Eu estava preocupada que ia ter que procurar por você e forçá-la a vir comer com a gente." Eu ri novamente. "Eu tenho certeza que você teria um tempo difícil fazendo isso." "Estou ofendida." Roxy sorriu. "Eu poderia levá-la." Lembrando do momento em que falei com ela pela primeira vez, eu decidi que provavelmente ela estava falando a verdade. "Estou feliz que vocês me convidaram." Fiz uma pausa enquanto a garçonete voltou com nossas bebidas antes de desaparecer novamente, então disse: "Daí que eu sei que Roxy trabalha no bar, mas o que acontece com você, Katie?" "Trabalho no clube do outro lado da rua do Mona’s." Katie despejou um pacote de açúcar em seu café e depois pegou mais cinco, conseguindo
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rasgar a borda de todos em um único puxão impressionante. "é um clube de strip." "Oh." Como se eu não tivesse notado um clube de strip em frente ao Mona’s? Katie despejou o açúcar em seu café. "Eu tiro a roupa. Não danço. Eu tiro minhas roupas para viver e sou muito bem paga por isso, também." Eu pisquei. "Isso é legal." Seu olhar se voltou astuto. "Você não tem um problema com isso?" "Hum, não se você não tiver." Eu olhei para Roxy, que estava ocupada limpando seus óculos, com um pequeno sorriso em seu rosto. Peguei meu refrigerante e tomei um gole. Katie inclinou a cabeça para o lado, me estudando. "Realmente?" Levantei um ombro. "Não. Honestamente. Eu acho que é muito legal já que você precisa de muita coragem e confiança para fazê-lo." Um lento sorriso apareceu. "Você deveria tentar. Você faria muito dinheiro. Inferno, eu mesma pagaria para ver você " "Katie", suspirou Roxy, descansando o queixo na mão. "Pare de tentar recrutar strippers. Você faz isso toda vez que encontra alguém. E ninguém concordou ainda." Sorri quando imaginei uma loira estranha vagando pela cidade, procurando mulheres que queiram tirar suas roupas. "Eu não acho que poderia fazê-lo. Eu ia ficar lá em cima, parada, e ia me esquecer de como tirar a roupa." "Tirar a roupa é a parte mais fácil", Katie respondeu séria. Roxy parecia duvidosa. "Essas calças de lycra deixam muito pouco para a imaginação. Se eu tivesse o seu corpo, eu andaria nua todo o dia."
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"Não tenho nenhum problema em ficar nua quando tem, eu não sei, uma situação mais íntima", eu anunciei, “mas em público é uma história diferente". "Isso é bom saber", disse a garçonete, a caneta na mão. "Vocês meninas já sabem o que querem comer?” "Inconveniente", eu murmurei sob a minha respiração enquanto meus olhos se arregalaram. Roxy deu uma risadinha, e nós rapidamente fizemos nossos pedidos. Katie ordenou grits e um waffle, e eu fui com omelete e bacon separados. Roxy preferiu alguma coisa com frutas e um bagel. Eu assisti a garçonete se afastando e, em seguida, disse: "Bem, então..." "Acho que ela precisava saber sobre suas preferências em ficar nua", disse Roxy, recostando-se contra a cabine vermelha gasta. "Então, como é trabalhar na Lima Academy? " "Você está cercado por caras quente das nove às cinco, certo?" Katie animou -se, como se um sino tivesse tocado. "Especialmente Brock. Mmm. Meu Deus. Brock pode fazer o que quiser comigo a qualquer hora que ele queira", disse ela, e eu quase cuspi a minha bebida quando ela acrescentou: "Minha vagina teria sua própria pista de pouso para ele". "Oh meu Deus," Roxy sussurrou enquanto ria. "Que imaginação. Eu nunca mais vou tirar isso da minha cabeça agora." Eu nunca quis esse tipo de imagem na minha cabeça. "Eu realmente não vejo muita gente, e ainda não encontrei com o Brock. Acho que ele vai voltar na próxima semana ou algo assim, mas é muito legal. Eu tenho feito um monte de serviço externo, mas tudo e todos são o que eu esperava." Levantei, sentando com as pernas cruzadas. Eu sempre tinha que fazer isso. Era estranho, mas não ficava confortável enquanto não fazia isso. "Todo mundo é bom. Bem, exceto esses dois caras que trabalham com vendas." "Eles são maus ou algo assim?", Perguntou Roxy.
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Eu balancei minha cabeça. "Na verdade, não. Apenas arrogantes e idiotas. Um deles me disse que a única razão pela qual fui contratada, era por causa da minha aparência." Lançando meu rabo de cavalo sobre o meu ombro, revirei os olhos. "E ele quis dizer isso como um elogio. De verdade. Como se eu tivesse que lhe agradecer por isso." "Uau." Roxy franziu a testa e os óculos escorregaram pelo nariz. "Que estúpido" "Muito". Não argumentando isso. "Ele disse algo sobre a garota que costumava trabalhar na minha posição, mas não me lembro muito do que ele disse, só que ele esperava que eu não acabasse como ela". O sangue sumiu do rosto de Roxy tão rapidamente, que me estiquei rápido para a frente. "Oh, Deus, você está bem? ", perguntei, imaginando se ela tinha algum tipo de doença. "Sim. Sim. É só que ..."Ela parou, ajeitando os óculos. "Espere." Katie franziu o nariz. "Não foi essa menina que Kip Corbin atacou?" "Sim", confirmou Roxy calmamente. Algo estava definitivamente acontecendo, e eu não tive que esperar muito antes de Katie expandir os detalhes. "Se você me perguntar, um cara que tem o primeiro e último nome iguais a nomes próprios, só diz que merda ruim está a caminho", ela disse, e franzi os lábios, porque não fazia sentido nenhum isso para mim. "Kip Corbin era esta aberração que, basicamente, perseguiu a Roxy por meses e atacou outras mulheres". "O quê?" Meus olhos quase saltaram para fora da minha cabeça quando ergui a minha voz. Interrompemos nossa conversa enquanto a garçonete trazia a nossa comida, e todos os pratos ficaram intactos, enquanto Roxy mexia nervosamente com seu garfo. "Ele era um cara que vivia no andar acima do
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meu", disse ela. "Parecia normal. Obviamente não era. Ele foi basicamente um assassino em série principiante.” Meu queixo caiu. "Ele atacou um monte de outras meninas. Eu tive sorte." Ela sorriu com força, e novamente, pensei na confusão que eu tinha visto nela. Isso agora estava explicado. Bom Deus. Horror me inundou. "Reece apareceu no tempo certo e... " A cor ainda não tinha retornado a suas bochechas enquanto olhava para seu prato de comida. "Eu tive muita sorte." "O Cavaleiro Branco total bem ali." Katie esfaqueou sua tigela de grits com o garfo. "Mas a garota que costumava trabalhar no Lima como Assistente Executiva, foi a última vítima." Caralho. E Rick tinha feito parecer que a saída da pobre mulher não tinha sido grande coisa. Deus, ele era mais grosseiro do que eu imaginava. Uma olhada em Roxy, e percebi que isso não estava lhe fazendo muito bem. Estendi a mão e apertei a sua. "Sinto muito. Eu não tive a intenção de chateá-la." "Está tudo bem." Ela apertou minha mão de volta. "Você não tinha como saber. E está no passado. " "E Kip Corbin está morto." Katie empurrou uma pilha de comida em sua boca. "A garota que costumava trabalhar no Lima era prima do Isaías. E claro, você não sabe quem o Isaías é, mas você provavelmente vai encontrá-lo em algum ponto no Lima. Acho que ele é um financiador da academia ou algo assim, ou o que quer você chame as pessoas que pagam por coisas." Ela pegou outra garfada. "De qualquer forma, Isaías é como um mafioso legítimo. Todo mundo aqui sabe disso. Não se meta com ele." Meu olhar girou bruscamente para Roxy. "De verdade?"
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"Pura realidade." Ela cutuca em cima de um morango. "Kip acabou se enforcando na cadeia, mas foi muito suspeito. Ninguém atravessa o caminho de Isaías ou mexe com um dos seus." Pegando minha faca e garfo, comecei a cortar a minha omelete em pedaços absurdamente pequenos. Lutadores do UFC quentes. Bartender sexy. Um serial killer. E agora um chefe da máfia? Isso parecia mais como um romance. Ou um canal de filmes como Lifetime. Jesus! "Vamos falar de outra coisa", sugeri. Na mesma hora, Roxy aliviou a tensão em seus ombros. Eu procurei por algo mais leve e resolvi ir pela familiar conexão daqui com Shepherdstown. "Eu ainda estou meio em choque que encontrei conhecidos de Shepherd aqui. É um mundo pequeno". "Eu sei!", Exclamou Roxy, seus olhos brilhando. "É incrivelmente bizarro- Mas um bizarro louco. Eu sei que eles estavam tão surpresos quanto você. Sei que você não conhece Calla muito bem, mas espero que consigam sair juntas quando ela voltar para visitar-nos. Ela geralmente gasta todo fim de semana aqui com Jax." "Isso seria legal", eu murmurei, colocando a omelete em minha boca. Katie riu. "Você disse isso com o mesmo entusiasmado de uma criança abrindo um pacote de meias na manhã de Natal. Por que isso? Você não gosta da Calla?" "Não. Quero dizer, eu gosto dela, mas, não a conheço, então..." "Então o quê?" Katie cutucou. Empurrando a omelete macio em torno de meu prato, não sabendo como responder, porque não tinha certeza de quanto Calla sabia e havia dito à Roxy. Peguei uma fatia de bacon e a triturei me prolongando. No momento em que terminei, decidi dizer a verdade, por que não?
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Não era como se eu tivesse vergonha de nada que Calla pudesse ter dito à Roxy. "Eu não tenho certeza se ela gosta de mim", eu disse, pegando outra fatia do bacon salgado e engordurado. "O quê?" Os lábios de Roxy se separaram quando ela empurrou os óculos de volta até seu nariz. "Por que você acha isso?" "Bem, talvez porque eu tive relações com Cam... e Jase em algum momento." Tomei um gole do refrigerante gelado. "Não quando eles estavam com Avery ou Teresa ou qualquer coisa assim, mas... sim, algumas meninas não se importam se isso foi no passado, antes delas. E Calla é muito amiga da Teresa." "Oh." Roxy piscou uma vez e depois duas vezes. "Calla nunca mencionou qualquer coisa assim." Pressionando meus lábios, resisti à vontade de me bater na cara. Bem, talvez isso tenha sido uma ideia de conversa ainda pior. Boa Steph! "Bem..." Eu levantei minhas mãos com um encolher de ombros. "De qualquer forma, não sou realmente próxima de qualquer uma dessas meninas por esse motivo.” "Mas todos eles pareciam super animados em vê-la," Roxy insistiu, franzindo a testa. "Nenhum deles foi malicioso ou deu-lhe um olhar torto. Eu noto essas coisas a uma milha de distância. É como um radar especial que eu tenho." Hmm. Talvez eles fossem legais comigo? Mas eu não tinha certeza se Teresa sabia sobre Jase e nossa primeira e única transa. Eu sabia que Avery tinha descoberto sobre Cam, mas Avery era sempre difícil de se ler. Talvez eu devesse ter apenas mantido minha boca fechada sobre tudo isso. Eu mal conhecia essas meninas e apenas disse-lhes que tinha transado com dois caras aleatórios que conheciam.
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Voltei para minha omelete no meu prato. "Você provavelmente pensa que pareço sacana." "Não. Eu não. "Roxy declarou com firmeza. "Não para mim." Meus lábios se curvaram em um sorriso. "Ao contrário do que alguns podem acreditar, a lista de caras com quem estive não é tão longa quanto o meu braço." "A minha é tão longa quanto a minha perna", respondeu Katie e depois inclinou a cabeça no encosto. Suas sobrancelhas franziram. "Espera. Provavelmente, ambas as pernas e um braço." "Uau", murmurou Roxy, parecendo impressionada. "Parece que você ganhou de mim." Meu sorriso aumentou um pouquinho quando a espiei. "Mas é estranho estar perto da Avery e da Teresa. O que é esquisito, porque uma das minhas amigas- Yasmine- também ficou com Cam, mas não era estranho para nós." "Essa Yasmine amava o Cam e o Cam era apaixonado por ela?" Roxy perguntou. "Porque se não, então isso provavelmente explica tudo." Ela colocou um pedaço de melão em sua boca. "E você não estava apaixonada por ele também, certo?" "Não. Bom ponto." "Eu aposto que algumas garotas pensam que você é uma vagabunda." Katie riu. Meu sorriso murchou. "Bem, sim, tenho certeza que algumas fazem. Na verdade, sei que algumas fazem." De repente, pensei em Nikki Glenn, uma menina que estava em minha aula de Inglês 102 no meu segundo semestre em Shepherd. "Teve uma menina, um par de anos atrás, que escreveu 'vagabunda vingativa' com creme de barbear no capô do meu carro." Os olhos de Roxy se arregalaram por trás dos óculos. "Oh, uau."
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"Em setembro, pleno calor." Apertando os lábios, eu assenti. "Sim. Eu acabei tendo que levá-lo para uma pintura nova. Isso não sai. E apenas imaginem os olhares que recebi quando dirigi o carro até a oficina mecânica.” "Você dormiu com o homem dela ou chutou seu cão para o tráfego?", Perguntou Katie. Foi a minha vez de rir. "Não. Eu nunca dormi com um cara, pelo menos de propósito, que estava envolvido com outra pessoa. Também não chutei qualquer animal. Esta menina era louca, só porque eu era amiga de seu namorado. Eu o conhecia há anos, muito antes que ela entrasse em cena. Nós fomos para a escola juntos e tínhamos ido para o baile como par um do outro. Era isso. Segundo ela, com base na minha reputação, eu tinha dormido com todos os caras que conversava." Fiz uma pausa, pensando. "Ironicamente, eles não estão mais juntos e eu ainda converso com ele sempre que nos vemos." Dou de ombros. "O engraçado é que Donnie- o namorado da menina ele era um galinha antes de conhecer Nikki. Agora mesmo, ele está provavelmente com as duas pernas e dois braços em volta de alguma menina, e ela não tem nenhum problema com ele dormindo com um código postal inteiro, mas ela invocou comigo, e eu nem ao menos beijei o cara na bochecha." "Nunca fazem", foi a resposta amável de Katie. "Eu não entendo." Roxy deslizou - uma quantidade do tamanho de um continente- de creamcheese em seu pão. "Por que alguém se importa com quem a pessoa se relacionou no passado e se apega a isso? Sexo consensual ou qualquer que seja entre duas pessoas não é chocante. Eu não ando por aí pensando que o Reece nunca esteve com ninguém além de mim, e ele sabe que eu estive com outros caras antes. E sei muito bem que Avery e Teresa não acham que seus caras não estiveram com qualquer outra pessoa. Toda essa mentalidade é estúpida. " "Sim, é mesmo," eu murmurei, olhando para o meu prato com uma velha queimação em meu estômago. O que as pessoas pensavam de mim,
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especialmente estranhos que não tinham absolutamente nenhum impacto sobre a minha vida, não me incomodava na maioria das vezes. Mas eu realmente gostava do Cam e do Jase, então isso significava que gostava das suas namoradas por extensão, e... sim, eu queria ser apreciada por elas, também. Eu não quero que elas pensem que eu estava à espreita em algum lugar, prestes a atacar seus namorados. Na verdade, porém, houve momentos em que as opiniões de estranhos, como da Nikki Glenn, me afetava. Momentos em que palavras sussurradas e olhares agressivos tinham cortado mais profundo do que deveriam - momentos em que palavras como "vagabunda" e "prostituta" foram carregadas com veneno suficiente para me derrubar. Eu nunca vou realmente entender isso, percebi enquanto estava sentada ali, olhando para os pedacinhos descartados de vermelho e verde das pimentas, por que os hábitos sexuais dos outros incomodam as pessoasespecialmente outras mulheres. De todas as pessoas, você acha que as mulheres seriam mais tolerantes com as escolhas das outras, mas, infelizmente, muitas não são. Em uma série de maneiras elas podem ser piores do que os rapazes. Eu não fico sentada julgando quem acredita em casamento e amor à primeira vista. Eu não poderia me importar menos se alguém tem dois parceiros ou cinquenta. Então, por que eles têm que se importar comigo? "Você sabe o que? Foda-se elas", respondeu Katie, agarrando o waffle que era tão grande quanto seu prato. "Esse é o meu lema. Porque aqui está o negócio. Elas odeiam você, porque você tinha sexo consensual com alguns caras que não estavam sequer envolvidos com qualquer pessoa, enquanto elas adoravam e lambiam o chão sujo que eles pisavam, porque eles escorregavam e caíam em suas vaginas, por fazerem a mesma coisa? Isso é o que nós gostamos de chamar dois pesos e duas medidas, e no negócio gosto de chamar também "Cuide da sua vida." Não importa quantas vezes explicar para esse tipo de gente, eles não vão entender. Nunca. Cara, isso é problema deles. Não é teu." "É verdade," Roxy disse, balançando a cabeça.
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"As mulheres são seus piores inimigos, sabe?", Continuou Katie. "As esposas e namoradas o tempo todo vêm para o clube, chateadas comigo, porque o seu marido ou namorado foram lá por sua própria vontade. Como se só porque eu tiro minha roupa, eu quero ficar com seus maridos burros e patetas." Ela revirou os olhos azuis tão alto, que me preocupei se eles não ficariam presos. "E se eu ficar e me divertir com caras disponíveis me faz uma puta, eu não tenho nenhum problema em tatuar isso no meu dedo do meio." De repente, sem qualquer uma das razões que poderia apontar, a parte de trás dos meus olhos começaram a queimar, e penso que caí um pouco apaixonada por Roxy e Katie naquele momento. Estas eram as minhas pessoas. O olhar de Roxy saltou de Katie para mim, e seu sorriso se tornou suave e travesso. "Falando de caras que são jogadores, eu tenho que perguntar sobre o Nick." Uma pressão estranha apertou meu peito enquanto pegava o último pedaço da minha omelete. Nick. Oh, Nicky. Eu estava fazendo o meu melhor para não pensar nele e suas palavras de despedida. Que você e eu sejamos do jeito que somos. Que diabos isso queria dizer e por que era uma vergonha? E por que ele tem que ser tão malditamente quente e realmente um merda, quando se tratava do sexo oposto? Ugh. Duplos e triplos ugh. "Sim", disse Katie. "Agora vamos para as coisas boas." Ela virou na minha direção. "Então, você e Nick transaram. Parabéns para isso. Imagino que era um caralho duro, bom e decente." Os ovos e os pedacinhos de pimentas que tinha comido quase ficaram presos em minha garganta. Engoli rapidamente e, em seguida, puxei o ar. "O quê?"
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Acabada com a comida, Roxy me prendeu com um olhar nada surpreso que teria feito a minha mãe orgulhosa. "Nós sabemos que você ficou com ele." "Ele te contou sobre isso?", deixei escapar. Roxy sorriu. "Não, mas você acabou de confirmar o que já sabíamos." Meus olhos se estreitaram. Droga. "Se ele não fez, então como é que você sabe?" "Por causa do que ele disse quando viu você na sexta à noite no bar", explicou Katie. "Ele não esperava que você voltasse. Portanto, significava que vocês tinham transado. Esse é o seu M.O." "Vocês sabem sobre sua... vocês sabem, sua regra? " Eu comecei a mexer com o jogo americano de palha, dobrando-o como um acordeão. Embora eu tivesse perdoado, sinceramente, a raiva ainda ardia. "Será que todos sabiam disso além de mim?" "Bem, todo mundo sabe o que ele faz." As sobrancelhas de Roxy se estreitaram enquanto me estudava. "Ele não estabeleceu regras básicas ou algo assim antes de vocês ficarem juntos?" Esta era uma conversa tão estranha, quando pensava sobre isso. "Não realmente. Pelo menos não de uma maneira que eu entendi o que ele estava dizendo. Tendo uma regra em que uma menina não pode voltar para o bar depois de dormir com ele, é a coisa mais estúpida que já ouvi falar." "Você ficaria surpresa com quantas piriguetes ele transou e que estavam totalmente bem com isso" Roxy respondeu secamente, e depois se inclinou para frente, colocando os cotovelos sobre a mesa. "Mas enquanto elas estão bem com isso, tudo bem, mas cara, quando você disse a ele para ir se foder, ele estava enlouquecido pra caralho. Não me interpretem mal. Eu considero Nick meu amigo, e nos damos bem porque nós somos apenas amigos, mas eu gostaria de ter gravado isto." Estou feliz que ela não fez.
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"Estou tão decepcionada que eu perdi." Katie suspirou profundamente. "Mas você deu-lhe o inferno. Ele precisava disso. Inferno, a maioria das pessoas precisa de um chacoalhão de vez em quando." "Oh cara, e quando ele pulou por cima do balcão para impedi-la de sair?" Roxy abanou o rosto com a mão. "Eu preciso pedir ao Reece para fazer isso pelo menos uma vez por semana para mim." Tossi uma risada. "Sim, isso foi muito impressionante." "E eu também perdi isso." Katie fez beicinho. "Que merda" Roxy sorriu. "Então, você vai dar-nos os detalhes?" "Aparentemente, todos vocês já sabem de tudo." Arrumei o meu jogo americano de palha e, em seguida, comecei a dobrá-lo novamente. "Não há muitos detalhes a dizer." "Há sempre detalhes", corrigiu Katie. "Mas eu não tenho que perguntar se ele é bom ou não, porque um olhar para ele me diz que ele é bom no que faz." Um rubor manchou as bochechas de Roxy. "E isso não é o tipo de detalhe que estamos pedindo. Eu sei que ele foi vê-la depois que ele saiu do Mona`s sexta à noite. Seu carro estava no estacionamento do condomínio ". Então, ele também dirige um carro. Eu balancei minha cabeça. "Ele parou na noite de sexta, mas não fizemos nada. Ele realmente veio para pedir desculpas para mim." As sobrancelhas de Roxy subiram em sua testa enquanto ela trocava um olhar com Katie. "Ele fez o quê?" Eu olhei para a garota deslumbrada ao meu lado. "Ele veio me pedir desculpas pela forma como ele agiu." Fiz uma pausa. "Obviamente, isso deve ser chocante devido ao seu comportamento".
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"Chocante realmente nem mesmo o descreve." Roxy piscou algumas vezes. "Ele tentou alguma coisa depois de se desculpar?" "Não, nada", eu respondi, deixando a toalha desenrolar em minha mão. "Whoa," Katie murmurou. Eu não tinha certeza se o whoa era uma coisa boa ou ruim. "Ele parecia realmente apologético, para ser honesta. Nós conversamos um pouco e depois ele saiu, mas ele disse algo sobre querer me ver de volta no bar." "Whoa", repetiu Roxy. "Isso tudo é realmente surpreendente?" Sentei-me para trás, soltando a toalha em meu prato. Roxy assentiu com a cabeça lentamente. "Sim, para Nick é. Olha, eu não sei como dizer isso muito bem, mas..." "Ele é um idiota?", eu terminei para ela e, quando ela fez uma careta, tive que lutar contra o sorriso. "Confie em mim, eu sei que ele é um idiota. Eu nunca na minha vida tive um cara me tratando assim depois que ficamos juntos. E eu só o perdoei porque, como eu disse, ele parecia genuinamente arrependido. Mas isso não apaga a forma como ele agiu." "Sim, ele é um idiota", disse Roxy. "Mas ele pode ser um cara muito legal. Nick estava lá para mim enquanto lidava com o perseguidor..., mas ele tem problemas de relacionamento", ela terminou. "Eu não acho que ele é um cara mau", eu disse. "Eu só acho que ele não é material para relacionamento". Roxy ficou em silêncio por um momento enquanto alisava a mão sobre seu cabelo, parando quando ela chegou ao topete. "Eu honestamente acho que sou sua única amiga. Ele mal fala com Calla. É meio que estranho. Como se ela não existe para ele."
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Ok, isso era estranho. Pensei em como ele acreditava que já havia conhecido “a única” mas, tinha sido a pessoa errada. Foi Calla? Eu não sabia o suficiente sobre ela até mesmo para arriscar um palpite sobre essa possibilidade. "Mas isso é apenas como ele é." A testa de Roxy estava vincada, enquanto ela continuava. "E nós não somos ainda tão próximos. Ele não é o cara mais falador. Às vezes, ele passa por períodos em que ele é, mas na maior parte, ele é tranquilo, mais como um observador." Pensando sobre isso, ele não tinha sido um falador a primeira noite, quando ficamos juntos. Então, novamente, tínhamos outras coisas em nossas mentes. "Ele estava muito falante sexta-feira à noite". "Isso é muito revelador." A testa de Roxy suavizou. "Quando você voltou para o bar na sexta à noite, eu apenas sabia que algo ia acontecer entre vocês." "Claro que você sabia, porque eu falei isso para ele na primeira noite que Steph entrou no bar." Virei-me para Katie. "Você fez?" "Lembre-se. Eu sou do tipo psíquico." Ela bateu seu dedo em sua cabeça. "Eu liguei para ele." "Ela fez", confirmou Roxy, sorrindo alegremente, enquanto eu tinha certeza de que Que Porra é Essa estava estampado em meu rosto. "Katie disse ao Nick que alguém estava chegando ao bar, e que ele ficaria caidinho e encerraria os seus dias de jogador. Adivinha?" "O quê?" Eu disse ironicamente. "Você
caminhou
direto
naquela
noite."
Ela
bateu
palmas
animadamente. "E aqui estamos nós." Por um momento, tudo que podia fazer era olhar, e então eu ri. Alguns dos comentários estranhos que Roxy e Katie tinham feito quando eu as
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conheci, agora fez sentido. "Eu não vejo por que isso é um negócio tão grande. Nick é um jogador que normalmente não pede desculpas ou age decentemente com as garotas que dorme. Sabendo isso, não o faz mais atraente no meu livro. E mesmo você disse que ele era um idiota." "Bem, não merda, mas o fato de que ele está agindo diferente com você meio que é alguma coisa," rebateu Roxy, e então ela apertou os olhos. "A menos que você não queira que isso seja alguma coisa." "Ela não faz", respondeu Katie, e meu olhar voltou-se para ela bruscamente. "Ela vai quebrar o coração dele." Olhei para ela, absolutamente pasma. "Eu não vou quebrar o coração de ninguém." "Oh, você vai. Você não quer, mas vai acontecer." Ela estava olhando sério, e uma tristeza penetrou em suas feições quando encontrou meu olhar. "Sim, é o que vai acontecer." Balançando a cabeça, virei-me para Roxy. Ela estava olhando para Katie com este olhar perplexo em seu rosto. Eu joguei as minhas mãos. "Por que estamos mesmo tendo essa conversa? Só porque aceitei suas desculpas e ele parece querer que sejamos amigos, não significa que qualquer um de nós está entretendo a ideia de ir lá novamente". "As pessoas podem mudar", disse Roxy. Eu atirei-lhe um olhar suave. "Por favor, não me venha com ‘ele é a pessoa certa’ no final". Ela fez uma careta. "Não. Eu estava vindo com 'quando querem' no fim das contas." "Oh." Dei um breve sorriso. "Isso parece mais certo, mas ainda assim, não importa. Talvez Nick e eu seremos amigos, em algum momento, mas isso é tudo. Eu não acho que nossos caminhos vão cruzar muito fora visitá-lo. "
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"Eu nĂŁo sei nada sobre isso", disse Katie, e quando ela olhou para mim, a tristeza injustificada e estranha permanecia em seu rosto bonito. "Eu nĂŁo acho que vocĂŞ vai ter uma escolha quando se tratar dele."
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Capítulo Oito O primeiro dia de outubro bateu na cidade como um amor fraternal, ventos tempestuosos e tempestades que me fez repensar a decisão de avançar mais ao norte em vez do sul. Enquanto trabalhava na minha mesa, esperava que não tivesse que sair novamente. As calças finas de linho e blusa, mesmo com a minha jaqueta e cachecol e luvas, nada faziam para amenizar o frio. Havia uma boa chance de que eu realmente estava ficando doente. Eu mordi o interior da minha bochecha enquanto achatava minha mão sobre minha barriga. Meu estômago se agitou como uma máquina de lavar roupa. Tinha sido assim desde que me levantei. Correndo contra o vento tinha sido duro o suficiente, mas acrescentando as náuseas e a fadiga persistente, eu mal cheguei esta manhã. Faltar, quando eu estava empregada há uma semana na academia era inaceitável. O que eu precisava fazer, era ter um almoço leve na Walgreens descendo a rua e estocar alguns medicamentos antiácidos. Me decidi por tentar pensar em não estar doente, e comecei a trabalhar novamente. Mente sobre o corpo e toda essa energia. Meus dedos se acalmaram no teclado quando ouvi o riso agudo de Rick e cerrei os dentes. Quando me concentrei na minha tela, meu celular tocou de onde eu tinha colocado debaixo do monitor. Meu olhar desviou para ele. Era um texto, e havia um número na pequena caixa acima da mensagem que eu não reconhecia. Hey! Isso era tudo o que dizia o texto. Franzindo a testa, esperei alguns segundos, e quando não houve outra mensagem, peguei meu telefone, e cliquei no texto, depois fui para a opção da foto. Rolei até encontrar uma imagem de uma menina olhando para a câmera com uma expressão de, “Mas
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que Diabos” em seu pequeno rosto. Sorrindo, enviei a foto de volta como minha resposta e, em seguida, coloquei o telefone para baixo. Timing perfeito, também, porque eu ouvi a voz do Sr. Bowser, quer dizer Marcus. Ele insistiu para chamá-lo de Marcus. Esticando-me, olhei por cima do meu cubículo. Meus olhos se arregalaram. Era Marcus andando com Andrew Lima. O homem que possuía a Lima Academy era menor do que eu, mas mesmo ele tendo os seus cinquenta anos, o corpo sob a camisa e calças de nylon, era de vinte anos. Ele estava sorrindo para algo que Marcus disse, seus dentes de um branco brilhante contra a pele que me fez lembrar de argila ensolarada. O homem era definitivamente bonito, mesmo com as duas orelhas de couve-flor e da fina cicatriz que corria através de um nariz que obviamente tinha sido quebrado uma vez ou uma dúzia. Era uma loucura- o homem mais velho, provavelmente, sabia exatamente onde dar um golpe que imobilizaria uma pessoa ou pior, em menos de um segundo. Meu coração disparou e o ácido no meu estômago começou a borbulhar. Eu estava nervosa para atender meu chefe pela primeira vez. Andrew e Marcus também não estavam sozinhos. Ao lado de Andrew Lima estava o primeiro e único Brock "a Besta" Mitchell. Eu sabia disso porque é o que dizia sua camisa. Além disso, o cara era construído. Não tão excessivamente como Rick, mas aqueles ombros poderiam derrubar portas. Ele vestia um boné de beisebol azul escuro, torcido para trás, mas de resto, estava vestindo o mesmo que Andrew Lima. Seu olhar estava baixo enquanto caminhava, com uma toalha branca atada em seu pulso direito. Presumi que deveria estar se preparando para o treino. Brock olhou para algo que Andrew disse e seus lábios se espalharam em um sorriso largo. Seus olhos castanhos escuros eram uma profunda
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sombra,
quente,
e
sua
característica
intensa,
quase
perfeitamente
assimétrico. Uau. Eu tinha visto fotos de Brock, mas elas não tinham feito justiça a ele. Eu totalmente entendo porque Katie disse que ela teria uma pista de pouso apenas para ele. O cara era lindo, quase demasiadamente, para estar colocando esse rosto na frente de socos e pontapés. Meu telefone tocou novamente, mas antes que eu pudesse olhar para baixo, Marcus estava na minha mesa. Nossos olhos se encontraram, e fixei um sorriso no meu rosto enquanto me levantava, ignorando a onda de náuseas no meu estômago. O grupo parou e a pele em torno dos olhos de Marcus plissaram, quando ele gesticulou em minha direção. "Ah, Andrew, você ainda não teve a oportunidade de conhecer a minha nova assistente. Esta é a Stephanie. " Marcus inclinou seu corpo em direção a eles. "E este é Brock," ele me disse. "Ele acabou de voltar com Andrew". Não vomite sobre o patrão. Não vomite sobre o patrão. Eu estendi minha mão, e apertei a mão do Sr. Lima, foi firme e breve. "Prazer em conhecê-lo." Não vomite no cara quente de artes marciais. Não vomite no cara quente de artes marciais. Ofereci-lhe a minha mão também. "É bom conhecer você também." Reconhecimento queimaram nos olhos castanhos de Brock quando ele apertou minha mão com a sua. "Você é a famosa Steph." Eu congelei, sem ter ideia do que ele estava falando. Enquanto meu grande olhar girava para Marcus, eu podia sentir a bile subindo a parte de trás da minha garganta. Marcus arqueou uma sobrancelha. Andrew riu quando ele se inclinou contra a parede do meu cubículo. "Famosa? Esta é uma história que eu tenho de ouvir. "
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"Ouvi dizer que Stephanie deu uma pequena lição em Nick na semana passada no Mona," Brock explicou, e havia uma boa chance de que meus olhos estavam indo estalar fora da minha cabeça. "Trouxe-o abaixo com um ou dois golpes na frente de todos." Oh meu Deus. "Todo mundo tem falado sobre isso", Brock continuou, para meu grande e crescente horror. "Jax me deu uma descrição golpe a golpe no telefone a outra noite. Desejava que ele tivesse filmado ". Assim como a Katie. Andrew me olhou impressionado. "Eu só posso imaginar o que Nick fez para merecer isso." Será que seria muito estranho se eu mergulhasse para debaixo da minha mesa e me escondesse? "O que o Nick tem feito ultimamente?" Andrew olhou para Brock, que estava sorrindo como um louco. "Ele não tem vindo ao ginásio. Sinto falta de tê-lo como meu sparring10." Nick treinava com Andrew Lima? Oh wow. Isso explicava o porquê ele estava em forma daquele jeito. "Você sente falta de chutar a bunda dele," Brock respondeu, rindo quando ele começou a golpear sua mão esquerda. "Não sei não." Aqueles cílios escuros levantaram e olhos castanhos me perfuraram. "Tenho a sensação de que vamos ver mais o Nick por aqui ". Oh meu Deus. Tudo o que eu podia fazer era sorrir fracamente. Meu estômago tinha finalmente se acalmado, mas agora me sentia doente por um motivo 10
Sparring: é o parceiro de treino que é contratado durante o exercício, não como adversário para simular uma luta, mas como meio pelo qual a sua técnica será aperfeiçoada. É apenas como uma função e não como um oponente.
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diferente. Nunca imaginei que alguma coisa a ver com o Nick, de alguma forma, viria aparecer enquanto eu trabalhava. Sem pensar, a afirmação estranha de Katie surgiu em meus pensamentos. Que eu não ia ter uma escolha quando se tratava de cruzar nossos caminhos. Será que Katie era realmente uma stripper psíquica? Não. Eu me dei um tapa mental bem dado e foquei nos homens em minha frente. Olhei para Marcus e balancei a cabeça. "Eu sou uma espécie de... personalidade combativa. Às vezes. " Andrew riu de novo. "Você vai descobrir que a maioria das pessoas por aqui têm a mesma personalidade." Os olhos de Marcus brilharam na luz brilhante. "Você terminou o relatório que solicitei? " "Sim." Eu apertei minhas mãos juntas. "Está em sua mesa." "Perfeito", respondeu Marcus. "De onde você é, Stephanie?" Andrew educadamente perguntou enquanto levantava sua mão, alisando-a sobre seu cabelo de corte curto. Luz refletiu um anel de casamento. "Local ou fora do estado?" "Fora do Estado", eu respondi. "Eu sou de West Virginia." Fazendo uma pausa, esperei para algum comentário desagradável e inevitável ou o espanto nos olhos. Quando isso não aconteceu, adicionei pontos legal para todos os caras. "Sou graduada pela Universidade de Shepherd ". "Sério?" O interesse suscitado nos olhos do dono, e um músculo piscaram ao longo do queixo de Brock, enquanto ele agarrava a toalha em sua mão. "Minha filha está saindo na primavera para ir pra Shepherd ", Andrew disse. "Claro, eu gostaria que ela ficasse mais perto de casa, mas você não pode mantê-los em casa com você para sempre, não é? "
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"Você pode tentar", Brock murmurou baixinho. Olhei para ele. "Não, senhor." Havia tantas faculdades e universidades perto de Filadélfia, mas entendi a necessidade de se estabelecer por você mesmo. " Shepherd é uma escola muito boa em uma grande comunidade. Ela vai ser feliz lá." "Eu acho que sim." O homem mais velho sorriu. "Eu na verdade, já vasculhei pela cidade e seus arredores. Não tem instalações de treinamento por lá, não o tipo que oferecemos, com vasta experiência e ampla variedade ". Oh querido. "Minha filha está... inconsciente da minha pesquisa, mas há várias Propriedades que atendem as nossas necessidades. "A inteligência brilhava nos olhos do homem. "O que você acha da Lima Academy criar um espaço por lá? " "Eu acho que é definitivamente um mercado para isso," respondi honestamente. As lutas de UFC eram um grande negócio enquanto eu estava na faculdade. Podia imaginar toneladas de caras que conhecia, se inscrevendo para as aulas e obtendo seus traseiros chutados. "E você está certo. Você não vai ter um monte de concorrência." Mr. Browser acenou com a cabeça quando Andrew virou para ele e ergueu
as
sobrancelhas
interrogativamente.
"Eu
sei",
ele
respondeu
pacientemente. "Eu já tenho várias reuniões configurado com a Câmara de Comércio local. Devemos ouvir algo antes do final do ano." Andrew estava prestes a falar, mas sua atenção foi roubada pela entrada do escritório. As linhas do rosto do homem se suavizaram. "Falando do diabo ", disse ele. Eu segui seu olhar e vi uma jovem entrando. O cabelo marrom brilhante parecia que estava caminhado através de um túnel de vento, o que gostei muito, e se o meu cabelo não tivesse puxado para trás, teria a mesma aparência.
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Um cachecol cor de malva estava envolvido em torno de sua garganta, enredando-se pelos longos cabelos. Seu suéter pesado era volumoso e seus jeans escuro soltos, lhe davam aparência de ter nenhuma forma. Conforme ela se aproximava, pude ver que seus traços eram delicados, mas a franja pesada ofuscava seu rosto. Seu olhar nervoso disparara sobre nós, batendo em Brock e, em seguida, se hospedaram lá quando ela correu para onde estávamos, os dedos remexendo com as bordas de suas mangas. Seu rosto se avermelhando quanto mais perto chegava de nós. "Oi, pai." Ela deu um pequeno aceno estranha e parou ao lado de Brock. Andrew se inclinou para ela, soltando um beijo no alto da cabeça, e lá estava eu ignorando a explosão de inveja que explodiu dentro de mim. "Ei, bebê, você veio aqui para me ver? ", ele perguntou enquanto recuava. Meu pai, sempre me cumprimentava assim, sempre tão feliz, sempre tão caloroso. Um nó substituiu a sensação de agitação, e eu lutei para não desviar meu olhar. Um sorriso fácil esticou os lábios de Brock quando ele deixou cair um braço sobre os ombros da menina. Ele elevava-se sobre ela por um bom palmo, mas ele a encaixava ao lado do seu grande corpo, como se tivesse feito isso um milhão de vezes. "Nah, ela veio visitar a mim. Desculpe, meu velho." Andrew riu profundamente, balançando a cabeça enquanto suas bochechas ficaram vermelhas como um morango. Ela ergueu o queixo, e vi nos olhos dela naquele momento. O mundo inteiro tinha que ter visto. Adoração enchia seu olhar, mas isso não era tudo. Amor. A garota olhava para Brock como se ele fosse responsável por colocar as estrelas no céu à noite e era a única razão pela qual o sol se levantava
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todas as manhãs. O calor não deixou suas bochechas, mas só parecia aumentar, e não acho que ela estava ciente de qualquer outra pessoa que não fosse Brock sorrindo para ela. A pontada de inveja ressurgiu. Mamãe costumava olhar para o pai assim a cada maldito tempo que seus olhos se encontravam, e meu pai tinha o mesmo olhar em seus olhos. Brock, no entanto, chegou com o braço que ele tinha em torno de seu ombro e bagunçou seu cabelo, um ato que imaginava que um irmão mais velho chato faria. Ouch. Ele baixou a mão em seu ombro, quase derrubando-a. Eu rapidamente desviei o olhar, e descobri que Marcus estava fazendo a mesma coisa, estudando as unhas bem cuidadas. "Jillian, querida, esta é Stephanie", disse Andrew, chamando minha atenção. A menina não estava mais com seu olhar de adoração em Brock, mas olhando para o pai com um grau de hesitação. "Ela acabou de se formar em Shepherd." Interesse desperto, seus olhos castanhos encontraram os meus brevemente. "Eu estou começando lá na primavera. Na verdade, estou me transferindo para lá. "Seu olhar cintilou de mim ao seu pai, e, em seguida, caiu para meus sapatos. "Na primavera, mas eu já disse que, por isso..." A mão de Brock apertou seu ombro. "Isso é o que o seu pai estava dizendo," eu disse. "Você vai realmente gostar de lá." "Eu acho que sim", respondeu Jillian, mas a falta de emoção me fez duvidar que ela acreditava. Olhei para Brock, mas ele estava olhando para a cabeça inclinada com um franzido na testa. "Se você tem dúvidas sobre o campus ou qualquer outra coisa, vou estar contente de ajudá-la, "eu ofereci.
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Aprovação apareceu nas linhas do rosto de Andrew. "Essa é uma boa ideia, na realidade. Jillian, você pode sair para tomar um café com Stephanie. " Ela assentiu com a cabeça sem olhar para mim e, bem, eu poderia dizer que provavelmente isso não vai acontecer. Um silêncio constrangedor caiu, e foi quebrado por Brock. "Você não tem aula hoje?" Jillian balançou a cabeça. "Não. Eu tinha um exame, e terminei cedo, então estou livre esta tarde. Pensei em dar uma passada por aqui. " "Admita. Você ouviu que eu estava de volta e veio me ver ", brincou ele, e eu mordi meu lábio enquanto o sangue corria de volta para seu rosto. Querido Deus, ele estava tão alheio? Brock colocou-a no que parecia ser uma chave de braço. Sim. Ele estava alheio. "Vamos, Jilly-Feijão, você pode me ajudar a treinar." Jillian olhou para seu pai, e ele concordou. "Vá em frente e cabeça para baixo. Eu estarei lá em breve." "Prazer em conhecê-la, Stephanie." Brock disse, e com o braço ainda em torno do ombro de Jillian, foi em direção às portas. "Eu tenho certeza que vamos nos ver por aí." "Prazer em conhecê-lo, também," eu respondi, dando-lhe um pequeno aceno. Eles estavam no meio do corredor quando Jillian parou e virou do outro lado. "É- foi bom conhecer você." Eu sorri para Jillian, mas seu rosto parecia um tomate prestes a explodir. Pobre menina. "Eu também." Quando estavam às portas, o pai dela suspirou profundamente quando me encarou. "Obrigado por se oferecer para falar com ela. Eu duvido que ela vá aceitar a oferta. Não é nada pessoal. Ela só não se aproxima muito bem a
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estranhos. Não desde que, bem... há um longo tempo, mas agradeço mesmo assim. " "Não é nenhum problema. Espero que ela decida tomar o café ou o que queira. " E eu quis dizer isso. Andrew acenou com a cabeça novamente, e a conversa terminou entre nós. Quando Marcus e Andrew desapareceram no seu escritório, senteime e estendi a mão para o mouse. Quando meus dedos o tocaram, eu me lembrei do texto estranho. Toquei no telefone, e vi outra mensagem a partir do número desconhecido. Que diabos? Ha. Bem, isso não era a resposta que pensei que conseguiria. Pelo menos quem estava digitando o texto tinha entendido a foto, graças a Deus. Eu debati enviar outra imagem. Eu tinha todo um arsenal delas, mas percebi que não havia nenhum ponto em arrastar isso. Eu mandei uma mensagem de volta... quem é?... E deixei cair meu telefone no meu colo. Poucos minutos depois, ele vibrou. Um olhar para baixo e meus lábios se separaram em surpresa. A resposta não fazia sentido. Eu não podia acreditar, não conseguia nem imaginar como era possível, mas eu sabia só por ler, e contanto que minha cabeça estivesse funcionando corretamente, eu sabia quem estava me enviando os textos. Era o Nick.
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Capítulo Nove É o Nick. Quando eu não respondi, porque eu estava ocupada demais encarando meu celular embasbacada, ele vibrou de novo. Eu obriguei Roxy a me dar seu número. Meus olhos arregalaram. Outra mensagem veio quase imediatamente. Mais pq eu imaginei que uma hora você pediria o meu. Então te poupei o trabalho Oh meu santo, a arrogância não conhecia limites. Eu não tinha planejado pedir seu número. Okay, essa ideia pode ter passado pela minha mente, mas eu tinha decidido que era melhor deixar isso pra lá. Sim, eu estava obviamente atraída por Nick, assim como ele por mim, mas eu não tinha certeza que poderíamos ser apenas amigos enquanto o desejasse, e eu não tinha certeza se poderia confiar que ele não teria a mesma reação, como da última vez que ficamos juntos. Uma quarta mensagem apareceu. Por favor não fique brava com a Roxy. Ela gosta de você. Mas ela também gosta de mim. Minhas sobrancelhas levantaram. Irritação surgiu, mas era mínima. Eu tinha me encontrado de novo com Roxy e Katie no último domingo para tomar café da manhã. Nós nem falamos sobre Nick dessa vez, mas parte de mim não estava surpresa que ela tinha dado a ele meu número. Eu espero que você não esteja brava. Saindo do estupor, eu peguei meu celular e respondi. Não estou. E essa era a verdade. Não era como se eu fosse brigar com Roxy por ela ter dado a ele meu número. Apesar de que ela possivelmente poderia ter me perguntado antes, mas isso já eram aguas passadas.
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Bom, ele me respondeu. Um momento se passou e outra mensagem chegou. Você salvou meu número? O canto dos meus lábios se curvou para cima. Eu respondi: Não. Isso me rendeu uma carinha chateada seguida por: Você quebrou meu coração, Stephanie. Eu salvei seu número. Duvido, foi minha resposta. Mas eu rapidamente salvei seu número enquanto eu olhava para cima, ouvindo alguém rir a uns cubículos de distância. Uns minutos se passaram e Nick respondeu. Sei que você já salvou meu número, não? Eu segurei uma risada e balancei a cabeça. Yeah, eu salvei. Sabia. Os três pontinhos apareceram abaixo do balão de mensagem e eu esperei. Então, eu estou te mandando mensagem com um propósito. Pressionando meus lábios juntos, eu mandei uma resposta rápida. Está? Há. Houve uma pausa e, então, Reece vai fazer uma reunião em seu apartamento hoje à noite. Uma pequena. Roxy vai trabalhar, mas eu achei que você gostaria de ir? Meu estomago revirou em vez de ficar agitado e eu não tinha certeza se gostei da sensação ou não. Fui preenchida por hesitação, algo que eu não estava acostumada. Eu normalmente sabia o que queria fazer, mas pela primeira vez em um bom tempo eu estava com dúvidas. Mordendo meu lábio inferior, eu olhei para cima e em volta do escritório. Não era como se a resposta para o que eu devesse fazer estivesse esperando por mim nas lâmpadas. Eu voltei a olhar para eu celular e comecei a responder.
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Eu não venho me sentindo bem. Essa era a verdade. Mas se estiver melhor hoje à noite..., mas que porra eu estava fazendo? Eu não sabia, mas eu estava seguindo em frente, indo bem rápido... eu posso dar uma passada. Que horas começa? Os três pontos apareceram. Por volta das 20hrs. Você está bem? Yeah, apenas meu estômago que está meio zoado. Provavelmente algo que ele não precisava saber. Eu te mando mensagem mais tarde para avisar. OK. Espero que melhore. Obrigada. E não houve mais mensagem depois dessa e, enquanto os segundos viravam minutos, e minutos em horas, eu ainda não tinha ideia do que ia fazer. E eu não tinha certeza se odiava essa sensação. Ou se eu meio que gostava disso.
Fui para casa um pouco depois das seis e meia e me troquei, colocando jeans e um suéter folgado feito de um tecido de chenille macio. Eu amava tanto esse suéter que eu queria me enrolar nele, apesar de ser algo estranho. Descalça, eu fui para a cozinha e abri a porta do armário da dispensa. Eu fiquei ali de pé por uns bons minutos, indo do pacote de atum para as caixas de arroz. Nenhum deles me chamou atenção então fui xeretar a geladeira. Bacon para ser feito no micro-ondas era algo interessante, mas o presunto fatiado e o queijo suíço eram mais satisfatórios. Eu não queria eles também, fechando a porta, eu abri o congelador. Havia um pacote de hambúrguer e um bife, ambos ainda congelados, e eu odiava descongelar carne no micro-ondas, então isso não servia em nada. Suspirando, fechei essa
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porta também. Eu estava com fome, mas não estava. Meu estomago parecia estar melhor, mas meu apetite estava, definitivamente, estranho. Abrindo a gaveta perto do forno, eu encarei a pilha de menus delivery que eu já tinha começado a acumular desde que havia me mudado. Comida chinesa. Pizza. Italiana. Subway. Todos pareciam bons, mas nada piscou para mim como deveria. Eu olhei para o relógio enquanto segurava o menu de comida chinesa e senti meu estomago apertar numa mistura de ansiedade e confusão, o que era uma combinação estranha. Quem quer que fosse ao Reece hoje à noite iria estar chegando em uma hora mais ou menos. Nick estaria vindo. Nick. Merda. Eu ainda não tinha ideia se iria ao Reece ou como eu me sentia sobre Nick tendo meu número, me contatando e, então, me com vidando para a casa do seu amigo. Se ele estava procurando por algo casual entre nós, o convite não era estranho. Isso era, na verdade, bastante comum, mas eu tinha dificuldade em acreditar que algo assim fosse acontecer entre nós logo depois do ocorrido no bar. Voltando a olhar o menu, eu exalei e coloquei ele de volta no balcão. Havia um pacote de Aboboras de Halloween de Reese’s. Será que isso contava como jantar se eu comesse os nove? Isso soava legitimo para mim. Pegando um grande grampo, eu torci meu cabelo em um coque e o prendi. Eu estava prestes a pegar os menus de novo quando houve uma batida na porta. Meu coração se revirou enquanto eu fechava a gaveta. Com meu pulso acelerado, eu andei até a porta e olhei pelo olho magico, mesmo que tivesse uma pequena ideia de quem pudesse ser.
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Eu estava certa. Nick estava no corredor, do lado de fora do meu apartamento. Curiosa, eu destravei a porta e a abri. Ele se virou para mim e houve essa pequena pressão em meu peito. Não algo ruim, mas..., mas totalmente desconhecido para mim. Seu cabelo estava molhado, as mechas escuras enrolando em sua testa. Gotas de chuva marcavam seus ombros. Quando tinha começado a chover. Deus, eu realmente tinha me focado nos menus, mesmo que nada tivesse chamado atenção. “Oi,” eu disse, meu olhar caindo para a sacola que ele estava segurando. “Hey,” ele respondeu, e eu olhar voltou para cima. Ele parecia bem, mas eu imaginei que ele sempre parecia assim, desde o momento em que acordava até quando descansasse sua cabeça sobre um travesseiro. “Eu trouxe algo para você.” Piscando, eu dei um passo para trás. “Trouxe?” “Yeah. Posso entrar?” Eu concordei e assisti enquanto ele entrava e fechava a porta. Ele levou a sacola até a pequena mesa que eu tinha colocado na área de jantar. Eu estava sem palavras quando ele começou a falar. “Quando eu era mais novo e não estava me sentindo bem, minha mãe fazia para mim canja de galinha.” Nick puxou um container de plástico e me olhou. “É bem melhor que a enlatada. Ela costumava colocar algumas ervas que eram boas para o estômago e isso dava um gosto bom a sopa, para que ela não ficasse sem graça.” Ele foi para a cozinha. “Onde ficam os recipientes?” “Sobre o balcão à esquerda.” Eu estava congelada.
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Ele pegou uma tigela de cerâmica, colocou sobre o balcão e abriu a tampa do container de plástico. Cuidadosamente, ele derramou o conteúdo, macarrão, pedaços de frango e caldo, na tigela. “Ainda está morna, mas precisa ser aquecida um pouco. Posso pôr no micro-ondas?” Meus lábios foram se afastando vagarosamente. Era óbvio que não era sopa enlatada. “Sim, micro-ondas está bom.” Eu me aproximei da cozinha. “Sua... sua mãe fez isso?” “Não.” Nick colocou a tigela no micro-ondas. Pequenos bips ecoaram no silêncio. Ele colocou ambas as mãos no balcão na frente do micro-ondas, suas costas para mim. “Minha mãe faleceu há treze anos.” “Oh.” Eu coloquei minha mão sobre meu peito. “Sinto muito.” Ele concordou, mas a linha de sua coluna estava tensa, seus ombros caídos. Eu abri minha boca porque a perda de um dos pais era algo que eu conseguia entender, mas além do que eu havia dito, eu não consegui encontrar mais palavras. Não era algo que eu costumava falar sobre. O microondas apitou e ele removeu a tigela. O cheiro estava incrível, fazendo meu estomago rugir de felicidade. Encontrando uma colher, ele trouxe a sopa de volta para a mesa. Seus cílios levantaram, seus olhos verde musgo encontrando os meus. Eu inalei profundamente. “Você fez a sopa?” Nick concordou de novo. “Oh. Eu...” eu não conseguia acreditar que ele havia trazido sopa para mim, ainda mais ter tido tempo para fazê-la por si só. Tudo isso era inacreditavelmente doce e extremamente inesperado. Eu não conseguia falar. Eu estava apenas lá, parada, encarando ele como uma idiota. Os furos sobre suas bochechas ficaram rosados. “Não é tão difícil assim.” “Eu não sei como fazer canja de galinha.”
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Um pequeno sorriso apareceu em suas feições. “Talvez um dia eu te ensine.” “Você realmente fez sopa para mim?” Seu sorriso aumentou enquanto ele levantava seu queixo. “Yeah, eu fiz. Você vai se sentar e comer? Eu prometo que vai fazer seu estomago se sentir melhor.” Entorpecida, eu me movi até a mesa. Meu estomago estava se revirando de novo, mas não tinha nada a ver com a náusea que eu tinha sentido mais cedo. Eu me sentei e, honestamente, eu estava emocionada ao ponto onde eu não estava pensando sobre seu comportamento naquele dia no bar. “Obrigada,” eu disse, minha voz estranhamente rouca. “Estou sendo sincera. Obrigada.” “Não é grande coisa.” Ele me entregou uma colher. “Coma.” Meus dedos encostaram nos dele enquanto eu pegava a colher. O calafrio que subiu pelo meu braço foi difícil de ignorar enquanto eu dava uma colherada no caldo com frango. Meu paladar quase teve um orgasmo. “Está delicioso.” Eu olhei para cima, meus olhos arregalados. “Eu consigo sentir o gosto de algo mentolado.” Nick cruzou seus braços. “Você parece surpresa. Eu sou, na verdade, um ótimo cozinheiro.” “Eu não duvido disso mais.” Eu engoli outra colherada cheia, reprimindo um gemido. Seus cílios abaixaram, escudando seus olhos. “Eu achei que poderia trazer isso antes de ir para a casa do Reece. Estou um pouco adiantado, mas ele não vai se importar...”
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“Você não precisa ir,” eu disse, apressada, e senti a ponta das minhas orelhas queimarem. “Quero dizer, se você quiser ficar um pouco aqui, você pode.” Os olhos de Nick encontraram os meus e ele os abaixou enquanto deslizava pela cadeira logo a minha frente. Ele apoiou seus braços na mesa. “Como você está se sentindo?” “Melhor. A náusea amenizou desde essa tarde, mas essa sopa realmente está ajudando.” Eu estava comendo como se não tivesse colocado nada para dentro há dias. “Você não trouxe um pouco para si?” “O que trouxe é seu. Eu comi mais cedo.” Ele se encostou na pequena cadeira, exalando um pouco. “Estou feliz que você está se sentindo melhor.” Eu pausei tempo suficiente para sorri e voltei para terminar a sopa. Me levantando, eu levei a tigela para a pia, a lavei e coloquei na lava louças. Me virando, perdi o fôlego. Nick tinha se levantado e me seguido, se movendo tão quietamente que eu nem tinha o ouvido. Ele estava apenas a um passo de distância e, se eu me movesse um pouco para a direita, estaríamos na mesma posição daquela noite. Meu estomago rugiu em resposta. Eu realmente precisava parar de pensar sobre isso, mas uma vez que tinha começado meu cérebro não podia ser controlado. Meu peito levantou rapidamente. Eu praticamente conseguia sentir suas mãos ao lado do meu corpo, meu quadril... entre suas pernas. Deus tinha ficado quente aqui? Eu puxei a gola do meu suéter. Eu precisava controlar meus hormônios. Isso era ridículo. Mas quando olhei para cima, nossos olhares se encontraram e eu não consegui esquivar. Ele encharcava meus sentidos, minha imaginação fértil flutuava com memorias de como era a sensação dele pressionado contra mim, ele dentro de mim, me esticando.
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Nick inclinou sua cabeça para o lado, seu olhar sombrio enquanto ele mudava seu apoio, afastando suas pernas. “Não me olhe assim,” ele disse sua voz rouca. Eu pisquei. “Eu não estou olhando para você.” Ele fez bico. “Além do fato de você estar exatamente na minha frente, você está me olhando daquele jeito.” Um pouco do calor tinha passado, mas nada que fosse o suficiente para me fazer parar de pensar sobre o que havíamos feito nessa cozinha. “De que jeito estou olhando para você?” “Como alguém que quer repetir aquela noite.” Merda. Ele acertou em cheio. Eu não disse nada enquanto cruzava meus braços sobre meu peito, mas eu enrijeci quando ele deu um passo para frente. Apenas meio passo nos separava. “E você realmente precisa parar,” ele disse de novo, sua voz baixa enquanto ele levantava sua mão, pegando uma mecha do meu cabelo que havia caído e colocando ela atrás da minha orelha. Suas juntas passaram sobre minha bochecha. “Porque eu estou tentando ficar calmo aqui.” Ele abaixou sua mão. “Eu estou tentando algo diferente.” “O que você está tentando?” Eu perguntei. Aqueles cílios incríveis levantaram mais uma vez e seu olhar me perfurou. “Eu estou tentando ser seu amigo.”
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Capítulo Dez O que Nick disse foi quase como ser atingida por um balde de agua fria e enfiada em um freezer. Não era pelo fato dele querer ser meu amigo, e eu estava assumindo o tipo de amigos que não transam, mas isso soou como se ele nunca tivesse tido uma menina como sua amiga antes. E isso não fazia sentido. Havia Roxy e deve ter existido outras meninas que ele era próximo o suficiente para não pegar. Ele tinha de ter. Não tinha? Mas, novamente, Roxy tinha dito algo sobre Nick não ter muitos amigos. E havia toda essa coisa estranha com Calla. “Você não tem amigas?” Eu perguntei, falando baixo. “Não. Não de verdade.” Ele pausou enquanto passava seus dedos pelo seu cabelo. “Com a exceção de Roxy, mas eu não acho que somos realmente amigos.” “Ela te considera um.” Suas sobrancelhas arregalaram, como se ele estivesse surpreso. “Huh.” Eu não conseguia acreditar nisso. “E Calla? Ela trabalha no bar quando vem para cá, certo?” Nick soltou uma risada. “Nós não somos amigos.” Ele disse de um jeito que fez uma ponta de suspeita levantar. “Vocês dois...” “Não. Calla e eu não transamos. Jax iria me jogar de um penhasco se esse fosse o caso. Ele já estava apaixonado por ela antes mesmo dela pisar naquele bar,” ele disse, suspirando. “Nós apenas não somos próximos.”
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“Okay.” Encostei-me ao balcão, largando o assunto sobre Calla. Por agora. “Mas você tem vinte e seis anos. Como nesse mundo você viveu tanto tempo sem ter uma amiga? Eu não entendo.” Ele olhou para a sala de estar, um musculo pulsando em seu maxilar. “Eu tinha no colegial e tal. Eu não sei.” Ele levantou um ombro. “Eu só não faço isso há anos.” A conversa que tivemos antes, onde ele indicou que ele tinha se envolvido seriamente com alguém e que isso tinha terminado mal ressurgiu. Eu não precisava ser uma psiquiatra para imaginar o quanto esse relacionamento desastroso havia afetado todos seus relacionamentos com as mulheres. Nick tinha o tipo de bagagem que as companhias aéreas cobravam extra. O que era outro motivo para controlar minha libido quando estivesse com ele. “Você está a fim de ir visitar Reece?” ele perguntou, mudando de assunto. Sabendo o que sabia, eu deveria ter dito não, mas ele me fez canja de galinha. Como poderia? “Acho que sim.” Um grande sorriso transformou suas feições de bonitas para incríveis. “Ótimo. Você está pronta para subir? Tudo que precisa é de sapatos.” Eu olhei para mim com uma carranca. “Talvez eu devesse me trocar.” “Não precisa.” Ele se virou, pegando o pote plástico e colocando ele na geladeira. “Você está linda como está.” Eu encarei suas costas pelo que pareceram minutos e, então, balancei minha cabeça. Passando por ele, eu fui para meu quarto e peguei um par de sapatilhas. De volta na sala de estar, eu peguei minhas chaves. “Pronta.”
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Nick sorriu enquanto ele passava por mim, abrindo a porta. “Primeiro as damas.” Reece morava alguns andares a cima e, enquanto nos aproximávamos da sua porta, eu conseguia ouvir risadas. Nick bateu e não foi o jovem policial que atendeu, mas uma versão mais velha, mais esculpida de Reece. Cabelo castanho cortado próximo ao seu crânio e uma pesada barba por fazer, seus olhos azuis tão brilhantes quanto o oceano. “Hey, cara.” O cara apertou a mão de Nick enquanto ele dava um passo para o lado e se movia, pegando uma garrafa que ele havia colocado na prateleira. Ele me deu uma olhada de baixo a cima. “E quem é essa?” “Stephanie,” Nick disse, colocando sua mão na parte baixa das minhas costas, me empurrando para dentro. “Ela mora uns andares para baixo. Nova na cidade. Esse é Colton por sinal, irmão mais velho de Reece.” Ah, isso fazia sentido. “Prazer em conhecê-lo.” Colton sorriu enquanto ele olhava cinicamente para Nick. “Bom te conhecer. Entre. Eles estão prestes a começar.” Eu segui Colton para dentro do apartamento que era maior que o meu. Grande e arrumado, Reece tinha uma boa casa. Várias pessoas estavam na sala de estar. Eu reconheci Reece de cara. Ele estava parado perto da janela, uma cerveja em sua mão, mas não o cara que estava no sofá. Baseado em seu corte de cabelo, eu poderia chutar que ele era um policial. Havia uma mulher sentada no braço do sofá do outro lado. Seu cabelo escuro estava na altura de seus ombros e quando ela olhou para cima, ela sorriu. Reece olhou para nós e rapidamente escondeu sua surpresa com um sorriso. “Hey gente.” Seus olhos brilhavam incrédulos. “Fico feliz que conseguiram vir.” Sorri, dando um pequeno aceno ao grupo. “Oi.”
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Colton passou por nós, se sentando no sofá ao lado da mulher. “Eu acho que eu vou fazer as apresentações já que Reece é um idiota. Essa é minha namorada, Abby, ” Ele disse nos apresentando. “E esse outro cara aqui é o Brad.” Seu irmão bufou. “Yeah, eu sou péssimo nessas coisas.” Brad olhou para cima e acenou levemente e o rosto de Abby se encheu de curiosidade. “Sou Steph,” eu disse. “Prazer em conhecê-los.” Reece olhou para Nick, levantando sua sobrancelha enquanto Brad se inclinava para frente, pegando algo pequeno e preto da mesa de centro. A TV ligou, revelando que eles estavam jogando. “Noite de jogos,” Brad explicou, balançando o controle. “É uma épica morte súbita de Mario Kart. Estamos jogando em rounds – em duplas. Eu estou preso a aquele perdedor.” Ele apontou para Reece. Reece levantou seu dedo do meio. “Você joga?” Nick perguntou, se virando. Eu concordei. “Faz um tempo. Eu meio que sou uma merda.” “Tudo bem.” Ele pegou duas cadeiras da cozinha e trouxe elas para a sala, colocando próximas ao sofá. “Eu sou o melhor jogador de Mario Kart do mundo.” “Você acha que ele está exagerando?” Colton rio, balançando sua cabeça. “Ele não está. É como se ele tivesse nascido para jogar esse jogo.” “Isso é porque eu tenho tempo de sobra em minhas mãos,” Nick respondeu enquanto eu me sentava na cadeira mais próxima a Abby. “Esse é o motivo.” Reece riu em silencio enquanto dava a volta em torno da mesa de centro. “Isso é besteira e você sabe.”
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Minhas pequenas orelhas pegaram o comentário, mas Nick não respondeu enquanto se sentava ao meu lado. Então, como Nick disse que tinha muito tempo disponível, mas Reece disse que isso era besteira, então o que é que Nick fazia que ele não queria comentar sobre? Eu disse a mim mesma que mesmo que estivéssemos nos tornando amigos, isso não era da minha conta, ainda mais agora, mas porra, eu queria saber. “Você quer algo para beber?” Reece ofereceu, indo para a cozinha. “Eu tenho cerveja e refrigerante. E Roxy encheu metade da minha geladeira com chá gelado.” “Estou bem,” eu respondi, colocando minhas mãos estranhamente geladas entre meus joelhos. “Obrigada.” Reece e Brad começaram, jogando contra Colton e Abby. Cada jogador estava correndo um contra o outro e, quando cada um dos membros ganhava, contava pontos pro time. Brad ganhou a primeira e ele era bom marcando pontos. Abby entregou o controle e, claro, eu escolhi a princesa como minha personagem e, claro, eu mal conseguia mantê-la na pista. Eu era uma merda, mas era engraçado e a lateral do meu estomago doía de tanto rir. Depois de algumas rodadas de morte súbita, o jogo foi pausado para que os meninos pudessem pegar mais bebidas. Eu percebi que Nick não estava bebendo e eu imaginei se ele nem bebia tanto assim. Aquela noite no meu apartamento, ele nem mesmo tinha terminado meia garrafa. Eu conversei com Abby, descobrindo rapidamente que ela era um amor e que ela e Colton tinham acabado de começar a namorar. “Você e Nick estão juntos?” ela perguntou, mantendo o tom da sua voz baixo. Os meninos estavam na cozinha, mas não era assim longe. “Não. Somos apenas amigos.” “Oh.” Ela franziu o cenho. “Eu pensei que estavam. Eu não o conheço bem, mas desde que comecei a namorar Colton, eu nunca o vi com alguém.”
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Isso não me surpreendeu. Comecei a responder, mas os meninos voltaram e, Nick colocou um copo d’agua na minha frente, na mesa de centro, próximo a uma tigela de batatinha que Reece tinha deixado. Eu não tinha pedido por isso, mas era uma cortesia e um gesto fofo que Abby percebeu com seus olhos de falcão. Eu fiquei mais tempo do que havia imaginado, continuando ruim em todas as rodadas de Mario Kart, mas eu estava aproveitando o tempo com todos. A única razão de ter saído um pouco depois das dez era por eu trabalhar na manhã seguinte, ao contrário de todos eles, que tinham horários não ortodoxos. Quando me levantei e disse tchau, Nick passou seu controle para Colton e me seguiu até o lado de fora. “Você não precisa ir,” eu disse a ele enquanto fechava a porta da casa de Reece atrás de nós. “Eu sei.” Ele colocou suas mãos no bolso da calça enquanto começamos a andar pelo corredor. “Estou sendo um bom amigo e te acompanhando para casa.” Ri enquanto olhava para cima, para ele. “Eu moro aqui.” “Mas é uma longa caminhada. E fria.” Ele tremeu. “Merda, está frio aqui fora.” Ele não estava mentindo. Um vento gélido cortou o corredor. Meus braços estavam em volta do meu peito enquanto descíamos para o primeiro andar. Paramos na minha porta e eu peguei as chaves do bolso do meu jeans. “Obrigada de novo pela canja de galinha.” Eu me virei para ele, sorrindo. “Me diverti essa noite.” Nick inclinou sua cabeça para o lado. “Assim como eu. Reece costuma fazer isso semana sim semana não. Você é mais que bem-vinda a vir novamente.”
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Reece disse o mesmo enquanto eu saía e eu, definitivamente, gostaria de repetir, especialmente se Roxy estivesse junto. Eu imaginava que jogar Mario Kart com ela seria como jogar contra mim mesma. “Você vai voltar lá pra cima?” “Yeah. Apenas mais um pouco. Então vou para casa.” “O quão longe você mora daqui?” Eu perguntei sem ter certeza se já havia perguntado isso. “Não muito longe. Uns quinze minutos. Eu moro no outro lado de Plymouth.” Nick franziu o cenho e abriu sua boca, como se estivesse prestes a falar, mas ele pareceu ter mudado de ideia. “Bem, eu espero que você esteja se sentindo melhor.” “Eu também.” Eu o estudei sobre meus cílios. “Tenha uma boa noite.” O olhar de Nick passou sobre minha cabeça, para a porta, antes de voltar. “Não se torne uma estranha, Stephanie.” “Combinado,” eu sussurrei. Um pequeno sorriso apareceu antes dele se virar. Eu o observei até que ele chegasse à escadaria e desaparecesse. Entrei no meu apartamento, fechei a porta e me aprontei para cama. Ainda estava cedo e, enquanto eu estivesse cansada o suficiente para encerrar a noite, eu fiquei deitada muito tempo na cama, tentando entender Nick. O cara tinha bagagem e uma postura questionável para encontros, mas ele era doce e gentil o suficiente para me fazer canja caseira? Ele ainda me queria e ainda assim estava negando sua atração por mim para sermos amigos? Por quê? Por que, quando ele não tinha feito isso por nenhuma outra menina? Eu não era nada especial. Ele devia ter um motivo. Algo. Entender ele era algo impossível. Nick era como um quebra-cabeça onde as peças mais complicadas tinham sido colocadas juntas por engano e, lá no fundo eu sabia que não
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importava quantas vezes eu embaralhasse elas e recomeçasse essas peças sempre estariam faltando e nunca formariam uma imagem completa.
A náusea veio e foi durante o resto da semana, voltando forte nos momentos mais estranho, às vezes de manhã, outras vezes a tarde e, quinta à noite, logo antes de ir para cama. Sexta, eu peguei meu almoço na rua do trabalho e o cheiro de gordura quase me fez desabar. Meu estomago nunca tinha estado assim tão sensível antes e, normalmente, eu amava o cheiro de coisas gordurosas. Eu não estava mais convencida que era algum tipo de vírus ou coisa do tipo e, quando falei com minha mãe na sexta à noite, eu quase desabei, mas eu não queria preocupa-la. Além do mais, eu tinha marcado uma consulta com um Clínico Geral que tinha aberto um consultório há duas semanas numa clínica perto. Eu não achava que havia nada sério de errado, mas a náusea e a fatiga estavam começando a me assustar. Eu nunca tive nenhum problema de saúde antes e, eu podia contar em uma mão o número de vezes que eu realmente tinha ficado resfriada. Na manhã de domingo eu estava me sentindo bem. Um pouco cansada, mas meu estomago estava soando feliz enquanto eu andava pelo meu apartamento. Precisava levar minha bunda para correr, desde que eu havia perdido alguns dias, mas parecia que ia chover e... e yeah, eu não estava a fim de todo o exercício físico. Em vez disso, eu tomei um longo e demorado banho e quando sai, coloquei um jeans. Prendi meu cabelo para cima em um coque rápido e pulei a maquiagem, com a exceção de um pouco de batom e rímel. Enrolando o cachecol azul claro no meu pescoço, eu saí. Amanhã eu iria correr, tipo, correr um milhão de quilómetros. Eu deixei meu apartamento para encontrar Roxy para o café da manhã. Katie estava fora da cidade nesse final de semana, o que era triste. Ela podia transformar um café da manhã de domingo no IHOP em uma
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aventura. O estacionamento estava lotado, me forçando a parar na parte de trás. Nuvens grossas bloqueavam o sol e o a gélida chuva de outono estava pronta para cair. Antes que eu saísse do meu carro, eu olhei meu celular. Sem ligações ou mensagens perdidas. E eu nem tinha certeza do porque estava conferindo. Definitivamente não era por nenhuma chamada ou mensagem perdida de Nick. Nope. Com certeza não. Eu corri pelo estacionamento, diminuindo para uma caminhada quando cheguei na calçada para não esbarrar em um grupo de senhoras. Adesivos fofos de fantasmas tinham sido aplicados na porta de vidro, me lembrando que eu precisava comprar uma abobora e começar a estocar doces, apensar que eu não sabia se brincavam de ‘Doces ou Travessuras’ no condomínio. Eu esperava que sim. Halloween me deixava tão melosa. Uma vez do lado de dentro, eu passei pela recepcionista e olhei para o restaurante lotado. Minha boca caiu aberta quando vi Roxy em uma mesa em forma de meia lua grande no fundo. “Oh meu Deus,” eu sussurrei. Roxy não estava sozinha, como eu estava esperando. Haviam três meninas com ela – a loira Calla, a sorridente Teresa e a ruiva Avery. Era como um maldito arco-íris ali. Meus pés não conseguiam se mover e ar escapou dos meus pulmões. Elas ainda não tinham me visto. Eu podia me virar e... Teresa olhou para cima e começou a acenar entusiasmada. Todas as meninas olharam.
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Merda. Okay. Eu não era uma menina de fugir quando uma situação de fujaou-lute aparecia. Eu não ia começar a ser agora. Não fiz nada de errado e, se essas meninas tivessem um problema comigo, então... bem, isso seria uma merda. Eu não podia mudar nada. Eu não iria mudar. Inalando profundamente, eu forcei meus pés a se moverem. Roxy se levantou, um sorriso em seu rosto, mas seus olhos estavam suplicantes. “Bom que você conseguiu vir.” Ela gesticulou para eu me sentar ao lado de Teresa. “Todas estavam na cidade e...” “Queríamos te ver,” Teresa interrompeu enquanto me sentava ao seu lado. Seus olhos estavam brilhantes e tão azuis quanto os do seu irmão mais velho – Cam. “Na verdade nós não conseguimos conversar muito da última vez.” “Yeah,” eu estava lutando para saber o que dizer enquanto colocava minha bolsa entre nós. Roxy se sentou de volta e, enquanto eu olhava ao redor, meu olhar encontrou o de Avery. Ela me deu um sorriso. Okay. Então isso era estranho. Eu tinha algo realmente intimo em comum com a menina sentada na minha frente e com a outra que estava ao meu lado. Realmente estranho, realmente o tipo que... Puxando os freios do trem de estupides do meu cérebro, eu me foquei em um cumprimento normal. “É bom ver todas vocês. Quanto tempo vocês vão ficar?” “Temos folga na segunda e terça por causa da pausa de outono,” Calla respondeu e eu estava momentaneamente surpresa pelo fato que eu já tinha me esquecido sobre a pausa de outono. “Então ficarei aqui até terça à noite.” “O que significa que Jax vai estar de bom humor.” Roxy sorriu. As bochechas de Calla ficaram rosas. Foi só aí que percebi a cicatriz em sua bochecha. Quando ela estava em Shepherd, ela usava uma maquiagem
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pesada para cobrir a cicatriz. Mas não parecia que ela estava usando isso hoje. “Eu acho que estamos voltando na terça à noite, também.” Teresa olhou sobre a borda do seu cardápio. “Cam quer ir até New York amanhã.” “Eu nunca estive lá.” Avery pegou seu cardápio. Sentada na minha frente, ela parecia bem menor que eu me lembrava. “Então, eu estou bem animada com isso.” “Eu só estive lá uma vez. Foi divertido,” eu disse, apoiando minhas mãos em meu colo. “Mas foi um pouco impressionante demais.” Teresa se inclinou contra o encosto. “Na primeira vez que estive lá, eu acabei tendo um ataque de ansiedade à noite, quando comecei a pensar sobre todos os prédios.” “Mesmo?” Os olhos de Avery se arregalaram. “Os prédios podem te dar uma sensação de um espaço fechado.” Teresa tremeu. “Especialmente quando você não está acostumado a isso, mas pode ter sido só eu sendo estranha então você vai ficar bem.” “Melhor você ficar bem,” Calla avisou, sorrindo. “Estou surpresa que Cam não te trouxe aqui por si.” As bochechas de Avery coraram, ficando da cor do seu cabelo enquanto a garçonete aparecia, anotando nossos pedidos, a comida junto com as bebidas. “Por que Cam iria te trazer aqui?” A pele entre as sobrancelhas de Roxy estavam enrugadas. “Ele parece o Reece.” Os ombros de Calla ficaram retos e seu rosto cheio de animação. “Você não sabe?” “Oh!” Teresa deu um gritinho, me fazendo dar um pequeno pulo. Ela bateu suas mãos. “Eu amo essa parte.”
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A expressão de Roxy estava confusa e eu estava feliz por não ser a única pessoa que estava boiando. “Não, não sei. Não é sobre o casamento, certo? Todos nós sabemos sobre o casamento.” “Eu sabia que vocês estavam noivos, mas eu não tive chance de te parabenizar por isso,” eu adicionei. “Quando é o grande dia?” Os olhos de Avery brilharam. “Nós iriamos fazer um casamento na primavera, mas estamos postergando ele para o meio do verão. Nós decidimos mudar a data.” “Por que?” Roxy perguntou, seu cenho franzido. Nossas bebidas chegaram e Avery tomou um grande gole de água antes de falar. “Eu... eu meio que estou grávida.” Meus olhos arregalaram. Oh meu Deus, Avery estava – espere. Meio grávida? “Você está grávida?” A voz de Roxy estava um tom mais alto. Teresa deu um risinho enquanto pulava como uma bola de borracha. “E ela não está meio grávida. Ela está com quase quatro meses.” “Parabéns!” Eu sorri, chocada, mas genuinamente feliz por eles. Sempre que Cam e Avery estavam juntos um do outro, era óbvio o quão apaixonados eles estavam. Inferno, mesmo antes de estarem juntos. Eu me lembrava da noite em seu apartamento, na noite do UFC. Ele não conseguia tirar os olhos dela e eu não tinha ficado surpresa quando ele deixou sua própria casa quando ela saiu. “Oh meu Deus! Parabéns!” Os óculos de Roxy deslizaram pelo seu nariz. “Espere. No churrasco na casa de Jax, quando você disse que estava gripada. Você estava grávida!” Avery concordou, seus olhos cheios de felicidade. “Nós não tínhamos certeza. Bem, o teste de farmácia tinha dito que sim, mas eu estava
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esperando as palavras oficiais do médico, porque vai saber? Talvez os testes dessem positivos por engano.” “Como um teste de gravidez pode estar enganado?” Teresa riu, seus olhos brilhando. “Você só tem de fazer xixi no palitinho, certo?” Calla olhou para Avery. “É bem simples.” “É fácil, mas quando você não estava esperando engravidar, você meio que faz centenas de testes, e ainda não acredita nos resultados.” Avery mordeu seu lábio enquanto passava seus dedos pela borda do copo, seu anel de noivado brilhando sob as luzes. “E você ainda meio que não acredita no médico, mas aí é mais difícil mentir. Você fica cansada do nada – vomitando e ficando enjoada com qualquer cheiro que antes não te incomodava – oh, e seus seios...” ela fez uma careta. “Eles doem. Tudo começa a fazer sentindo...” “As tartarugas vão ficar com tanta inveja.” Teresa riu enquanto pressionava suas mãos juntas sobre seu queixo. Eles estavam falando sobre Raphael e Michelangelo, as tartarugas de estimação do Cam e da Avery. Eles eram o único casal que eu conhecia que tinham tartarugas de animais de estimação. “Eles não vão mais ser o bebê de vocês.” Seu sorriso ficou maior. “Talvez eu possa ficar de babá mais vezes.” “Tenho certeza que Ollie vai inventar alguma coisa estranha para que o bebê e as tartarugas possam ficar juntos, mas sem se tocar,” Avery disse, e eu ri porque se alguém poderia inventar algo assim, essa pessoa seria Ollie, o gênio reprimido. Avery continuou, mas minha mente divagou do que ela estava dizendo. Ela e Cam iriam ter um bebê. Wow. Eu não tinha ideia do que ela deveria estar sentindo, por ainda estar na faculdade e tudo mais, mas eu sabia que eles conseguiriam fazer isso funcionar. Passar pelos enjoos matinais e tudo isso enquanto estivesse estudando tinha de...
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Então eu percebi, e isso veio com a força de um caminhão cheio de testes de gravidez. Enquanto eu encarava o rosto cheio de sardas da Avery, meu sorriso ia se desfazendo, centímetro por centímetro. Meu estomago caiu e revirou. Gelo bateu no meu peito. Os rostos das meninas ficaram embaçados. Minha mente deixou a mesa. Teresa franziu o cenho enquanto se inclinava para frente. “Você está bem, Steph?” Meu coração começou a palpitar e o sangue voou para minha cabeça enquanto eu começava a mentalmente me preparar para o flashback das últimas semanas. Se meus cálculos estivessem certos, eu tinha me esquecido de algo muito importante, o tipo que valia uma vida ou uma morte. Oh meu Deus... “Steph.” Calla se inclinou, colocando sua mão sobre a minha. “Você está bem?” Eu pisquei, inalando profundamente enquanto os rostos das meninas voltavam a ter foco. “Yeah. Sim. Estou totalmente bem.” “Tem certeza?” Preocupação encheu os olhos de Roxy. “Você parece meio pálida.” Avery colocou uma mecha do seu cabelo atrás da sua orelha. “Talvez você esteja ficando doente?” Ao seu lado, Teresa concordou. “Tem esse vírus bem ruim circulando por aí. Metade da escola parece ter. Eu espero que não seja isso.” “Provavelmente é só uma gripe,” Roxy se inclinou para trás, parecendo com alguém que queria puxar o colarinho da sua camiseta sobre sua boca e nariz.
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“Eu acho que deve ser,” eu disse, com a voz rouca, mas essas palavras estavam cheias de mentiras, uma realmente grande, porque os cálculos mentais que eu tinha acabado de fazer diziam algo totalmente diferente do que poderia ser. As meninas continuaram conversando, suas vozes animadas enquanto a comida chegava, mas eu não ouvi o que elas estavam dizendo. Enquanto eu olhava para cima, meus olhos encontraram os de Avery e meu estomago se revirou mais uma vez. Eu rapidamente olhei para baixo, para meu prato intocado, cheio de comida, enquanto começava a contar de novo. Eu contei umas quatro vezes e, cada uma delas eu cheguei ao mesmo resultado. Minha menstruação estava duas semanas e meia atrasada.
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Capítulo Onze O resto do café da manhã com as meninas era um borrão. Minha comida estava na sua maioria intocada e eu não conseguia acompanhar a conversa. Roxy me conhecia bem o suficiente para se preocupar. Quando saímos, ela caminhou para o meu carro, perguntando se eu estava bem. Eu mal consegui resmungar uma resposta antes de ir embora. Não podia ser. Tinha que haver outra razão pela qual estava tendo sintomas tão semelhantes a Avery, e o meu período estar atrasado, tinha de ser uma coincidência. Fazia pelo menos seis meses entre a última vez que tive sexo e da noite que passei com Nick. Além disso, ele tinha usado um preservativo. E além do mais, eu estava tomando pílula. Mas... Oh meu Deus ... eu sabia que algumas vezes eu não tinha tomado porque minha cabeça estava em todo o lugar. Desde que não tinha planos para ter sexo - até que eu conheci Nick não tinha sido assim grande coisa esquecer-me deles. Como se pudesse planejar o sexo. Oh, Deus. Meu coração disparou rápido. O que vou- eu cortei esse pensamento fora. Eu não poderia mesmo terminá-lo. A ideia me horrorizou. Não porque não queria ter filhos. Eu queria, você sabe, como daqui a alguns anos, quando estivesse estabelecida em minha carreira e casada. Sim, a parte casada seria bom. Porra. Ter um namorado seria bom. Não foi assim que planejei minha vida. Não que tivesse um plano detalhado, mas figurado após me formar na faculdade, iria gastar um par de anos em meu trabalho atual, me dedicando ao máximo, e ser uma daquelas garotas super sofisticadas que realmente viajavam quando tinham um período
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de férias. Costa oeste. Europa. Ásia. Eu queria ver o mundo inteiro. Eventualmente eu iria encontrar um cara. Nós sairíamos, namoraríamos, e teríamos um enorme casamento, e talvez, quando eu tivesse os meus trinta anos, pensaria em ter um bebê. Agora não. Não antes de me resolvido profissionalmente, viajado o mundo, me casado, e tido uma festa de casamento bem ridiculamente maçante. Oh meu Deus, isso não poderia estar acontecendo. Havia uma enorme chance, de vomitar tudo em cima de mim. Agora, sentada no estacionamento de uma drogaria, meus dedos doendo de tão forte que estava segurando o volante. Olhei para a entrada, incapaz de me forçar a sair do carro. Eu precisava. Eu precisava ir e comprar um teste de gravidez, porque um teste de gravidez iria provar que eu não estava grávida e estava apenas exagerando. Estresse pode fazer o seu período atrasar. Uma tonelada de coisas poderia fazer seu período atrasar, não apenas um óvulo fertilizado. Oh meu Deus-um óvulo fertilizado. Eu não tinha um óvulo fertilizado em mim. Criando coragem, peguei minha bolsa do banco do passageiro e segui para farmácia com um único foco mente. Ignorando o corredor de maquiagens, fui direto para a seção onde a maioria das mulheres não gostavam de permanecer, passando pelos tampões e absorventes de uma tonelada de marcas que nunca entendi por que precisávamos de tantas diferentes, e parei em frente de uma enorme quantidade de caixas. Meus olhos se arregalaram. Santos bebês, porque havia tantos testes de gravidez? Eu estava congelada enquanto olhava para todos eles. Teste de gravidez ClearBlue. Teste de Ovulação- mas que inferno? Teste de Gravidez Precoce. Por que
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havia tantos? Minhas mãos tremiam enquanto pegava um e virava de ponta cabeça. Minha visão ficou turva quando li a parte de trás. Eu não podia acreditar que estava comprando um teste de gravidez. Eu nunca tive que comprar um antes. Isso não poderia estar acontecendo. Coloquei a caixa de volta, e cegamente peguei outra e virei-a. Os cabelos na parte de trás do meu pescoço se ouriçaram e meu estômago caiu para os meus pés. Olhei ao redor, mas não vi ninguém me olhando. Eu estava totalmente pirando. Peguei outra caixa, comecei a sair e, em seguida, virei para pegar outra. Apenas no caso de ... experimentar e dar errado. Meu rosto estava queimando como se tivesse sido exposto a uma lâmpada quente enquanto carregava minhas compras até o balcão e uma mulher magra, com sulcos profundos em seu rosto, ao redor dos olhos e da boca, esperava. As sobrancelhas dela se levantaram quando depositei minha cestinha em cima do balcão e ela olhou para mim, um sorriso irônico nos lábios cobertos com um batom roxo. Pegando uma caixa, ela ofereceu uma risada gutural. "A gente nunca pode ter dúvidas sobre algumas coisas, hein? " Eu queria me esconder sob a bancada de doces atrás de mim. "Nada para se envergonhar, querida." Ela examinou um dos testes de gravidez e, em seguida, colocou em uma sacola. "A maioria das pessoas compram várias caixas na primeira vez." Era tão óbvio que esta era a minha primeira vez? Espere um segundo. Eu estava tendo a sério a minha primeira vez? Enquanto as caixas iam para a
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sacola, estava caindo totalmente a ficha, ainda um pouco entorpecida, que estava me preparando e que isso estava realmente acontecendo. Eu poderia estar grávida. Assim que voltei para o meu apartamento, coloquei meu potencial de vida – a sacola - sobre o balcão, e entrei na cozinha. Mantinha todos os medicamentos, juntamente com minhas pílulas anticoncepcionais, em um armário. Em qualquer outro lugar, eu acabaria esquecendo-as. Respirando fundo, abri o recipiente de plástico roxo, alisando meus dedos sobre as linhas das pequenas pílulas. Fiz a contagem regressiva, e em seguida, contei de volta. Apertando os olhos fechados, amaldiçoei. As datas que eu esqueci... elas eram datas importantes. Pegando o teste mais próximo, eu o coloquei de volta e, deixei cair meus cotovelos sobre o balcão. Esfreguei minhas mãos pelo rosto. Meus pensamentos giravam e giravam até que uma dúvida surgiu. Se eu ... se eu estivesse
mesmo
no
estado
em
que
temia,
tinha
tomado
pílulas
anticoncepcionais depois de conceber o bebê... será que isso era prejudicial? Eu não sabia. Francamente, sabia muito pouco sobre os prós e contras de toda a gravidez. Eu era apenas uma criança. Ninguém que eu conhecia na minha idade, com exceção de Avery, estava grávida. Não era como se as mulheres nascessem com esse conhecimento, e duvidava seriamente que muitas mães decidiam entregar esse tipo de informação, não até que fosse necessário. Talvez eu contei errado as pílulas. Levantando minha cabeça, peguei o recipiente roxo e contei novamente. Minha respiração saiu um pouco duvidosa, quando finalmente parei. Não importa quantas vezes eu contasse, o resultado final não iria mudar.
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Mas mesmo que eu tivesse esquecido minhas pílulas durante meu período fértil, Nick tinha usado um preservativo. Ele tinha... Na verdade, havia me sentido, extraordinariamente... molhada, depois que fizemos sexo. Tanto faz que pensei que tinha a ver com não ter feito nada tão bom nunca. Poderia o preservativo ter rasgado e era por isso que me senti assim? Isso nunca tinha acontecido comigo antes, então havia uma chance de não ter percebido o que estava acontecendo. "Oh Deus", eu sussurrei, minha voz soando incrivelmente alto no silêncio do apartamento. Estendendo a mão, puxei meu cabelo, deixando-o cair para baixo sobre o meu ombro. "Oh. Deus." Impossível ficar parada ou sentar andei para onde deixei minha bolsa e cavei o meu telefone. Meus dedos pairavam sobre a tela. Para quem eu ia ligar? Não me sentia confortável chamando meus antigos amigos, e não havia nenhuma maneira no inferno que estava chamando a minha mãe sobre isso, não quando eu ainda não tinha nenhuma ideia do que estava acontecendo. Agarrando o telefone perto do meu peito, fui para o sofá e sentei, quase chamando Roxy, mas sabia que ela estaria junto com todo mundo, a maior parte do dia. Pensei em ligar para Yasmine ou Denise, mas tinha perdido os meus contatos do Skype na semana passada, e como poderia apenas ir até elas? O que eu diria? Que comprei um milhão de teste de gravidez após ter surtando sobre o que Avery tinha dito? Tudo bem, eu tinha razões para estar pirando, mas ainda assim, eu sabia como isso parecia. Eu coloquei o telefone para baixo sobre a almofada ao meu lado e fechei os olhos. Isso não era como esperava passar o meu domingo preguiçoso. Sabia que precisava fazer algo com isto. Eu não me movi do sofá. O resto da tarde de domingo foi se arrastando, comigo trabalhando em criar coragem de até mesmo abrir o primeiro teste. Parecia ser um teste de gravidez comum, onde um sinal de + significava que você estava grávida e
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um sinal de – onde significava uma enorme aleluia. Definitivamente nenhum mal-entendido. Comecei a ler as instruções e um riso sufocado escapou-me. Não insira a vara do teste em sua vagina. Sério mesmo que isso era uma instrução que precisava ser dado a alguém? Abrindo cuidadosamente o pacote, peguei a vara e entrei no meu banheiro. Tirei a tampa roxa, fazendo meu estômago se agitar. Meu coração batia forte enquanto fazia xixi nessa coisa. O único pensamento na minha cabeça era de como isso era estranho. Realmente. Quando terminei, coloquei novamente a tampa e gentilmente depositei-o no balcão do meu lavatório. Então saí correndo do meu banheiro feito um raio. Passeando pela minha sala, eu sabia que só precisava esperar por dois minutos, mas dois minutos se transformaram em cinco e cinco em dez. Eu não estava pronta. Passando minhas mãos pelo meu cabelo, balancei minha cabeça. Eu não estava pronta para ver isso. Mas e se tivesse um sinal negativo, ficaria feliz? E o que aconteceria se realmente houvesse um assustador sinal de mais? Eu olhei para os espaços ainda vazios no balcão e mantive meus passos no piso de madeira. Eu sempre fui tão malditamente cuidadosa no passado. Nunca temi a chance de engravidar, e agora que havia uma possibilidade de estar, eu não sabia o que fazer. Nunca na minha vida me senti assim tão... impotente. Na verdade, isso não era verdade. Quando tinha quinze anos e havia dois homens em imaculados uniformes, batendo em nossa porta da frente. Eu
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estava nas escadas e vi quando o sangue sumiu do rosto de minha mãe quando ela os viu, aí eu me senti impotente. Eu odiava esse sentimento, odiava as memórias que voltavam com ele. Os segundos que mudam a nossa vida inteira, para nunca mais ser a mesma. Expirei todo o ar para fora de mim. Parando em frente à TV, percebi que poderia estar na mesma situação, prestes a pisar na borda afiada de mudança monumental. Ou eu poderia estar apenas pirando. Uns bons quarenta minutos se passaram desde que coloquei o teste na pia. Eu precisava verificá-lo. Acabar logo com isso, assim como sabia que tinha que fazer. Eu não era uma covarde. Poderia enfrentar isso, não importa o que. Mordendo meu lábio inferior, andei pelo corredor até o banheiro. Meu reflexo no espelho me disse que parecia tão fora de controle quanto me sentia. Meu cabelo estava agora todo bagunçado e meus olhos estavam arregalados, com as pupilas dilatadas. Parecia que uma psicopata usando máscara de hóquei, estava atrás de mim. Ombros enrijecidos arrastei meu olhar lentamente para longe do meu reflexo seguindo para onde estava o teste de gravidez branco e roxo. E vi o resultado. Não poderia NÃO vê-lo. Claro como o dia, havia um símbolo muito visível que só poderia significar uma coisa. Somente. Uma. Coisa. Talvez eu deixei descansar por muito tempo. Ou talvez não deveria ter recolocado a tampa sobre ele. Eu precisava fazer outra vez. Eu tinha mais dois.
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Apressando-me para a cozinha, peguei a outra caixa. Era mais sofisticado. Não só lhe dava um sim ou não, mas se fosse um sim, te mostrava a palavra grávida por extenso. Porém, eu precisava fazer xixi. Correndo para o armário, peguei um copo e enchi, e terminando um, bebi outro, e depois outro, e então esperei. Eu não estava pensando, não tinha feito outra coisa senão forçar água abaixo da minha garganta. Menos de uma hora depois, levei o segundo teste para o banheiro, fiz xixi, e, em seguida, coloquei-o ao lado do primeiro. Eu não deixaria o banheiro desta vez. Com meu coração em minha garganta, olhei fixamente o teste com minhas mãos cerradas ao meu lado até que o resultado do teste me mostrou o resultado mais uma vez. A primeira coisa que notei foram dois números com um traço entre eles: 2- 3. E, acima uma palavra. Grávida.
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Capítulo Doze Só para começar segunda-feira com uma bofetada, eu fiz o terceiro teste de gravidez pela manhã, e também, deu positivo. Grávida. Três testes com o mesmo resultado, mas ainda havia uma pequena parte de mim que queria acreditar que tinha feito algo errado, que, sem um médico confirmando que estava grávida, havia uma chance de não estar. Mas eu não era tola nem muito menos ingênua. Eu sabia que quando fosse ao meu médico na próxima semana, ele ia confirmar o que eu já sabia, pelo o que os três testes me mostraram e como tinha estado na última semana. E de acordo com o teste realmente extravagante, eu estava de duas a três semanas atrasada. Ou seja, estava mais ou menos de quatro a cinco semanas de gestação. O timing foi perfeito. Eu estava realmente grávida. Havia um bolo no meu forno. Eu estava grávida. Segunda e terça no trabalho passaram por mim em uma dormência ofuscante. Eu nem mesmo sei como fiz o meu trabalho ou como consegui me desvencilhar das intermináveis insinuações do Rick, sem perder minha mente. Meus nervos estavam tensos e me sentia mal do estômago quando encerrei a terça-feira. O momento que desliguei o meu computador, meus pensamentos imediatamente começaram a girar em torno do que eu ia fazer. Devo entrar em contato com Nick? Eu não tinha ouvido falar dele desde a última quarta-feira. Devo contar a alguém o que estava acontecendo? Será que eu preciso? Eu estava indo em frente com isto, com esta gravidez? E se, como ia dizer ao meu novo chefe, que em cerca de oito meses, eu precisaria de uma
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licença maternidade? Melhor ainda, como poderia mesmo criar uma criança, com uma renda que embora eu vivesse confortavelmente, não funcionaria se eu incluísse o custo para cuidar de uma criança. Não percebi nem mesmo que estava no corredor a caminho do elevador, e depois de apertar o botão, vi que não estava sozinha. Olhei à minha esquerda. Rick, um dos gêmeos esteroides, estava lá. Eu mal podia engolir o meu suspiro de frustração quando olhava para ele. Com o capuz preto puxado para baixo sobre as orelhas, suas bochechas estavam coradas mais que o normal. Como sempre, o seu olhar não estava no meu rosto, e sim no meu peito, que era um absurdo, porque entre o meu pea coat11 e meu lenço, não havia nenhuma maneira no inferno que ele pudesse ver algo. Deus, eu tinha um timing maldito em todas as coisas. "Você está saindo?", Perguntou. Considerando que era o fim do dia e todo mundo estava saindo, eu não tinha certeza de como a resposta a essa questão não era óbvia. "Eu estou saindo." "Uh-huh", ele murmurou, seu olhar caindo para a minha região pélvica. Meus lábios enrolaram em desgosto. "Alguns de nós estão saindo para umas bebidas. Quer juntar-se a nós? " Eu coloquei um sorriso tenso em meus lábios. "Obrigada, mas estou muito cansada." "Você está definitivamente bonita." Ele olhou de soslaio, e olhei para longe, mal resistindo à vontade de revirar os olhos. "E você está sempre cansada. Tem certeza que não há nada de errado com você? " Minhas sobrancelhas ergueram. Oh, quão certo ele estava, eu não tinha ideia. "Eu estou bem."
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Tipo de casaco.
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"Então por que você não vem com a gente?", Ele pressionou, e minha mão apertou a alça da minha bolsa. "O quê? Você é boa demais para sair e se divertir um pouco? Talvez esteja muito tensa? " Eu exalei alto, minha paciência se esgotando quando me virei com um olhar frio para ele. "Sim. Eu sou muito tensa." Felizmente, as portas do elevador se abriram e entrei antes que ele pudesse responder, alcançando o botão para fechar a porta. Claro, percebi que foi um erro imediatamente. Rick me seguiu, pegando a porta, e eu mentalmente lancei várias atrocidades de foda-se. Ele estava realmente sorrindo. "Você tem atitude." Eu atirei-lhe um olhar sem graça, nem mesmo me importando com uma resposta. A última coisa que precisava agora era me envolver com o pervertido do Rick. Graças a Deus não havia muitos andares para descer, e antes deste confronto poder ir mais longe, o elevador parou e as portas se abriram. Porém, Rick tinha ficado plantado na abertura sorrindo e não se movendo. Esse bastardo. Minhas mãos se apertaram em punhos, e me virei para o lado para evitar tocá-lo, passando por ele, mas no último momento, ele deu um passo para o lado. A frente dele escovou contra o meu estômago e quadril. O que senti, foi tão repugnantemente óbvio, que enviou um arrepio de repulsa por mim. Rick sorriu. Era isso.
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Parei girando de costas para os pilares de cimento e carros estacionados. "Não me toque novamente. Se fizer isso, vou ao escritório do Sr. Browser mais rápido do que você poderia piscar um olho ". Seu sorriso desapareceu. "Eu não toquei em você." "Besteira" Eu bati, minha mandíbula apertada. "Você sabe o que você fez." Rick xingou saindo do elevador, e mantive minha posição quando ele entrou no meu espaço, o rosto tão vermelho que me perguntei se ele teria um derrame. "Você está me ameaçando?" "Não." Eu segurei seu olhar mesmo com o mal-estar se formando na boca do meu estômago. "Eu estou fazendo uma promessa." Ele recuou, os olhos arredondados na luz baixa. Eu segurei seu olhar por um momento mais longo e então me virei. Meu coração batia forte enquanto caminhava para o meu carro e parte de trás do meu pescoço formigava. Ele iria me seguir? Não. Eu alcancei meu carro sem maiores incômodos, e esperei e rezei que ele atendesse a minha promessa e caísse fora. Eu tinha lidado com caras como ele antes. Garotos da fraternidade, que não entendiam os limites pessoais. Caras no ginásio que pensavam que todo mundo que cruzasse seu caminho era por causa deles. Normalmente, eles recuavam no momento em que viam que eu não seria intimidada. Esperemos que Rick também. Conforme puxei para fora da garagem, ouvi o som de mensagem de texto. Como meu telefone estava na minha bolsa, deixei-o lá. As ruas estavam congestionadas, e precisava prestar atenção para que não batesse no carro de alguém. A viagem para casa foi tão chata, mas esperada. O céu era de um profundo azul, com o sol quase desaparecendo, assim que passei pela minha
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porta. Tirando meu casaco, coloquei-o sobre a parte de trás da cadeira da cozinha e deixei minha bolsa sobre a mesa. Comecei a ir até a geladeira, mas lembrei que tinha recebido uma mensagem. Voltando à minha bolsa, peguei meu telefone. Meu coração deu uma guinada no meu peito. O texto era de Nick. Você está pronta para a noite de jogo? Meu cérebro se esvaziou por um par de momentos. Olhei para o texto até que a tela ficou em preto. Reece estava organizando o que imagino ser a noite de jogo da segunda quarta-feira do mês, e Nick estava me convidando novamente, mas eu ... eu não estava com vontade de ir até lá e fingir que estava tudo bem, porque não estava. Colocando minha mão livre contra o meu estômago, estremeci. O que estava fazendo? Eu não podia ver Nick agora sem deixar escapar o que estava acontecendo, e não estava pronta para essa conversa. Certo ou errado, era a verdade. Não estava totalmente claro na minha cabeça o fato de que estava grávida, e não podia mesmo começar a falar com alguém sobre isso, especialmente ele, porque sabia que ia ser uma conversa difícil. Se haveria uma conversa em primeiro lugar. Eu não respondi ao texto de Nick. E ele não me chamou de volta.
Eu fiz isso pelo resto da semana sem ter um colapso mental quando percebi que uma calça que ficava soltinha antes, agora estava um pouco desconfortável, ou poderia ser paranoia simples. A vantagem foi Rick. Ele parecia ter recebido a mensagem e não havia me procurado desde a conversa no elevador.
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Eu realmente ainda não tinha chegado a um acordo com o que estava acontecendo dentro de mim. Sexta à noite, mandei uma mensagem e disse a Roxy que não seria capaz de tomar café da manhã no domingo, porque não estaria na cidade, o que era verdade. Na madrugada de sábado, deixei meu apartamento e levei três horas para chegar à casa da minha mãe. Ela estava me esperando, mas ela não sabia por que eu estava aqui. Eu precisava ... eu precisava da minha mãe, e esta conversa que tinha que ter com ela não poderia ser feita por telefone. Não havia nenhuma maneira. Minha mãe vivia na mesma casa que cresci, e sabia que ela nunca deixaria o sobrado de estilo colonial em Red Hill em Martinsburg. Havia muitas memórias. Era perto de onze horas quando parei na calçada. O asfalto estava rachado, como esteve pelos últimos três anos. Mamãe continuava dizendo que ela iria repará-lo, mas não vejo isso acontecendo em um futuro próximo. Engolindo em seco, me sentei no carro, deixando a marcha lenta do motor, enquanto meu olhar percorria a frente da casa. Uma guirlanda outonal pendurada na frente da porta. Quando eu era mais jovem, perto do Dia das Bruxas, ela costumava colocar os adesivos de fantasmas e bruxas nas janelas dianteiras. Mas eu não era mais uma garotinha. Obviamente. Desliguei a ignição e peguei minha bolsa e a mala de viagem que eu tinha trazido. Planejei ficar a noite. Saí para o sol brilhante, e caminhei até a via obscurecida por arbustos grossos de azevinho.
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A porta se abriu antes que eu batesse e apesar da ansiedade construída no meu sistema, um largo sorriso irrompeu no meu rosto. "Mamãe." Ela estava na porta segurando uma bola branca e marrom, que estava fazendo um absoluto terror em seu pequeno poder de cão, para descer. Ao redor de seu pescoço estava uma corrente de prata que não tinha sido removida em anos. As placas de identificação do papai. "Eu queria saber se você iria entrar ou ficar sentada aí fora toda a manhã" Rindo, entrei e dei a ela e ao cão um abraço que aqueceu a minha pele gelada. "Eu não estava lá por muito tempo." Ela arqueou uma sobrancelha escura quando colocou o cão pra baixo. "Uh huh." Largando minha mala no chão, desci e peguei o terrier Jack Russell da minha mãe, que tinha sido nomeado apropriadamente de Loki. O cãozinho se contorceu em meus braços enquanto banhava meu rosto de beijos por cerca de três segundos e, em seguida, virou-se em meus braços até que o coloquei de volta para baixo. Loki correu através do foyer e corredor antes de sair correndo de volta para o quarto. O cachorro fez um círculo em torno de mim e, em seguida, disparou a descer o hall, retornando com um tigre listrado de laranja e preto em suas mandíbulas. Eu balancei a cabeça. "Eu cozinhei seu favorito." Mamãe começou a ir em direção à cozinha. Segui-a, inalando o cheiro de maçã e canela familiar e ligeiramente perfumado por algo que me fez lembrar de baunilha. "Bolo Inglês?" Ela olhou por cima do ombro, piscando. "Pode apostar." Meu estômago roncou feliz. Mamãe sempre andou rápido, como se não houvesse minutos suficiente em um dia, e certamente não se parecia que tivesse beirando os cinquenta a forma como ela se movia pela casa. Ela me teve e se casou
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jovem, aos vinte e quatro anos. Pensando no fato de que eu tinha vinte e três e eu... minha boca secou quando o pensamento abalou minha cabeça. Eu parecia com minha mãe. Seu cabelo negro estava cortado mais curto, porém, escovava seus ombros, e havia algumas finas e delicadas linhas nos cantos dos olhos azuis e perto de suas bordas. Ela não era tão alta quanto eu, minha altura era algo que eu peguei do meu pai, mas minha mãe era linda. E sabia que ela tinha que ter caras fazendo fila para estar com ela, tanto os mais jovens quanto os mais velhos que ela, mas ela não namorava, e eu sabia que nunca faria. O tipo de amor que meus pais sentiam um pelo outro desafiava a realidade. Um bolo inglês estava esfriando em uma prateleira perto do fogão, e eu podia praticamente sentir minha boca começar a aguar quando mamãe pegou uma faca. "Como foi a viagem?", ela perguntou, cortando em cima do bolo. "Você teve algum problema?" "Não foi ruim." Eu sentei na mesma mesa da cozinha, onde cresci comendo refeições à noite. "Provavelmente teria sido menos de três horas, se não tivesse pego trânsito. " Mamãe colocou um prato na minha frente, junto com um garfo. Um segundo depois, um copo de leite apareceu, e de repente eu estava empurrada de volta para uma época em que havia muito pouco para se preocupar. Lágrimas queimaram as costas da minha garganta, e pisquei os olhos rapidamente enquanto cortava o bolo. Ela sentou-se ao meu lado, uma xícara de café em suas mãos. Em um movimento rápido, Loki pulou em seu colo. "Fiquei surpresa quando você disse que estava voltando para casa. Não estava esperando para vê-la até a Ação de graças." Com a boca cheia do amanteigado, eu levantei e encolhi os ombros.
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Mamãe me olhou enquanto tomou um gole de café, cuidando para não perturbar o cão enrolado em seu colo. Me concentrei em terminar o bolo inglês, porque sabia que minha mãe estava imaginando coisas, apenas por me observar. Ela podia ler-me bem, todos os meus segredos escritos na minha testa. Ela sabia que algo estava acontecendo, e eu também sabia que ela não iria ficar com rodeios, perder tempo com conversa banal. E ela não fez. "Você está realmente cansada, querida." Ela baixou a taça. "Você não tem dormido bem." Dormir na semana passada tinha sido difícil. Eu ia para a cama com os meus pensamentos em tantos lugares diferentes que acordava várias vezes ao longo da noite, minha mente acelerada como se eu não tivesse dormido nada. "É o trabalho?", perguntou ela. Eu coloquei o garfo sobre o prato vazio. "O trabalho é bom, perfeito, na verdade. Realmente um bom trabalho, e estou feliz com isso." "Então o que está acontecendo?" Os lábios ligeiramente curvados. "Eu sei há algo. O momento que você me chamou, eu sabia. Você não vive em um fuso horário diferente, mas uma viagem de três horas não é um passeio no parque." Tomei um copo de leite frio, e me inclinei para trás na cadeira. Ergui o olhar e meus olhos encontraram os dela. "Eu realmente pareço tão ruim assim?" "Você não parece ruim, querida, mas você parece cansada." Ela fez uma pausa, com a mão distraidamente alisando o topo da cabeça de Loki. "E você soou estressada quando me chamou " Meu estômago se agitou, e eu não tinha certeza se era devido ao malestar matutino ou apenas nervos porque estava vendo minha mãe, então eu poderia dizer-lhe a verdade, para que pudesse me concentrar e ouvir seus
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conselhos. Esta era provavelmente uma das maiores bombas que deixaria cair sobre ela, e eu me sentia doente. "Stephanie?" Estendendo a mão trêmula, dobrei meu cabelo para trás da minha orelha. "Há uma razão pela qual estou aqui. Não que não queria ver você. " Seu sorriso virou torto. "Uh huh." "Mas eu preciso do seu... conselho." Eu podia sentir meu lábio inferior começar a tremer. "Preciso da tua ajuda." Ela fez uma respiração afiada. "Ok. Agora estou começando a surtar um pouco." Apertei minhas mãos no colo, porque também estava começando a surtar um pouco. Bem, estava tremendo por dentro, então estava pirando muito. Olhei para as minhas juntas brancas e forcei minhas mãos a relaxarem. "Eu ... Estou grávida." Silêncio. Tanto assim, que você podia ouvir um espirro de um grilo. Foi tanto tempo que tive que olhar para cima e ver a reação dela, e quando fiz, ela estava simplesmente olhando para mim. Seus olhos estavam arregalados, os lábios separados. O sangue drenado de seu rosto, e sua mão parada nas costas do cão. "Eu errei", sussurrei, à beira das lágrimas. "Eu sei que fiz. Eu deveria ter ... bem, eu fui cuidadosa. Ele foi cuidadoso, mas esqueci algumas pílulas e o preservativo deve ter estourado. " Meu rosto começou a esquentar, e mesmo que tinha sempre sido aberta com a minha mãe, esta era uma conversa estranha. "Foram necessários três testes: " Eu divagava. "Todos os três
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disseram que eu estava grávida, então eu acho... Eu sei que estou grávida. Estou me sentindo doente e cansada e eu ... eu estraguei tudo." "Oh, querida." Mamãe falou de repente. Inclinando-se, ela conseguiu manter Loki em seu colo enquanto ela apertava meu braço com carinho. "Você não fez besteira. Ficar grávida não está atrapalhando nada." Com certeza eu sentia o oposto. "Ele não é meu namorado," eu disse sem rodeios, precisando que ela saiba o quadro inteiro. "Nós ficamos juntos ... uma vez." Compreensão penetrou em suas feições quando ela percebeu o que eu estava dizendo. Grávida devido a uma noite de sexo quente. Isso soa tão... clichê. Ela piscou uma vez e, em seguida, duas vezes. "Isso acontece", disse ela lentamente, como se ela ainda estivesse processando tudo. Sua mão apertou meu braço novamente. "Mais do que as pessoas percebem, isso acontece. " Sim, mas eu nunca pensei que isso aconteceria comigo. Famosas últimas palavras famosas. "Você sabe que eu e seu pai não nos casamos antes que engravidei de você", disse ela depois de um momento. "As coisas nem sempre funcionam como planejado." Eu queria sorrir, porque sabia que ela estava tentando me fazer sentir melhor sobre isso. "Mas vocês dois estavam juntos e apaixonados e-" "E nada disso é necessário para ter um bebê, querida. Claro que seria bom. É o que todas nós esperamos... o que eu esperava quando você veio, mas nem sempre é o que acontece." Eu olhei para a superfície riscada da mesa, a minha voz um pouco acima de um sussurrar quando falei. "Você está ... você está desapontada?" "Querida, por que eu iria ficar desapontada?"
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Um riso estrangulado sacudiu fora de mim quando me inclinei para frente, correndo o meu dedo ao longo das ranhuras na mesa. "Hum, talvez porque tenho apenas vinte e três e estou grávida... e solteira". "Poderia ser pior." Eu arqueei uma sobrancelha. "Você poderia ter dezesseis anos e isso poderia estar acontecendo. Ou você poderia estar doente em vez disso" ela disse, com olhar firme e séria. "Você sabe, Stephanie, as coisas poderiam ser piores." Pensei na batida na nossa porta, há nove anos. "Você está certa." Ela exalou lentamente e, em seguida, bateu no meu braço antes de pegar seu café. Ela tomou um gole enorme, e tudo que eu conseguia pensar era que não havia cafeína suficiente no mundo para lidar com isso. "Você sabe o que está prestes a enfrentar?" Minha respiração engasgou na minha garganta. "Eu ... não sei." Houve outra pausa. "Você tem opções." Fechei os olhos. O leite tinha começado a coagular no estômago. "Eu sei." "Você sabe de quanto tempo está?", ela perguntou. "Não pode ser de muito." "Com base no teste e pelos meus cálculos, estou em cerca de cinco semanas." Eu abri meus olhos e respirou rápido. A cor tinha retornado a seu rosto. "Ok." Seu tom me disse que ela estava se movendo para o modo mãe super protetora. "Sobre esse cara. Ele sabe?" Eu balancei minha cabeça. "Eu só descobri no domingo passado e precisava me organizar com a ideia em primeiro lugar."
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"É compreensível." Sua mão voltou a alisar as costas do cão. "Você está pensando em dizer a ele? " Minha boca se abriu, mas não tinha uma resposta para isso. Ela apertou os lábios e, em seguida, balançou a cabeça lentamente. "Se você optar por não passar por isso, essa escolha é sua. E de mais ninguém. Mas eu também acredito que você precisa dizer ao pai. Desculpe, querida. Isso é apenas a maneira que eu sinto." O pai ... Deus, ouvir essas palavras, chocavam muito. Mas sabia no meu coração, que pessoalmente não me sinto bem em não dizer ao Nick. Não dando a ele a chance de pelo menos, saber o que estava acontecendo, e pesar com a sua opinião. No final, o que ele sentir pode ou não influenciar a minha decisão. Eu não sabia, mas não acreditava que todo mundo sentia da mesma maneira que eu. Cada um à sua maneira. Não era meu negócio ou o meu lugar para dizer, exceto quando afetava a mim. E sabia que tinha que dizer a ele. "Precisamos de mais bolo para essa conversa." Mamãe acordou o cão do sono e colocou-o no chão, onde Loki saiu correndo para a tigela de água. Ela foi até o balcão e voltou com duas fatias enormes, um para mim e outra para ela. "Obrigado", sussurrei, minha garganta arranhada. "Querida." Ela estendeu a mão, cobrindo meu rosto. "Isto não é o fim do mundo. Sim, este é um grande negócio. É um enorme, e o que importa, é o que você decidir, vai ficar com você por muito, muito tempo." Um nó se formou na minha garganta, cortando minhas palavras.
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"Não importa o que você escolher, não importa qual opção você estiver tomando, eu vou te amar e apoiá-la de qualquer maneira ", ela declarou, e as lágrimas encheram meus olhos. "Se você decidir que não está pronta para isso, eu estarei bem lá com você, se quiser que eu esteja. E se você decidir que quer ir em frente com isso e ter esse bebê, eu serei uma avó orgulhosa. Uma avó malditamente bonita, também." Eu ri com voz trêmula, enquanto uma lágrima escapou livre e corria pela minha bochecha. Mamãe pegou aquela lágrima para ela.
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Capítulo Treze Voltei para Plymouth Meeting na noite de domingo e, enquanto eu ainda estava surtando a cada poucos minutos, eu já estava entendendo melhor as coisas. Ir para casa da minha mãe foi a melhor coisa que eu poderia ter feito. A ouvir e estar com ela, passar o sábado enrolada no sofá vendo filmes e descansando, isso tinha me ajudado. Nós conversamos sobre isso, naquela noite tomando sorvete, sobre a... as escolhas que eu tinha e suas ramificações. Não haviam dúvidas na minha mente que ela estava certa do que disse. Que não importava o que eu decidisse ou o que acontecesse, ela iria me apoiar. Apesar de que quando sai a algumas horas atrás, eu conseguia dizer que ela estava imaginando bebês dançando em sua cabeça, enquanto ela segurava Loki em seus braços. Meu apartamento estava gelado quando eu entrei. Levando minha mala até a cama, eu a deixei cair e me virei, indo para o termostato no corredor. Eu joguei a temperatura para cima e comi o sanduiche que peguei no caminho, agora gelado. Quando era quase uma da manhã, eu peguei meu celular e trouxe ele para o sofá comigo. Eu imaginei que Nick teria trabalho essa noite e eu esperava que eu não estivesse prestes a acorda-lo com minha mensagem. Claro, eu podia ligar, mas isso seria estranho desde que nenhum de nós ligou para o outro antes e eu conseguia imaginar ele insistindo até que eu contasse tudo pelo telefone. Hey, está por aí?
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Eu gemi depois que mandei a mensagem, porque Hey era bem idiota quando eu estava prestes a dar uma notícia que ele nunca estaria esperando. Uns bons minutos se passaram antes que eu recebesse uma resposta. Eu achei que você não gostava mais de mim. Ele devia estar falando sobre o fato deu ter ignorado sua última mensagem. Eu estava prestes a responder quando ele foi mais rápido. Eu estive vivendo nesse lugar escuro, muito escuro. Minha sobrancelha arregalou. Outra mensagem chegou. Sem comer. Sem dormir. “Mas que...?” eu sussurrei. Tão, tão triste. Eu raspei minha cabeça. Houve uma pausa. Eu estou brincando. E eu comecei a rir. E tudo isso foi bem estranho, huh? Yeah, estou aqui. O que aconteceu? Apesar de tudo, eu sorri enquanto balançava minha cabeça. Ele era... Nick era complicado. Finalmente respondi a ele. Tem algum modo de eu te ver hoje? E eu pausei, finalmente adicionando. É importante. Alguns minutos se passaram antes da resposta chegar. Claro. Eu posso ir aí por volta das três? Eu respondi para avisar que estava tudo bem e as próximas duas horas foram cheias de ansiedade e espera. Quando ele bateu na minha porta, alguns minutos depois das três, eu quase saio de mim. Eu corri para a porta, a abrindo.
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Ver Nick depois de quase suas semanas era como vê-lo pela primeira vez. Cabelo escuro empurrado para fora da sua testa, as pontas enrolando um pouco. Seu cabelo estava crescendo, eu percebi. Aqueles olhos verdes claros estavam quentes e curiosos enquanto olhavam para mim, seu sorriso diabólico. A blusa termal branca que ele usava estava esticada sobre seus ombros largos e, enquanto meu olhar abaixava, eu podia ver que seu peito duro era definido. Ele tinha de ter uma ótima rotina de exercícios, mas eu não tinha certeza de como ele mantia sua forma. Eu estava grávida de... seu bebê e eu mal sabia qualquer coisa sobre ele. Deus, isso era quase como enterrar seu rosto na agua. “Hey,” ele disse, entrando. “Desculpa por estar atrasado. Houve um acidente. Demorou um pouco para eu conseguir desviar.” “Tudo bem.” Fechei a porta, ignorando meu coração que palpitava. “Quer algo para beber?” Seu olhar curioso ficou grudado ao meu. “Claro. O que você tem?” “Um. Refrigerante. Suco de Laranja.” Eu andei até a geladeira, desejando que eu tivesse algo mais forte para ele beber. “E tenho chá gelado.” “Isso vai funcionar.” Ocupando-me de servir um copo a ele, eu tentei agir normalmente. “Você trabalhou essa noite?” “Yeah.” Sem olhar para ele, eu sabia que ele estava logo na entrada da cozinha, me observando. “Eu sai a uma. Agora, estou trabalhando apenas de quinta a domingo.” “E isso são horas suficientes?” Eu olhei para ele e meio que desejei que não tivesse perguntado isso. Mas, novamente, era meio que necessário. “Quero dizer, Roxy trabalha quatro dias lá, não? Turnos de dez horas.”
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“Ela trabalha.” Ele tomou um gole, me olhando. “Eu só preciso trabalhar esses dias agora.” O que isso queria dizer? Eu sabia que Roxy conseguia fazer um dinheiro decente como bartender, mas ela também tinha um trabalho como designer gráfico ou coisa do tipo em paralelo. Quanto dinheiro Nick estava fazendo se ele só precisava trabalhar três dias? Ou, talvez, até onde eu sabia, ele não precisava trabalhar muito porque ainda morava na casa dos seus pais. Oh merda. E se ele ainda morava na casa dos seus pais? Eu me lembrei dele dizendo que tinha um diploma universitário, então porque ele estava trabalhando no bar apenas três dias por semana? Deus, eu tinha tantas perguntas. “Você me chamou aqui para falar sobre minhas horas de trabalho no bar?” ele perguntou, seu sorriso ficando maior. “Não. Eu...” limpei minha garganta enquanto passava para ele, andando até o sofá, tentando limpar meus pensamentos. Ele me seguiu, se sentando no braço. “Esse não é o motivo pelo quão pedi para você vir.” Suas sobrancelhas levantaram um pouco enquanto ele tomava um gole de chá. “Eu tenho de admitir, essa ansiedade está me matando.” Eu passei minhas mãos sobre minhas calças jeans para mantê-las longe de tremerem. Imaginei que o melhor jeito de contar a Nick seria como arrancar um band-aid. Rápido e menos indolor possível. Minha garganta apertou. “Eu não sei como te contar isso.” Pausando, eu olhei para ele. Aquele sorriso fácil havia sumido um pouco. “Eu... eu estou grávida.” Pronto. Eu disse. O sorriso havia sumido por completo e ele estava me encarando como se eu tivesse falado em uma língua diferente. Eu vi sua mão espasmar em volta do copo. Ele não falou, mas desde que eu havia dito as palavras mais importantes foi como se uma barreira tivesse sido tirada da minha garganta.”
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“De acordo com o teste que eu fiz, eu estou com por volta de cinco semanas, o que faz as contas baterem,” eu continuei, correndo. “Eu tenho uma consulta com um médico marcada na quinta, meio dia, e acho que ele vai confirmar o que eu já sei.” A boca de Nick se moveu por uns segundos, mas não houve nenhum som imediato. “Eu usei camisinha.” Essas quatro palavras mal puderem ser ouvidas. “Eu sempre uso camisinha.” Os músculos das minhas costas enrijeceram enquanto algo que eu nunca havia pensado passou pela minha cabeça. E se ele não acreditasse que ele era o pai? Afinal, que motivo ele teria, devido à como nós ficamos? Meu coração começou a acelerar. “Eu sei, mas a camisinha deve ter rasgado e, olhando para trás, eu realmente senti... diferente depois. Eu não estive com ninguém desde você e antes disso, foram seis meses sem ninguém. Eu tomo pílula, mas quando eu estava arrumando a mudança, eu pulei algumas,” eu estava balbuciando. “Eu não prestei atenção nisso porque eu não estive com ninguém até... até você.” Nick olhou para longe enquanto colocava sua bebida, quase intocada, na mesa. “Você tem certeza que está grávida?” “Eu fiz três testes.” Eu esperei para ele perguntar se eu tinha certeza que ele era o pai. Essa pergunta seria uma merda, mas eu estava esperando ela, e não podia culpa-lo realmente por isso. “Puta merda.” Ele ficou de pé, passando uma mão pelo seu cabelo. “Puta merda.” “Isso, basicamente, resume tudo.” Nick olhou para mim, suas pupilas dilatadas e, então, olhou para longe. Ele andou até a porta e, por um momento, meu coração parou. Eu pensei que ele estava indo embora, mas ele se virou. Ofegante. Ele estava ofegante. “A quanto tempo você sabe? É por isso que você não me respondeu semana passada?”
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Sua pergunta me pegou com a guarda baixa. “Eu fiz os três testes domingo passado – uma semana atrás. Eu não respondi sua mensagem porque eu... bem, honestamente, eu não tinha aceitado isso naquela época e não sabia o que dizer a você.” Ele me encarou, seus lábios finos. “Você devia ter me contado no momento em que descobriu.” Eu tremi. De todas as coisas que eu esperava que ele dissesse, isso não estava na lista. “Eu precisava falar com minha mãe antes.” Nick piscou, obviamente surpreso. Ele abriu sua boca e balançou um pouco sua cabeça. Levantando sua mão, ele esfregou sua palma sobre seu peito. Eu esperava que ele não estivesse tendo um ataque cardíaco. Eu meio que achava que eu estava tendo um. “Me desculpe,” eu disse porque eu não sabia mais o que dizer. Ele virou de costas e jogou sua cabeça para trás, suas mãos em seu quadril “Certo. Eu não estava esperando isso. Preciso de um tempo.” Entendível. Eu puxei minhas pernas para cima, trazendo elas contra meu peito enquanto apoiava meu queixo em meus joelhos. Eu tinha uma ideia do que ele deveria estar pensando. Eu imaginei que tudo era uma mistura entre confusão e choque. Eu ainda estava chocada e eu sabia disso a uma semana. “Você está bem?” ele perguntou de repente, se virando de volta para mim. Eu congelei, surpresa, enquanto ele se sentava de novo no sofá. “É por isso que você estava doente na outra semana certo? Como está se sentindo agora?” Em choque, tudo que eu consegui fazer foi piscar para ele. “Mulheres grávidas ficam enjoadas pela manhã, certo? É por isso que você estava mal?”
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Sai do estupor. “Eu acho que sim, mas não foi tão ruim. Isso vai e volta durante o dia.” Ele me encarou por um momento e, então, olhou para o chão. “Você realmente está grávida.” Isso não soou como uma pergunta, então eu não respondi. “Eu... eu vou ter uma criança.” Seu tom estava cheio de surpresa e eu estava feliz por ele estar sentado. “Oh, wow. Eu não... sei o que dizer – espere.” Ele se virou para mim. “Espere. Eu estou me apressando. Você quer esse bebê?” Meu corpo todo ficou tenso e minha garganta fechou enquanto meu pulso acelerava, revirando meu estômago. “Porque eu quero,” ele disse, seu olhar fixo ao meu. “Nós criamos esse bebê, não? Então eu quero ele. Você nem disse se quer ou não ou qual são seus planos.” Eu senti meu maxilar afrouxar. Nenhuma palavra subiu para a ponta da língua. Eu não sabia o que dizer. O choque ainda me percorria, me abalando. Nick queria esse bebê? Eu não estava esperando por isso. Oh não. Eu esperava por protestos e tanta surpresa que nem chegaríamos nessa parte da conversa hoje. Eu imaginei que teria que caça-lo depois que saísse correndo, gritando, para as colinas. Seu olhar estreitou. “Eu estou imaginando que você ainda não se decidiu sobre manter ou não o bebê, porque por que mais você me diria? Você poderia apenas... ter lidado com tudo isso sem eu saber.” “Eu não poderia fazer isso sem te contar.” Minha boca parecia seca e eu olhei para longe. Tudo parecia tão... tão real, o que era besteira, porque tudo era real.
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“Então você não se decidiu?” Ele ficou de pé e sua mão foi parar em seu cabelo de novo. Um momento passou. “Você quer crianças?” Uma risada seca escapou dele. “Porra. Olhe para nós.” Eu apertei meus olhos fechados. “Eu sei.” “Sabe?” ele insistiu. “Sim, eu quero crianças.” Forcei meus olhos a abrirem logo a tempo de ver alivio em sua expressão. “Mas eu pensei que teria tempo e que estaria casada antes. Ou, pelo menos...” “Apaixonada? Por alguém?” Eu pisquei e sussurrei. “Yeah.” A expressão de Nick se suavizou enquanto ele abaixava seu queixo. Seus ombros levantaram quando ele respirou profundamente. “Eu posso cuidar desse bebê – eu posso cuidar de você Stephanie.” Puta merda. Meus olhos arregalaram e eu juro que meu coração parou de bater. “Eu não preciso que você cuide de mim, Nick. Não é por isso...” “Eu sei que não foi por isso que você me contou e eu não quis insinuar isso. Eu sei que você provavelmente não acha que sou muita coisa...” “O que?” Minhas sobrancelhas levantaram. “Isso não é verdade.” Ele continuou como se não tivesse me ouvido. “... sendo um bartender, mas eu posso te sustentar e sustentar esse bebê. Eu vou. Então isso não é algo que você precisa se preocupar.” “Como não?” a pergunta escapou antes que eu pudesse para-la. “Confie em mim,” ele disse.
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Meu estomago revirou. Ele estava pedindo por uma confiança gigante aqui, mas no fim, se ele pudesse ou não sustentar esse bebê, isso não iria determinar se eu ficaria ou não com ele. Nick estava certo antes, mas eu ainda não tinha me preparado para sua vontade em querer seguir adiante com isso. Nick realmente queria esse bebê. Um nó se formou em minha garganta enquanto as emoções se contorciam dentro de mim. Normalmente eu estava em controle, mas tudo estava explodindo minhas defesas. Sem poder ficar sentada, eu me levantei e antes que percebesse, eu estava na cozinha, uma mão no balcão e a outra na gola da minha blusa. Estava quente aqui. Talvez eu não deveria ter aumentado tanto o termostato. “Você está bem?” A voz de Nick soou próxima. “Yeah.” Limpei minha garganta. “Eu não planejei engravidar. Claro. E isso não poderia ter acontecido numa hora pior e eu me sinto mal por dizer isso, mas eu acabei de começar em um novo emprego e tem tantas coisas que queria fazer – que planejei fazer – antes de ter um bebê. Eu queria viajar. Eu queria me estabilizar...” Bem, o resto do que eu queria estava na cara de todos. “E eu...” Uma mão foi parar, gentilmente, em meu ombro, me virando. Eu encolhi forte enquanto olhava para cima. Olhos verdes claros perfuraram os meus. “E o que?” Nick perguntou. “Eu não planejei isso,” eu repeti enquanto meu peito saltitava em meu peito. “Mas eu quero isso... eu quero esse bebê.” Algo que eu não consegui entender direito piscou em seus olhos enquanto ele fechava sua mão em volta do meu pulso, pulando meus dedos para longe da gola da minha blusa. “Então estamos entendidos.” “Estamos,” eu sussurrei enquanto meu olhar caia para onde ele ainda segurava meu pulso entre nós. “Isso... isso não vai ser fácil, Nick.”
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“Nada relacionado ao que está acontecendo vai ser fácil. Você não tem irmãos, certo?” Quando balancei minha cabeça, um sorriso apareceu. “Nem eu. Alguma experiência com bebês?” Meu coração estava dando aqueles malditos pulos de novo. “Nope.” “Nem eu.” “Oh geez.” Nick riu e eu não consegui acreditar que ele estava rindo agora. “Não pode ser assim tão difícil.” “Infelizmente eu vou ter de discordar disso,” eu disse sem emoção. “Nós vamos descobrir.” Seus olhos procuraram os meus quando levantei meu olhar. “Nós vamos. Eu e você. Juntos. Nós podemos fazer isso.” Juntos. Essa única palavra foi como ter meu peito colocado dentro de um espremedor de suco. Juntos. Além da minha mãe e dos meus amigos, quando eu tinha conseguido essa união com alguém – com um cara? Não desde o colegial, e eu realmente não podia usar isso como exemplo. Meus pensamentos ainda estavam girando e o nó na minha garganta não iria sair tão cedo. Os planos que eu tinha feito para minha vida tinham sido trocados de um jeito importante. Eu não tinha ideia do que esperar agora, nem daqui a uma semana ou um mês, especialmente não daqui a um ano. Tudo havia mudado e eu estava... “Estou com medo,” eu sussurrei enquanto meu peito se apertava. Nick não respondeu. Não com palavras. A mão que estava em meu ombro deslizou para a base do meu pescoço enquanto ele soltava minha outra mão. Sem dizer nada, ele me puxou contra seu peito e seus braços me
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envolveram. Enrijecendo em seu abraço, eu inalei profundamente. Ele tinha um cheiro fresco, como a primavera, e enquanto ele abaixava seu queixo contra o topo da minha cabeça, eu fechei meus olhos para evitar a queimação. Mas eu não estava com medo só pelo bebê. Deus, isso já me assustava muito, porque eu não tinha certeza se seria uma boa mãe, se eu iria criar ela direito, mas o medo ficava ao meu redor como poeira, escura e assustadora. Porque eu estava ali, rígida e estranha, meus braços congelados ao meu lado, abraçada ao Nick, e era difícil – muito difícil – de olhar para ele objetivamente. Separar a situação em que nós estávamos de como eu me sentia em relação a Nick, e o que havia existido entre nós antes deu descobrir que estava grávida. Perceber isso era algo difícil de engolir, mas eu me forcei a entender o que eu sentia cada vez que alguém citava seu nome – aquele aperto em meu peito e estômago, aquela sensação não familiar e nervosa sobre ansiar que sempre acompanhava o que sentia. Nós estávamos, obviamente, muito atraídos um pelo outro em um nível primal, mas eu também me lembrava das palavras de Nick na noite em que ele veio se desculpar. Ele desejou que fossemos diferentes. Será que isso significava que ele desejava por algo a mais? Mas ele queria tentar seu meu amigo, algo que, aparentemente, ele nunca tinha feito antes. E como eu me sentia? Eu poderia sentir algo a mais por ele? Enquanto suas mãos se moviam devagar sobre minha coluna, em movimentos gentis, confortantes, eu senti meu coração pular em resposta. Yeah, eu poderia... eu poderia sentir mais. Talvez... talvez fosse isso. Talvez essa atração, essa química imbatível fosse se transformar em algo muito mais profundo. Talvez ele fosse... o cara.
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Segundos passaram e eu senti meus músculos relaxarem. Em tentativa, eu levantei minha mão e coloquei-a em sua cintura. O abraço não era perfeito, mas enquanto minha bochecha descansava contra seu peito, eu não tinha certeza se algum de nós dois poderia ser perfeito agora ou se isso importava. Nós éramos praticamente estranhos, com nossos próprios problemas e passados, que acreditavam que estávamos sendo responsáveis, apenas para descobrir que nossas vidas tinham planos diferentes do que havíamos imaginado. E o abraço pode não parecer grande coisa, mas era um começo, um começo dos nossos futuros interligados.
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Capítulo Quatorze “Eu vou querer costela, mal...” meu olhar foi da garçonete jovem para o menu. Será que agora que eu estava grávida eu não poderia comer nada cru? Não tenho ideia. Precisava pesquisar essa merda. Suspirando, eu fechei o menu. Cuidado acima do sabor. “Ao ponto.” “É assim que você costuma comer carne?” Nick perguntou enquanto a garçonete se afastava. Eu balancei minha cabeça. “Eu normalmente prefiro como você pediu – malpassado, mas eu não tenho certeza se posso comer carne assim agora.” Sentado na minha frente, ele pegou seu copo d’agua. “Talvez devêssemos arrumar um manual ou coisa do tipo.” “Acho que deveríamos.” Sorrindo, eu brinquei com a beira do guardanapo que estava enrolado sobre os talheres. “Tenho certeza que deve existir um por aí.” Depois do que foi um dos abraços mais desengonçados da história, Nick tinha perguntado se eu estava com fome. Em vez de explicar que tinha acabado de comer, eu decidir aceitar o que quer que ele estava oferecendo porque precisávamos conversar. Meia hora depois nós terminamos no Outback não muito longe do Mona’s. “Você disse que tem uma consulta médica, certo?” ele perguntou. “Essa semana? Eu quero ir com você.” Pela centésima vez hoje, eu estava impressionada. Me encostei na cadeira. “Você não precisa...” “Eu sei que não tenho de ir.” Nick franziu o cenho, e porra, mesmo com rugas forçadas em seu rosto, ele ainda era lindo. “Mas eu quero.”
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Algo esquentou meu peito, mas eu ignorei. “É só um clinico geral. Ele só vai me dizer se estou ou não grávida e que eu preciso ver um OB/GYN 12.” “Então porque você não se adianta e já agenda essa consulta?” Seu olhar estava fixo, procurando algo. “Por que ir a um clínico geral quando você já sabe o que ele vai dizer?” Merda. Ele tinha razão. “Eu tenho razão, huh?” Meus olhos estreitaram. “Você pode ler mentes?” “Não.” Ele riu. “Estou apenas sendo lógico.” “Que seja,” eu suspirei. “Okay. Eu posso marcar uma consulta com um OB/GYN amanhã. Bem, espero encontrar um.” Ele sorriu um pouco. “Eu posso ir quando você quiser. Só me avise. Eu posso te levar ou te encontrar lá.” “Okay.” Cruzando meus braços sobre minha barriga, olhei para cima e encontrei ele me observando. “Você... você vai contar para sua família?” A linha do seu maxilar ficou tensa. “Não.” Sua resposta foi tão rápida que me cortou. “Okay.” “Merda.” Ele se inclinou para frente, colocando seus braços sobre a mesa. “Eu não quis dizer isso desse jeito. Eu não tenho nenhuma família imediata – nenhuma que iria se importar.” Inclinei minha cabeça para o lado. “O que isso quer dizer?” “Muito.” Ele apoiou seu queixo em sua mão e seus dedos cobriram sua boa bem desenhada. “Eu não sou próximo da minha família. Eu nem mesmo sei se eles ainda moram por aqui. Você planeja contar a Roxy?”
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Obstetra / Ginecologista
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Sabendo que ele tinha mudado de assunto de propósito, eu não sabia se devia deixar isso passar ou não. As coisas ainda eram bem novas para nós e nossos passos eram apenas tentativas. Se ele não queria divulgar nenhuma informação agora, tudo bem, mas ele teria de me contar eventualmente. “Eu não tinha pensado sobre isso. Você?” “Eu estava pensando em deixar isso com você, mas eu não acho que é algo que consigo manter em segredo de todos.” Ele ponderou. “Eu vou ter de deixar Jax saber se eu precisar de uma folga ou coisa do tipo, mas ele manteria segredo.” “Ele pode contar a Calla. Quero dizer, eles estão juntos e eu tenho certeza que conversariam sobre isso. Então, se ela souber, há uma boa chance dela deixar escapar.” Eu mordi meu lábio. “Nós não temos que contar nada a ninguém agora, apesar de tudo.” Ele concordou. “Nada precisa ser dito nesse momento, mas e sobre seu trabalho? Como você acha que eles vão lidar com isso?” “Ugh.” Eu apoiei meu queixo em minhas mãos. “Eu nem quero pensar sobre isso e não faço ideia de como vão reagir. Acho que ainda tenho um tempo antes de ter de contar a eles.” Nick levantou uma sobrancelha. “Eu não acho que você vai querer jogar a bomba sobre a gravides uns meses antes de estar próxima ao parto.” “Eu sei, mas eu mal estou com um mês, então tenho tempo.” Eu enruguei meu nariz quando ele levantou suas sobrancelhas. “E eu realmente não preciso dizer a eles por um bom tempo, certo? Não é como se eu estivesse evitando o inevitável.” “Huh.” Meus olhos estreitaram de novo. “O que isso quer dizer?” “Nada,” Houve uma pequena pausa. “Você não está evitando nada aqui. Você não tem de contar a eles ainda. Quero dizer, eu acho que as
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mulheres esperam um pouco, mas você não me parece como uma pessoa que enrola. Você parece com alguém que pega e faz tudo logo de cara.” “Obviamente você não me conhece direito.” Imediatamente, eu reconheci a acidez em meu tom. Os dedos de Nick se afastaram da sua boca, revelando um meio sorriso. “Isso é o que estamos fazendo, não? Nos conhecendo.” Eu meio que sentia como se estivéssemos apenas arranhando a superfície um do outro, sem ir profundamente. “É o que precisamos fazer.” Eu suavizei meu tom. “Concordo.” De repente, seu braço atravessou a mesa. Seus dedos foram parar em minha bochecha e eu congelei, segurando minha respiração enquanto ele passava seu dedão pelo meu queixo. “Você tinha uma migalha aqui.” Meu pulso acelerou. “Eu tinha?” “Yeah.” Seus cílios abaixaram, cobrindo seus olhos. “Agora não mais.” “Isso é bom,” eu sussurrei, o calor expandindo. “Você está procurando por mais migalhas?” Nick riu profundamente e o som me fez tremer um pouco. “Talvez.” Sua voz havia mudado, percorrendo minha pele como agua quente. “Migalhas são umas coisas pequenas e malditas. Mas eu acho que tenho que fazer uma inspeção mais minuciosa.” Seus lábios se curvaram para cima enquanto ele removia sua mão. “Apenas para ter certeza que não tem mais migalhas em partes importantes.” Eu sorri. “Você é tão cuidadoso.” “Isso eu sou.” Ele inclinou sua cabeça para o lado e a luz baixa refletiu em suas bochechas. “De qualquer modo, nós precisamos conhecer um ao outro. Estamos presos um ao outro para... bem, para sempre agora.”
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Uma onda de calor passou sobre minha pele, alimentando o calor sensual de sua provocação. Uma dor que eu não entendia totalmente tomou o lugar disso e minha boca imediatamente formou as palavras. “Eu acho que você precisa começar a comprar camisinhas melhores, huh?” Seu sorriso se transformou em algo seco. “Eu acho que você precisa prestar atenção em tomar seus comprimidos direitos, huh?” Touché. Nós dois marcamos pontos. “Olhe. Nós precisamos fazer isso funcionar.” Ele encostou no banco, seus olhos mais frios do que antes. “E apontar dedos um ao outro não vai nos ajudar em nada. Tem muito que precisamos entender – muitas coisas importantes, como cuidar de uma criança, como vamos criar esse bebê – o dinheiro que vamos precisar. Eu não sei muito sobre a parte legal envolvida nisso tudo, mas nós vamos descobrir.” Aquele calor aumentou e eu desejei que estivesse do lado de fora, deixando o vento gelado esfriar meu corpo e apagar essa ferroada. Eu me senti concordando, mas eu não conseguia tirar a palavra “presos” da minha cabeça. Estar “preso” com alguém não fazia referência a nada profundo. No que eu estava pensando mais cedo, quando Nick tinha me abraçado? Que nós poderíamos, de algum modo, começar a realmente se importar um com o outro, talvez... talvez até amar um ao outro de um jeito que eu sempre desejei? Eu era uma completa idiota. Nick e eu havíamos transado. Agora estávamos lidando com as consequências. Emoções não estavam envolvidas nisso. Nope. Nenhuma. Ele olhou para longe, um musculo pulsando em seu maxilar. A comida chegou, mas meu estomago estava revirado. Bem, esse novo começo não parecia mais tão brilhante assim.
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A pilha de papeis recém encadernados balançava em meus braços enquanto eu passava pelos cubículos na tarde de segunda feira. O manual reescrito do HR havia sido completado, mas agora eles precisavam de novas versões encadernadas, por qualquer que fosse o motivo. O cheiro de plástico e coisas químicas fez meu estomago ultrassensível revirar e eu estava prestes a joga-los em qualquer lugar, mas de novo, haviam motivos pelos quais esse não seria um comportamento aceitável. Eu os coloquei na prateleira do meio, as espirais viradas para fora e alisei a parte da frente da minha blusa. Um novo cheiro de produto químico, algo amadeirado demais, sobrepôs o outro. Me virando, eu quase vomitei em mim mesma e no chão antes de começar a espernear como uma criança de dois anos. Rick estava na porta, seu rosto corado e olhos lustrosos, uma visão totalmente não graciosa. Ele era a fonte desse novo cheiro ruim. Alguns dias parecia que ele havia tomado banho de perfume. Ele piscou. Eu suspirei. Hoje não estava sendo um bom dia. Meu humor de merda tinha começado naquela manhã quando eu tentei vestir essa saia lápis rosa extremamente fofa. Eu tinha conseguido passar minhas coxas e minha bunda, mas quando tentei fechar o zíper, eu não conseguia encolher meu estomago, nem esticando a costura. Então, depois de experienciar a primeira falha em roupas durante a gravidez como a primeira surpresa da manhã, meu estomago não estava feliz no caminho até o trabalho. Sem ter previsto o que uma gravida poderia tomar para combater a náusea, eu apenas sofreria até chegar em casa. Minha paranoia não me deixava pesquisar isso enquanto estivesse no trabalho.
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Desde que meu estômago parecia que estava borbulhando toda a bile, eu não consegui comer muito durante o almoço, o que me deixou com fome – com fome e com raiva, juntas. Mas isso não era a fonte principal para minha chateação. Eu tinha me escondido em meu carro no almoço e comecei a ligar para o OB/GYN e, por Deus, todas as mulheres no país estavam gravidas e precisavam de um médico? Eu tive de ligar para seis médicos diferentes para achar um que pudesse me atender na segunda semana de novembro. A segunda semana de novembro! Puta merda, pelos meus cálculos, eu estaria com oito semanas nessa época. Oito semanas! Isso eram dois meses e um troquinho. Mas que porra eu deveria fazer entre agora e lá? Havia muitas coisas que eu poderia estragar em apenas dois meses. Mas eu tinha marcado a consulta e, então, mesmo que o jantar com Nick ontem à noite tinha ido ralo a baixo tão rápido quanto um apocalipse zumbi, eu tinha mandado mensagem para ele com o dia e a hora da minha primeira consulta. Sem resposta. Nem uma palavra. Oh, ele queria estar envolvido e precisávamos estar nisso juntos porque estávamos presos um ao outro, mas aquela mensagem há três horas atrás ele ainda não tinha respondido? Nós estávamos tendo um belo de um começo. Com certeza, pelo que eu sabia, algo poderia ter acontecido, mas meu dia de merda e toda minha lógica de merda não ajudavam em nada para me deixar menos puta. E agora eu tinha Rick me encarando como o imbecil que ele era. Eu comecei a andar para a porta, planejando socar ele nas bolas se ele não saísse do caminho ou se tocasse em mim, mas enquanto me
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aproximava, ele deu um passo para o lado. Rick não disse nada enquanto eu simplesmente passava por ele, pela porta, segurando minha respiração para que eu não engasgasse em seu perfume. Ele apenas estava ali parado, como um estranho, me encarando. Imbecil estranho. Eu quase tinha chegado a minha mesa quando a porta de Marcus voou aberta, as dobradiças estalando. Meus olhos arregalaram enquanto eu congelava. Andrew Lima correu do escritório, indo para as portas principais. Marcus estava logo atrás dele. A filha do Andrew – a quieta Jillian, saiu logo depois. “O que aconteceu?” Eu perguntei, minha mão voando para meu estomago por algum motivo desconhecido. Enquanto eu tirava minha mão do caminho, o gesto passando despercebido, o rosto de Jillian perdeu todo o sangue enquanto ela se apressava, passando por mim. “É o Brock,” ela disse, seus olhos escuros brilhando com lágrimas. “Ele se machucou.”
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Capítulo Quinze Quase ninguém disse nada pelo resto do dia no trabalho. Todos estavam impressionados pelo que aconteceu em um dos ringues abaixo. Pelo que consegui juntar dos caras que entravam e saiam do escritório, Brock estava treinando com um dos novos lutadores, um cara mais novo que tinha muito potencial em MMA. Ninguém sabia direito como o acidente aconteceu, mas parecia que Brock estava mostrando uns golpes ao lutador mais novo. Algo tinha dado errado e Brock estava caído de costas, apertando seu peito. Ele tinha disso que sentiu um ‘pop’ em seu peito e, enquanto eu não sabia muito sobre machucados relacionados a MMA, isso não soou bem. E não foi. Quando começamos a fechar o escritório, Marcus voltou e as notícias eram ruins. Brock tinha lesionado um tendão no pectoralis – uma ruptura no interior do músculo que envolve a caixa torácica. A ruptura tinha sido tão severa que o musculo foi separado do osso e ele tinha corrido para cirurgia. Em alguns segundos, Brock ‘a besta’ Mitchell tinha sofrido o tipo de lesão que todos temiam que pudesse acabar com sua carreira. Horrorizada, não sabia o que dizer. Eu não conhecia Brock tão bem, mas era triste ouvir que seu futuro poderia ter mudado, sem volta. O malestar ficou bem depois de ter voltado para casa e colocado um par de moletom bem confortável. Roxy tinha me visitado por uns minutos e eu disse a ela sobre Brock. Ela estava tão triste quanto os outros. Quando ela saiu para ir ao apartamento de Reece, eu conversei com Yasmine no Skype por uns minutos sobre nada em particular antes que ela se inclinasse em direção ao seu monitor, seus olhos castanhos cheios de preocupação.
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“Como você está realmente indo, Steph?” ela perguntou, sua voz soando distante por causa da conexão do Skype. Eu apertei o travesseiro ainda mais contra meu peito enquanto olhava de volta para ela. “Eu estou bem. Como eu disse.” Ela inclinou sua cabeça para o lado. “Você parece cansada.” Geez. Fiz biquinho. “Eu pareço uma bagunça gostosa ou algo do tipo?” “Meio que,” ela respondeu. “Obrigada.” Um grande sorriso apareceu, levantando suas bochechas. “Eu não quis dizer nada com isso. Você apenas parece cansada.” As palavras ‘estou grávida’ se formaram em minha língua, mas eu não consegui fazer essas duas palavras saírem. Eu não fazia ideia do que Yasmine iria pensar e eu duvidava que haveria gritinhos animados como Roxy fez quando ouviu as notícias sobre Avery. Provavelmente teriam muitos “puta merda” e coisas do tipo. Um peso estranho se acomodou em meu peito. Eu rapidamente mudei de assunto, perguntando sobre Atlanta. Uma vez que terminei a chamada com ela, eu peguei um lanche e me joguei no sofá, mastigando um Cheez-Its13 enquanto eu me afundava no buraco de minhoca chamado Buzzfeed. Alguns minutos depois das nove, meu telefone tocou. Minha mão congelou no meio do caminho da minha boca e um quadrado laranja caiu, parando em meu peito enquanto meu olhar ia para onde meu celular estava apoiado no braço do sofá. Era do Nick. OK. Eu posso ir.
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Um tipo de salgadinho de queijo.
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Era isso? Quase nove horas depois era essa sua resposta? Minha mão apertou em volta do celular. Eu queria responde-lo e exigir o porquê havia levado tanto tempo para ele responder, mas eu não era dessas. Ou, pelo menos, não era assim antes, mas agora eu era? Eu peguei o Cheez-It dos meus peitos e o coloquei de volta na minha boca, mastigando o pobre coitado como se fosse um lobo com um osso. Tudo que eu queria era plantar meu rosto em um travesseiro e gritar. Gritar tantas palavras com F que os ouvidos pelo condomínio todo iriam explodir. E isso era ser um pouco dramática. O que havia de errado comigo? Hormônios? Seria que as mulheres ficavam assim, emocionais, quando estavam grávidas? Isso soava como uma boa desculpa como qualquer outra, mas será que acontecia assim tão rápido? Terça e quarta foram chatas e pesadas, combinando com meu humor e com o de todos na Lima Academy. Brock tinha saído da cirurgia e ele iria ficar com o braço imobilizado pelas próximas seis semanas. Ainda era cedo demais para dizer se ele iria curar completamente e se voltaria, ou se o resultado seria aquilo que todos temiam. Eu não tinha visto Andrew ou sua filha desde segunda, mas eu imaginava que ambos estavam acabados, por motivos diferentes. Brock era essencial para o sucesso da Lima, mas eu não conseguia esquecer o olhar de Jillian. Mesmo que ela estivesse indo embora, ela estava completamente apaixonada por Brock. Nick tinha me mandado mensagem na terça, alguma hora durante a tarde, e eu não havia respondido, porque... bem, eu não tinha um bom motivo. Uma grande parte de mim sabia que eu estava sendo infantil e tudo mais, e honestamente, essa era a hora para amadurecer, mas eu não conseguia reunir energia suficiente para me importar.
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Quando cheguei em casa na quarta, eu imediatamente peguei a calça do pijama de flanela e um moletom solto e fui falar com minha mãe. Ela estava feliz que eu havia dito a Nick e, enquanto ela tentava manter a calma no telefone, eu podia dizer que ela estava animada por estar a oito meses de se tornar avó. Eram quase sete e meia quando sai do telefone com ela, e eu estava olhando o estoque de comidas na minha dispensa. Eu tinha feito a viagem mais que necessária ao mercado depois do trabalho na segunda, estocando todas as comidas que descobri no confuso, porém muito útil site para quase mães. Ovos. Salmão. Vegetais e frutas – frutas coloridas e verduras, porque, aparentemente, havia diferença. Sem cores sem graça para pessoas grávidas. Batata doce. Iogurte Grego. E, finalmente, carne magra. Eu meio que gostava mais das carnes gordas, porque, você sabe, essas coisas tinham um gosto melhor. Eu também tinha pegado um pacote do tamanho de um mamute de vitaminas pré-natais. Desde que parecia que não tinha muitas coisas que eram permitidas para futuras mães, e era natural, eu pensei que pudesse ajudar com minha náusea. Eu não iria toma-las agora, já que o enjoo estava sob controle, mas seria bom tê-las a mão. Cheez-Its ou Pringles? Era isso que estava debatendo quando ouve uma batida a porta. Eu me virei devagar enquanto meu coração acelerava. Um momento passou e eu me aproximei da porta. Mesmo que uma parte de mim soubesse quem era, eu espiei. Era Nick. Mordendo meu lábio, eu olhei para mim, para baixo, e suspirei. Minha calça era, no mínimo, dois tamanhos maiores e meu suéter cropped não era algo que eu usaria fora de casa. Uma parte decente da minha barriga estava visível e, enquanto ainda não havia mudanças perceptíveis, eu desejava ter tendo de correr e...
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Bem, espere. Por que eu me importava com minha aparência ou o que ele pensaria dela? Eu estava brava com ele. E eu poderia parecer pior. Eu poderia ter Cheez-Ir preso em meu peito ou coisa do tipo. Eu abri a porta, pronta para exigir o que ele estava fazendo aqui. Antes que pudesse abrir minha boca, Nick entrou, como se ele tivesse todo direito de fazer isso. Um capacete estava debaixo do seu braço e uma jaqueta de couro esticada sobre seu peito. “Então você ainda tem uma moto?” Eu deixei sair e, cara, essa foi uma pergunta estúpida. Ele colocou o capacete na mesa da cozinha. “Yeah, eu tenho.” Suas sobrancelhas franziram. “Eu tenho um carro e uma moto. Parou de chover, então eu decidir vir de moto.” “Mas não está frio para andar de moto?” Um ombro levantou. “Você se acostuma.” Houve uma pausa e seus olhos verdes estavam em meu rosto. “Eu preciso fazer você subir na garupa dela e te levar para dar uma volta.” Um calafrio percorreu minha coluna. Essas palavras estavam cheias com um significado mais profundo. Cruzando meus braços sobre meu estomago, eu olhei para longe, meu olhar parando no capacete. “Por que está aqui, Nick?” Silencio foi minha primeira resposta, me forçando a olhar para ele. Seu olhar estava afiando enquanto me encarava, seu maxilar tenso. Quando ele falou, sua voz estava rouca. “Eu não acredito que você está me perguntando isso.” Eu queria apontar o porquê eu havia feito, mas os motivos não eram bons. Eu podia reconhecer isso agora. “Então eu acho que é por isso que você não me respondeu na segunda?” ele disse, suas mãos parando em seu quadril “Eu fiz algo para te
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irritar. Eu não sei o que exatamente, então você poderia ser gentil o suficiente para me atualizar?” A irritação estava de volta, mas principalmente comigo mesma. O que estava realmente me incomodando, que eu não tinha nervos suficientes para apontar, era o que ele havia dito durante o jantar no domingo. Que estávamos “presos” um ao outro. Essa era a fonte da minha frustração e... e sim, a fonte da dor em meu peito. Mas dizer isso a Nick seria o equivalente a me despir e fazer uma pequena dança. “Eu acho... eu acho que estava brava pelo tempo que te levou para responder minha mensagem na Segunda.” Fechei meus olhos, me odiando por dizer isso em voz alta, porque era parcialmente verdade. “Eu apenas pensei que você... um, responderia mais rápido.” Quando abri meus olhos, um olhar de dúvida estava na expressão de Nick, mas era mais como... surpresa. Eu fiz bico. O que no mundo ele achava engraçado sobre isso? Ele tirou sua jaqueta e colocou-a no encosto da cadeira. Acho que ele estava ficando. “Você está certa,” ele disse. Eu olhei em volta do cômodo. “Estou?” Nick deu um passo em minha direção, e eu congelei, sem ter certeza do que ele iria fazer. Ele era tão imprevisível, e ele me surpreendeu quando pegou minha mão. Entrelaçando seus dedos com os meus, ele me puxou para longe da porta. Meu coração quase perdeu umas batidas, porque por um segundo eu achei que ele estava me guiando ao final do corredor, para minha cama, e enquanto minha cabeça dizia que isso era uma má ideia, meu corpo praticamente explodiu com o jato de hormônios gritando ‘yeah’. Mas não era para lá que ele estava me guiando. Ele me levou para o sofá e se sentou, me puxando para baixo para que me sentasse ao seu lado, minha coxa pressionada contra a sua e, desde que minha cabeça estava navegando feliz, o contato mandou uma onda de calor por mim. Eu precisava me controlar.
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Meu olhar caiu dos seus lindos olhos até uma área abaixo do cinto. Eu realmente precisava me controlar. Ou transar. “O que você está pensando agora?” Nick perguntou. “Huh?” Meu olhar voltou para seu rosto. “Nada.” Ele virou sua cabeça um pouco. “Yeah, eu não acredito em você. Seu rosto corou de repente e seus olhos estão sem foco – Espere, você está bem? Isso é o...” “Estou bem.” Não era como se eu fosse contar a ele que estava excitada. Eu soltei minha mão e a coloquei entre meus joelhos. “Então... sobre o que eu estava certa?” Sem olhar para ele, eu sabia que seu olhar estava fixo em mim e era esse olhar intenso que me fazia sentir como se ele enxergasse através de mim. “Você estava certa por eu não ter respondido a mensagem antes. Eu deveria ter respondido mais rápido.” Surpresa, eu olhei para ele. “Sério?” Ele ignorou minha pergunta. “Mas você deveria ter tido a coragem de me ligar imediatamente. Nós poderíamos ter lidado com isso em vez de ficar dois dias sem contato e me fazer perguntar ontem a Roxy se você estava morta.” “O que?” Eu me inclinei na sua direção. “Você perguntou a Roxy se eu estava viva?” Um olhar neutro apareceu em seu rosto. “Bem, eu não disse exatamente essas palavras, mas eu a vi no bar essa tarde quando eu passei e perguntei sobre você. Meu ponto é que, você deveria ter tido bolas suficientes de me ligar e puxar minha orelha.”
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“Eu não tenho bolas,” eu disse, maliciosamente. A loucura era que em outra situação, eu teria chamado sua atenção imediatamente. Eu não teria remoído isso. Um lado de seus lábios se curvou para cima. “Então você deveria ter tido um ovo fertilizado para chamar minha atenção imediatamente.” Eu me contraio. Uma risada escapou de mim. “Ovo fertilizado?” Seu sorriso aumentou. “Essa é a melhor coisa, e mais próxima, de bolas.” “Oh meu Deus.” Eu levei minhas mãos ao meu rosto enquanto ria. “Isso soa muito errado, Nick. Muito errado.” “Yeah, você está certa. Isso soou estranho.” Ele riu enquanto eu abaixava minhas mãos. Calor subiu para minhas bochechas e eu me ajeitei desconfortável. “Você está certo,” eu disse. “Eu deveria ter dito algo, perguntado ou, pelo menos, deveria ter respondido. Foi infantil e eu normalmente não sou assim. Acho que eu estou...” “Estressada?” ele sugeriu gentilmente, me cutucando com sua perna. Eu concordei. “Yeah, estou, mas essa não é uma desculpa. Não é...” “Tem um motivo que eu não entrei em contato com você até aquela hora, na noite de segunda. Eu cuido do meu avô.” Essa afirmação me pegou desprevenida. Nick estava olhando para frente, todo o humor de antes havia sumido de seu lindo perfil. “O que?” eu sussurrei. Ele limpou sua garganta antes de falar. “Meu avô – seu nome é Job.” Seus lábios cheios se curvaram em um pequeno sorriso. “Eu sei que é um
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nome estranho. Minha família é Romani14. Você provavelmente nos conhece por outro termo. Cigano. Apensar que a maioria de nós não gosta desse termo. Nem um pouco.” Wow. Meu chute que ele tinha descendência hispânica passou bem longe. Ele era realmente um Romani? Por alguma razão bizarra, eu estava absolutamente fascinada por isso, provavelmente porque eu nunca havia conhecido um. Haviam alguns Romanis que viviam perto de Martinsburg, de acordo com aqueles reality shows da TV, mas eu nunca os vi. Mas esse não era realmente o tempo para eu estar fazendo milhares de perguntas sobre sua descendência e soar completamente ignorante. “E antes que você pergunte, minha família está vivendo nessa região a anos. Eu frequentei a escola pública e eu não cresci em uma caravana de trailers,” ele continuou, suas sobrancelhas escuras franzidas. “Eu sei que tem vários estereótipos sobre nossas culturas, mas a maioria é completamente romanceada.” Agora eu me sentia estupida sobre pensar o que havia pensado, mas eu nunca achei que os Ciganos – er, Romani – eram menos ou qualquer coisa do tipo. “Eu sou parte Cubana,” eu disse a ele. Ele me olhou, suas sobrancelhas arregaladas. “Bem, meu avô cresceu em Cuba. Ele veio para os Estados Unidos quando era adolescente,” eu disse a ele, dando de ombros. “De qualquer modo, eu pensei que poderia... poderia apenas dizer isso.” O sorriso que se formou em seus lábios era pequeno, mas genuíno. “Bom saber.” Ele pausou. “Meu avô está bem doente e não tem ninguém... que sobrou para cuidar dele, então eu o faço. Eu moro com ele para que alguém possa estar com ele durante a maior parte do dia. Tem uma
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Também conhecidos como ciganos. Essas populações constituem minorias étnicas em inúmeros países do mundo e são conhecidas por vários exônimos. O endônimo "rom" foi adotado pela "União Romani Internacional" (em romani: Romano Internacionalno Jekhetanipe) e pela Organização das Nações Unidas
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enfermeira em casa que fica com ele nas noites, me dando uma folga quando eu preciso trabalhar.” Meu queixo estava no chão enquanto eu escutava Nick. Eu não fazia ideia de nada disso, mas algo que Reece disse naquela noite em seu apartamento voltou. Foi sua resposta quando Nick disse que tinha muito tempo livre. Reece tinha dito que isso era mentira, e agora eu sabia o porquê. “Ele tem Alzheimer.” Nick explicou. Oh não. Meu coração apertou em simpatia. “Ele deu uma boa piorada esse último ano, mais ou menos, mas não costumava ser assim. Havia semanas onde ninguém poderia dizer que havia algo de errado com ele. Sabe? Ele apenas tinha seus momentos de confusão. Como quando ele repetia o que disse uma hora depois ou quando ele aparecia com sua camisa abotoada errado – pequenas coisas. E, então, isso mudou, mas é assim que a doença age. Ela progride, e ele tem esses episódios onde eu preciso estar lá com ele. Ele fica bem estressado quando ele não reconhece a enfermeira. Inferno, na maior parte do tempo ele nem me reconhece.” Eu fechei meus olhos. “Mas ele costuma ficar confortável a minha volta. Talvez seja algo que herdei dele que ele sabe que tem no meu sangue. Os médicos não acham que é por isso, mas que seja.” Nick exalou, cansado. “Mas quando ele está estressado, leva muito tempo para conseguir acalma-lo. Às vezes ele pode ficar... violento. Ele não faz de propósito. Eu acho que ele só está confuso e com medo. De qualquer modo, ele começa a jogar coisas e, por mais que a enfermeira seja paciente e compreensiva, eu não me sinto bem em deixa-la lidando com isso. E segunda, eu deixei meu celular no meu carro e eu nem mesmo pensei nele até de noite, e até lá...” Ele estava estressado demais para se preocupar com minha mensagem. Deus, eu queria me estapear e o único motivo que eu não fiz isso era porque eu estava orgulhosa. Nick era... wow, ele era realmente um
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quebra-cabeças que eu não conseguia montar. Qualquer que fosse a concepção que fiz dele antes estava totalmente errada. Cuidar do seu avô doente era algo que muitas pessoas não fariam. Cuidar, mesmo quando você tinha um profissional ajudando, não era como passear no parque. Eu sabia que isso poderia ser estressante como estar com algum tipo de doença. O fato que ele em seus vinte e seis anos, já tendo passado alguns, Nick cuidava do seu avô, isso me impressionou. Mudou como eu o via. Eu estava orgulhosa de Nick. Movendo-me, eu coloquei minha mão em seu braço. “Me desculpe, Nick.” Seu olhar caiu para onde minha mão estava. “Eu não te contei isso para que sentisse pena de mim.” “Eu sei.” Engoli forte o nó que se formou, de repente, em minha garganta. “Eu não sinto pena de você. Eu só me sinto mal que você e seu avô estejam passando por isso. Não tenho nenhuma experiência no assunto, mas eu sei o quão ruim Alzheimer pode ser. Eu... eu estou orgulhosa de você.” Nick olhou para cima, surpreso. Ele não falou. “Muitas pessoas teriam colocado ele em uma casa de cuidados. Você não o fez.” “Pode ser que esse venha ser o caso,” ele disse, sua voz baixa. Eu apertei seu braço. “E se chegar nisso, não vai ser porque você não se importa com ele. Eu acho que você sabe disso.” Seu olhar encontrou o meu. “Yeah.” Então algo me ocorreu. “É por isso que você é bartender? Você mencionou ter um diploma, mas é porque sendo bartender você consegue escolher suas próprias horas de trabalho?”
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“Parcialmente.” Nick se encostou no sofá, fazendo minha mão deslizar até a dele. E eu a deixei ali. “Ele está melhor agora?” eu perguntei. Nick concordou. “Por enquanto.” Pressionando meus lábios juntos, puxei minha mão de volta. “Me desculpa que você tenha que passar por isso.” Ele não respondeu imediatamente. “Como você está se sentindo? Ainda com náusea?” A mudança de assunto era entendível. “Não está tão ruim. Eu aprendi que posso tomar antiácidos se ficar ruim e que isso pode ajudar. Mas, a maior parte do tempo me sinto normal.” Enruguei meu nariz. “Bem, eu posso estar um pouco mais emocional que o normal.” Nick sorriu. “Nah.” E eu revirei meus olhos. “Bonito cabelo.” Sua mão se moveu e pegou a ponta de uma das minhas tranças. Eu dei um tapinha nela e a afastei. “Que seja.” “É fofo.” Seu olhar estava brilhante e suave. “É como se você fosse Pippi Longstocking15.” Eu tremi. “Mas como você conhece Pippi Longstocking? Isso é de anos atrás.” “Eu sei das coisas. Coisas importantes.” Ele sorriu. “Além do mais, você é como uma versão crescida e sexy de Pippi Longstocking.” Minha sobrancelha levantou. “Oh. Wow.” 15
Protagonista de uma série de livros da autora sueca Astrid Lindgren. A história foi adaptada para televisão em 1963.
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“Mas eu prefiro você,” ele adicionou, seu olhar caindo. “Eu acho que você gosta do fato que consegue ver mais pele,” Eu o corrigi. “Nisso você me pegou.” Sugando seu lábio inferior entre seus dentes, ele se inclinou para frente. “Posso fazer uma coisa?” Eu levantei uma sobrancelha. “Uh, claro?” Nick se virou para que estivesse de frente para mim, e, quando sua mão se moveu para meu estomago, eu percebi que provavelmente deveria ter perguntado a ele o que ele queria fazer antes de ter dado permissão. Um segundo depois a palma de sua mão parou em minha barriga. Inalando profundamente, eu me endireitei. Meus olhos arregalaram. Sua mão era grande, quase cobrindo minha barriga toda, e sua palma estava quente. Eu senti esse seu toque até minha coluna. Ele se inclinou, tão perto que eu conseguia sentir sua respiração contra minha bochecha. “Eu sei que não dá para sentir nada ainda, mas eu só queria colocar minha mão aqui.” “Por que?” Eu estava me sentindo meio tonta, como se estivesse segurando a respiração. “Faz eu me sentir mais próximo ao bebê.” Oh Deus. Oh cara. Eu inalei profundamente, mas o calor que estava sentindo passou por mim, e isso não foi tudo. Ele queria estar próximo ao bebê. Sua mão se moveu um pouco enquanto seus dedos passavam pela borda do meu moletom. “Está logo aqui,” ele continuou. “Uma parte de você. Uma parte de mim. Não importa como isso aconteceu, é bem incrível.”
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Meus ovários podem ter explodido. Seus cílios levantaram. “Não acha?” “Sim,” eu sussurrei e, então, disse mais alto. “Sim.” Os lábios de Nick tocaram a curva da minha bochecha e eu tremi uma e outra vez. Quando ele tinha se aproximado tanto? Meu coração disparou em meu peito. Se eu virasse minha cabeça um centímetro ou dois para a esquerda, sua boca estaria na minha. Ansiedade aumentou, empurrando a confusão de lado. Por que eu estava querendo que ele me beijasse? Okay. Havia vários motivos para eu estar querendo isso. Muitos e muitos motivos, mas qual era sua razão? Sua palma ainda estava pressionada contra meu estômago e aqueles lábios estavam em algum lugar próximo ao meu maxilar, e eu me lembrei do seu quase beijo. Aquele que ele tinha pego o canto dos meus lábios na nossa primeira noite. De repente, beija-lo era tudo que eu conseguia pensar. Qual seria a sensação dos seus lábios contra os meus? Eles seriam duros ou macios? Com ele, provavelmente um pouco dos dois. Se ele beijasse como ele fodia, esse seria o tipo de beijo que mudaria para sempre o que você pensava sobre beijos em geral, do passado e os futuros. Nick abaixou sua cabeça um pouco e sua barba por fazer arranhou um pouco meu queixo. Eu engoli um gemido enquanto calor me invadia. Sua palma deslizou do meu estomago, espalhando as chamas enquanto ele colocava sua mão em meu quadril. Ele pressionou sua testa contra meu ombro e seu hálito quente pinicou meu pescoço. O som veio dele, puramente primitivo e masculino que deixou meus nervos loucos. Meu coração pulava enquanto ele levantava sua cabeça devagar e, então, eu senti seus lábios contra o ponto sensível logo abaixo do meu ouvido. Os músculos em meu estômago se contraíram. Me beije. Realmente, me beije. Me beije. Essas palavras continuaram a se repetir enquanto ele continuava a levantar sua cabeça.
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Nick se afastou, e ele não me beijou, mas quando olhei para ele, eu sabia que em sua cabeça estava no mesmo lugar que a minha. Seu peito subia e descia pesadamente e seu olhar parecia nublado. Olhando para baixo, não tinha como esconder o volume em seu jeans. Puta merda... “Então, o que você vai fazer essa noite?” Ele perguntou, sua voz profunda e rouca. “Eu não tenho planos.” Umedeci meus lábios. “Você vai até o Reece?” Ele balançou sua cabeça. “Eu não vim aqui para ver ele. Eu vim ver você.” Isso... isso me agradou. “Eu estava prestes a ver um filme e comer um pouco de Cheez-Its. Okay. Muito Cheez-Its. Talvez um pouco de Pringles também.” Seu meio sorriso apareceu de novo. Era contagioso, e eu me senti sorrindo de volta para ele. “Bem, porque você não escolhe um filme e me diz onde o Cheez-Its e Pringles estão. Nós vamos assistir um filme.” Uma grande parte de mim estava esperando que ver um filme fosse um código para ficar nu, mas eu escolhi um que achei que interessaria a ele – o filme 300 - e ele voltou cheio de aperitivos, assim como havia dito. Sentados lado a lado, nós assistimos todos os abdomens feitos com maquiagem na tela – pelo menos era nisso que eu prestei atenção. Eu repeti as memorias de todos os caras que eu tinha ficado, até mesmo aquele que namorei no colegial, e eu não pude lembrar o momento onde eu me vi assistindo um filme com um cara, enquanto comíamos besteiras, sem querer montar nele e ir direto ao assunto. Normalmente eu não me sentava e assistia um filme com um cara que eu queria coisas sujas, fazer e não falar. Essa era uma primeira vez para mim,
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e eu meio que gostei disso. Não. Não exatamente isso. Eu realmente gostei disso. O calor de Nick exalava dele, indo para mim. Uma vez que parei de enfiar comida em minha boca, eu me encontrei inclinando para ele. Não de propósito. Era algo que eu não estava totalmente no controle, mas em algum momento todo meu lado direito estava pressionado ao seu esquerdo, e eu braço esquerdo estava na parte de trás do sofá. Isso pareceu... certo. Eventualmente minhas pálpebras ficaram pesadas demais para mantêlas abertas. Eu lutei contra o sono porque, sério, eu não queria dormir em cima do Nick, mas não consegui evitar. Aconchegada contra ele, mais confortável que poderia me lembrar, eu me deixei vagar em um sono profundo.
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Capítulo Dezesseis Eu estava quente, mas não muito, mas o calor fez minha consciência acordar. Eu, de vagar, fui acordando e as teias de aranha que me prendiam ao sono foram sumindo enquanto abria meus olhos. Minhas sobrancelhas franziram enquanto encarei a TV. O volume estava baixo, mas eu conseguia ouvir algum comercial estranho. Uma luz fraca entrava pela janela. Mas que...? Foi nesse momento que percebi que não estava sozinha. Perdi o folego enquanto meu arredor começou a fazer sentido. Enrolada de lado, minhas costas estavam pressionadas contra a fonte de todo esse calor. Nick. Jesus, Maria, José... eu me lembrava de ter caído no sono no sofá, mas nos últimos momentos antes do sono me levar, eu realmente não achei que Nick ficaria. Meus olhos arregalaram enquanto eu absorvia a situação. O corpo do Nick estava envolto ao meu, e eu sabia que essa não podia ser a posição mais confortável para se dormir. Ele era um homem alto, e esse sofá era apertado. Mas ele estava aqui, não com sua mão apoiada em meu quadril, mas na parte baixa da minha barriga. Na leve luz da manhã, eu encarei sua mão com certa admiração. Ele tinha colocado sua mão ali de propósito? Era um gesto tão protetor, tão masculino. Ou ele tinha feito isso enquanto dormia? De qualquer modo, isso fez algo comigo. Pontadas começaram da onde sua mão estava, espalhando de uma onda de tremores. Também formou um nó em meu peito e em minha garganta. Como quando ele pediu para sentir meu estômago ontem à noite, me deixando chocada e meu... e todo meu ser comovido. Combinando tudo isso com o que ele me disse sobre seu avô, eu
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estava começando a ver quem Nick realmente era. Algumas peças desse quebra-cabeça estavam aparecendo em seus lugares. Não todas, mas algumas. Enquanto eu encarava a mão de Nick, fui preenchida por um conhecimento importante. Nick seria um ótimo pai. Eu não sabia muito sobre ele, mas baseado no que ele fazia e sacrificava pelo seu avô, eu não tinha dúvidas de que ele levaria a paternidade do mesmo jeito. Sem mencionar que ele não via tudo que ele fazia por seu avô como sacrifício. Ele era... ele era uma boa pessoa – uma pessoa incrível. A tensão que estava sobre meus ombros desde quando descobri que estava grávida começou a aliviar. Era como um chamado. Não importava o que acontecesse entre Nick e eu, ele estaria sempre ao lado de nosso... nossa criança. Eu não estava nisso sozinha. Mas enquanto eu encarava sua mão, também percebi que eu não queria que ele fosse comente o pai do nosso filho. Eu queria juntar todas as outras peças do quebra-cabeça e entender ele. Eu queria saber como era a sensação de beija-lo e eu queria saber como seria fazer... realmente fazer amor com ele. Essa última necessidade era mais profunda que o contato físico. Eu queria que ele significasse mais para mim. Eu queria significar mais para ele. Sim, ter ficado grávida foi o que realmente nos uniu, mas bem que não poderia ser o único motivo. Cuidadosamente, eu me mudei para que estivesse deitada de costas. Sua mão ainda estava no mesmo lugar, na parte mais baixa da minha barriga, o peso sendo algo confortante. Um momento passou e seu dedão se moveu em um pequeno círculo, um círculo bem vagaroso e preciso, logo abaixo do meu umbigo. Nick estava acordado.
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Levantei meu queixo e meu olhar encontrou olhos verdes claros sonolentos. Meus batimentos aceleraram enquanto seu dedão continuava a se mover, agora desenhando um meio círculo. Eu inalei profundamente enquanto meu corpo começava a acordar e reconhecer a proximidade. A ponta dos meus seios endureceu, empurrando contra a taça do meu sutiã. Com cada respiração, a excitação aumentava e eu ficava dolorosamente consciente dela. “Dia,” Nick disse com a voz cheia de sono. Eu repeti o cumprimento, mas eu mal me ouvi. Estava tão ocupada encarando ele. Uma leve sombra cobria seu maxilar. Seu cabeço estava uma bagunça, as pontas indo em todas as direções, e o leve sorriso em seu rosto deixava ele com a aparência de um menino. Limpando meus pensamentos, eu me foquei em algo para dizer, mas acabou saindo o óbvio. “Eu cai no sono.” “Você caiu.” Seus olhos estavam cheios de humor enquanto ele levantava sua cabeça, virando ela de um lado para o outro como se estivesse aliviando um torcicolo. “Você ficou.” Seu olhar, vagarosamente, deslizou sobre meu rosto enquanto ele se sentava. “Fiquei. Você estava aconchegada demais para eu sair. Está brava com isso?” “Não.” Muito pelo contrário. “Eu não quis cair no sono.” “Não me importo. Eu gostei disso.” Meu coração começou a fazer uma pequena dança em meu peito. “Mas e seu avô?” “Eu mandei uma mensagem para a enfermeira. Ela ficou. Acho que precisava das horas extras, já que ficou bem feliz com isso.”
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Abaixei meu olhar. “Eu espero que isso não tenha custado muito.” “Não custou.” Isso não podia ser inteiramente verdade. Enfermeiras que ficavam em casa costumavam cobrar uma boa quantia, mas eu estava feliz por ele ter ficado. Realmente feliz. “Por sinal,” ele disse bem devagar. “Você ronca.” Meus olhos voaram para ele. “O que?” “Yep.” Ele sorriu para mim. “Você soa como uma motosserra pequena.” “Eu não ronco!” Seu olhar estava sombrio. “Como você sabe? Você estava dormindo.” Eu abri minha boca para protestar, mas ele tinha razão, como eu poderia saber? Eu nunca dormi com um cara, nem mesmo com o que namorei no colegial e, enquanto estava na faculdade, minha colega de quarto tinha o habito de dormir com tampões de ouvido. Oh meu Deus, talvez era por isso que ela usava eles. “Eu realmente ronco?” Ele me olhou sério por uns dois segundos antes de começar a rir. “Não. Você não ronca. Estava mentindo.” “Seu babaca!” Fiz uma careta enquanto batia nele. “Aqui estava eu pensando que realmente soava como uma motosserra.” “Uma motosserra pequena,” ele me corrigiu. “Que seja,” eu respondi, me contendo para não sorrir. Seu sorriso era fácil enquanto ele levantava sua mão da minha barriga e arrumava uma mecha do meu cabelo que havia escapado das tranças,
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tirando ela do meu rosto. “Vamos lá, você teria como saber se ronca ou não. Algum cara já teria te dito.” “Eu nunca dormi com um cara,” eu admiti. “Então isso não teria sido possível.” Ele abaixou sua mão, colocando ela de volta em meu estomago. “Então sou seu primeiro.” “Em alguma coisa,” eu apontei. “Fico com o que posso.” Eu sorri. “Acho que você precisa sonhar mais alto.” “Babe, você não tem ideia do quão alto estou sonhando agora.” Perdi a respiração. “Me diga.” Nossos olhares se encontraram por um momento antes de seus cílios abaixarem, protegendo seus olhos. Um pequeno sorriso apareceu em seus lábios enquanto seus dedos se abriam sobre meu estomago. Eu senti seu peito se mover com uma respiração profunda. “Eu quero fazer algo,” ele disse enquanto sua mão ia mais ainda para o sul. “Mas eu não acho que você vai deixar.” Segurei a lateral do sofá. “Depende do que é.” “Hmm.” Seus dedos estavam próximos do elástico do meu moletom. “Eu quero te tocar.” Oh Deus. Meus batimentos saíram do ritmo enquanto ele segurava minha calça. Parecia que minha língua estava colada no céu da boca. Ele abaixou sua cabeça um pouco e eu senti seu hálito dançando sobre minha bochecha. “Eu quero sentir você gozar em volta dos meus dedos.”
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Havia uma boa chance do meu coração ter parado enquanto eu me reposicionava. E eu o senti duro contra minha coxa. “Sei que as coisas estão... diferentes agora,” ele disse, aqueles seus lábios passando pela curva da minha bochecha enquanto ele falava. “E eu pensei que não iria querer complicar as coisas, mas eu tenho de ser honesto com você. Eu sou totalmente a favor de complicações. Eu quero tudo com você.” O aperto em minhas calças afrouxou. “Então, você vai me fazer ganhar o dia?” Meu peito levantou e caiu rapidamente. Por um breve momento eu pensei que eu e Nick tínhamos o habito de fazer tudo ao contrário – primeiro sexo, depois um bebe e, agora, alguns sentimentos fortes, tudo isso antes de um encontro? Bem, nós meio que tivemos um encontro no domingo. Né? O calor em minhas veias e a humidade entre minhas pernas disse a voz em minha cabeça para calar a boca. Eu era uma escrava do meu corpo, mas enquanto eu virava minha cabeça para ele, meu nariz passando sobre sua bochecha. Eu não me importava. “Eu vou deixar você fazer meu dia.” Ele enrijeceu ao meu lado e disse. “Graças a Deus.” Meus olhos se fecharam enquanto eu me entregava a suas mãos habilidosas, e ele não me fez esperar muito. Ele se moveu, para que sua testa estivesse pressionada contra a minha, e eu percebi que nessa posição ele podia assistir o que estava fazendo. Isso me excitou ainda mais. Nick trouxe sua mão para cima, logo abaixo do meu ombro, e a deixou ali, quase reverentemente, até que sua mão deslizou, para baixo do elástico da minha calça de moletom. “Puta merda,” ele gemeu. “Me diga, esse tempo todo você não tinha nada por baixo disso?”
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“Nada.” O calor transformou meu sangue em lava. “Eu não esperava alguém noite passada.” Seus dedos vagaram mais para sul e ele usou seu joelho para afastar minhas pernas. “Então você fica assim quando está em casa sozinha? Sem calcinha?” “Na maioria das vezes,” perdi o fôlego quando a ponta de seus dedos passou sobre o ponto sensível. “Porra. Nunca vou me esquecer disso.” Eu comecei a responder, mas ele me apalpou e todos meus pensamentos sumiram. Seus dedos trilharam entre minhas pernas, movendo para cima e para baixo, provocando de um jeito que fez meus dedos do pé se enrolar. Minha respiração estava presa. “Você é tão macia aqui. Acho que a única parte sua que é assim.” Eu queria dizer a ele que não era bem assim. Que eu era uma bela de uma preguiçosa, mas um de seus dedos ficou mais aventureiro, deslizando dentro de mim. Meu quadril respondeu, levantou ele mais profundamente, e seu gemido de resposta mandou outro raio por mim. Seu dedo começou a se mover pela humidade, devagar e meticuloso, levando seu tempo, e meu quadril acompanhou os movimentos. Um leve gemido escapou de mim quando ele adicionou outro dedo, gentilmente me esticando. Eu me segurei nele, agarrando sua cintura. A tensão acumulava e aliviava na beira de meu estômago. Nick moveu sua mão para que sua palma estivesse pressionada contra o pico de nervos, extraindo um gemido de mim. “Oh Deus,” eu sussurrei. Meus músculos contraíram. “É isso.” Sua voz estava pesada com a necessidade. “Eu posso te sentir.”
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O ritmo de seus dedos acelerou, indo mais profundamente e mais rápido, e a tensão que estava acumulando continuou até que rompeu, mandando raios de prazer por mim. Meus gemidos soaram abafados e meu quadril levantou do sofá quando a liberação aliviava nos pequenos choques. Nick ficou comigo, sabendo exatamente quando diminuir o ritmo de seus dedos e, quando ele os tirou de mim, eu o assisti, totalmente acabada e tonta, meus músculos nada mais que geleca enquanto ele levava seus dedos a sua boca. Puta que o pariu. Uma nova onda de luxuria passou por mim enquanto seus dedos apareciam novamente. “Melhor café da manhã que já tive.” Rolando para ficar de lado, eu tentei alcançar a elevação que ficou o tempo todo pressionada contra minha coxa, mas ele me parou, pegando meu pulso. Meus olhos arregalaram. “Você vai me parar?” Sua expressão ficou tensa. “Por mais que eu vá me odiar por fazer isso, eu vou ter de.” “Por que? Você teve seu café da manhã. Eu quero o meu.” A sobrancelha de Nick levantou. “Shake de proteína,” eu disse, meus lábios se curvando para cima. Uma risada ecoou dele. “Puta merda. Você conseguiu.” “Sim.” Eu tentei alcança-lo de novo, mas seu aperto ficou mais forte. Ele exalou levemente. “Que horas você precisa ir trabalhar?” No começo eu não entendi o porquê ele trouxe esse assunto, mas então eu entendi. A neblina foi embora. “Oh meu Deus.” Eu me afastei, me movendo rápido para me sentar. Meu olhar voou para o relógio. “Puta merda! Eu preciso me aprontar.”
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“Pensei que você quisesse um shake de proteína?” Eu atirei um olhar a ele, me jogando de pé, agradecida por não ter tropeçado. “Esse shake de proteína vai ter de esperar.” Nick se alongou, jogando seus braços sobre sua cabeça enquanto me assistia, ainda meio deitado. Por um momento não consegui me mover enquanto encarava ele. Uma parte bem irresponsável de mim queria mandar tudo ir se foder e, literalmente, foder, mas eu não podia. Então me afastei. “Talvez mais tarde?” Ele ofereceu, seus olhos sombrios. Inalei profundamente. “Definitivamente mais tarde.”
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Capítulo Dezessete Com Nick trabalhando a noite e eu durante o dia, não havia muito tempo para nós nos vermos. Eu sabia que podia visita-lo no bar, mas o que estava sendo desenvolvido entre nós era frágil demais para eu aparecer em um lugar seu. Mas isso não significa que ele desapareceu depois de sair do meu apartamento na quinta de manhã. Ele me mandou uma mensagem naquela noite quando chegou ao Mona’s, e na sexta quando acordou, o que era muito cedo para alguém que trabalhava até a uma da madrugada. Então, novamente, agora que eu sabia que ele tinha que cuidar de seu avô, ele provavelmente trabalhava com o mínimo de horas dormidas. Na noite de sábado eu fiz algo que foi uma novidade para mim. Eu mandei uma mensagem para Nick antes que eu fosse dormir. Eu tinha feito isso, rindo como tivesse dezesseis, e sua mensagem em resposta colocou um sorriso em meu rosto. Enquanto estiver dormindo, eu estou pensando no café da manhã. Eu sabia exatamente o que ele quis dizer. Pelos próximos quatro dias, eu estive pensando sobre esse “café da manhã” e quando eu poderia ter um segundo round, esses pensamentos sempre ocorrendo nos momentos mais importunos. Como quando Marcus estava passando uma lista de coisas que eu precisava fazer ou quando Deanna do RH se juntou a mim para um almoço na Sexta. Enquanto ela estava falando sobre o noivado da sua filha, meus pensamentos entravam em território proibido. Eu estava me perguntando como seria dormir e acordar em uma cama com Nick. Isso era algo que eu realmente nunca passei muito tempo pensando.
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Por sorte, a náusea não tinha piorado enquanto a gravidez progredia. Com seis semanas, ela ainda estava ali, mas eu tinha me acostumado com o que agora eu considerava um baixo alerta aos vômitos. Eu sabia que eu tinha sorte porque algumas mulheres tinham mal-estares matinais péssimos. Pelo que consegui aprender no dia que descobri que Avery estava grávida, ela era uma dessas pobres almas que passavam a maior parte da tarde de repouso. Minha mãe estava convencida que minha gravidez seria como a dela – relativamente fácil – e eu esperava que esse fosse mesmo o caso. Talvez se eu não perdesse muito tempo quando precisasse da licença maternidade, meu chefe não surtaria tanto. Mas isso não significava que minha mãe não estava preocupada. Quando falei com ela no Sábado, ela tentou perguntar se eu havia pensado no futuro e se eu estava fazendo algum plano. A pergunta me pegou de surpresa. Além de manter esse bebê e tentar conhecer Nick melhor, possivelmente terminando junto a ele, eu não tinha feito nenhum plano além da minha primeira consulta. Quando minha mãe percebeu isso, ela me disse que eu tinha tempo, mas não tinha como disfarçar o tom de preocupação em sua voz e a bola de ansiedade que me tornei. O que eu estava esquecendo? Eu tinha marcado minha primeira consulta. Eu estava tomando vitaminas pré-natais e comendo as comidas certas. Bem, eu também estava comendo as erradas, mas era difícil resistir ao Party Mix de Cheez-It. Claro, eu não tinha bebido uma gota desde que descobri e tinha diminuído a ingestão de cafeína. Mas o que mais eu poderia planejar? Era muito cedo para ficar obcecada com roupinhas de bebe ou começar a escolher os moveis. E pensar em moveis para o bebe me levou a mais um grande stress.
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Onde eu colocaria um berço e tudo mais? No meu closet? Isso soava como negligencia ou coisa do tipo. Enquanto eu dirigia para me encontrar com Katy e Roxy, em pleno domingo, eu percebi que teria de me mudar, de novo. Eu precisava de um lugar com dois quartos. Talvez não agora, mas ter um quarto só não era grande o suficiente para colocar tudo que um bebê precisaria. Eu podia pagar por um lugar de dois quartos, mas seria apertado. Definitivamente me deixando sem margem. Mas eu não estava sozinha. Eu lembrei isso quando estacionei meu carro, meu aperto aliviando do volante. Mesmo que nosso relacionamento nunca avançasse além da questão física, Nick iria me ajudar – nos ajudar. O
pânico
diminuiu
enquanto
eu
andava
rapidamente
até
o
restaurante, com o queixo baixo para aliviar o frio. Katie e Roxy estavam em seus lugares de costume e eu me juntei a elas, esfregando minhas mãos juntas para afastar o frio. “Estava me perguntando se você tinha se perdido.” Katie levantou uma sobrancelha. Eu atirei-a um olhar. “E eu estou me perguntando o quão frio está lá fora.” Roxy riu enquanto olhava as roupas de Katie. A menina estava usando um macacão rosa – roxo, mas realmente rosa. Por baixo ela estava com um sutiã esportivo. “Eles fazem sutiãs esportivos com glitter?” Eu perguntei. “O que? Bem que eu queria. Você sabe o quão mais fácil minha vida seria?” Katie mordeu seu lábio cheio de gloss. “Eu passo pelo menos uma hora por dia costurando coisas e usando cola quente.”
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Minhas sobrancelhas levantaram enquanto eu trocava um olhar com Roxy. “Eu já tive queimaduras severas por causa da pistola de cola quente. Em lugares que você nem vai querer saber.” “Espere.” Roxy levantou seus óculos. “Eu quero saber.” E eu não tinha certeza se eu queria. “Às vezes você precisa estar usando as roupas para ter certeza que os acessórios estão certos,” Katie explicou, totalmente séria. “Não é como se eles fizessem maios com diamantes organizados no formato de um pau ou de uma bunda.” Minha boca foi parar no chão e eu imediatamente imaginei essas coisas e eu sabia que isso nunca sairia da minha cabeça. Nunca. “Okay então.” Roxy bateu suas mãos na mesa e mudou de assunto. As bebidas chegaram e a comida logo depois. Ainda havia fumaça saindo da minha omelete quando Roxy olhou para mim. “Então, o que está acontecendo entre você e Nick?” Eu pausei uma garfada de ovos e peperoni no meio do caminho até minha boca. Roxy e eu trocávamos mensagens e ela passava em casa quando eu estava em casa e ela estava indo visitar Reece, mas eu não tinha falado com ela sobre Nick ou sobre a gravidez. Eu queria, e como eu queria, porque eu queria falar com alguém além de Nick e minha mãe, mas Roxy trabalhava com Nick e isso mudava as coisas. “O que você quer dizer com o que está acontecendo?” Eu perguntei. Katie enfiou o garfo em um pedaço de salsicha. “O que ela quer dizer é que Nick não ficou com nenhuma outra menina desde que você passou pela porta do Mona’s.” Graças a Deus eu já tinha engolido minha comida porque eu não tinha certeza se não engasgaria quando ouvi Katie apontando isso, mas lá no fundo,
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quase alivio instantâneo se alojou em meu estomago. Se Nick estava ou não brincando por aí com outras pessoas era algo que eu não me permitia pensar. Uma pequena parte de mim achava que ele estava, mas não havia um rotulo entre nós e, mesmo que eu achasse que ele estava atraído por mim e o fato que estamos ligados por esse bebê, isso não significava que ele tinha se acalmado. Roxy sorriu um pouco enquanto pegava um pedaço de bacon. “Eu posso ver que você ficou feliz em ouvir isso.” Abri minha boca, pronta para negar isso, mas eu estava cansada de fingir. E era isso que eu estava fazendo. Era algo maior que apenas contar para minhas amigas, compartilhar minha vida com elas. Mais cedo ou mais tarde elas iriam descobrir a verdade. Nervos fizeram meu estomago revirar. Eu não tinha certeza como elas iriam reagir ao que eu estava prestes a contar. Também não tinha certeza de como Nick iria reagir, quando ele soubesse. “Nós... nós mantivemos contato,” Eu disse. A expressão de Roxy ficou neutra. “Yeah, eu sei disso.” Brincando com um pedaço de linguiça, Katie bufou. “Em outras palavras, vocês vêm trepando como um coelho?” “Na verdade, não.” O que ele tinha feito quinta de manhã não contava. “Nós não transamos mais desde a primeira vez.” Katie deixou cair a salsicha. “Um porco acabou de passar voando pela janela.” Eu revirei meus olhos. “Mesmo?” Roxy soou surpresa. Concordando, eu peguei outro pedaço de omelete com meu garfo. “Não. Okay. Nós apenas brincamos uma vez,” eu adicionei, quando Roxy pareceu desconfiar da verdade. “E isso foi apenas a alguns dias atrás.”
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“Puta merda, menina. Eu não conheço nenhuma outra mulher que Nick passou algum tempo depois de ter transado e elas...” “Isso é porque ele está apaixonado por ela,” Katie interrompeu enquanto pegava a salsicha que havia caído. Ela não deixava nenhuma salsicha para trás. “Então ele vai fazer várias coisas que nunca fez antes.” Eu olhei para ela por um bom tempo. “São seus poderem psíquicos começando a funcionar de novo?” “Claro sabichona.” Eu sorri enquanto balançava minha cabeça. “Nós não somos namorados. Eu não sei o que somos. Na verdade, isso não é inteiramente verdade.” “O que isso quer dizer?” Roxy levou o copo até sua boca. “Nós vamos ser mamãe e papai em aproximadamente sete meses e meio. Por aí.” Eu deixei cair a bomba como alguém deixava cair um microfone. Chá voou pelo ar, por sorte na direção do balcão. Eu bati minha mão contra minha boca, lutando para não rir, enquanto Katie congelava e me encarava. Acho que seus poderes psíquicos de stripper não tinham ajudado ela a prever isso. Uma vez que Roxy havia se recuperado da transformação em um gêiser humano, ela abaixou seu copo até a mesa. “Você está brincando comigo agora?” Eu balancei minha cabeça. Katie ainda estava me encarando. “Você está falando sério?” Quando eu concordei, Roxy se encostou contra o banco. “Oh meu Deus.” Sua voz caiu ao nível de um sussurro. “Você está grávida?”
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“Yeah,” eu disse, sorrindo um pouco enquanto colocava meu garfo de volta no prato. Com meu apetite sumindo, eu me forcei a manter um sorriso em meu rosto, mas foi difícil. A reação ao saber da gravidez de Avery foi bem diferente da minha. Como se estivessem a dois continentes de distância. Eu mordi meu lábio inferior enquanto franzia o cenho. “Eu sei que eu e Nick não estamos juntos. Talvez vamos ficar um dia. Eu não sei. Eu meio que espero que esse seja o caso, mas agora estamos trabalhando em... em conhecer um ao outro, mas nós decidimos continuar com isso.” A boca de Katie caiu aberta de novo, mas ela não disse nada. Eu olhei para baixo, pela primeira vez sem ter certeza do que tinha acabado de fazer. Talvez eu devesse ter mantido minha boca fechada. “Eu pulei algumas das pílulas enquanto estava me mudando e a camisinha estourou,” eu disse, sentindo a necessidade de explicar para que elas não achassem que eu estava tento sexo sem proteção por aí. “Eu sei que isso não é a forma tradicional e...” “Espere.” Roxy levantou suas mãos. “Okay. Me desculpe. Estou apenas em choque. Eu não esperava que você fosse dizer isso. Eu não acho que tem algo de errado e eu sei que você sabe que me sinto assim. Nos sentimos assim.” Ela olhou para Katie. “Certo?” “Certo.” Katie disse. “Eu nem mesmo acho que minha mãe sabia quem meu pai era.” Roxy franziu o cenho. “Quando eu era pequena, estava convencida que meu pai trabalhava para CIA, e que esse era o motivo de nunca ter conhecido ele. Ele era um tipo de espião, ou coisa assim.” Katie continuou enquanto eu mordia o interior de minha bochecha. “Quando eu percebi que ele podia ser um dos três caras possíveis, nenhum deles era um espião. A não ser que fossem espiões encontrando o bar mais próximo.”
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“Um. Okay.” Roxy piscou, voltando sua atenção pra mim. “O que estamos tentando dizer é que estamos apenas supressas, mas não vamos julgar nem você nem Nick.” Minha coluna ainda parecia rígida. “Sério?” “Sério.” Arrependida, Roxy se inclinou para frente. “E me desculpe, realmente me desculpe, se demos essa impressão.” Eu concordei, querendo acreditar nela, mas era difícil esquecer a felicidade quando Avery anunciou suas novidades, comparado com a clara surpresa que estava escrita nos rostos de Katie e Roxy quando contei que estava grávida. Inalando profundamente, eu decidi deixar isso para lá. “Vocês estão felizes com isso?” Katie perguntou, mais direta que o normal. O inchaço voltou a meu peito. “Yeah, nós... estamos. Por mais estranho que isso soe, estamos felizes com isso. Foi um choque, mas estamos nos acostumando.” Pausei e minhas próximas palavras meio que saíram numa bagunça. “Nick fez essa coisa na noite de quarta quando ele veio me ver. Ele perguntou se ele poderia, você sabe, colocar sua mão na minha barriga e quando ele o fez...” Minhas bochechas começaram a esquentar. “Ele disse que se sentia mais próximo do bebê e eu...” “Virou geleca?” Roxy disse, seus olhos sem foco. “Porque é isso que eu teria feito.” “Pulou nele e tirou suas roupas?” Katie perguntou. “Porque é isso que eu teria feito.” Ri um pouco. “Eu acho que meus ovários explodiram, mas eu meio que fiquei ali sentada. Foi como... não tenho palavras para descrever o momento, eu acho.” “Wow,” Roxy disse depois de um tempo. “Eu não acredito que Nick vai ter um bebê. Que você vai ter um bebê.”
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“Ele vai ser um grande pai,” Eu disse imediatamente. Seus olhos encontraram os meus e ela concordou séria. “Yeah, ele vai ser.” Eu estava imaginando se ela sabia sobre seu avô, mas se não, eu não me sentia na posição para contar. O resto da conversa se centrou em coisas sobre o bebê – coisas malucas. Como se eu queria um menino ou menina. Se eu já tinha escolhido nome. E quem mais sabia. Katie queria ser avó. Eu não tinha ideia de como responder isso – responder a nada do que estavam perguntando. “Você sabe, isso me lembra de algo,” Katie disse enquanto esperávamos nossa conta. “Aquele filme Ligeiramente Grávidos16. Exceto que você é bem menos irritante que a menina e Nick é bem mais atraente que aquele cara.” A pele em volta dos olhos de Roxy enrugou enquanto ela ria. “Eles terminaram juntos no final?” Fazia anos desde que eu tinha visto esse filme então eu não me lembrava, mas pior mais idiota que isso soasse, eu esperava que sim. Mais bizarro ainda é que enquanto nos levantávamos para ir embora, eu continuava a pensar no que Katie tinha dito antes. Que eu iria quebrar o coração de Nick. Eu ignorei esse fato porque, sério, mas mesmo assim inquietação se alojou em meu estomago. Uma vez de volta ao carro, eu peguei meu celular e mandei uma mensagem para Nick que eu não tinha muita certeza se ele ficaria feliz. Eu contei a Roxy e Katie.
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Knocked Up é um filme de comédia dramática e comédia romântica estadunidense de 2007 co-produzido, escrito e dirigido por Judd Apatow. O filme é estrelado por Seth Rogen, Katherine Heigl, Paul Rudd e Leslie Mann.
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“Você vai achar a coisa mais chata do mundo,” Nick disse, depois que eu perguntei a ele o que ele estudou na faculdade. “Na verdade, provavelmente é a coisa mais chata. Contabilidade.” Uma risada escapou de mim enquanto eu o observava. Ele estava cozinhando o jantar para mim. Essa tinha sido sua resposta depois que eu contei a ele que havia atirado a bomba em Roxy e Katie. Ele simplesmente disse, “Hey, vou fazer janta para você essa noite. Espero que goste de frango assado.” Eu gostava de comida no geral, então isso me deixou animada. “Isso é chato,” eu respondi. “Eu nunca teria imaginado.” “Eu sempre tive uma queda por números. Parecia a coisa mais logica a fazer. Ter um diploma superior. Estava pensando em ter aquelas aulas online para um MBA – espere,” Nick disse enquanto pausava, uma faca tipo a usada por um serial killer em sua mão. No balcão tinha alface, tomasse e um pepino. “O que você está fazendo?” Eu estava apoiada no balcão, com meu antebraço pressionado contra meus seios. Aparentemente eu tinha me esquecido que não estava sozinha. Vagarosamente, eu os abaixei. “Meus... meus seios estão sensíveis. Realmente sensíveis. É meio que uma distração.” Ele colocou a faca no balcão e seus cílios abaixaram. “Yeah, é uma distração.” “Desculpa?” Um lado de seus lábios se curvou para cima. “Você precisa de ajuda com eles? Porque estou me voluntariando para inspecioná-los, esfregá-los ou acariciá-los.”
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“Você é tão prestativo.” Eu sorri enquanto colocava uma mecha do meu cabelo atrás da minha orelha. Ele inclinou sua cabeça para o lado. “Esse sou eu. Sr. Prestativo. Disposto a se sacrificar pelo time, mesmo que isso signifique que eu tenho de tocá-los.” “Que estorvo isso seria para você.” “Você nem faz ideia.” Nick voltou a cortar os vegetais. “Isso é normal?” “De acordo com esse site que encontrei, que detalha o que pode se esperar em cada semana, é. Eles estavam doloridos, mas hoje estão apenas sensíveis.” Eu pausei, me inclinando contra o balcão. “O bebê está do tamanho de um girino agora.” Ele olhou para cima, longe do que estava fazendo, seus olhos brilhantes. “Isso é... pequeno.” “Vai estar do dobro do tamanho na semana que vem.” Eu disse a ele, inalando o cheiro gostoso do frango e ervas. “Eu também terei de fazer muito xixi. Como se fosse uma catarata imparável.” Suas sobrancelhas abaixaram. “Obrigado por me deixar saber disso.” Eu cruzei meus braços enquanto assistia ele colocar os vegetais em uma tigela. “Eu pensei que era hora de compartilhar tudo.” “Falando em compartilhar, eu recebi por volta de cinco milhões de mensagens de Reece e Jax.” Ele pegou o tomate e o colocou sobre a taboa de corte. “Tenho certeza que no momento que você deixou Roxy essa manhã, ela ligou para Reece que, então, ligou para Jax.” Me contorci. “Um, desculpa? Eu não pensei sobre o fato dela contando a Reece, o que foi estupidez. Eu deveria ter adivinhado.”
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“Não precisa se desculpar.” Ele cortou o tomate perfeitamente. “Na verdade, eu estou feliz por você ter dito algo. Eu não gosto de manter meus amigos no escuro. E eles ficaram bem com isso. Estão felizes por mim – por nós.” Minha respiração fez uma coisa engraçada, ficando presa na minha garganta. Eu lembrei a reação imediata de Roxy e Katie e tive de afastar esses pensamentos. Assistindo Nick terminar a salada, eu pressionei meus lábios juntos. O nó estava de volta, preso em meu peito. “Eu sou sortuda,” eu disse, minha voz nada mais do que um sussurro. “Claro que é.” As fatias de tomate foram deslizadas e terminaram junto da alface. “Você foi a honrosa recipiente do meu mais ativo esperma.” Eu ri enquanto virava de lado, piscando para a afastar a umidade que surgiu de repente em meus olhos. Merda de hormônios. “Bem, além disso, Nick.” “Explique.” Ele começou a descascar o pepino com certa experiência, ao contrário de mim, que sempre terminava perdendo metade do pepino durante o processo. Inalando profundamente, descruzei meus braços. “Você está lidando com isso tão bem. Eu tenho sorte porque alguns caras... eles teriam sido verdadeiros idiotas sobre isso.” “Bem,
alguns
caras
não
precisariam
estar
engajados
em
comportamentos que podem terminar em reprodução,” ele comentou secamente. “Eu não sou um deles.” “Verdade.” Eu o assistir picar por um momento. “Mas eu realmente não sabia se você seria ou não. Sem ofensas, mas você está sendo tão... incrível com tudo – sobre minha gravidez, eu ter contado a Roxy e Katie e ter de lidar com seus amigos. Então, eu tenho sorte.” Deslizando o pepino fatiado para a tigela, ele deu a volta em mim, carregando a taboa e a faca. Ele as colocou na pia e, se virou. Dando um
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passo com suas longas pernas, ele estava exatamente na minha frente. Ele levantou seus braços e suas mãos estavam nas minhas bochechas, inclinando minha cabeça para trás e fazendo nossos olhares se encontrarem. “Eu que sou o sortudo,” ele disse, seus olhos procurando os meus. “Você não tomou nenhuma decisão sobre esse bebê sem me envolver. Você não me tirou essa escolha. E isso é algo que eu sei que você não sabe, mas eu nunca pensei que teria um filho. Não por não querer um, mas porque eu só... só nunca pensei que fosse acontecer. Eu não estava brincando quando disse que não tinha relacionamentos, mas com você – com isso – isso é diferente. Yeah, isso foi uma grande surpresa.” Seus dedões acariciavam meu maxilar. “Mas não tem uma parte de mim que não percebe o quão sortudo eu sou.” Eu abaixei meu olhar, desejando que essas lágrimas sumissem. “Aqui vai você de novo, sendo incrível sobre tudo isso.” “Não é tão difícil assim ser incrível,” ele provocou. Meus lábios se curvaram para cima e quando levantei meu olhar, eu percebi que era finalmente hora de entender o que estávamos fazendo, o que ambos esperávamos disso. “Posso te perguntar uma coisa?” Seu olhar caiu para minha boca e eu fiquei tensa, o olhar faminto em suas feições era difícil de ignorar. “Você pode fazer o que quiser.” Me movendo, eu envolvi seu pulso com minhas mãos. “É verdade que você não ficou com ninguém desde que me conheceu?” Aqueles olhos verdes quentes voaram para os meus. “Eu vou ter de chutar e dizer que Roxy anda falando demais ultimamente.” “Na verdade, foi Katie.” “Meninas,” ele murmurou e riu um pouco. “Elas estão certas. Eu não estive com ninguém desde que te conheci. O alivio de mais cedo ressurgiu. “Por que?”
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“Por que?” Suas sobrancelhas levantaram. “Eu não sei.” “Não sabe mesmo?” Nick enrugou sua testa enquanto ele parecia realmente refletir sobre minha pergunta. Ele abaixou suas mãos, mas não se afastou. “É só que... houve oportunidade...” “Tenho certeza disso,” eu respondi, seca. Um rápido sorriso apareceu em seu rosto, mas isso não aliviou a confusão que sua feição mostrava. “Eu só não tive interesse, e eu...” parando, ele fechou seus olhos. “Foda-se.” Inclinei a cabeça para trás enquanto piscava. Foda-se? Essa não era a resposta que eu esperava, mas antes que pudesse dizer qualquer coisa, suas mãos voltaram para minhas bochechas e ele inclinou minha cabeça mais para trás de novo. Ele abaixou sua boca para a minha. E ele me beijou.
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Capítulo Dezoito O primeiro contato de seus lábios contra o meu abalou meu ser. Fazia tanto tempo desde que fui beijada, realmente beijada, e eu já tinha me esquecido da sensação disso, mas mesmo com a memória curta, eu sabia que esse iria desbancar todos os outros beijos de longe. Seus lábios deslizaram sobre os meus uma, então outra vez, como se ele estivesse mapeando o layout, memorizando tudo. Quando ele inclinou sua cabeça para o lado, eu senti sua língua passando sobre meus lábios. E não houve nenhum momento de hesitação da minha parte. Me abri para ele e ele aprofundou o beijo. Minhas mãos estavam em seus braços e meu corpo derreteu contra o dele. O beijo me abalou, penetrando por baixo da pele e músculos, se enrolando em meus ossos. Eu não acho que já fui beijada assim alguma vez. Não que pudesse me lembrar. Não que isso realmente importasse. Agarrando seus braços, eu o beijei de volta. Eu corri para ele, pegando o que podia. Um leve gemido escapou dele e eu sabia que ele também estava afetado. Nossas línguas se enrolaram e o toque de sua boca contra a minha aumentou. Cru. Poderoso. Essas foram duas palavras que vieram à minha mente quando ele me olhou de volta. Minhas mãos deslizaram pela sua lateral, chegando a borda de seu jeans. Uma de suas mãos foi para a base do meu pescoço, se enrolando em meu cabelo enquanto... O timer do forno tocou, fazendo que nos separássemos. Nós estávamos respirando pesadamente enquanto encarávamos um ao outro. Meus lábios estavam agradavelmente inchados e eu me sentia efetivamente beijada. “Isso é o porquê,” Nick disse com a voz pesada. “Isso aqui é o motivo deu não ter ficado com ninguém mais.” “Um beijo?” Meu peito levantava e caia rapidamente.
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“Não só um beijo.” Ele balançou sua cabeça enquanto passava seu dedão pelo meu lábio inferior. “É o jeito que eu te sinto contra mim – o jeito que seu corpo fica mais macio contra o meu. São os pequenos sons que você faz quando está gostando do que estou fazendo. O jeito que eu fico mais duro que um bastão de baseball só de pensar em seu nome. E tem sido desse jeito desde que eu te vi naqueles malditos shorts.” Minha mente voltou para o dia em que me mudei. “Aqueles eram shorts bem curtos.” “Não brinca.” Sua voz ficou um pouco mais grave. “Eu vou ser honesto. Depois que ficamos, eu queria voltar logo para dentro de você e foi bem difícil não te encontrar acidentalmente nos dias seguintes. Eu não queria pensar que aconteceria de novo. É assim que trabalho, mas quando você lavou o bar com minha bunda, você chamou minha tenção e isso não vai a lugar algum.” No meu peito, meu coração estava pulando. “Eu sei que disse que queria que fossemos amigos, mas, obviamente, eu sou um bosta em seguir o limite imposto pela amizade,” ele continuou, seu olhar nunca deixando o meu. “As coisas são diferentes agora em comparação ao que eram.” Por causa do bebê. “Eu não sei o que vai acontecer entre nós, mas eu sei que não podemos apenas ser amigos.” Ele apoiou sua testa contra a minha e minha respiração ficou irregular. “E eu sei – yeah, eu sei – que você não pode ser só minha amiga. Amigos não beijam desse jeito e amigos, com certeza, não gozam do jeito que você fez em volta do meu pau ou dos meus dedos.” Oh céus. Aqueles lábios se curvaram. “Então é por isso que eu não fiquei com mais ninguém e não estou planejando mudar isso. Não quando você e eu vamos tentar tirar o melhor proveito disso.”
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Melhor proveito? Meus pensamentos giraram e giraram na minha cabeça. Eles não eram os mais românticos ou os mais promissores, mas eles eram a verdade e, além disso, eles eram expectativas realista, e isso era algo que eu dava mais valor que palavras bonitas. Mesmo que palavras bonitas fossem boas de se ouvir de tempos em tempos. “Yeah.” Eu sorri para ele, me sentindo um pouco emocionada. “Nós vamos tirar o melhor proveito disso.”
Fazer o que havia entre nós funcionar foi imediatamente testado nem cinco minutos depois que terminamos o jantar delicioso. A enfermeira ligou. Nick atendeu de cara. “O que aconteceu, Kira?” O que quer que ela disse no telefone não foi bom porque seus olhos fecharam e ele apertou a ponte em seu nariz. “Não – tudo bem. Eu vou logo para aí. Yeah – não, tudo bem.” Quando ele desligou, eu falei primeiro. “Você tem de ir. Eu entendo.” “Me desculpe. Meu avô está tendo outra... coisa.” Ele começou a se levantar. “Como eu disse, eu realmente entendo.” Eu fiquei de pé. “Você quer que eu vá com você?” A expressão de Nick foi algo que eu não esqueceria por um bom tempo. Ele pareceu horrorizado pela ideia deu me juntando a ele. “Não. Isso não é necessário. Nem um pouco.” Eu não levei para o lado pessoal, mas eu queria dizer a ele que poderia lidar com o que quer que estivesse acontecendo com seu avô. Porém eu não queria atrasar ele ainda mais. Nick foi em direção a porta, vestindo sua jaqueta no caminho. Mas antes dele sair, ele voltou para onde eu estava e
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me beijou. Quase como o primeiro beijo, as sensações que isso evocou eram fortes e devastadoras, com todos os sentimentos sendo trazidos para superfície. Eu senti aquele beijo o tempo todo enquanto limpava. A semana antes do Halloween passou com uma sensação estranha as coisas estarem indo devagar e, ao mesmo tempo, rápidas demais. Estar grávida me deixou super consciente da passagem de tempo, algo que eu nunca prestei atenção antes. Agora tudo na minha cabeça estava catalogado em semanas. Dan, um dos irmãos Lima que eu tinha conhecido no meu primeiro dia, tinha levado Rick e outra pessoa do comercial para uma viagem de negócios pela costa leste. Eu queria dar uma pequena festa na minha mesa. Talvez eu tivesse sorte e Rick iria terminar do outro lado do país. Minha ultra sensibilidade a cheiros e idiotas aprovava a ideia. Eu estava ocupada a semana inteira, ajudando Marcus a planejar sua própria viagem de negócios em novembro. Ele estaria indo para minha cidade natal para ajudar a conseguir todas as aprovações necessárias para expandir a academia. Eu ainda imaginava se a filha de Andrew tinha ideia que seu pai estava montando uma unidade ali. Eu não tinha visto ela desde que Brock se machucou, e nem ele. Na quinta, Nick me surpreendeu com uma mensagem dizendo que ele estaria na cidade dentro de uma hora e seu queria me juntar a ele para almoçar. O que não deveria ser nada demais fez meu estômago revirar. O quão louco era o fato de que essa seria a primeira vez que eu faria uma coisa dessas com um cara que eu estava interessada? Eu tinha toda essa experiência, mas muitas coisas ainda eram desconhecidas.
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Pegando minha bolsa, eu fui para o andar da academia e imediatamente vi Nick atravessando a rua, vindo à minha direção. Sai e esperei na calçada. Seu cabelo escuro estava crescendo, e eu gostei que ele estava usando ele penteado. Era propositalmente bagunçado e combinava com suas feições, suavizando as linhas mais duras. Vestindo sua jaqueta de couro, ele subiu na calçada e andou na minha direção. Eu não consegui conter o sorriso que se formou. Eu era uma menininha. “Hey,” ele disse, parando na minha frente. Tirando suas mãos do bolso da jaqueta, ele atacou os botões do meu casaco. “Você ficou tão feliz em me ver que nem pode colocar sua jaqueta direito?” Eu revirei meus olhos. “Yep. Você me pegou.” Ele riu enquanto terminava com o último botão perto do meu pescoço. “Não quero que você fique doente.” Desde que isso era meio que fofo, eu não desfiz o último botão mesmo que parecesse que ele estava a centímetros de me enforcar. “Eu pensei que poderíamos ir nesse restaurante a umas duas quadras daqui. Eles são rápidos e eu sempre consigo um bom lugar.” “Por mim tudo bem.” Nick ficou ao meu lado enquanto andávamos pela calçada, navegando pelo mar de pessoas. Nossos braços tocaram algumas vezes, me deixando mais alerta do quão próximas nossas mãos estavam. Será que ele iria segurar minha mão? Será que eu deveria iniciar o contato? Por que eu estava pensando sobre isso? Me dando um chute mental, eu olhei para ele enquanto esperávamos para a pessoinha dentro da caixa ficar verde. “Então, o que o trouxe para a cidade?” “Eu estava comprando uma fantasia de Halloween.”
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“O que?” eu ri. Ele sorriu. “Estou brincando. Apesar de que Roxy convenceu o Jax que todos nós deveríamos nos fantasiar para o Halloween nesse sábado.” “E você vai se fantasiar?” Fiquei animada. Eu amava Halloween e todo ano, eu sempre caia nele de cabeça, me fantasiando e achando uma festa para ir. Apesar de que esse ano seria diferente. Mesmo que eu conhecesse alguém que estivesse dando uma festa, ir a uma seria estranho sabendo que eu estou com seis semanas. Ou, talvez, isso não era estranho e meninas grávidas ainda frequentavam festas, bares e coisas do tipo. Eu não fazia ideia. Precisava pesquisar isso no Google mais tarde. “Eu vou fantasiado de bartender,” Nick respondeu. Sorri enquanto atravessávamos a rua. Vento bateu em meu cabelo, jogando ele no meu rosto. “Isso é realmente criativo, Nick.” “Eu sei, certo? Eu acho que Roxy vai ficar surpresa,” ele respondeu, sorrindo. “Na verdade, eu vim aqui de manhã para falar com as pessoas da admissão sobre o programa de MBA online da Strayer University.” “Mesmo?” Eu levantei meu braço, pegando uma mecha de cabelo que estava tentando entrar na minha boca. “Você realmente está considerando se matricular?” Ele concordou, e eu pensei que ou era o vendo pinicando suas bochechas ou ele realmente estava corando. “Yeah, eu estive considerando a ideia por um tempo e agora parece a época certa. Financeiramente eu estou bem, mas com o bebê chegando eu preciso...” Ele franziu o cenho e eu perdi a respiração. “Eu preciso realmente começar a pensar sobre o futuro. Não tem mais desculpas para eu não fazer essas aulas online e do jeito que as coisas com meu avô estão indo, a flexibilidade de um bartender, daqui a um tempo, não vai mais ser necessária.” O frio que gelava minha pele tinha pouco a ver com o vento. “O que está dizendo?”
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Nick olhou para mim, sua expressão neutra até que vi seus olhos. Dor estava nascendo ali, totalmente visível. “Eu não acho que ele tenha muito mais tempo.” “O que?” Parei de andar, no meio da calçada, do lado de fora do restaurante. “Nick – Deus, me desculpe. Você... você tem certeza?” Ele estava ali parado e colocou suas mãos em seu bolso. “Yeah, na terça eu tive que leva-lo ao médico e com todas as crises ficando cada vez mais frequentes, está meio que na cara, sabe? Ele esteve entre os dois últimos estágios da doença, o seis e o sete no ano passado, mas agora ele definitivamente está no último e ele começou a ter problemas para engolir e... yeah, está acontecendo.” Eu pressionei minha mão contra meu peito, sobre meu coração. “Eu não sei o que dizer.” “Eu sei. Não é nem fácil pensar sobre ele partindo, porque não importa o quão ruim as coisas foram enquanto crescia, ele sempre esteve comigo.” Ele passou de falar e olhou para longe. “Não quero tira-lo de sua casa, então eu vou me encontrar... com o hospício na próxima semana.” Nick limpou sua garganta. “Então quando eles vierem vê-lo, eu acho que terei tempo com ele, mas... está próximo do fim. Eu sei que está.” Não havia palavras para situações como essa, então eu dei um passo para frente e coloquei minha mão em seu braço. Seu olhar voou para o meu e eu me estiquei, pressionando meus lábios contra sua bochecha. Quando voltei a ficar ereta, eu ainda estava segurando seu braço. “Eu gostaria de conhecer seu avô, Nick.” Ele não respondeu por um momento. “Não é fácil ficar perto dele, às vezes.” “Eu sei.” Um taxi passou, buzinando. Nick parecia com alguém que queria dizer mais, mas ele deu um passo para o lado e abriu a porta do restaurante. “Vamos lá. Vamos nos estufar.”
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Nós tivemos um bom almoço, conversando sobre nada importante e Nick nem mencionou seu avô de novo. Não havia como enganar que mesmo que eu e Nick estivéssemos tentando trazer nossas vidas para a superfície, algumas coisas ainda estavam bem longe. E não era só com ele. Era comigo também.
Naquela noite, eu mandei mensagem para Roxy sobre o Halloween no Mona’s, um pouco porque estava entediada, mas principalmente porque estava curiosa. Ela, com certeza, iria se fantasiar, mas não queria me dizer do que. Você deveria vir e ver por si mesma! Vai ser legal! Eu encarei a mensagem de Roxy e a animação de mais cedo voltou. Seria bom sair e fazer algo. Desde que tinha me mudado para cá, eu realmente não tinha tido nenhuma aventura social além daquele Domingo e as duas vezes que fui ao Mona’s. Eu estava ficando cansada de ver o interior do meu apartamento, mas será que eu deveria ir ao bar? Eu mandei essa pergunta a Roxy. Sua resposta me fez rir. Eu não sugeri que você viesse e ficasse bêbada. Então, por que não? E a próxima mensagem apontou o fato que Avery já esteve ao Mona’s depois de descobrir que estava grávida. Eu tinha me esquecido disso, mas eu lembrava de Cam ao seu lado como se fosse seu próprio para-choque, protegendo-a se alguém se aproximasse demais. Yeah, por que não. Eu ainda não tinha tanta certeza então decidi perguntar ao Google e, imediatamente me arrependi de ter feito, por causa das opiniões. Por Deus, todos tinham opiniões. Mas a coisa mais hilária que descobri quando digitei Está tudo bem para uma mulher grávida ir, o Google
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auto-populou com Está tudo bem para uma mulher grávida ir para uma casa mal-assombrada. Mas que porra? O consenso dizia que estava tudo bem para ir contanto que o lugar fosse seguro. O Mona’s não permitia fumar dentro do estabelecimento e o lugar não era uma loucura. As primeiras semanas de gravidez devem afetar a memória porque eu esqueci sobre isso até à tarde de sábado. Entregar doces foi bem fraco já que poucas crianças viviam no condomínio, então elas se juntavam em carros e passeavam pelo bairro. Eu me encontrei encarando meu guarda-roupa, segurando uma grande tigela de doces. Enquanto revirava uma caixa de Nerds17, eu estudei minhas opções. Eu poderia ficar aqui e me afogar em açúcar ou eu poderia colocar minha bunda em meu carro e ir ver pessoas. Estar grávida não significava que eu precisava me isolar. E a ansiedade estava crescendo em mim, me dando um bom motivo para ir. Eu queria ver Nick porque eu... eu realmente sentia sua falta. Com nossos horários opostos e com o que estava acontecendo com seu avô, o tempo que conseguíamos nos ver era limitado. E não ajudava muito o fato que ambos éramos uma negação em relacionamentos. Nós não fazíamos planos de ver um ao outro como eu imaginava que casais normais faziam. Eu iria mudar isso. Com a decisão tomada, eu coloquei a tigela no balcão, me troquei e fui até a porta, voltando no meio do caminho para pegar um punhado de Nerds que meu bebê do tamanho de uma ervilha precisava para ajudar na minha reentrada na sociedade.
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Pedaços de açúcar com aromas de uva, morango, melão, limão, entre outros.
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O estacionamento do Mona’s era o oposto do lotado. No Halloween, eu esperava que ele estivesse mais cheio, mas eu podia contar com ambas as mãos a quantidade de carros que vi. Pegando minha clutch do banco do passageiro, eu andei em direção ao bar. Alguns dos caras mais velhos estavam nas mesas de sinuca, o som das bolas batendo umas nas outras conflitando com a música. Meu olhar voou para o bar. Muitos bancos estavam vazios. Enquanto andava para frente, eu vi que Calla estava na cidade. Seu cabelo loiro estava preso em um rabo de cavalo e ela estava como garçonete, se o avental fosse um indicador disso. A camiseta branca e os shorts pretos eram vagamente familiares. Mas foi o adesivo verde no seu avental que entregou. Eu sorri. Calla estava vestida como a Sookie Stackhouse. Então eu vi a Roxy parada ao seu lado. E cai na gargalhada. Seu cabelo estava escondido em uma peruca castanho que parecia que alguém tinha fumado ela toda, seus óculos que costumavam ser roxos foram substituídos por um redondo com armação grossa. Se a marca de raio desenhada em sua testa, com o que parecia ter sido feito com um país de sobrancelha, não fosse suficiente, a capa preta e o cachecol dourado entregaram. “Harry Potter?” Eu perguntei enquanto me sentava em um banco vazio, colocando a clutch na minha frente. “Você se fantasiou de Harry Potter?” Ela sorriu enquanto pegava uma garrafa de tequila. “Você não faz ideia do tempo que estive planejando isso.” Calla se inclinou sobre o balcão ao meu lado. “Nós estamos seguindo uma temática de livros. Claro que nós fomos as únicas duas pessoas que seguiram isso.” Lembrando do que Nick havia dito, eu não estava surpresa. “Você consegue enxergar algo com esses óculos?”
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“Pouco,” Roxy riu. “Mas vale a pena.” Reece passou por mim, vindo da direção dos banheiros, vestido como um prisioneiro, de camiseta e calças listradas. Irônico. “É meio estranho minha namorada agora ser um menino na puberdade.” “Só se você tornar isso estranho,” Roxy responder antes de voltar seus olhos grandes para mim. “Fico feliz que você decidiu vir. Está fantasiada do que?” Eu olhei para mim mesma. “Um... uma colegial preguiçosa?” “Legal,” Reece respondeu, inclinando seu corpo em minha direção. “E eu acho que tenho que te parabenizar.” Concordando, eu não me surpreendi quando senti minhas bochechas esquentarem enquanto Calla balançava sua cabeça. “Sim!” Ela disse. “Deus, como sou idiota. Parabéns! Você e Avery vão ter bebês gêmeos. Apesar dela estar alguns meses na sua frente.” Pensando nisso, não era estranho nem nada do tipo. “Obrigada,” eu disse, realmente grata. Reece sorriu para Calla. “Você é a próxima. Eu vivo repetindo isso para o Jax.” “Oh não. Eu não estou aberta para esse negócio de bebês tão cedo.” Calla olhou para Roxy. “Talvez o próximo seja uma mini Roxy ou Reece Anders.” Reece quase engasgou com sua bebida. Balançando sua cabeça, Roxy ignorou a ambos. “Refrigerante ou água?” ela me perguntou. “Você tem ginger ale?”
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Calla fez um barulho com sua língua. “Você está se sentindo enjoada?” “Não agora, mas eu estive tomando tanto disso que acho que estou viciada,” expliquei. Ela olhou para porta no momento que duas mulheres entraram. “Como estão seus enjoos matinais? Eu sei que Avery está passando por um mal bocado.” “Até agora eu tive sorte, porque não foi nada ruim. Minha mãe acha que vai ser como sua gravidez.” As duas mulheres que entraram no bar se sentaram em uma das mesas redondas no centro. Elas pegaram os menus. “Ela teve uma gravidez bem calma.” “Espero que sim. As coisas que a Avery tem passado me faz querer nunca engravidar.” Calla deu de ombros. “Com Cam viajando entre Shepherd e D.C., ele está perdendo toda a diversão.” “Ele ainda está jogando futebol?” eu perguntei. Ela concordou enquanto olhou para as mulheres. “Já volto.” Enquanto Calla corria para as clientes, eu olhei para o bar. Roxy estava colocando um copo de ginger ale gelado na minha frente. “Nick está na cozinha,” Reece disse, obviamente lendo minha mente. “Ele sabe que está aqui?” “Eu não disse a ele que viria.” Tomei um gole, amando como as bolhas de gás passavam pela minha língua. “Eu meio que decidi vir de última hora.” Roxy franziu o cenho enquanto voltava sua atenção para Reece. “Apoiado. Por que ela iria querer dizer a ele, Reece?” Seu namorado abriu a boca e levou um momento, parecendo considerar o que estava prestes a dizer para que não acabasse cavando uma cova em que não conseguiria sair. Eu mordi meu lábio para evitar rir. “O que
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estou tentando dizer,” ele começou devagar, olhando para Roxy. “É que ele provavelmente gostaria de saber onde sua mulher está e, se ela quiser, eu posso ir chamá-lo.” Eu era a mulher do Nick? Do nada me deu vontade de rir. Roxy não pareceu surpresa. Seu cenho estava ainda mais franzido. “E por que ele precisa saber onde ela está?” Ele levantou uma sobrancelha. “Talvez porque... ele se importa?” “Ou talvez porque ele precisa perceber que ela é uma mulher crescida que não precisa informar aonde vai.” Seus olhos estreitaram. “Talvez ele saiba que ela é uma mulher crescida e bem capaz, mas ele ainda se preocupa por sua segurança.” Apoiei meu queixo em minha mão, usando meus dedos para cobrir minha boca. Nessa altura do campeonato eu sabia que eles já não estavam mais falando sobre mim. Calla passou correndo por nós, indo para cozinha. Ela olhou estranho para Roxy e Reece. “Talvez você não devesse se preocupar tanto,” Roxy retrucou. Reece se sentou, cruzando os braços. “Mesmo?” “Yeah, mesmo.” Roxy cruzou seus braços, imitando ele. Antes que Reece pudesse responder, uma porta abriu do outro lado do bar e Jax saiu e, logo atrás dele estava Nick. Eu me endireitei no banco, pressionando meus lábios juntos. Calla deve ter dito algo sobre eu estar aqui porque o olhar de Nick voou direto para onde eu estava sentada. Enquanto Jax entrava no bar, Nick veio direto na minha direção. Eu relaxei, começando a sorrir. “O que você está fazendo aqui?” Nick perguntou.
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Nossa pequena audiência consistia de Jax, Roxy e Reece, congelados enquanto os piores motivos voavam pela minha cabeça para justificar essa sua pergunta. Uma fatia de pânico passou por mim. Calor queimava meu pescoço. “O que?” Do outro lado do bar, Roxy sorriu. “E aqui vamos nós de novo.”
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Capítulo Dezenove Isso não estava acontecendo de novo. Nick estava claramente mostrando o quão perto estava de matar alguém enquanto colocava a mão na beira do bar e se inclinava, seu rosto ficando perigosamente perto. “O que está fazendo aqui, Stephanie?” “Oh, cara.” Jax se virou e andou em direção a outra ponta do bar. Eu precisei parar e respirar. “Por que eu não estaria aqui, Nick?” Suas sobrancelhas arregalaram como asas prestes a voar, mas Reece interrompeu antes que ele pudesse responder. “Responda isso com cuidado, meu amigo, porque eu acabei de descer essa ladeira e ela é perigosa.” “Yeah, nós acabamos de ter essa conversa por você,” Roxy disse, seus olhos afiados atrás dos óculos do Harry Potter. “E Reece não mandou bem.” No canto dos meus olhos eu vi Calla andando em nossa direção, mas Jax a pegou e balançou sua cabeça. E ela, sabiamente, se manteve longe. Nick estava ignorando todos. “Por que você não estaria aqui, em um bar? Você está grávida.” Eu abri minha boca, mas não havia palavras, então a bati fechada de novo. Nick não estava exatamente bravo, mas como assustado, e minha raiva cedeu a sua indecisão. Olhei ao redor e vi Roxy olhando como se estivesse a segundos de bater na cabeça de Nick com uma garrafa de bebida. “É seguro para mim estar aqui,” eu disse, minha voz baixa. “Não estou bebendo. Não tem ninguém fumando. E eu duvido que vá haver uma briga com toda essa gente.” Eu conseguia sentir calor viajando do meu pescoço para meu rosto. “Eu até pesquisei na internet. Mulheres grávidas saem.” Então eu comecei a balbuciar e nem mesmo sabia o porquê, mas eu precisava me parar. “Eu estava entediada. Tudo que vim fazendo é ficar
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sentada em meu apartamento noite depois de noite. É bem solitário e eu...” por sorte, me interrompi antes que dissesse que sentia sua falta. Nesse momento eu não sabia se seria algo bom. “Hey, Nick, tem um minuto?” Eu olhei para o lado para ver um homem mais velho, grande, careca e com marcas de gordura espalhadas por sua camisa azul. Ele estava parado na porta da cozinha e eu assumi que fosse o cozinheiro. Os ombros de Nick ficaram tensos enquanto ele suspirava e se endireitava. Seus olhos voaram para os meus. “Volto em alguns minutos.” Olhando para o lado, eu concordei. Nick passou suas mãos por seu cabelo enquanto se virava, andando de volta para a cozinha. Meu olhar caiu para meu ginger ale. As bolhas apareciam pelo copo e, de repente eu estava muito interessada nessas pequenas bolhas de felicidade de carbono, porque eu conseguia sentir vários olhares em mim. Me ajeitei em meu banco, meus pensamentos cobertos por névoa. Eu estava... incerta sobre ter vindo aqui hoje, e me senti... embaraçada. Estava errado? Quero dizer, eu podia entender ambos os lados dos argumentos, mas o que eu tinha dito a Nick era verdade. Todo esse tempo sozinha estava me afetando. “Você está bem?” Roxy perguntou. Engolindo forte, eu concordei enquanto olhava para cima. “Yeah. Sim, estou bem.” Um olhar de dúvida apareceu em seu rosto enquanto ela se virava em direção a um dos caras que estava jogando sinuca. Ela estava pegando garrafas de cerveja quando eu vi Nick sair da cozinha. Jax andou até ele e olhou para dentro quando Nick apontou nessa direção. Calla se juntou a ele e, mesmo que eu pensasse que minha cabeça estava presa nesse laço de miséria, eu não pude evitar de notar como Nick havia ficado tenso com ela chegando. Lembrando do que Roxy havia dito sobre seu comportamento em volta dela
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chamou minha atenção. Ele, obviamente, não estava confortável. Isso era verdade, mas porquê? Por que isso importava agora? Eu peguei minha clutch, segurando ela em meu colo enquanto meu olhar voltava para meu copo. As bolhas estavam menos ativas. Pela primeira vez que eu consegui lembrar, eu estava me sentindo fora de lugar e, por deus, isso não era bom. Quem diria que engravidar seria tão ruim para a autoestima? Mas, novamente, talvez não fosse a gravidez. Talvez fosse o fato que tudo que aconteceu nessas últimas semanas foram coisas fora do meu quadrado. Engravidar. Reconhecer que eu queria mais com Nick. Tentar ter um relacionamento real. Engravidar. Não bater de frente com meu chefe. Estar longe da minha mãe. Tudo isso era novidade para mim. O peso de tudo caiu em meus ombros e eu engoli um suspiro. Voltar para casa e me enrolar naquela tigela de doces parecia uma boa ideia. “Hey.” Eu olhei para Reece. “Yeah?” “Não deixe isso te afetar,” ele aconselhou. “Nick é um cara. E caras normalmente são estúpidos. Acredite em mim. Eu sou um cara. Um cara estupido às vezes.” Agradecendo essas palavras, eu sorri um pouco enquanto passava meus dedos pelos desenhos em minha clutch. Quando não disse nada, Reece continuou, sua voz baixa. “Durante o tempo que eu o conheço, ele nunca ficou a sério com ninguém. Ele, provavelmente, vai precisar de uma curva de aprendizado quando se trata do que dizer para não te irritar.” Eu não consegui evitar rir, mas pela minha experiência era tão inexistente quanto a dele nesse assunto, e eu não estava aqui para agir mal.
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Bem, eu meio que agi mal daquela vez quando não respondi sua mensagem, mas pelo menos, esse tipo de comportamento era algo privado. Quinze minutos se passaram e Nick tinha desaparecido de volta na cozinha com Jax. Eu não tinha ideia do que eles estavam fazendo lá, mas quando olhei para meu celular, eram quase nove da noite. Meu olhar voou para as portas da cozinha de novo, mas elas permaneceram fechadas. Roxy estava do outro lado do bar, fazendo três drinks de uma vez. “Hey,” eu disse, saindo do banco. “Eu vou sair daqui. Você pode avisar a Roxy e Calla que eu disse tchau? Eu mando uma mensagem para Nick.” Reece levantou seu copo que eu achava que era de agua e me olhou sobre a borda. “Yeah, posso fazer isso.” “Obrigada.” Eu comecei a me virar. “Dirija com cuidado.” Eu concordei e sair do bar. O ar gelado foi uma surpresa agradável. Uma vez em meu carro, eu mandei uma mensagem para Nick para avisar que estava indo para casa. O caminho até lá foi rápido e a primeira coisa que fiz quando cheguei foi ir ao meu quarto, tirar esses sapatos e tirar meu suéter. Eu o coloquei no cabide e me virei, planejando voltar para cozinha e recuperar a tigela de doces, mas meu olhar ficou na prateleira, ao lado da foto das férias de primavera, fixo na foto do meu pai. Ele estava em seu uniforme marrom do exército e é assim que eu sempre me lembro dele. Mesmo quando ele estava em casa, em algum momento eu via essas calças camufladas. Elas eram o símbolo dele voltando para casa e que ele estaria indo embora logo. É possível amar odiar algo igualmente. Ficando na ponta dos pés, eu passei meus dedos pela foto emoldurada enquanto exalava. Deus, eu sentia tanta falta dele, e eu não conseguia evitar de imaginar o que ele diria sobre ter um neto – como ele iria se sentir. Ele
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estaria orgulhoso ou desapontado? Não importava o que, eu sabia que ele estaria me apoiando tanto quanto minha mãe. Mordi meu lábio inferior enquanto abaixava minha mão. Agora eu realmente precisava daquele doce. Essa noite eu iria comer todas minhas emoções. Eu passei pelo corredor e cheguei ao banheiro quando ouvi uma batida na minha porta. Franzindo o cenho, eu andei até a porta e olhei pelo olho mágico. Surpresa me abalou. Era Nick, mas isso não fazia sentido. Ele deveria estar trabalhando. Abrindo a tranca, eu abri a porta. “O que...?” O resto das palavras foram perdidas na ação. Ele entrou, batendo e trancando a porta atrás de si. Meu coração pulou barra minha garganta. Nick passou um braço em volta da minha cintura, me levantando e me puxando contra seu peito. Sua outra mão estava na base do meu pescoço. Em poucos segundos a boca de Nick estava na minha e ele estava me beijando. Não havia nada vagaroso nem explorador nesse beijo. Era profundo e forte e, antes que eu percebesse, meus braços estavam em volta do seu pescoço. Eu me agarrei a ele, confiando na profundidade do beijo e de como me senti em seus braços. Como uma obra de arte rara. Era assim que ele beijava e era como ter um vislumbre do futuro. Nick demorou a quebrar o contato, mas quando ele o fez, ele pressionou sua testa contra a minha. “Me desculpe,” ele disse, e o beijo tinha mexido tanto comigo que eu não percebi logo de cara do porque ele estava se desculpando. Ou porque ele estava falando. Eu só queria que ele me beijasse de novo. “Eu não quis soar como um canalha no bar,” ele explicou, me dando a dica. “Eu estava apenas surpreso em vê-la e preocupado por você estar lá, caso algo acontecesse.” Meus dedos estavam presos em mechas do seu cabelo. “Nada teria acontecido.”
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“Yeah, a vida costuma me provar o contrário.” Seus lábios passaram sobre os meus enquanto falava, mandando uma série de calafrios pela minha coluna. “De qualquer modo, eu preciso aprender a pensar antes de falar.” Um pequeno sorriso apareceu em meus lábios. “Isso soa como um bom plano.” “Você acha?” Seu olhar estava pesado enquanto ele me beijava suavemente. Quando concordei, eu fui recompensada com outro beijo profundo. “Espere.” Perdi a respiração enquanto o braço em volta da minha cintura me tirava do chão. Instinto guiou minhas pernas em volta do seu quadril. Eu o senti ali, duro e pressionado contra seu jeans. Era como se um interruptor tivesse ligado dentro de mim. Quando ele me beijou, prazer me percorreu, mas sentindo ele agora mandou um nível totalmente de luxuria por mim. Nick começou a andar, me carregando para o quarto enquanto falava. “Eu não pensei.” “Pensou no que?” Minha voz soava meio sem ar me fazendo não a reconhecer. Com suas longas passadas, iriamos chegar no quarto em um segundo. “Eu não pensei o quão solitária você está.” Antes que eu pudesse responder, ele estava me beijando de novo, sua língua dançando sobre a minha. “Que você é nova nessa cidade, nova no trabalho e nova para mim.” Outro beijo profundo e arrasador limpou meus pensamentos. Ele parou no meio do meu quarto, a mão no meu pescoço apertando mais, se enrolando em meu cabelo. “Eu queria te dizer isso no bar, mas eu estava ajudando Clyde a arrumar a nova fritadeira. Aquela merda era realmente complicada. E quando eu saí, você tinha ido embora.” “Eu te mandei mensagem.”
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Nick se moveu, me colocando na beira da cama. “Eu não olhei meu celular.” Se endireitando, ele tirou sua jaqueta de couro. Ela caiu no chão com um som forte. “Assim que vi que você tinha ido, eu falei com Jax. Ele me deixou sair.” Eu umedeci meus lábios enquanto ele se abaixava, segurando a barra da sua camiseta. “Você largou o trabalho para vir aqui?” “Eu não gosto da ideia de você ficando sozinha.” Puxando a camiseta sobre sua cabeça, ele a deixou cair junto da sua jaqueta. “Porra. Eu não gosto nem um pouco dessa ideia.” Minha boca ficou seca enquanto eu dava uma boa olhada nele. As coisas tinham sido tão rápidas e calorosas quando ficamos que eu nem tive o tempo de apreciar toda a gloria do seu peito nu. Definido e duro, estômago ondulado e quadril estreito e esguio. Aqueles jeans estavam baixos e meus olhos seguiram a fina linha de pelo enquanto desapareciam por baixo do cos do jeans. Ele tirou suas botas, logo depois as meias. Eu não sabia que ver o pé de um homem poderia ser uma sensação tão intima. Talvez eu só fosse estranha assim. “Você não deveria se sentir desse jeito,” ele continuou, trazendo meu olhar ao seu. “Eu não quero que se sinta.” “Eu sei que você tem muito em jogo e...” “Yeah, eu tenho.” Seus dedos foram para o botão do seu jeans, abrindo, até que o som do zíper sendo abaixado mandou um calafrio pela minha pele. “Mas tem tempo. Tem muito tempo e eu vou começar a usá-lo melhor.” Seu jeans caiu e ele estava usando uma boxer preta justa. “Eu apoio totalmente o uso desse tempo,” eu murmurei. Ele riu. “E é por isso que gosto de você.”
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Uma pequena parte de mim queria saber o que mais ele gostava em mim, mas não foi isso que saiu da minha boca. “Fazia muito tempo desde que fui beijada.” Ele congelou, seus lábios curvando para cima. “O que?” “Eu... eu não beijei ninguém realmente desde o colegial,” eu admiti, me sentindo boba por dizer isso em voz alta. “Eu sei que isso soa como Uma Linda Mulher, mas isso não é só algo...” Um momento de incerteza me atingiu. “Deus, isso é uma coisa idiota para se dizer agora. Podemos esquecer isso e voltar a ficar nus?” “Não.” Ele balançou sua cabeça. “Eu entendo.” Ele se aproximou, colocando uma mão em minha bochecha. “Você e eu...? Somos algo bem diferente não?” Eu ri. “A maioria das pessoas não entendem isso, provavelmente nem mesmo nos toleram, mas juntos... juntos fazemos sentido.” Havia uma verdade inegável em suas palavras, mas também havia essa parte de mim que se perguntava se ele chegaria nessa mesma conclusão – se eu estaria aqui com ele – se não tivesse engravidado. Quando Nick estava nu, eu praticamente só conseguia me ficar nisso. Eu não vi essa última peça de roupa sair, mas aqui estava ele e, por Deus, era como ganhar na loteria masculina. Cem por cento másculo, ele era uma obra de linhas duras, músculos definidos e beleza masculina. Ele não tinha vergonha nenhuma de estar aqui na minha frente, e não tinha como enganar o quão pronto ele estava. E seu tamanho? Whoa. Meu coração pulando, eu inalei profundamente enquanto ele colocava seus dedos em baixo do meu queixo. Com certa pressão, ele me levantou. Um pequeno sorriso apareceu em seus lábios enquanto suas mãos deslizavam
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pelos meus braços até a barra da minha blusa. Sem dizer uma palavra, ele a levantou sobre minha cabeça. Ela foi parar junto das suas roupas. A ponta dos meus seios já estava pronta, doloridas. Seu olhar abaixou e ele fez um som no fundo da sua garganta que deixou meus joelhos fracos. “Esses...” Ele passou uma mão sobre a taça do sutiã e minha respiração ficou presa. “Você não tem ideia do quanto estive ansiando para ver eles.” Aquela mão subiu, sobre a renda preta e por baixo da taça. Seu dedão passou sobre a ponta e uma onda de prazer irradiou dali, se espalhando. “Tocá-los.” Sua outra mão foi para minhas costas e com a precisão dos seus dedos, ele desabotoou meu sutiã. Minha pele começou a corar enquanto meu sutiã era removido. Nua da cintura para cima, eu mordi meu lábio enquanto eu deixava ele me olhar, e ele o fez. Ele olhou até que senti que ele estava gravando a imagem em sua memória, até que aquela vermelhidão se transformou em calor. Então ele me segurou com ambas as mãos. Minhas costas arquearam e um gemido abafado escapou de mim enquanto seus dedos faziam coisas insanas com minhas emoções. Eu coloquei minhas mãos em seu peito para me equilibrar enquanto ele explorava. Sua pele estava quente e eu podia sentir seu coração palpitando. “Nick,” eu disse. Ele balançou sua cabeça. “Eu não pude aproveitar tudo quando ficamos. Estou corrigindo isso agora.” Oh Deus, ele realmente estava. Ele gastou tanto tempo ali que quando ele finalmente foi para meu jeans, eu estava quase fora de mim. Cada respiração era errática e meus batimentos estavam acelerados, profundos dentro de mim. Meus jeans foram retirados em um segundo. Nick ficou de joelhos na minha frente, suas mãos em meu quadril. Seu cabelo pinicava minha pele enquanto ele me beijava logo abaixo do meu umbigo. “Isso é pra doce ervilha dentro de você,” ele disse, e meu coração
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implodiu em uma pilha de gosma. “Yeah, eu estive fazendo minhas próprias pesquisas. E isso...” sua cabeça abaixou e ele me beijou de novo, sobre meu centro. Mesmo com o cetim entre seus lábios e minha pele, eu senti o toque direto dentro de mim. “E esse é pra você.” Minha mão tremia enquanto eu o tocava, deslizando meus dedos pelo seu cabelo. Um nó de emoções estava em minha garganta. Eu sabia ali, quando ele tinha beijado meu estômago, que eu podia seriamente me apaixonar por esse cara. Meu coração batia rápido. Nick levantou sua cabeça, me olhando por entre seus cílios escuros. Aqueles olhos verdes brilhavam com o calor. “Eu acho que poderia passar anos aqui.” “De joelhos?” Minha voz tremeu um pouco. Um lado de seus lábios se curvou para cima. “Contando que você estivesse sobre mim.” Minha risada era seca, irregular. “Você é demais.” “Não. Não sou.” seus lábios passaram pela minha coxa. “Eu acho que eu... yeah, eu preciso mudar isso.” Eu não entendi o que aquelas palavras significaram ou, talvez, eu entendi, mas estava com muito medo para acreditar nelas, mas, então, eu não estava pensando muito sobre isso porque seus dedos estavam trazendo o cetim para baixo do meu quadril, sobre minhas coxas, até que estivesse saído e eu estava completamente nua, assim como ele. E, então, ele explorou, com suas mãos e seus dedos até que, finalmente, com sua linda boca. Uma mão segurava meu cabelo, inclinando minha cabeça para trás. Os beijos ficaram mais profundos, mais urgentes e poderosos. Minhas mãos deslizaram sobre ele para cima e para baixo, meus dedos envolvendo sua grossura. Seu quadril moveu e, então, minhas costas estavam contra a cama.
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Suas mãos estavam sobre meus braços e ele me levantou, me levando para o centro do colchão, sua boca possuindo a minha. Nós éramos um emaranhado de braços e pernas, de mãos abusadas e mais beijos. Sexo... sexo nunca foi assim antes. Claro, tinha sido bom e eu tinha minha boa dose de orgasmos, mas isso era incrível porque não éramos apenas duas pessoas que queriam se aliviar. Havia paixão no jeito que seus lábios se moviam sobre minha pele, um desejo no jeito que suas mãos se familiarizavam com as várias elevações e uma intimidade quando ele se levantou, apoiando seu peso no antebraço, seu olhar segurando o meu enquanto ele se guiava para dentro de mim. Meus lábios doíam e minhas mãos seguravam seu braço enquanto ele começava a se mover, devagar no começo, um ritmo provocante que era praticamente demais. Eu pressionei meus calcanhares em suas costas, minhas unhas arranhavam sua pele. Pressão crescia dentro de mim e suas investidas aumentaram, seu hálito quente dançando sobre minha bochecha, as palavras provocantes que ele falava em meu ouvindo me guiando. Ele estava sobre mim, em volta de mim e dentro de mim – uma parte de mim. Pele com pele. Nada entre nós. A tensão girou rapidamente, ficando cada vez mais apertada. Isso não eram duas pessoas fodendo. Esse foi o último pensamento quando o nó que estava dentro de mim eclodiu. Onda após onda de prazer me abalou. Joguei minha cabeça para traz e gemi seu nome e sabe-se lá Deus o que mais o que. Eu estava contraída em volta dele enquanto ele enfiava um braço sobre mim, selando meu corpo ao dele enquanto seu quadril investia contra mim. Seu outro braço me prendeu, me segurando no lugar. Ele estava se movendo freneticamente, seu quadril rápido, tornando a pressão demais. As ondas começaram de novo e o mundo pareceu cair enquanto outra liberação passava por mim. Nick deu um grito rouco, segundos antes de enterrar sua cabeça no espaço entre meu pescoço e meus ombros. Ele enrijeceu, seu quadril pressionado ao meu. Um grande tremor passou por ele e eu o segurei, um longo momento passando antes dele se mover.
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Ele levantou sua cabeça enquanto suas mãos deslizavam até seu lado. Seus lábios foram pressionados contra minha testa, deslizando depois para minha sobrancelha. Houve um beijo sobre a ponta do meu nariz antes dele realmente me beijar, carinhosamente. E algo sobre esse beijo leve e preguiçoso foi mais poderoso que todos os outros. Nick saiu de mim e, por causa da nossa última experiência, eu imaginava que ele fosse se levantar logo da cama naquela busca estranha por suas roupas. Mas ele não o fez. Com um braço ainda sobre mim, ele me puxou contra ele enquanto virava de costas, me juntando para que minha frente estivesse pressionada sobre sua lateral e minha perna enrolada a dele. Nós estávamos suados e corados, mas quando apoiei minha bochecha sobre seu ombro, não havia lugar mais confortável. Sua mão subia e descia pelas minhas costas. Nenhum de nós falou. Enquanto
estava
deitada
ali,
meu
coração
pulando
e
meus
pensamentos indo e vindo rápidos demais, uma lembrança de mais cedo ressurgiu. Eu estava me apaixonando por ele? Nick virou sua cabeça na minha direção e seus lábios estavam em minha testa. Não. Eu não estava me apaixonando por ele. Porque havia uma boa chance deu já estar apaixonada por ele.
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Capítulo Vinte Em algum momento Nick havia se levantado e ido até a cozinha, completamente nu e totalmente confortável com isso. Ele voltou com dois copos d’agua, deslizou as luzes e se juntou a mim. Enrolada contra ele, de lado e com o lençol sobre nós, eu estava totalmente
no
clima
de
me
aconchegar.
E
eu
também
estava...
absolutamente contente. Apesar de que aconchegar era algo totalmente novo para mim, tudo sobre isso parecia certo, como se estivéssemos fazendo isso por anos. Esse sentimento era meio estranho, mas eu não tinha vergonha disso. Eu meio que queria me enrolar nisso. Trilhando a fina linha de pelos abaixo do seu umbigo, eu sorri. “Obrigada.” “Eu sinto como se eu precisasse te agradecer, mas estou curioso.” Seus dedos estavam acariciando a região das minhas costelas. “Por que está me agradecendo?” Meu sorriso ficou maior. “Por vir aqui. Você não precisava fazer isso. Você poderia ter esperado. Foi fofo.” “Eu sou um cara fofo, mas não conte a ninguém. Eu tenho uma reputação a manter.” Eu ri mais um pouco. “Vai ser nosso segredo.” Nick se virou para que minha bochecha estivesse sobre seu braço e para que estivéssemos de frente um para o outro. Sua mão viajou da minha cintura para baixo em meu estomago. “Você está ansiosa para a consulta ao médico?”
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No escuro, eu conseguia ver só um pouco de suas feições, mas ele estava sorrindo. “Estou. Também estou um pouco nervosa porque eu não sei o que realmente esperar,” admiti. Sua mão estava inteira em meu estomago. “Às vezes não parece real, né?” Meu coração cambaleou. “Não. E isso é loucura, huh?” “Provavelmente é normal. Eu acho que depois de ir ao médico, a realidade vai cair,” ele disse. “Como sua mãe está lidando com tudo?” Eu coloquei minha mão sobre a dele, gostando da sensação. “Ela está me apoiando. Tenho sorte. Triste ela não morar aqui porque tenho certeza que teríamos uma babá a disposição.” Eu pausei enquanto milhares de perguntas sobre sua família ressurgiam. Agora era um bom momento para começar a perguntar. “Você não fala muito sobre sua família. Eu me lembro que disse que sua mãe morreu. Posso perguntar como?” Nick não respondeu por um longo momento e eu prendi a respiração, esperando. Se ele realmente quisesse fazer isso funcionar, ele teria de se abrir. Assim como eu. Esse era um momento importante para nós, definitivamente mais do que já havíamos compartilhado. “Minha mãe morreu quando eu tinha acabado de começar o colegial,” ele disse eu perdi o folego. “Ela morreu de um coração partido. E, yeah, eu sei o quão estupido isso parece, mas depois que meu pai morreu, ela simplesmente desistiu.” Meu peito apertou e eu imaginei que seu pai não estava mais presente desde que Nick já havia dito que sua família não estava por perto, mas eu não tinha assumido que ele havia morrido. Colocando minha mão sobre a sua, eu a afastei do meu estomago e a trouxe contra meu peito. “Ela mal comia,” ele continuou. “Não cuidava de si. Parou de sair e, basicamente, parou tudo. Meu avô – seu pai tentou conseguir ajuda para ela, antes que adoecesse. Ele a colocou na terapia, mas ela não tomava nenhum
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dos medicamentos prescritos. Ela simplesmente não ligava, não pode lidar viver sem meu pai. Isso levou anos.” Sua mão apertou em volta da minha. “Eu estava no colégio. Era de manhã e meu avô tinha vindo me buscar. Depois que meu pai morreu, nós nos mudamos para morar com ele. Ele tinha saído naquela manhã para ir ao mercado e voltou para encontrá-la morta em sua cama.” “Me desculpe,” eu sussurrei. Ele levantou nossas mãos e beijou a parte de trás da minha. Então exalou. “Não tenho certeza que você vai querer saber sobre meu pai.” “Eu quero.” Nossas mãos foram para o espaço entre nossos peitos. Alguns momentos passaram antes dele falar. “Meu pai se matou.” Meus olhos arregalaram em choque. Eu não estava esperando por isso. Nem um pouco. “Minha família não tem a melhor sorte, huh? Meu avô tem Alzheimer. Minha mãe desistiu e meu pai tirou sua própria vida.” Ele virou sua cabeça para que estivesse olhando para o teto. “Meu avô – Job – era um empresário de sucesso. Assim como seu pai. Eles entraram no ramo de construção por aqui a muito tempo e eles eram bom nisso – ótimos nisso. Metade das casas por aqui foram ou construídas por eles ou por alguém que trabalhava para eles. Quando minha mãe conheceu meu pai e eles se casaram, ele começou a trabalhar para Job e, eventualmente, meu pai assumiu o negócio e as coisas começaram bem. Quero dizer, eu era apenas uma criança e eu não lembro muito, mas meus pais eram felizes. Nós vivíamos uma boa... vida. Isso é tudo que lembro.” “O que aconteceu?” eu perguntei. O peito de Nick levantou e abaixou com uma respiração profunda. “A empresa do meu pai estava construindo essa casa enquanto terminavam outra. O lugar era bem grande e mesmo sendo uma empresa grande, eles
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estavam apertados, mas ele não podia largar o trabalho nem dispensar o dinheiro. Os funcionários normais que eles trabalhavam estavam ocupados em outra casa, então ele contratou umas pessoas novas. Um deles era um eletricista. Meu pai pensou que eles eram bons. Você sabe? Eu não acho que ele tinha motivos para duvidar do trabalho que eles estavam fazendo. Mas ele estava errado.” Sua mão soltou a minha, mas eu me recusei deixar ele tirá-la. Outro momento se passou. “O eletricista que ele contratou desapareceu depois que a casa foi terminada. O que era comum. As pessoas se mudavam muito. Sem problemas. Não no começo.” Meu instinto estava me dizendo que algo realmente ruim estava por vir e que ouvir isso seria doloroso. “Viemos a descobrir que o eletricista tomou alguns atalhos. Você ficaria surpresa o quão comum isso é. Normalmente não vira nada grande, mas esse cara... ele fodeu tudo. A fiação era ruim – bem ruim – e isso fez a casa pegar fogo.” Nick engoliu e eu pude sentir a tensão crescendo nele. “A família que pediu a construção estava na casa quando ela pegou fogo. Os pais. Três crianças. Duas delas morreram no acidente.” Fechei meus olhos. “Oh Deus...” “Meu pai tinha seguro – seguro contra acidentes. Desde que o eletricista não estava por perto, tudo caiu em cima dele. Não que isso não fosse acontecer assim. Foi sua empresa que construiu a casa. Era sua responsabilidade ter certeza que ela foi feita corretamente. A família entrou com um processo. Era direito deles. Eles levaram tudo com exceção do que meu avô tinha. Ele era bem esperto com dinheiro – com o negócio. Ele separou o dinheiro que ele economizou durante os anos com o da empresa antes de entrega-la ao meu pai, mas não foi o dinheiro que o atingiu. Pelo menos, eu não acho que foi. Não pelo que me lembro.” Sua voz ficou mais pesada, mais rouca. “Saber que ele foi responsável pelo que aconteceu com aquela família o consumiu. Eu lembro vagamente dele sentado de noite, na
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sala. Como se nem mesmo estivesse ali. Por volta de um ano e meio depois do incêndio, ele se enforcou. Minha mãe o encontrou.” “Deus.” Eu me aproximei, pressionando meu corpo contra o dele. Agora, muitas coisas sobre Nick começavam a fazer sentido. “Me desculpe. Sei que essas palavras são bobas, mas me desculpe.” “Essas palavras não são bobas. Elas significam algo.” Ele virou sua cabeça para mim. “Tem uma coisa a mais... e você provavelmente vai achar que é estranho.” “Duvido,” prometi. “Não. É bem estranho. Reece é um dos poucos que sabe e eu sei muito bem que ele nem mesmo contou a Roxy. Eu nem sei porque estou prestes a te dizer.” Agora eu estava curiosa. Eu não conseguia entender que coisa estranha Reece poderia saber e ter de manter para si, nem mesmo contar a Roxy. “Okay,” eu disse, procurando seu olhar na escuridão. “Mesmo se eu pensar que é estranho, não significa que vou te expulsar da cama.” Ele balançou sua cabeça. “Bem, espero que não. Seria estranho considerando que estamos nus.” Eu sorri apesar do teor da conversa. “Me conte.” Ele apertou um pouco minha mão. “Você não sabe muito sobre a Calla, sabe?” Meus ouvidos ficaram aguçados. Eu não era uma detetive, mas minha mente correu diretamente para o que Roxy havia dito sobre o comportamento do Nick ao redor dela e no que eu já havia testemunhado. “Não realmente. Eu só sei que ela sai com Teresa quando está em Shepherd.” “Mas você... você notou a cicatriz em seu rosto, não?” Eu franzi o cenho. “Yeah?”
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Nick inalou profundamente de novo. “Ela conseguiu aquela cicatriz em um incêndio. As janelas explodiram ou coisa do tipo. A atingiu no rosto. Ela é uma das crianças que sobreviveu na casa que meu pai trabalhou. Foram seus irmãos que morreram. E isso não é tudo. Seus pais originalmente eram os donos do Mona’s.” Segundos se passaram eu não fazia ideia do que dizer. Eu estava chocada. “Calla não sabe isso?” “Não. E, provavelmente, isso nem teria passado por sua cabeça. O sobrenome do meu pai era Novak, mas quando ele morreu, minha mãe voltou a assumir o nome de solteira – Blanco. E eu nunca disse a ela. Como eu contaria isso para ela? Sabe? Quando ela entrou pela primeira vez no bar, meu coração praticamente parou. Veja, ninguém esperava que ela voltasse para cá. Depois do incêndio, seu pai a deixou e sua mãe acabou cuidando do bar sozinha, mas isso foi por água abaixo – ela se envolveu com drogas e virou uma péssima mãe. Ela não conseguiu lidar com a perda dos seus meninos,” ele disse, encarando o teto de novo. “Eu terminei encontrando a Mona – esse é o nome da mãe dela – a uns anos atrás. Ela sabia quem eu era. Disse que eu era a cara do meu pai. Foi um dos raros momentos quando ela não estava sob efeito de alguma coisa. De qualquer modo, eu estava começando a cuidar do meu pai, tinha acabado de sair do colegial e mona sabia o que estava acontecendo com o Job. Ela me ofereceu um trabalho. Foi estranho. Eu nem precisava do dinheiro. Não de verdade. Job tinha mais que o suficiente guardado para cuidar de mim e de si, mas foi... foi uma chance. Sabe?” “Para fugir? Eu entendo.” Ele concordou. “Então comecei a trabalhar no Mona’s, antes do Jax aparecer, e quando ele chegou, ele meio que assumiu tudo. Toda a situação que envolvia Mona e o bar estava uma bagunça, mas acho que de um jeito, trabalhando lá para ela, eu meio que...” “Se sentiu melhor pelo que aconteceu?” Quando ele não falou, eu apertei sua mão. “Nick, você sabe que nada que aconteceu foi culpa sua,
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certo? E parece que mesmo que seu pai tenha sido o responsável legalmente, ele... ele também foi uma vitima.” “Me levou muito tempo para perceber isso,” ele disse depois de uns minutos. “Eu nem mesmo sei porque minha cabeça estava confusa assim.. Acho que era apenas novo e burro. De qualquer jeito, como disse, eu nem esperava ver Calla.” “Você acha que um dia vai contar a ela?” “Eu não sei. Provavelmente faria sentido se eu tivesse dito quando ela apareceu. Agora, simplesmente é estranho.” “Não é estranho,” eu disse a ele e, então, ele voltou a olhar para mim e eu não precisei olhar de volta para saber que seu rosto estava cheio de duvidas. “Okay. É um pouco estranho, mas em entendo o motivo pelo qual você não contou. Eu não a conheço muito, mas ela não parece como alguém que iria esfregar uma coisa desse tipo na sua cara.” “Mas o quão ruim seria para ela perceber que está trabalhando ao lado do filho do homem que é praticamente responsável por sua vida ter sido destruída? Não deve ser fácil.” Sua voz estava mais baixa. “Eu só... eu não quero bagunçar ela mais.” Oh Deus, ouvir isso doía e havia algo nessas palavras que me fez pensar no que ele tinha dito antes sobre relacionamentos. Era por isso que ele era tão contra? Porque, de algum modo, ele achava que não merecia por causa do seu pai e da casa que pegou fogo? Parecia uma desculpa esfarrapada, mas o fato de Nick achar que trabalhar no Mona’s era um modo de amenizar tudo, isso me preocupava. “Você esteve em um relacionamento sério uma vez, não?” Eu perguntei. “Yeah.” Eu inalei profundamente. “O que aconteceu?”
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“Foi uma menina que estava namorando na faculdade. Nós estávamos mesmo juntos e, por um tempo, eu pensei que... que seria para sempre.” Um ciúme irracional cresceu em mim. A intensidade me surpreendeu e eu meio que queria bater em mim mesma. Como eu podia sentir ciúmes de uma menina que nem mais estava por perto? Espere. Oh meu Deus. E se ele ainda estivesse apaixonado por ela? Meu estômago caiu. “De qualquer modo,” ele continuou, aliviando meu surto interno. “Quando meu avô adoeceu e tudo começou a acontecer, as coisas entre nós ficaram complicadas. Eu não acho que ela pode lidar com tudo que eu precisava fazer. No começo eu não a via muito, já que estava cuidando dele. Nós nos afastamos e um dia simplesmente acabou. Foi uma merda, mas porra, se ela não podia lidar com meu avô estando doente e eu cuidando dele, o que ela teria feito se fosse eu o doente?” “Que babaca,” eu retruquei. Nick riu enquanto soltava minha mão e passava seu braço em volta da minha cintura. “E você? Não esteve em nenhum relacionamento sério desde o colegial?” “Eu nem sei se posso dizer que aquele relacionamento foi realmente sério,” eu admiti. Sua mão acariciou minha lateral. “Então qual o problema? Não acredita no amor?” A pergunta me pegou de guarda baixa. “Eu acredito no amor. Eu só... eu nunca estive apaixonada. Não como meus pais. Eles se amavam. Quero dizer, cada vez que você os via juntos, ouvia eles falando um com o outro, mesmo que estivessem bravos, você podia ouvir o amor em suas vozes. Esse é o tipo de amor que quero. Eu não aceito nada menos.” “Hmm...” sua mão se moveu para parte de trás do meu quadril. “Você está conjugando os verbos no passado aqui, Stephanie.”
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Meu nome – eu realmente gostava quando ele dizia meu nome. “Meu pai estava na Marinha,” eu disse, e eu me senti estranha por dizer em voz alta por ser algo que não falava muito. “E ele estava muito tempo fora do país. Quando tinha quinze anos, ele estava em casa durante o verão e isso foi ótimo. Então ele foi embora. Ele nunca mais voltou.” Nick não falou enquanto levantava sua cabeça e colocava um beijo leve, casto, em minha testa. Eu engoli forte, mas aquele nó estava de volta, preso em minha garganta. “Ele levou um tiro e eu me lembro de estar sentada nas escadas quando dois policiais disseram a minha mãe que foi algo rápido, que ele não sofreu. E eu também me lembro de ter pensado como isso iria ajudar em qualquer coisa? Agora eu entendo. Eu fico feliz por ele não ter sofrido, mas com quinze anos eu só... isso não deixava a perda mais fácil.” “Desculpe-me,” ele disse com a voz baixa e, então, beijou minha testa de novo. “Eu obviamente não conheci seu pai, mas o fato que ele estava lá, dando sua vida pelo resto de nós, significa que era um bom homem.” “Ele realmente era,” eu sussurrei, sorrindo tristemente. “Minha mãe nunca casou de novo ou namorou a sério. EU não acho que um dia ela vá. Até hoje ela usa suas dog tags18. Apenas a tira para tomar banho. Não importa o que esteja usando.” Eu engoli de novo, limpando minha garganta. “Yeah, então é isso.” Ele levantou sua mão do meu quadril e levemente penteou meu cabelo para afasta-lo do meu rosto. Sua mão parou em minha bochecha. “É o seu pai nessa foto na prateleira?” Fiquei surpresa. “Você viu?” “Yeah,
quando
levantei
para
pegar
agua.
Eu
sou
bastante
observador.” “Wow,” murmurei.
18
Placas de identificação usadas por militares.
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“Mas também pode ser culpa de eu ter percebido essa foto de biquíni antes,” ele admitiu, rindo. “Quero dizer, vamos lá, quem não perceberia isso?” “Wow,” repeti. “De
algum
modo
acho
que
seu
segundo
wow
soou
menos
impressionado.” Eu ri de novo e, enquanto a seriedade da conversa fosse quase como uma pessoa a mais no quarto, eu senti meus lábios se curvando em um grande sorriso. “Você não pode ficar a noite toda, pode?” “Eu queria poder. Preciso ir por volta das três,” ele disse, sua mão se movendo para baixo, em volta do meu quadril. Ele apertou. “Eu não gosto de deixar Kira até tarde quando ela precisa voltar para casa.” “Entendível.” Eu pausei, sabendo que tínhamos apenas algumas poucas horas restantes. “Está com fome ou coisa do tipo?” perguntei. “Não. Você?” Balancei minha cabeça e fiquei feliz que não iríamos sair da cama agora. Eu queria me afogar nesses poucos momentos com ele antes que tivesse de ir. Senti-me bem por estar tendo essa conversa com ele. Não era apenas mais vislumbres da superfície. Isso era... isso era real, e estávamos indo profundamente, além das camadas iniciais. De repente, Nick se moveu. Eu dei um gritinho quando ele tirou as cobertas de nós e o ar gelado passou sobre minha pele, mandando um arrepio. Seu corpo rapidamente substituiu a fonte de calor e eu não estava reclamando disso quando ele começou a beijar meu pescoço. “Pensando melhor nisso,” ele disse, aqueles seus lábios viajando pela minha garganta. “Eu estou com fome. Quero café da manhã.”
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“Café da manhã?” Eu perguntei enquanto seus lábios passavam pelo inchaço dos meus seios. Quando sua língua foi envolvida, eu entendi bem o que ele quis dizer. Jogando minha cabeça para trás, eu ri alto, e a risada rapidamente se transformou em gemidos, mas o sorriso... Aquele sorriso não saiu do meu rosto.
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Capítulo Vinte e Um Quanto mais minha primeira consulta real se aproximava, mais nervosa eu ficava. Não era uma sensação normal. Mais como estar animada e ansiosa junto. Essa sensação me fazia querer comer coisas. Muitas coisas. Na verdade, eu só queria comer coisas no geral. E realmente não pensei que tivesse qualquer coisa com estar grávida. Era como se minha cabeça estivesse usando a gravidez como desculpa para comer qualquer coisa a vista. Eu me preparei para um longo almoço no dia da consulta e passei a maior parte da manhã de quarta tentando não comer o último Reese de abóbora, ou dar um soco nas bolas de Rick. Cada vez que ele passava pela minha mesa, ele me encarava de um jeito que ou ele estava me imaginando de topless ou com minha cabeça explodindo. Quando chegou a hora de ir, eu bloqueei meu computador e levantei, pegando minha jaqueta da onde eu tinha deixado ela dobrada, junto com minha bolsa. Quando me virei, empurrando minha cadeira, eu vi Brock andando em direção ao escritório de Marcus. Eu imediatamente procurei por Jillian, porque onde quer que eu o via, ela não estava muito longe. Semana passada, quando ele veio no escritório, ela estava com ele, quase como uma sombra, mas hoje ele estava sozinho. E ele parecia um pouco melhor. Semana passada haviam manchas escuras sob seus olhos, marcas de exaustão e ele parecia mais pálido que o normal, mas hoje ele parecia um pouco mais como si mesmo, com a exceção do braço direito imobilizado. Apesar do seu braço não estar machucado, isso ajudava a manter a parede em seu peito estável. “Oi,” eu cumprimentei enquanto vestia minha jaqueta. “Como está se sentindo?”
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Brock me deu um pequeno sorriso. “Aguentando. Você?” “Bem. Estou indo almoçar.” Ele parou na frente da porta de Marcus e olhou sobre seu ombro, o movimento estranhamente travado. “Vai se encontrar com Nick?” Aquele brilho maquiavélico apareceu em seus olhos. Bom Deus, eu senti minhas bochechas esquentarem enquanto meu coração fazia uma dança estranha em meu peito. Eu nem podia dizer que isso era novidade ou que imaginar o que estava querendo dizer. Cada vez que eu via Nick ou pensava nele, eu ficava corada, e eu só iria me embaraçar mais ainda nesse ponto porque isso não iria sumir. Nunca. “Eu tenho uma consulta médica,” foi tudo que disse porque era o que Marcus sabia e eu tinha certeza que a novidade sobre o começo de nossa família ainda não tinha chegado a Brock. “Ah, o médico,” ele disse, indo para a porta. “Estou começando a odiar essa palavra.” “Compreensível.” Eu abotoei minha jaqueta. “Te vejo mais tarde.” Como minha consulta era em Plymouth Meeting, Nick iria me encontrar lá. O caminho não estava ruim uma vez que saí do centro da cidade, chegando no consultório com uns quinze minutos de antecedência. Logo que sai do carro, as portas de outro carro parado a algumas vagas de distância abriram e Nick saiu. Aquela sensação ainda estava ali, como uma borboleta voando dentro da minha caixa torácica. Minha garganta ficou seca de repente enquanto eu andava para frente do meu carro e esperava por ele. Logo que ele entrou completamente no meu range de visão, eu dei olhei com calma por todo seu corpo. Eu duvidava que houvesse um dia onde Nick não estivesse com uma boa aparência, mas hoje ele estava absolutamente incrível. Não sei o que tinha nos seus jeans escuros ou a malha em gola v preta que deixou minhas partes femininas toda feliz,
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mas eu estava imaginando se teríamos tempo para uma rapidinha antes da consulta. “Hey,” Nick disse, abaixando sua cabeça e beijando o canto dos meus lábios. Desde que eu disse para ele toda a história dos beijos, ele fazia questão de me beijar. Muito. Eu não estava reclamando. Ele pegou minha mão. “Pronta?” Eu concordei enquanto segurava o questionário que havia sido enviado por e-mail. Todo meu histórico estava naquelas páginas. “Eu fiz minha lição de casa.” “Quando? Essa manhã?” Ele começou a andar para a entrada. Sorrindo, eu deixei ele me guiar pelo estacionamento. “Não.” “Ontem à noite depois que saí?” Eu ri. “Talvez.” Quando ele apertou minha mão, aquela sensação começou de novo. “Me levou quase uma hora. Quem quer que leia essa coisa vai me conhecer melhor que minha mãe.” Nick riu enquanto nos aproximávamos da porta. Perus feitos com papelão decoravam as portas. O pintor tinha usado uma técnica de pintura a dedo para as penas, e meu estomago revirou um pouco porque, logo um desses estaria numa geladeira. Eu simultaneamente queria rir e chorar, pular por aí e me jogar na cama. Falar com o atendente foi fácil e, enquanto nos sentávamos na sala de espera acolhedora, eu dei uma olhada ao redor. Havia mulheres grávidas em tudo que era canto. O que era esperado, mas eu não tinha certeza se já tinha visto tantas mulheres grávidas no mesmo lugar antes. E todas em estágios diferentes da gravidez.
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Uma loira que estava na minha frente tinha uma pequena elevação esticada sobre sua blusa azul clara. Tinha uma morena perto da janela que parecia estar na metade de sua gestação, suas bochechas meio coradas enquanto escrevia em um caderno. Próxima a mim havia uma mulher que parecia que iria dar à luz no meio da sala de espera. Sua barriga era do tamanho0 de duas bolas de basquete. Nick se inclinou e sussurrou. “Okay. Isso vai soar estranho, mas eu estou te imaginando com uma barriga daquelas e eu acho isso meio sexy.” Eu me virei em sua direção e comecei a sorrir. “Sério?” “Yeah,” ele piscou. “Estou ansioso para isso.” “Por que?” eu sussurrei. Um lado de seus lábios se curvou para cima. “Porque vai ser meu bebê...” ele colocou sua mão sobre minha barriga, por cima da jaqueta. “... aqui, e puta merda, isso é um bom jeito de ficar excitado.” Oh. Oh. Wow. Eu olhei para longe dele enquanto outra mulher se sentava ao lado daquela que estava acariciando sua barriga. A novada era uma boa concorrente para quem iria dar à luz antes. As duas começaram a conversar, obviamente conhecendo uma a outra, e eu tentei não escutar, mas não consegui evitar. “Como está o inchaço, Lorraine?” a que acabou de chegar perguntou. Ela se moveu, fazendo careta quando mal levantou sua perna. Meu olhar caiu para seu pé – puta merda – seu pé. Eles estavam tão inchados que ela estava usando chinelo mesmo estando frio lá fora. Yikes. “Tem melhorado,” ela respondeu.
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O que? Isso era melhor? Eu olhei rapidamente enquanto a outra mulher começou a falar sobre como ela teve de tirar sua aliança. Nick se apoiou no encosto, colocando seu braço sobre a parte de trás da minha cadeira. A loira do outro lado da sala agora estava acompanhada pelo seu namorado ou marido, e ele e Nick meio que fizeram esse cumprimento masculino onde acenam um ao outro. Eu olhei ao redor e vi a morena encarando Nick abertamente. Meus lábios viraram um bico. “Essa é a última, eu juro,” Lorraine, a com o barrigão disse para sua amiga. “Se Adam acha que ele vai fazer outro bebê em mim, eu mesma vou castrar ele.” Nick pressionou seus lábios juntos enquanto seu olhar ia para o teto. “Ouch,” ele murmurou. Discretamente, eu dei uma cotovelada nele e seus lábios se curvaram. Virando sua cabeça para mim, ele abaixou sua cabeça e beijou minha testa. O pé inchado e a castração eram nada, aquela sensação voltando com tudo. A morena que estaca observando ele suspirou. Nós não tivemos que esperar muito até que fôssemos chamados e guiados para uma sala, as perguntas começando – as mesmas perguntas. Eu tinha procrastinado responder quando puder, e graças a Deus Nick estava ali, porque eu estava agradecida quando ele foi questionado. Como estava minha menstruação? E isso era estranho para ser falado com Nick encarando a porta. E sobre meus hábitos? Alguma doença genética? Estávamos interessados em testes genéticos? Sem ter certeza, eu olhei para Nick que estava sentado em uma das pequenas cadeiras plásticas. “O que... o que você acha?” “Acho que não deve doer,” ele esticou suas longas pernas, cruzando elas na altura do tornozelo. “Eu digo para fazermos isso.”
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“Certo,” eu concordei, resistindo a necessidade de correr daqui. A enfermeira sorriu. “Nós podemos retirar o sangue aqui para o resto dos testes, mas o resultado do laboratório só chega daqui a uns dias.” E as perguntas recomeçaram. Eu já estive grávida? Que medicamentos eu estava tomando e mais um milhão de perguntas. Quando ela terminou, eu imaginava se ela estava tão exausta quanto eu. “Dra. Connelly pode fazer um ultrassom hoje se quiser, junto com o exame inicial, e ela pode tentar tirar uma foto do bebê.” Meu coração cambaleou. “Sim. Eu gostaria disso.” “Vamos tirar um pouco de sangue e fazer esse show andar,” a enfermeira disse. Enquanto ela continuava seu trabalho, eu não conseguia evitar sorrir, porque Nick tinha encontrado algo realmente interessante no chão para olhar. Só quando ela terminou de tirar metade do meu sangue e se afastou, Nick pareceu olhar para cima. E ele estava meio verde. “Dra. Connelly vai estar aqui logo,” a enfermeira disse, fechando a porta atrás de si. O olhar de Nick foi da porta para mim, suas sobrancelhas levantando com interesse. “Essa é a parte onde você fica nua?” Saindo da mesa, eu fiquei de pé. “Essa é a parte onde você tenta fingir que não está prestes a desmaiar?” Ele apoiou sua cabeça contra a parede, me olhando enquanto abaixava seus cílios. “Agulhas me deixam mole.” “Mole?” Eu balancei minha cabeça enquanto começava a me despir. “Não é assim que crianças se referem aos seus pintos?”
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“Se esse é o caso, o que estou vendo agora está deixando o meu nem um pouco mole.” “Oh meu Deus.” Uma risada escapou de mim. “Talvez você ter vindo não tenha sido uma boa ideia.” Um pequeno sorriso apareceu em seus lábios. “Vir foi uma grande ideia.” Me despir e colocar o avental foi uma grande experiência. Levou um bom tempo para convencer Nick que eu não precisava da sua ajuda, mas mesmo tendo ficado sentado, seu olhar quente seguia cada movimento meu. Enquanto esperávamos o médico, conversamos. Eu disse a ele que tinha visto Brock hoje e ele contou sobre um programa que acabou vendo no meio da noite no History Channel e que agora ele queria fazer uma maratona da temporada. Eu gostava disso – dessa conversa banal – e sempre era assim desde a noite que tinha visto ele no Halloween. Nas noites que ele tinha de folga, ele vinha para minha casa ou saíamos para jantar. Cada vez que conversávamos, cada noite, nós nos conhecíamos um pouco melhor. Estávamos tirando mais camadas. Quando Kira estava cuidando do seu avô, ele ficava a noite toda. E no último sábado ele tinha me surpreendido vindo depois do trabalho. Eu já estava quase dormindo quando o deixei entrar e naquela noite houve pouca conversa. Nick tinha me levantado logo que fechei a porta e nós estávamos pele contra pele em minutos. O sexo... o jeito que ele me pressionou contra a cabeceira e espalhou minhas pernas e... Deus, ele... ele me comia como fosse insaciável, como se estivesse com sede de mim, só de mim. Minha mente estava em todo lugar que não deveria quando Dra. Connelly entrou, e eu me senti tão envergonhada. De algum modo, com um leve sorriso no rosto de Nick, eu senti como se ele soubesse para onde minha mente tinha viajado.
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Babaca. Dra. Connelly parecia ter por volta de cinquenta anos. Cabelo castanho com mechas de cinza que estava preso em um coque na base de seu pescoço. Finas linhas saiam do canto de sua boca e olhos. Ela parecia com alguém que sorria muito e eu logo gostei dela. A consulta me lembrou de uma consulta de rotina com o ginecologista até que chegamos ao ultrassom. Nessa hora Nick se aproximou, perto da mesa, e estava encarando avidamente a tela enquanto Dra. Connelly movia o bastão. Muito de preto e cinza... bolas se movendo na tela. “Aqui está,” Dra. Connelly disse. “Seu pequenininho adora uma câmera porque conseguimos uma imagem clara dele.” Meu olhar voou para a tela. Uh... eu não tinha ideia do que estava vendo. “Você consegue ver?” perguntei a Nick. Ele estava inclinado para frente. “Yeah, acho que sim.” Se esticando, ele passou seu dedo por algo que se parecia com um limão. “Aqui, certo?” Dra. Connelly concordou. “Exatamente.” Mas que porra? Eu atirei um olhar a ele. Ele conseguia ver e eu não? Eu olhei para médica, que estava sorrindo para ele como se não fosse imune aos seus encantos. “Eu não vejo.” “Isso é comum,” ela disse, a tela congelada. A foto havia sido tirada. “Não se parece com um bebê agora. Ainda é muito pequeno, mas a sementinha está ali. Acredite ou não, com dedos se movendo assim como suas pernas.” “Mesmo?” eu perguntei, meus olhos arregalando. Ela concordou enquanto começava a se afastar da mesa. “Os dedos são ligeiramente presos nesse estágio.” Nick sorriu.
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“E uma curiosidade para você,” Dra. Connelly disse. “O embrião já está se formando.” “Wow,” eu sussurrei, inundada enquanto olhava para a tela. Havia outras coisas nela, pontos, linhas e números, mas eu me foquei no borrado que Nick tinha facilmente visto. Quanto mais eu o encarava, eu meio que via, mas era incrivelmente pequeno. Minha garganta estava seca e eu a limpei. Sem dizer uma palavra, Nick se moveu e passou sua mão sobre a minha. Ele a apertou. “Você já encontrou? Ou preciso desenhar um círculo em volta cheio de setas apontando?” “Babaca.” Eu ri. “Eu acho que consigo ver. Parece com uma semente de laranja, certo?” Meu olhar se moveu para Nick e eu estava impressionada pela suavidade que seus olhos verdes claros demonstravam. “Com o que parece?” Nick concordou. “O bebê parece com uma semente de laranja,” eu disse a ele, lutando para não sorrir. “Yeah, mas é nossa semente de laranja,” ele disse. Meus lábios se curvaram para cima e eu concordei. Yeah, era nossa semente de laranja.
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Capítulo Vinte e Dois Porque eu era uma manteiga derretida de proporções épicas, eu tinha prendido a foto do ultrassom com um imã em formato de coração na geladeira. Mais ou menos como quando eu era criança e meus pais colocavam minhas notas em exposição. Quero dizer, eles estavam orgulhosos das minhas notas, mas eu estava mais orgulhosa da minha semente de laranja. Nick estava vindo aqui essa tarde. As coisas andaram ruins com seu avô durante a semana depois da consulta médica, então eu não o tinha visto muito e eu sentia sua falta. Deus, eu realmente sentia falta do Nick. Quando ele não estava por perto, eu pensava nele nos momentos mais estranho. Ver certas coisas me lembrava dele. Cheiro fresco e cítrico me lembrava do seu perfume. Quando algo acontecia no trabalho ou se Roxy ou Katie dissessem algo engraçado, eu não podia esperar para contar ao Nick. Acho que relacionamentos eram estranhos assim, decidi. Certa
inquietação
se
formou.
Relacionamentos
também
eram
complicados. Nenhum rótulo tinha sido dito. Ele não me chamava de sua namorada, e vice-versa, mas o que estávamos fazendo parecia com isso. Exceto que eu ainda não tinha conhecido seu avô e ele não tinha conhecido minha mãe. Minha mãe realmente iria gostar dele. Baseado em tudo que eu tinha contado a ela, sobre seu avô e tudo mais, ela já gostava, e enquanto eu sabia que seu avô não fazia ideia de quem eu era, eu ainda queria conhece-lo. Eu ainda queria mais.
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Seria se apaixonar... assim? Suspirei. Eu imaginava que era a sensação de sentir algo sem saber que a outra pessoa sentia o mesmo. Na verdade, eu sabia como isso era. Eu tinha me resguardado para o cara perfeito – o relacionamento perfeito. Nunca me apaixonando por ninguém que fiquei. Caras que não tinham nenhum passado. Caras que já estavam estabilizados em suas carreiras. Ironicamente, era a situação mais imperfeita e o cara mais imperfeito que capturou meu coração. Que tinha capturado meu coração. Eu só não sabia onde Nick estava no meio disso tudo. Sim, ele se importava comigo. Eu tinha certeza disso pelo jeito que conversávamos. Sim, ele me queria. Isso era mais que óbvio. Sim, ele estava fazendo planos comigo. Planos que se centravam ao redor do bebê. Suas palavras ainda rodavam no fundo da minha mente. Nós tiraremos o melhor disso tudo. Meio como quando a vida te der limões, porra, mas eu não era um limão e, porra, tirar o melhor disso não iria nos manter ao longo prazo, depois que o bebê chegasse e as novidades se espalhassem. Os sentimentos tinham que ser mais profundos para nós. Eu afastei essas nuvens da minha cabeça. De pé na cozinha, encarando o ultrassom, eu pressionei meus lábios juntos enquanto olhava para baixo. Havia uma leve mudança na forma da minha barriga. Nada notável. Ainda. Mas eventualmente eu estaria como Lorraine, na sala do médico, e meus pés estariam tão inchados que eu não poderia usar sapatos. Comecei a sorrir enquanto acariciava minha barriga. Considerando como eu estava comendo agora, eu teria um barrigão antes mesmo de chegar aos nove meses. Andando até o sofá com um copo de suco de laranja, eu me larguei nele enquanto pegava meu notebook e voltava a fazer o ‘calendário das mamães’.
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Esse calendário era uma péssima ideia e eu descobri isso quando Nick chegou. Quando deixei ele entrar e me beijar, eu estava tão distraída com tudo que tinha aprendido que queria correr para o sofá e me sentar de novo. “Pensei que você queria sair para jantar hoje.” Ele comentou enquanto tirava sua jaqueta. “Eu quero,” e peguei um travesseiro. Um pequeno sorriso apareceu em seus lábios. “Você vai usar isso?” Confusa, eu olhei para mim mesma. Oh, eu estava usando uma calça de moletom grande e um casaco velho de Shepherd. “Desculpa. Eu meio que me distraí” Ele se sentou ao meu lado. “Com o que?” Eu apontei para o notebook fechado em um dos travesseiros que tinha colocado no chão. “Eu peguei um desses calendários – num desses fóruns online chamado ‘calendário das mamães’.” “Parece interessante.” Eu atirei a ele um olhar. “Foi amedrontador.” “O que?” ele riu. Ele não fazia ideia. Nenhuma. Segurando meu travesseiro contra meu peito, eu o encarei. “Eu aprendi que comecei a ter os sintomas de gravidez logo depois que concebemos. Meus seios ficaram sensíveis duas semanas depois que transamos. Eu nem achava que era possível ter sintomas assim tão rápido, mas você pode.” Eu apontei para o computador com meu queixo. “Você sabia que a estimulação dos mamilos é a única provada cientificamente que pode ajudar no parto?” “O que?” ele riu.
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“Estou falando sério,” sussurrei. “Alguém mencionou nesse fórum e eu pesquisei no google, porque até parece né? Como se isso não fosse estranho, mas era verdade.” Nick inclinou sua cabeça para o lado, seus olhos verdes dançando. “Eu estou mais que a disposição para ajudar nisso quando a hora chegar.” Eu ignorei seu comentário enquanto puxava minhas pernas contra mim. “Então eu fiquei curiosa sobre como os bebês realmente se parecem agora porque tinham essas mulheres falando que conseguiam ver os olhos e outras coisas no ultrassom, e tudo que eu consegui ver foi uma semente, então comecei a pesquisar.” “Okay.” “E eu... eu assisti esse vídeo de como o rosto de um bebê se forma no útero e, oh meu Deus, foi a coisa mais estranha que já vi na vida.” Seu rosto ficou tenso enquanto ele se inclinava, colocando uma mão em meu joelho enquanto ele olhava para longe. Eu vi um lado de sua boca se curvar. “Não pode ser tão ruim assim.” “Oh. Era.” Meus olhos arregalaram. “Imagine uma batata feita de argila como a cabeça. Conseguiu formar essa imagem em sua cabeça?” Nick fechou seus olhos e limpou a garganta. “Yeah.” “Okay. Agora imagine ela ficando deformada, como se estivesse derretendo. E, então, está sendo preenchida – como quando você é criança e coloca sua mão em cada lado do rosto e esmaga suas bochechas?” Ele piscou várias vezes enquanto olhava para mim. “Nah, acho que preciso de uma demonstração.” Largando o travesseiro, e coloquei minhas mais em minhas bochechas e as apertei, fazendo meu lábio saltar. Os olhos de Nick arregalaram e ele jogou a cabeça para trás, rindo profundamente. Eu abaixei minhas mãos. “Não é engraçado. Nem um pouco engraçado.”
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“Deus,” ele riu. “E, então os olhos aparecem no lugar onde as orelhas deveriam estar.” Eu balancei minha cabeça. “Como isso é possível? EU nem mesmo quero saber, sendo honesta. E você não vai querer saber o que acontece com o corpo da mulher quando ela dá à luz.” Eu tremi. “Eu preciso de um adulto.” “Você precisa parar de assistir esses vídeos.” Movendo minha perna para o lado, ele se aproximou e se inclinou. Colocando suas mãos em meu quadril, ele me puxou, e eu fui, terminando em seu colo, montada em suas pernas. “E eu acho que você precisa de uma distração melhor.” Coloquei minhas mãos em seu peito. “Eu preciso de uma lavagem cerebral.” Suas mãos deslizaram do meu quadril, indo apalpar minha bunda. “Você fez alguma pesquisa sobre hormônios na gravidez?” Enruguei meu nariz. “Não de verdade.” “Bem, você sabe o que sempre ouvi?” Suas mãos me apertaram enquanto ele me puxava mais para perto, meus dedos indo para seu ombro. “Mulheres grávidas tem sua libido aumentada.” Eu levantei uma sobrancelha. “É verdade.” Ele se moveu, seus lábios passando sobre o ponto sensível abaixo da minha orelha. Esticando meu pescoço, eu dei a ele espaço para explorar e, oh, ele explorou, deslizando seus lábios sobre minha pulsação. “Você sabe o que mais é verdade?” Ele passou sua língua pela minha pele me fazendo tremer. “O que?” ele murmurou. “Algumas mulheres produzem leite automaticamente quando ouve um bebê chorar,” eu disse a ele. “Mesmo se não for seu bebê. Eu posso um dia
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estar andando no mercado e meus peitos simplesmente vão começar a espirrar leite.” Nick abaixou sua testa para meu ombro e eu senti seu corpo tremer. Abaixei meu queixo, olhando para sua cabeça. “E a gravidez mais longa já registrada levou um ano e dez dias – um ano, Nick. A porra de um ano.” “Steph, baby...” ele levantou sua cabeça, sorrindo. “Por mais que seja adorável isso, você tem que parar de ver e ler essas coisas.” “Mas eu preciso ler e assistir coisas. Se não, como vou aprender?” “Gerações e gerações antes de nós não tinham a internet para ir em fóruns ou médicos.” Ele deu um tapinha em minha bunda com ambas as mãos. “E as coisas funcionaram.” Eu comecei a apontar que eu duvidava que as estatísticas de nascimento eram melhores antes da invenção da internet, mas Nick me beijou, realmente me beijou e quando seus lábios se moviam sobre os meus daquele jeito, deixava pouco espaço para pensar em qualquer outra coisa. O beijo aprofundou enquanto eu deslizava minhas mãos até suas bochechas, a barba por fazer pinicando minha palma. Inclinei minha cabeça, trazendo ele mais para minha boca. Luxuria percorria minhas veias e eu sabia que se ele entrasse em mim naquele momento, eu estaria pronta. “Você estava certo,” eu disse, beijando o canto de seus lábios. Eu coloquei vários beijinhos por todo seu rosto. Nick deixou sua cabeça cair para trás. “Você vai precisar ser um pouco mais detalhista, porque eu estou certo sobre muitas coisas.” Eu ri enquanto provava a pele logo abaixo de seu maxilar, excitada pelo jeito como ele respirou profundamente. “Sobre os hormônios durante a gravidez. Porque eu tenho certeza que estou bem excitada agora.” Mordisquei
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o espaço entre seu pescoço e seu ombro. “Mas, novamente, eu sempre estou quando você está por perto.” “É meu superpoder.” Ele levou suas mãos para minha lateral. “Fazer as meninas quererem arrancar suas calcinhas.” Sorrindo, me afastei um pouco, assistindo enquanto ele levantava sua cabeça. Sua garganta se movia enquanto seu olhar sombrio caia sobre mim. “Você devia ter cuidado com esse superpoder.” Se movendo, eu tirei meu casaco. “Use-o com sabedoria.” Seu olhar caiu para meus seios cobertos por renda. “Eu estou usando ele com muita sabedoria nesse momento.” Ele levantou uma mão, passando seus dedos sob a alça do meu sutiã. Ele a puxou pelo meu braço e fez o mesmo com a outra. O mesmo dedo trilhou a renda em cada taça antes de afundar entre elas. Ele me puxou em sua direção e seus lábios fizeram o mesmo caminho dos seus dedos. Minha respiração já estava saindo ofegante enquanto eu me movia e soltava meu sutiã. Puxei as tiras para que não houvesse nada entre seus lábios e minha pele. Sua língua deslizou sobre o pico rosado antes de sua boca se fechar sobre ele. Minhas costas arquearam e eu ofeguei. “Okay,” eu disse enquanto passava meus dedos pelo seu cabelo. “Eu acho que preciso...” um gemido cortou minhas palavras quando sua mão se juntou, cobrindo meu outro seio. “Pesquisar se os seios de uma mulher ficam sensíveis durante a gravidez.” Seu dedão e indicador fizeram algo malvado, e meus dedos apertaram em seu cabelo. “Eu tenho que dizer que sim,” ele disse, mordiscando e lambendo, o passar da sua língua gentil. “Eu acabei de te economizar tempo na pesquisa.” Eu beijei sua sobrancelha. “Como você é atencioso.”
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Ele apalpou meus seios, levantando eles. “Você sabe, eu acho que eles ficaram maiores.” “Um pouco.” “E esses...” sua língua passou sobre a ponta do mamilo de um dos meus seios e, depois, no outro. “Esses ficaram mais escuros. Apenas para você saber, estou amando essa coisa de gravidez até agora.” Perdi o fôlego. Amando. Amor. Nem um pouco próximos do que eu estava sentindo, mas meu coração apenas se afogou nisso. Indo para trás, libertei minhas pernas e me levantei. Nick me alcançou, mas eu balancei minha cabeça enquanto pegava a barra da minha calça de moletom e a arrastava para baixo. “Porra,” ele gemeu. “Sem calcinha. De novo.” Eu dei a ele um sorriso inocente enquanto colocava minhas mãos em seus joelhos, afastando suas pernas. Me ajoelhei entre elas, assistindo ele enquanto movia minhas mãos pra seu cinto, desafivelando ele. “Stephanie...” Meu nome soou como um pedido, e eu nem mesmo tinha chegado a melhor parte, o que me fez sentir bem, como uma deusa. Abri o botão do seu jeans e abaixei o zíper. Agarrando a lateral do tecido, ele levantou seu quadril enquanto eu o abaixava, apenas o suficiente para que a parte que eu queria ficasse acessível. E eu não perdi tempo. Me esticando em direção ao seu colo, eu envolvi minha mão nele enquanto o levava para minha boca. O quadril de Nick levantou do sofá enquanto ele deixava sair um som abafado. Sua mão parou na base de meu pescoço enquanto eu o levava, tão profundamente quanto conseguia. Ele tinha um gosto salgado e masculino, e enquanto movia minha mão, eu pressionei minhas coxas juntas. Eu nunca tinha ficado tão excitada por fazer
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isso a um cara, mas eu tinha certeza que se continuasse assim, não haveria o grande evento para ambos. Com mais uma lambida e um rápido beijo, eu voltei a ficar montada em seu colo. Com minha mão em volta dele, eu o guiei para dentro, seu aperto em meu quadril forte enquanto eu descia centímetro a centímetro. Talvez fosse a posição. Talvez fosse a gravidez. Eu não sabia, mas me senti incrivelmente apertada e minhas terminações nervosas estavam explodindo, todas de uma vez, ao delicioso vai e vem. Deslizando minhas mãos sobre seu maxilar, eu me pressionei contra ele enquanto começava a mover meu quadril, indo e voltando vagarosamente. A lã do seu suéter provocava a ponta dos meus seios e o tecido áspero do seu jeans esfregava contra a parte de dentro da minha coxa. Havia algo incrivelmente quente por estar completamente nua enquanto ele estava praticamente vestido. Acho que Nick concordava com isso, se fosse me basear na quantidade de coisas que ele estava sussurrando em meu ouvido enquanto estava montada. Meu quadril se movia em círculos sobre ele, e não demorou muito para que eu pudesse sentir a tensão se acumulando na parte mais baixa da minha barriga. Coloquei minhas mãos sobre as suas enquanto me movia contra ele, nossas testas pressionadas juntas, nossas respirações quentes e ritmadas no espaço entre nossas bocas. “Você está me matando,” ele disse, sua mão quebrando o contato com a minha e deslizando para minha bunda. “Você está me matando, porra, e eu não consigo pensar num jeito melhor para ir.” Agarrei seu braço e a parte de trás do seu pescoço enquanto aumentava o ritmo. A pressão ficou mais e mais apertada. “Oh Deus,” eu disse, ofegante, uma mecha do meu cabelo caindo em meu rosto enquanto jogava minha cabeça para trás.
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Seus lábios estavam na minha garganta. “Eu nunca consigo me cansar disso.” Nunca. Nunca era muito tempo. Nunca era para sempre. Nunca significava amor. Meu coração inchou enquanto um tremor me percorreu, e eu congelei, meu peito subindo e descendo, minha respiração falhando. Estaríamos aqui, exatamente aqui, fazendo o que estávamos fazendo, se eu não tivesse engravidado? “Você está bem?” Nick perguntou, segurando meu queixo com uma de suas mãos. “Stephanie?” “Yeah.” Pisquei, afastando essa linha de pensamento enquanto continuava a me mover, procurando a liberação que eu sabia que estava ao meu alcance. Nick guiou minha boca a sua e me beijou profundamente enquanto a mão em minha bunda se movia ao meu centro, um dedo procurando e atingindo o ponto que fazia meu corpo tremer até que uma explosão de prazer aconteceu. A liberação me abalou enquanto eu me contraia ao seu redor. Sangue corria por mim enquanto eu gemia. Ele se moveu tão rápido e antes que eu percebesse, minhas mãos estavam no braço do sofá e meus joelhos estavam enfiados na almofada. Nick estava atrás de mim e dentro de mim, suas investidas poderosas e profundas. Um braço estava me abraçando logo abaixo dos meus seios e ele me puxou para cima e para trás, me selando contra seu peito enquanto seu quadril se movia. Ele gozou com meu nome sendo dito em um gemido. Eu nem mesmo me lembro de me mexer depois disso mas, de algum modo, eu terminei num sanduiche entre as costas do sofá e ele. Meu rosto pressionado em seu suéter e minhas pernas entre as suas. “Deus,” Nick disse. “Porra.”
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Eu fiz um som incoerente enquanto ele colocava sua mão na parte de trás da minha cabeça. “Você ainda está viva?” ele perguntou. “Mmm-hmm.” “E você está bem?” “Uh-huh.” Houve uma pausa. “E você não está planejando se mover por um tempo, está?” “Uh-uh.” “Yeah, isso é bom.” Nick levou sua mão para a parte baixa das minhas costas. “Nem eu.” Sorri em resposta e, apesar dele não conseguir ver, a curva dos meus lábios parecia forçada, porque mesmo que meu corpo estivesse relaxado e dormente, eu não conseguia evitar me perguntar aquela maldita pergunta de novo. Ele estaria aqui? E não havia resposta para essa pergunta. E nunca haveria.
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Capítulo Vinte e Três “Então você vai ir para casa no Thanksgiving19 ou não?” No meio do caminho para colocar uma panqueca na minha boca, eu parei e olhei para o outro lado da mesa, para Katie. Essa manhã ela estava vestida bem simples... para Katie. Seu moletom roxo era tão peludo quanto um urso, mas faltava brilho. “Ainda não sei. Minha mãe não vai cozinhar. Ela vai para a casa da sua irmã. Fui convidada, claro, mas desde que o Sr. Bowser quer que eu esteja no escritório na sexta, não faz muito sentido dirigir até lá.” “Não acredito que você vai ter de trabalhar na sexta,” Calla disse. Desde que Shepherd estava em recesso, ela tinha voltado para casa e se juntado ao nosso café da manhã de domingo. Roxy franziu o cenho. “Nós vamos trabalhar.” “Eu vou estar trabalhando” Katie adicionou, brincando com seu garfo. “Trabalhando no poste, oh yeah.” “Isso é porque trabalhamos em um bar e num clube de strip,” Calla explicou. “Eu sempre pensei que trabalhos normais fechassem na sexta.” Terminei de mastigar minha garfada de panquecas. “A maioria do pessoal vai estar de folga na sexta, mas eles têm esse grande projeto em que estão trabalhando.” O projeto era abrir a academia em Martinsburg em setembro do ano que vem, e eles iriam se encontrar com o conselho do condado na primeira semana de dezembro. “Então eu vou apenas para ajudar com tudo.” Roxy me ofereceu um pedaço de Bacon. “Então isso significa que você vai passar o Thanksgiving com Nickie Nick?”
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Feriado de Ação de Graças
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Dei de ombros. “Não sei. Espero que sim.” Calla foi informada pela Roxy ou Katie, ou até mesmo por Jax que eu estava grávida, então não fiquei surpresa que ela passou sua linguiça para mim. Não sei se elas pensavam que eu realmente precisava comer tudo isso, mas não iria reclamar. “Por que você não poderia ficar o Thanksgiving com ele?” Calla perguntou e, quando não respondi logo de cara, ela adicionou. “Não é só ele e seu avô?” Eu dei uma garfada na linguiça. “Você sabe sobre seu avô?” Ela olhou para Roxy, que também concordou. “Yeah, eu sei que ele está doente. Quero dizer, obviamente Nick não deu muitos detalhes sobre nada.” Roxy disse. “Mas eu sei que são só os dois.” Me encostando, eu desejei que não tivesse usado jeans hoje. O botão estava me matando agora. “Eu gostaria de passar o Thanksgiving com ele, mas eu não sei se ele me quer perto do seu avô. E eu não quero dizer que isso é uma coisa ruim,” eu disse enquanto Calla estreitava seus olhos para mim. “Acho que ele só não quer que eu me preocupe com o que está acontecendo” “Você pode lidar com o que quiser” Katie disse, balançando sua mão. “Você vai ter que lidar com tudo.” Um calafrio estranho passou pela minha coluna. Você vai quebrar seu coração. “Olhe, eu posso ser mais louca que uma barra de Payday, mas aqui vai meu conselho. Você quer passar o Thanksgiving com ele, então passe com ele,” ela continuou e, bem, esse era um bom conselho. “Simples assim.” Eu quase não disse nada, mas essas meninas... elas eram as minhas meninas agora. “Eu só... eu não sei como ele se sente.” As sobrancelhas da Roxy dispararam para cima, sobre a borda de seus óculos. “Mas que porra isso quer dizer? Acho que é bem obvio como ele se
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sente. Desde que eu o conheço, ele nunca esteve com uma menina por mais de uma noite.” “Yeah, mas..., mas eu estou grávida.” Katie levantou uma sobrancelha. “Elementar meu caro Watson.” Eu atirei um olhar a ela. “A coisa é que eu não sei se ele estaria comigo se eu não tivesse engravidado e, se ele realmente se importa comigo e não só com o bebê.” Dizer isso em voz alta era como rolar no gelo. “Eu estou tão feliz e tenho tanta sorte que ele está comigo em relação a esse bebê.” Acariciei meu estomago, o que tinha mais comida que bebê dentro. “E ele está animado e tudo mais, mas se ele não se importa comigo além de estar disponível para mim, isso... isso não vai durar.” “O que te faz pensar que ele não o faz?” Calla perguntou. Eu olhei para cada uma delas. “Ele não disse nada que me fez pensar que o faz, e todos os planos que fazemos são centrados no bebê, sabe? Eu sei que isso é loucura de se reclamar, mas eu quero...” “Você quer saber se ele realmente quer ficar com você, com ou sem o bebê.” Roxy terminou por mim. “Isso é compreensível. Eu entendo totalmente. Se eu tivesse engravidado antes de estar em um relacionamento sério com Reece, eu iria me perguntar a mesma coisa. Acho que é uma preocupação importante, mas como você se sente em relação a ele?” Meu coração cambaleou em si próprio para falar sem parar sobre tudo que eu sinto. “Eu... eu me importo muito com ele.” “Ela o ama,” Katie interrompeu. “Ela totalmente o ama.” Eu a encarei. “Isso é verdade?” Calla perguntou. Inalando profundamente, eu concordei.
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“Então fale com ele,” Roxy aconselhou. “Apenas fale com ele.”
Eu falei com Nick naquela noite, quando saímos para jantar, sobre o Thanksgiving e seu avô. No começo ele não era muito a favor da ideia, e foi difícil manter minhas preocupações e paranoias calmas. “Eu não sei,” ele disse, a luz baixa do restaurante mandando sombras em suas bochechas. “Não tem garantia nenhuma que ele vai estar bem nesse dia.” “Eu sei disso.” Seus cílios abaixaram, protegendo seus olhos. “Eu não quero que você se prepare tanto e no fim tudo vai ser arruinado.” Me movi e cutuquei sua mão. “Nós não temos que fazer muita coisa. Nem precisamos fazer um peru ou qualquer outra coisa. Nós podemos fazer o jantar anti-Thanksgiving. Manter simples e doce só em caso o dia não aconteça como planejado.” “Anti-Thanksgiving?” “Yeah.” Sorri. “Nós poderíamos fazer espaguete ou hambúrguer.” Meu olhou passou pelo menu e meu estomago rugiu. “Mmm. Hambúrguer. Meu voto é nos hambúrgueres.” “E babata-frita?” Concordei, animada. “Eu sempre posso comer batata frita ou tater tots20.” Nick riu. “Tater tots? Você é criança?”
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Feito com batata cortado em forma cilíndrica e frito.
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“Cale a boca.” Peguei o guardanapo e joguei nele. “Você nunca é velho demais para comer tater tots, especialmente os crocantes e, se você acha que é, você só é um babaca.” “Wow.” Se encostando, ele sorriu para mim. “Tater tots? Sua bobinha. Parece regressão.” “Okay. Que tal eu comer as batatas em formato cilíndrico e você ir se foder?” Suspirei e selei a fala com um grande sorriso. A rizada de Nick era mais calorosa. “Isso é bem melhor.” “De nada.” Pausei. “Então o que acha? Eu posso ir na sua casa, conhecer seu avô e se ele estiver bem, nós podemos fazer hambúrgueres e fritas? Talvez até as em formato cilíndrico.” Seu sorriso era enorme. “Isso é difícil de se recusar.” “Melhor que não aja um ‘mas’ atrelado a essa afirmação porque eu posso ficar ofendida.” O olhar de Nick voou para o meu. “Por que ficaria ofendida?” “Um, porque talvez eu nunca conheci seu avô nem nunca estive na sua casa,” apontei. “Eu nem sei onde você mora. Apenas tenho uma ideia.” Ele balançou sua cabeça. “Não é nada... pessoal. Eu quero que você entenda isso. Eu adoraria que você conhecesse meu avô, mas tem dias que não... não é fácil estar ao redor dele. Alguns dias ele dorme a maior parte do tempo. Outros, não muito, e não é como um passeio no parque. É muito para se lidar e...” “Eu não sou sua ex-namorada.” Uma sobrancelha levantou. “Sei disso.”
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“Não seu se você sabe não.” Encontrei seu olhar. “Porque se soubesse, então não acho que você assumiria que seu avô seria demais para eu poder lidar.” Nick abriu sua boca, mas a fechou. Um momento se passou e ele fez um bico. “Você sabe, você tem razão.” Isso soou muito como se fosse demais para ele dizer essas palavras, mas eu não tinha certeza de como isso fez eu me sentir. “Que horas você quer fazer isso no Thanksgiving?” Parte de mim queria ser uma menininha, dar voz ao sentimento de pena que estava no meu estômago, que não tinha nada a ver com a náusea que eu sentia às vezes. Eu não queria fazer isso se ele não me quisesse lá, mas isso soaria infantil, ainda mais se eu puxasse os frios agora? Eu não podia. Tudo que eu podia fazer era que o Thanksgiving fosse incrível e eu podia desejar que Nick realmente visse isso, que eu não iria abandona-lo quando as coisas ficassem ruins. Que mesmo que ele estivesse tentando tirar o melhor proveito disso, eu já havia mergulhado de cabeça.
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Capítulo Vinte e Quatro Eu era uma medrosa. Eu não conversei com ele sobre minhas preocupações em reação a nós no domingo à noite, mesmo que tivesse sido a oportunidade perfeita. Mas eu não conseguia parar de sentir como alguém que não estava sendo grata o suficiente por tudo que estava acontecendo ou que estava sendo egoísta por querer transformar isso em mais que algo sobre o bebê, e Deus, mesmo isso soava como uma bagunça. Talvez essa fosse a razão do porque eu não tinha me apaixonado antes, porque, enquanto dirigia até a casa de Nick na tarde de quinta, eu estava convencida que quando se tratava de amar, eu era neurótica. Eu ficava muito com o pé atrás. Em cada ligação ou mensagem dele era como se não estivéssemos fazendo coisas como os outros casais normais faziam. Eu queria me bater. Eu também precisava parar de ficar comendo tudo que via pela frente porque eu tinha certeza que o motivo da cintura do meu jeans estar apertado tinha nada a ver com o bebê. Com quase onze semanas, minha semente de laranja era do tamanho de um limão, e além de me fazer querer arrotar a cada cinco segundos, eu duvidava que ele fosse o motivo dos 5 quilos a mais que eu carregava. No farol, eu olhei para os sacos de compras no banco do passageiro e sorri. Eu iria começar a controlar o que fosse comer, depois de ter meus hambúrgueres e minhas babatas em formato cilíndrico. Seguindo as direções em meu celular, eu achei facilmente a casa do avô de Nick. Era do outro lado de Plymouth, longe da cidade e dos arredores. No subúrbio. O comercio ficou cada vez mais escasso, as divisões tinham mais espaço entre as casas e, quando as direções indicavam que eu virasse à
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esquerda a cem metros, eu descobri que estava entrando em uma área privada – indo para uma casa, não uma rua. Eu não sabia o que esperar quando se tratava da casa do seu avô enquanto dirigia pelo terreno. Talvez algo velho? Uma fazenda talvez? Mas as árvores começaram a abrir espaço para uma entrada meticulosa, me deixando surpresa por estar encarando uma casa novinha. Diminuindo a velocidade, eu estacionei na frente da garagem dupla e desliguei o motor. A casa tinha dois andares, no estilo colonial, com uma varanda gigante na frente que parecia ir até o outro lado. Era a varanda perfeita para verões, eu pensei, ou para um bebê brincar. Minha barriga revirou feliz, ao pensar nisso. Pegando as sacolas, sai do carro e fechei a porta atrás de mim. O sol estava escondido por nuvens grossas e, enquanto eu andava pelo caminho de pedras, havia um vento gelado de neve no ar. Quando eu pisei na varanda, eu vi o balanço de madeira e sorri. Deus, essa era realmente a varanda perfeita. Nick abriu a porta da frente antes que pudesse bater e, por um momento, eu meio que fiquei embasbacada. Ele estava parado na porta de jeans. Só isso. Jeans que estava tão baixo, revelando o maldito V em seu estomago. Seu cabelo molhado, enrolado contra sua testa e pescoço. “Hey,” ele disse, sorrindo. “Estou atrasado. Acabei de sair do banho.” Isso era certeza. Uma gota de agua fez uma linha por seu ombro antes de deslizar pelo seu peito. Meus batimentos aceleraram. Oh Deus, eu queria pular nele. Largar a carne do hambúrguer e tudo mais e só pular nele, ali mesmo, na entrada da casa do seu avô. Suas sobrancelhas escuras levantaram. “Você vai entrar?”
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Eu precisava me controlar. “Claro,” limpei minha garganta, entrei e, já que não seria apropriado pular nele, eu fiquei na ponta dos pés e dei um beijo em seus lábios. Nick colocou um braço em minha cintura, me puxando contra seu peito molhado antes que eu tivesse chance de me afastar. Eu quase deixei cair as compras quando ele levou o beijo a um nível diferente. Ele tinha um gosto mentolado e de muitas outras promessas que eu gostaria de realizar. Exatamente ali. “Toda vez,” ele disse contra minha boca. Eu precisei recuperar meu fôlego. “O que?” “Cada vez que eu vejo você, eu quero fazer isso.” Seu nariz passou sobre o meu enquanto ele inclinava sua cabeça, me beijando de novo. “Eu quero que a primeira coisa que você faça é me beijar. Quero esse tipo de cumprimento.” Oh Deus. Meu coração inchou tão rápido e tão forte que quando ele me colocou de volta em pé e dei um passo para trás, eu pude sentir lágrimas se formando no fundo da minha garganta. “Posso fazer isso,” eu disse mesmo quando o que realmente queria dizer era Oh meu Deus, é lógico que eu vou fazer isso toda santa vez. Virando-me, me dei tempo para me recuperar e absorver meu arredor. A casa foi construída com o conceito de espaços abertos. Da onde eu estava, eu podia ver a grande sala e cozinha, na direita, com uma sala de jantar. Havia essa porta fechada que eu imaginava ser o banheiro. Na minha esquerda tinha uma sala de estudos e outra porta fechada. As escadas que levavam para o segundo andar estavam exatamente na nossa frente. O piso de madeira cobria tudo que eu conseguia ver. “Tudo é tão... arrumado,” eu disse enquanto Nick pegava as sacolas.
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Ele riu. “O que você estava esperando?” Dei de combros. “Não sei.” Eu o segui para a cozinha no estilo country – armários brancos, granito cinza por todo lado. “Esse lugar é mais arrumado que meu apartamento.” “Isso é totalmente verdade.” Rindo, eu bati em seu braço enquanto ele colocava as compras no balcão. “Hey!” Ele sorriu enquanto pegava o pacote de hambúrgueres e os colocava no congelador. Quando ele puxou o tater tots, ele balançou a cabeça. “Você é uma criança.” “Cale a boca.” Eu me apoiei contra a ilha da cozinha enquanto ele colocava os tots no congelador. A casa estava tão silenciosa que me deu vontade de sussurrar. “Seu avô está acordado?” “Normalmente ele dorme essa hora.” “Oh.” Bati a mão contra minha boca. “Desculpa por estar fazendo barulho.” “Tudo bem.” Ele contornou a ilha e pegou minha mão. “Quando ele dorme, é um sono bem profundo. Um caminhão poderia atravessar a garagem e ele ainda estaria dormindo. E ele está dormindo bastante hoje.” “Isso é uma coisa boa ou ruim? Dormir muito?” “É... nenhum dos dois.” Ele pegou minha mão. “Venha.” Nick me levou de volta para a sala, passando a sala de estudos, até a porta fechada. Quando ele a abriu, eu me senti como uma adolescente de novo, esgueirando para o quarto do meu namorado para que não chamasse a atenção dos seus pais para o que estávamos prestes a fazer. “Seu avô construiu essa casa?” Eu perguntei.
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“Yep.” Ele abriu a porta, revelando um grande quarto. “Ele sempre planejou que, em algum momento, mais de uma geração da sua família estaria vivendo aqui, então tem três suítes. Essa é uma delas. Tem uma porta para entrar direto. E tem um banheiro.” Ele apontou para as duas portas na nossa direita. “Não posso reclamar. Muito espaço bom.” “Whoa.” Eu olhei ao redor, vendo um pouco mais de Nick. Uma camiseta preta estava sobre a cama. Um par de boras na frente de uma penteadeira de madeira escura. Uma pilha de revistas em uma das cabeceiras. “É bem agradável. E ainda tem outras duas suítes?” “Uma é no andar de baixo, no porão. É praticamente como um apartamento – cozinha, sala e tudo mais.” Ele se moveu, pegando uma mecha do meu cabelo e o colocando atrás da minha orelha. “A outra é no andar de cima. Uma mais tradicional, eu acho. É o quarto do meu avô.” Me virei em sua direção, sorrindo enquanto levantava meu queixo. “Seu avô construiu uma casa linda.” Sorrindo, ele deu um passo para trás. “Você nem viu o banheiro.” Se virando, ele parou na frente de uma das portas duplas e a abriu. Nick deu um passo para o lado enquanto eu espiava. Minha boca caiu aberta e meus olhos ficaram arregalados. “Wow...” O banheiro era do tamanho do meu quarto. Uma jacuzzi estava intacta, como se nunca tivesse sido usada antes. Um lustre sobre ela. O chuveiro era grande suficiente para caber três pessoas e os azulejos claros iam até o teto. Havia um chuveiro grande por cima para simular chuva. “Eu poderia morar aqui,” sussurrei. “E meio que te odeio.” Nick riu enquanto andava atrás de mim, colocando seus braços em volta da minha cintura. Sua mão em minha barriga. “Essa casa é grande.” “Posso imaginar.” Ele beijou minha bochecha. “Grande suficiente para uma família.”
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Eu pensei em apontar que isso era obvio, mas seus lábios começaram a percorrer a lateral do meu pescoço, o que ele disse sendo absorvido. Grande suficiente para uma família – para ele, para eu e nosso bebê. 90% de mim queria fazer uma dança maluca no meio desse espaço obscenamente grande, mas os outros 10% estavam cheios de insegurança. “Ou só para um cara e uma menina,” eu me ouvi dizendo. Nick não respondeu enquanto suas mãos se moviam em círculos sobre minha barriga. Eu me virei em seu abraço, meu olhar encontrando o seu. Eu queria apontar algo, perguntar o que ele pensava sobre nós, mas as palavras não se formaram em minha língua. Ele abaixou sua cabeça, beijando a ponta do meu nariz antes de se virar e voltar para o quarto. Eu fechei meus olhos um pouco. Quando os reabri, ele estava colocando uma camiseta termal sobre sua cabeça. Que pena. Sai do banheiro e fui para o quarto, os livros que estavam em prateleiras embutidas chamando minha atenção. Haviam muitos livros e eu fui passando pelas prateleiras, chegando a vários álbuns de fotos empoeirados. “Oh Lord.” Olhando para a porta, eu vi Nick parado, braços cruzados, e sorri enquanto puxava um dos álbuns. “O que?” “É claro que você encontraria os álbuns de fotos.” “É meu talento escondido.” Eu andei com um olhar confiante e me joguei na poltrona, abrindo o álbum. Tinham várias fotos em preto e branco de pessoas de cabelo escuro. Nick se sentou ao meu lado. “Meus bisavós.” Eu virei a página cuidadosamente, algumas fotos escorregando por debaixo do plástico. “Eles parecem muito felizes,” comentei.
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“Eu não os conheci mas assumo que eram.” Eventualmente as fotos começaram a aparentar serem mais novas. Seu avô quando era moço, sorrindo para a câmera. “Muito bonito.” “Eu me pareço com ele,” ele respondeu, pegando uma mecha de meu cabelo. “Eu já disse o quão incrivelmente modesto você é?” Ele riu enquanto enrolava a mecha do meu cabelo em seus dedos, eu continuando a virar páginas. “Essa é minha avó,” ele explicou quando eu parei numa foto antiga de casamento. “Ela faleceu quando eu era bem novo. Câncer.” “Sinto muito” Nick não disse nada enquanto soltava meu cabelo e começava a enrola-lo de novo, continuando em silêncio enquanto eu virava as páginas, eventualmente encontrando uma mulher e homem, em que ambos me lembravam Nick. “Seus pais?” “Sim.” Passei meu dedão sobre a foto deles sentados junto a uma mesa na cozinha. Ambos com cabelo escuro e pele morena. A mulher era linda, sorrindo enquanto segurava um cigarro fino em sua mão. Seu pai estava atrás dela, seu braço em volta dos ombros. Havia mais fotos deles. “Eles... eles parecem muito felizes juntos.” “Eles eram.” Ele se abaixou, parando de brincar com meu cabelo, e virou algumas páginas mais para frente, parando numa grande foto de um bebê de costas, com a cabeça cheia de cabelo escuro. “E aqui estou eu. Adorável, huh?” Eu sorri. “Yeah, você era adorável.” “Ainda sou.”
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Eu bufei. “Você parece com alguém prestes a gritar.” “Provavelmente. Minha mãe dizia que eu chorava muito. Então isso é algo para se ansiar.” “Oh geez.” Ele riu enquanto eu virava as páginas e, na ponta dos meus dedos, Nick cresceu de um bebe de rosto avermelhado para um lindo adolescente que deve ter encontrado muitos problemas. No caminho, eu vi seus pais crescerem até que seu pai desapareceu as fotos de família e, então, sua mãe. Eu cheguei ao fim do álbum, realmente sem saber o que dizer. Vida e perdas impressas em um totem esquecido. Fechando o álbum, eu olhei para Nick. Ele não estava olhando para mim, mas encarando o álbum fechado. “Você não vê essas fotos há um tempo.” “Não é... fácil ver as coisas do jeito que costumavam ser,” ele admitiu. Voltei minha atenção para a capa preta do álbum. “Eu não olhei para fotos do meu pai, por anos depois da sua morte. É como se eu quisesse... apagar as evidências da sua existência. Eu sei que isso soa terrível, mas era mais fácil não ver lembretes dele.” Ele ficou quieto por um momento. “E o que mudou isso?” “Eu... eu senti sua falta.” Nick pegou o álbum de mim e se levantou, colocando ele no lugar onde encontrei. “Você quer ver se ele acordou?” Me levantando, eu concordei. Ele inalou profundamente. “Às vezes ele fica mais agitado no fim da tarde, então...”
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“Está tudo bem.” Em vez de esperar por ele pegar minha mão, eu peguei a dele e a apertei gentilmente. Ele me levou pelas escadas, pelo corredor, para outras portas duplas que estavam abertas. Com uma mão, ele as empurrou mais e entrou. O quarto era claro e tinha certo cheiro de antisséptico. Tudo estava arrumado, mas eu realmente não estava prestando muita atenção além da cama no meio. No meio dos travesseiros, havia um homem idoso, frágil, que mal se parecia com o homem nas fotos. Enquanto Nick me guiava para a cadeira ao lado da cama, eu comecei a notar as outras coisas no quarto. Bandejas. Lençóis limpos. Um andados que parecia intocado a um tempo. Equipamentos médicos que eu não entendia. Meu olhar voltou para os lençóis e foi aí que entendi tudo que Nick estava tendo de lidar. Eu queria abraçá-lo. “Hey vovô,” Nick disse, falando como estivesse falando com qualquer outra pessoa. “Eu trouxe alguém para te conhecer.” Meu coração estava palpitando um pouco. Seu avô estava acordado, mas seu olhar passava sobre nós como se nem estivéssemos ali. “Essa é Stephanie,” Nick disse, se sentando. Eu me sentei ao seu lado, minha mão ainda junto da sua. “Oi.” Seu avô não respondeu enquanto seu olhar voltava para Nick. “Essa é a menina que eu venho te contando...” Nick pausou, sorrindo um pouco para mim. “Eu tenho dito boas coisas a ele.” “Espero que sim.” Meu estomago revirou. “A maioria,” ele adicionou e eu sorri. Nick inalou profundamente. “Ela é a menina que vai te transformar em um bisavô.”
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Eu olhei para ele, surpresa. Dizer ao seu avô sobre mim era surpreendente e foi meio que um choque ele ter falado sobre a gravidez. Eu nem mesmo sabia porque isso era um choque. Eu disse a minha mãe e ela, com certeza, já tinha espalhado isso para qualquer outra pessoa viva na família. “Ela trabalha na cidade e ela come tater tots,” Nick adicionou, Meu olhar de descrença virou um de humor e voltei a olhar para seu avô. “Tenho certeza que você não tem nada contra tater tots,” Seguindo as brechas de Nick, eu falei com seu avô como falaria com qualquer um. “Eu me formei na Universidade de Shepherd na última primavera e agora estou trabalhando na Lima Academy na cidade...” Nós ficamos ali por um tempo, conversando com seu avô. Eu não senti como se estivéssemos tendo uma conversa unilateral mesmo que Job não respondesse. A verdade era, ele até poderia ter algum problema para entender o que estávamos dizendo, mas ele parecia... calmo. Ele nos assistia com seus olhos fora de foco e, algumas vezes ele parecia ficar mais afiado, passando entre Nick e eu. Eu não tinha certeza se esses eram momentos dele compreendendo ou se eram momento dele não sabendo quem nós éramos. Eu não sabia, e deveria ser muito difícil para Nick sempre confrontar algo assim. Eu sentia sua dor. Eu sentia a dor do seu avô, mas eu não me arrependia de estar aqui, sentada com Nick, conhecendo o homem que acolheu Nick quando seu mundo virou de cabeça para baixo. Não era justo – justo para o homem que fez tanto ser derrubado assim pela doença. Nós não ficamos muito, seu avô voltando a dormir depois de ficarmos ali uma hora. Saímos sem fazer barulho e fomos para o andar de baixo. No momento que chegamos a sala, eu disse. “Isso foi bom. E eu acho que ele concorda que tater tots são ótimos, então...”
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Nick pegou meu braço, me virando de repente. Ele me puxou contra seu peito e passou seus braços em volta de mim, me segurando contra ele tão forte quanto eu desejei ter abraçado ele lá em cima. Ele abaixou sua cabeça, pressionando sua bochecha contra a minha. “Obrigado,” ele disse, sua voz rouca. Eu apertei meus olhos fechados enquanto o segurava de volta. Eu não precisei perguntar. Eu sabia pelo que ele estava me agradecendo. “Você não tem nada para me agradecer.” “Sim. Sim, tem.” Nós não dissemos nada por alguns bons minutos. Em vez, nós ficamos ali de pé, no conforto do abraço um do outro, e eu acho que isso foi melhor que qualquer palavra que pudéssemos compartilhar. Muito, muito depois, quando nos sentamos no sofá lado a lado, nossos estômagos cheios, não tinha como resistir o sorriso bobo que estava em meu rosto. Não houve peru, nem acompanhamentos, sem cozido de feijão verde ou purê de babatas. Mas houve hambúrgueres, cheeseburgueres e deliciosos tater tots, e esse foi um dos melhores Thanksgiving que eu podia me lembrar.
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Capítulo Vinte e Cinco Enrolada em um chapéu peludo e um casaco pesado, Nick e eu estávamos desbravando os ventos da cidade em pleno Domingo. Ontem eu tinha ajudado a montar a arvore de natal em sua casa e, enquanto estávamos fazendo isso, ele descobriu que eu não tinha uma arvore. Então agora estávamos numa missão de encontrar a arvore artificial perfeita. “Não importa o que está acontecendo, nós sempre tínhamos um bom Natal,” Nick disse enquanto vasculhávamos caixas de lâmpadas. Por algum motivo eu não tinha conseguido imaginar ele pegando a decoração de natal e a colocando sozinho todo ano. Ou que ele colocou todas essas lindas lâmpadas antigas em suas caixas. Era tão estranho com toda sua aparência masculina e forte, ou o fato que ele passava as noites da semana deslizando cervejas, mas de novo, havia muito sobre Nick que era surpreendente. Agora o vento levantava a ponta do meu cabelo, jogando ele em volta do chapéu enquanto cruzávamos o estacionamento lotado. Uma vez do lado de dentro, Nick foi para a direita, pegando um carrinho de compras enquanto eu assistia uma criança cambaleando a lado de uma mulher que estava tentando colocar uma menina ainda menor no banco do carrinho, mas a pequenininha não estava deixando. Ela estava se debatendo em todas as direções possíveis. “Aquela mulher tem suas mãos cheias,” Nick comentou. Eu olhei para ele e de volta para a mulher, que agora estava tentando afivelar a criança no banco. Eu queria perguntar e ele quantas crianças ele gostaria de ter, mas eu acho que no meio da Target não era o local apropriado e, provavelmente, nem era uma pergunta apropriada considerando a falta de status em nosso relacionamento.
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“Eu nem posso imaginar,” eu finalmente disse, assistindo enquanto ela dava uma mão para o pequeno e empurrava o carrinho com a outra. Nick sorriu. “Vamos lá.” A parte de Natal estava de volta a loja, perto da sessão de eletrônicos. Claro, nós nos distraímos pela quantidade de mesas, então pelos filmes e, então, pelos livros. Quando finalmente chegamos na parte de natal, eu estava começando a suar por baixo do meu casacão. Eu tirei o chapéu e passei minha mão para abaixar a estática em meu cabelo. Meus lábios viraram um bico enquanto andávamos até as arvores. “Tem tantas e elas parecem tão reais.” Ele me olhou de canto de olho. “Esse é o ponto.” “Que merda.” Eu toquei o galho de uma. “Minha mãe sempre compra uma viva, então eu nunca comprei uma dessas.” Nick me cutucou com seu quadril enquanto dava volta no carrinho. “Bem, então deixa eu a guiar sua escolha perfeita.” Eu sorri. As grandes e altas arvores, aquelas com as pontas congeladas, que pareciam extremamente reais, foram as que me atraíram. “Eu não acho que vai caber,” Nick continuou comentando enquanto eu olhava uma arvore gigante e outra. “Que tal essa aqui?” Minha sobrancelha levantou. Ele estava apontando para um rosa choque. “Um. Não.” Ele riu enquanto se movia pelo corredor, até parar. “Na verdade, essa aqui seria perfeita.” Dessa vez ele estava falando sobre uma de um metro e setenta. Pinho. Passei meus dedos pelas pontas congeladas, feitas para parecer coberta de neve. “Eu gostei. Essa é a escolhida. Tem cerejas.”
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Nick olhou para mim, sorrindo. “Eu acho que são azevinho.” “E não são a mesma coisa?” Ele balançou sua cabeça. “Não, Stephanie. Não são.” “Há. O que...” uma dor forte no meu estomago cortou minhas palavras. Pressionando minha mão contra minha cintura, eu congelei completamente enquanto a sensação aliviava. Nick andou na minha direção, seus olhos ficando arregalados, preocupação cobrindo suas feições. “Está bem?” Por um momento eu não respondi, porque eu não tinha certeza, mas a dor não voltou. “Yeah, estou bem. Acho que foi só uma cólica estranha.” Ele tocou minha mão e olhou ao redor. “Tem certeza?” Eu concordei. “Foi apenas cólica. Provavelmente por causa do frango frito.” “Você realmente comeu bastante frango.” Meus olhos estreitaram. “Não tanto assim.” Um pouco da tensão aliviou. “Você comeu, tipo, seis pedaços. Dois deles eram meus.” Ele pausou, seus olhos verdes brilhando. “E meu biscoito. Você também comeu meu biscoito.” Eu tinha comido seu biscoito. “Eu estava com fome.” Ele riu enquanto olhava de volta para a árvore. “Quer essa aqui?” “Acho que é perfeita, com os azevinhos.” Se abaixando, ele facilmente pegou a caixa estreita. “Olhe para você, aprende rápido.”
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Ele riu enquanto colocava a arvore no carrinho e nós nos movíamos pelas decorações. Enquanto escolhíamos os ornamentos e uma guirlanda, eu esperei pela dor voltar, e fiquei aliviada quando não aconteceu de novo. Nós fomos para a frente da loja, pegando um atalho na sessão de moveis para casa, o que nos fez andar pelo meio da parte para bebês. Minha atenção vagou pelo mar de coisas para crianças. “Você quer dar uma olhada?” ele perguntou, seguindo meu olhar. Meu coração parou. “Tudo bem para você?” Ele me atirou um olhar estranho. “Por que não estaria?” Dei de ombros. “É bem cedo para estar começando a ver essas coisas.” “Mas você pode pegar umas ideias.” “Você tem razão.” “Eu sempre tenho razão.” “Como você é modesto.” Eu andar para frente, vendo as mesas de troca. “Você realmente acha que preciso de uma dessas?” Nick me seguiu com o carrinho. “A não ser que você esteja planejando trocar o bebê no balcão da cozinha, eu diria que sim.” Eu ri imaginando a cena, meus dedos passando sobre a madeira branca. Um display de sapatinhos estava do lado da mesa. “Oh meu Deus.” Eu peguei um par de mary-jane pequeno. Ambos os sapatos cabiam em minha mão enquanto me virava a Nick. “Olhe para isso! Olhe o quão pequeno eles são.” Ele balançou sua cabeça. “Tem uma parte de mim que nem consegue entender o quão pequeno o pé tem de ser para caber nesses sapatos.”
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“Eu sei.” Sorrindo, eu mordi meu lábio. “Se tivermos uma menina, eu vou comprar esses sapatos.” “Você pode comprar dez deles se isso te faz feliz.” Meu olhar voou para o seu. Havia sinceridade ali. Eu não conseguia olhar para outro lugar. As palavras apareceram na ponta da minha língua e eu me forcei a olhar para longe. Eu coloquei os sapatos de volta no lugar. Daqui eu fui até um berço e uma cadeira de balanço que combinavam. Havia tantas coisas. Assentos para carro. Andadores de vários tamanhos. Cadeira de balanço. Poltronas. Fraldas e vários tipos diferentes de mamadeiras. Parada no meio da sessão infantil, eu simplesmente olhei para tudo. “Acho que vou ter um ataque de pânico,” eu disse a ele, só sendo metade séria. “Quero dizer, eu preciso disso tudo. Isso é muita coisa. E aonde eu vou por tudo isso?” Nick pegou um pacote de copinhos para agua. “Correção. Nós precisamos comprar essas coisas e nós temos espaço. A casa do meu avô é minha. Está no testamento. Eu tinha pensado em vendê-la... bem, você sabe, e me mudar para algo menor,” ele disse, colocando as garrafas de volta. Ele voltou para o carrinho. “Mas parece inteligente manter a casa, especialmente com um bebe a caminho.” Eu estava encarando ele de novo. “Você... você vai dizer que nós – tipo, eu e o bebê – poderíamos morar com você?” Ele levantou uma sobrancelha. “Não. Eu estava falando sobre aquele casal ali escolhendo andadores.” Eu ainda estava encarando ele. “Por que não? Você está certa. Você não tem espaço. Eu tenho. Isso funcionaria perfeitamente.” Ele se inclinou sobre o carrinho e pegou meu chapéu. Um pequeno sorriso estava em seus lábios. “E eu gosto da ideia de compartilhar a cama com você.”
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Apesar deu saber que sua mente agora estava indo para um lugar bem feliz, eu estava embasbacada por sua oferta. Eu não sei porque estava tão surpresa. Nick tinha uma casa. Eu tinha um apartamento. Ele tinha espaço. Eu não. E esse era nosso bebê. Morar junto era um grande passo, mas ter um filho era um maior ainda. Deus, nós tínhamos feito tudo tão de trás pra frente, mas eu não me importava enquanto estava ali de pé, encarando ele. Eu te amo. Eu queria dizer essas palavras. Eu queria gritar elas a todo vapor, mas de novo, eu não conseguia faze-las passarem pela minha língua. Quem diria que três pequenas palavras seriam tão difíceis de dizer?
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Capítulo Vinte e Seis “E quando vou conhecer Nick?” Meus olhos arregalaram quando o assunto da pergunta da minha mãe saiu do meu banheiro meio vestido. Jeans escuro que caiam baixo em seu corpo, mostrando o V em seu estomago. Enquanto eu nunca dispensaria a chance de apreciar sua beleza seminua, nós íamos nos atrasar para o jantar. Mas seu peito nu brilhava por causa do banho, e eu não estava convencida que ele estava usando qualquer tipo de roupa intima. Mordi meu lábio enquanto eu olhava os músculos definidos do seu abdômen. Desejo se acumulava dentro de mim. Meus hormônios podiam estar apenas loucos, mas eu não conseguia ter o suficiente dele. Nick tinha ido no fim da manhã de domingo para o bar, para ajudar a instalar mais equipamentos na cozinha. Quando ele apareceu na minha casa, ele estava suado e engordurado, imediatamente dizendo que precisava de um banho. O que era uma ótima ideia, porque tínhamos um encontro em grupo para ir essa noite, mas eu estava... bem, eu ia culpar os hormônios da gravidez. Ele tinha se despedido, mas o banho demorou enquanto eu o beijava, fazendo meu caminho para baixo até que estivesse de joelhos. Então o fato de estarmos atrasado era parcialmente culpa minha. “Stephanie, querida, ainda está aí?” Afastando esses pensamentos, eu me virei e encarrei minha cômoda. “Yeah, estou aqui. Desculpa, me distrai.” Nick riu atrás de mim. Revirei os olhos. “Eu não sei quando você pode conhecer Nick, mãe.” Pausando, eu olhei sobre meu ombro para ver sua reação. Se ele parecesse
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com alguém prestes a desmaiar, isso era mal, mas ele parecia concentrado vestindo um suéter que havia pegado dentro de uma mala de ginastica que ele trouxe com ele. Ele estava propositalmente ignorando o que estava dizendo? Ou isso não o incomodava? “Bem, eu acho que vocês dois deveriam descobrir,” minha mãe insistiu, e eu lutei para não sorrir quando reconheci seu tom de ‘mãe’. “Posso perguntar a ele.” “Ele está aí?” Minha mãe riu. “Então é por isso que está distraída.” “Mãe,” eu gemi enquanto me virava para olhar Nick. “Minha mãe quer saber quando ela pode te conhecer.” Nick olhou para cima enquanto sacodia seu suéter. Boa técnica para remover amassados. “Eu não posso ir para Martinsburg agora. Não com meu avô,” ele disse e isso fazia sentido. “Mas se ela vier, eu amaria conhecê-la.” Ele amaria conhece-la. Meu coração fez uma pequena dança em meu peito. “Ele disse...” “Eu o ouvi, querida. Por favor diga que eu entendo o problema com seu avô e que ele está nas minhas orações,” ela respondeu. “Eu estava pensando em ir perto do Natal. O que você acha?” Eu fiquei nervosa. Natal era, tipo, semana que vem, apesar que eu estava animada que Nick estava feliz por conhecer minha mãe, o primeiro encontro de pais-traço-pai-do-meu-bebê me dava enjoo. Na verdade, quando eu estava fazendo compras para Nick na semana passada, eu estava procurando um pequeno presente especial para o Natal, eu também fiquei enjoada, porque escolher algo estava sendo mais difícil do que imaginei. Terminei escolhendo um bom e resistente relógio. Parecia lindo na caixa, mas agora pensando melhor era meio que um presente bobo, mesmo que ele estivesse dizendo uma e outra vez que precisava comprar um.
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Eu disse que estava OK em vir perto do Natal e, depois de mais alguns minutos, sai do telefone para encarar Nick de novo. Ele ainda estava sem camisa. Eu levantei uma sobrancelha enquanto largava meu celular na cama. “Você vai sair assim essa noite?” Um sorriso convencido apareceu. “Eu iria, mas então você ficaria ‘distraída’ demais para comer.” “Cala a boca.” Rindo, ele andou e pegou minha mão. Ele se sentou na beira da cama e me puxou para que estivesse sentada em seu colo. “Nick, nós precisamos ir,” eu protestei. “Se não, vamos nos atrasar.” “Nós não vamos nos atrasar.” Ele colocou seus braços em volta do meu quadril. “Nós temos tempo. E precisamos de tempo.” Sua outra mão terminou em meu estômago. “Como está se sentindo? Ainda está cansada?” Depois de montar a árvore de natal, eu tinha ficado bem exausta por uns três dias seguidos e isso era algo intermitente agora. De acordo com os sites sobre bebês e meu checkup com o OB/GYN, insistência do Nick, era bem normal. “Eu estou me sentindo bem hoje. Não é obvio?” Eu provoquei, brincando com o botão de seu jeans. Ele sorriu. “Tenho certeza que você poderia estar quase em coma e ainda estar excitada.” Eu ri. “Eu nem vou tentar negar isso.” Ele sorriu um pouco mais. “Mas sério, estou apenas preocupado. Você estava tão cansada semana passada e ainda disse que não estava se sentindo bem também.”
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“Obrigada por estar preocupado, mas estou me sentindo ótima.” Eu insisti. “E se isso te faz se sentir melhor, eu tenho minha próxima consulta essa sexta.” “Eu sei.” Seus cílios vagaram para onde sua mão estava em meu travesseiro. “Eu mal posso acreditar que você ainda não ganhou nenhum peso.” Eu coloquei sua mão sobre a sua. “Oh, eu ganhei peso. Acredite em mim.” Um olhar de dúvida passou sobre seu rosto enquanto seus dedos curvavam, pegando a barra da minha camisa. Ele a puxou, mostrando minha barriga. “Eu vou começar a te alimentar com Whoppers21 todo dia.” Eu ri, mas sério, eu também estava um pouco surpresa pelo meu estomago ainda estar bem liso. Ele tinha começado a ficar curvado, mas acho que era apenas inchaço. Meu quadril e bunda, por outro lado, eram uma história completamente diferente. Eu tinha olhado fotos de mulheres que estavam na decima terceira semana. Não era obvio que elas estavam grávidas, mas definitivamente havia uma pequena barriguinha. Eu não tinha uma barriguinha. “Talvez eu vou ser uma daquelas mulheres que ganham barriga só mais tarde, huh?” Nick não respondeu enquanto se curvava e colocava um beijo logo abaixo meu umbigo, fazendo meu coração quase implodir pela doçura do ato. Quando ele levantou sua cabeça, eu peguei suas bochechas em minhas mãos e inclinei sua cabeça para o lado, o beijando.
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Bolas de leite maltado cobertas de chocolate.
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O beijo deveria ser simples, mas no momento que sua língua tocou a minha, virou algo muito mais possessivo. Nick se levantou enquanto se virava, me tirando de seu colo e me colocando de costas. “Nick! Nós vamos nos atrasar!” Ele moveu seu corpo sobre o meu, uma mão em meu quadril. “Nós não vamos nos atrasar.” “Nós não temos tempo pra isso. Precisamos...” Sua boca cobriu a minha, cortando o resto da frase que estava dizendo e, enquanto sua mão deslizava por baixo da minha camiseta, sobre minha pele, cobrindo meu seio, eu comecei a esquecer o problema do horário. Especialmente quando seus dedos ágeis estavam na taça do meu sutiã, achando o pico do meu seio. Meus dedos apertaram seu ombro, enterrando nele enquanto ele beijava o canto dos meus lábios e, então, fazendo um caminho que pequenos beijos quentes pela minha garganta. Meus batimentos aceleraram enquanto desejo percorria minhas veias. “Nick,” eu gemi, minha respiração falhando enquanto seus dedos faziam algo verdadeiramente pecaminoso. “Nós precisamos... ir.” “Nós vamos,” ele disse, tirando sua mão de meu seio. Em vez de se levantar, ele puxou minha blusa para cima e colocou seus dedos entre a taça do meu sutiã, puxando-o para baixo. Ele mordeu seu lábio enquanto me encarava. “Totalmente linda.” Eu assisti ele baixar sua cabeça, mordiscando meu mamilo, levando ele em sua boca, sugando profundamente. “Jesus.” Ele riu e isso reverberou pela minha pele. Quando ele se moveu para meu outro seio, mordiscando a pele sensível antes de usar sua língua. Eu sabia que sair na hora seria caso perdido.
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“Nós precisamos nos aprontar,” eu disse a ele, meu peito subindo e descendo, fazendo a dor entre minhas pernas surgir. “Uh-huh.” Ele saiu dos meus seios, fazendo um caminho de beijos para baixo. Sua língua passou pelo meu umbigo e meu quadril se moveu para cima. Antes que eu percebesse, ele tinha aberto o botão e o zíper de meu jeans e já tinha abaixado ele até o meio da minha coxa. “É minha vez.” Sua boca estava em mim em um segundo e, não tinha nada de devagar em sua sedução. Ele não só me provou. Ele não só me agradou. Ele era excelente no que estava fazendo. “Yeah,” ele murmurou contra minha pele. Sua língua passando pelo meu centro, ajudando a aumentar a tensão dentro de mim. “Nós vamos ficar bem atrasados.”
Não preciso dizer, nós estávamos uns bons vinte minutos atrasados para chegar ao restaurante, mas meus músculos viraram geleca e eu estava tão entorpecida pra realmente ligar que meu cabelo parecia com o de alguém que tinha acabado de sair da cama. O que era meio o que tinha acabado de fazer. Nick e eu andamos para a grande mesa redonda e, quando eu vi todo mundo, eu percebi o quão estranho esse jantar seria. Quando Calla nos convidou, eu não tinha pensado muito nisso, mas agora que eu estava vendo Jase e Cam sentados ali, tudo que conseguia pensar era como essa situação tinha ficado estranha. Nick sabia que eu tinha ficado com eles, do jeito tradicional e, obviamente, todos na mesa sabiam, e yeah... isso era diferente. Me sentei ao lado de Calla, forçando um sorriso. “Desculpa pelo atraso. Trânsito.”
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“Trânsito,” Calla repetiu com um leve sorriso. “Interessante, numa noite de domingo.” Teresa, que estava sentada ao lado de Avery, jogou seu longo cabelo escuro sobre um de seus ombros. “Não se preocupe,” ela disse piscando. “Jase e eu também ficamos presos... no trânsito. Um trânsito realmente grande.” Os olhos de Jase arregalaram. Do outro lado da Avery, sentado ao lado de Nick, o rosto de Cam se contorceu em desgosto pelo comentário da sua irmã. “Vamos lá, cara. Eu nem quero imaginar isso na minha cabeça.” Colocando sua mão sobre sua boca, Avery abafou um risinho, mas perguntou. “O quão grande era esse ‘transito’, precisamente?” Teresa abriu sua boca, mas Jase falou. “Por favor, por Deus, não responda essa pergunta. Eu realmente não quero que Cam me bata de novo.” Eu ri enquanto Teresa estreitava os olhos para seu irmão mais velho. “Se ele colocar uma mão em você, esse bebê vai ser a última produção de Cam.” “Oh Deus,” Calla murmurou. Ao seu lado, Jax se encostou na cadeira e olhou para Nick. “Por sinal, eles são sempre assim.” “Não posso levar minha irmã a lugar algum,” Cam respondeu, sorrindo quando seu olhar virou algo mortal. “Mais como se eu não pudesse te levar a lugar algum.” Avery deu uma cotovelada nele enquanto sorria para a mesa. “Como está se sentindo?” Todos os olhos foram parar em mim, e eu resisti a urgência de tentar parecer menor em meu banco. “Eu estou bem. A gravidez tem sido... bem fácil até agora.”
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“Ela anda bem cansada,” Nick interrompeu. Um olhar de simpatia apareceu no rosto da pequena ruiva. “Oh Deus, o mesmo aqui. Eu acho que finalmente cheguei ao ponto onde eu quase me sinto normal, mas agora eu me sinto como se estivesse carregando uma bola de basquete por aí.” “É uma bola de futebol,” Cam corrigiu, se inclinando e dando um beijo em sua testa. “Uma linda bola de futebol.” Eu a olhei. “Você não parece com alguém que está carregando uma bola de futebol.” Na verdade, ela parecia exatamente da mesma maneira que da última vez que eu a vi. Os olhos de Avery acenderam. “Obrigada por isso, mas é só porque estou sentada.” “Fique de pé,” Teresa disse enquanto Jase colocava uma mão em seus ombros. Ela afastou sua cadeira e levantou, e yep, não tinha como negar que Avery estava claramente grávida. Seu suéter azul estava esticado por sua barriga rechonchuda bem definida. Ela emoldurou seu estomago entre suas mãos. “Como pode ver, uma bola de futebol.” Eu ri. “Esse não é o tamanho de uma bola de futebol.” “Talvez uma que foi esvaziada,” Jase comentou. Avery riu enquanto se sentava. Imediatamente, Cam colocou seu braço sobre seu ombro. “Mas a sensação não é essa.” O olhar de Nick foi de Avery para mim e um leve sorriso apareceu em seu rosto. Não precisava muito para saber que ele estava me imaginando com uma barriga do tamanho de uma bola de futebol sem ar. E não tinha como confundir seu olhar de ansiedade. Ele realmente queria esse bebê. Mas ele realmente me queria?
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O momento em que pensei nisso, eu o afastei e me foquei na conversa. Não tinha como eu deixar alguns neurônios rebeldes estragar essa noite. Nick definitivamente era o mais quieto no grupo, sentado e apenas observando. A comida chegou e eu fiquei surpresa em ver que meu apetite não estava tão grande. Terminei comendo apenas metade do meu bife bem passado com purê de batatas. Isso pode ter a ver com a estranheza inicial com quem estaria jantando, mas nem Cam, nem Jase nem nenhum dos outros se incomodaram com minha presença. Nem Nick. Me levou alguns momentos para perceber e aceitar totalmente que ninguém nessa mesa – aqueles que tinham direito de ter uma opinião sobre isso – ligavam para qualquer coisa. Um pouco da estranheza estava apenas na minha cabeça, uma consequência de experiências anteriores, mas essas pessoas não se importavam. Um peso foi meio que tirado dos meus ombros. Não era culpa ou remorso, nada assim, porque ninguém tinha dito ou feito nada de errado para se ter vergonha. Era mais como se a parede entre eu e as duas meninas finalmente tivesse se quebrado. Eles me aceitavam e eu aceitava eles. O passado estava formalmente no passado.
A fadiga voltou na terça, durante o trabalho, e ficou durante a quarta e quinta. Então, quando eu tive de levar uma pilha de novos calendários de mesa na sala de suprimentos, eu queria parar. Talvez até tirar um cochilo ali, entre os dois cubículos vazios. Ninguém iria perceber. De acordo com as coisas relacionadas a gravidez que eu tinha olhado, a exaustão era bem comum, mas eu não tinha achado que seria assim tão ruim. Tudo que eu queria era dormir.
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Enquanto me aproximava da sala de suprimentos, senti um cheiro muito forte. Perfume. Ugh. Rick estava por perto. Eu revirei meus olhos enquanto abria a porta para a sala com meu quadril e entrei. O que eu vi – o que eu ouvi – quase me fez cair no chão. “Eu disse pare...” Rick estava na sala, mas ele não estava sozinho. Suas costas estavam para mim e eu mal pude ver quem ele estava praticamente pressionando contra a prateleira com seu grande corpo, mas eu vi suas pequenas mãos empurrando seu peito. Eu ouvi ele rindo como se isso fosse piada. Um arrepio subiu pelo meu pescoço. “Mas que porra?” eu disse. Dando um passo para trás, Rick se virou, seu rosto que já era avermelhado ficando uns três tons mais escuros. Uma pequena forma se moveu entre ele e a prateleira. O rosto de Jillian mais pálido enquanto seu olhar encontrava o meu. Ela estava puxando a barra do seu suéter. “Não é o que você acha,” Rick disse, virando em direção a Jillian. “Diga a ela que não é o que...” Eu dei um passo para frente, preparada para atacar a cabeça de Rick com a pilha de calendários. Eu tinha certeza que o que vi e ouvi era exatamente o que estava pensando. “Jillian, vá falar com o Sr. Bowser.” Rick parecia que ia ter um infarto. “M-meu pai disse que eu p-podia pegar alguns post-its,” Jillian explicou, seus olhos castanhos arregalados. Seus lábios tremiam. “Isso era tudo que eu estava fazendo e ele...” “Jillian, vá valar com o Sr. Bowser agora.”
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“Eu não estava fazendo nada,” Rick disse, estufando o peito. “Eu estava apenas falando com ela.” Apertei mais a beira dos calendários enquanto Jillian parava ao meu lado, suas bochechas coradas. “Você não estava tentando falar comigo, seu imbecil.” Rick abriu sua boca, mas eu o interrompi. “Por favor chame Sr. Bowser,” Eu disse a ela. Jillian saiu correndo da sala enquanto eu mantinha um olho em Rick. Fúria crescendo em mim, junto com outra emoção acida. Eu sabia que ele era um estranho de tom maior, mas eu não sabia que era assim tão ruim. Eu deveria ter reportado ele para o Marcus no momento em que foi inapropriado comigo. “Porra,” ele gemeu, movendo como se fosse me atacar. Eu me mantive firme. “De um passo na minha direção e eu juro por Deus que eu vou dar um chute em suas bolas tão forte que elas vão parar em sua garganta.” Ele ficou pálido. “Você é estranho,” eu disse, minhas palavras cheias de raiva. “Um puta de um estranho – um puta de um idiota estranho. A filha do chefe?” Balancei minha cabeça. Andrew iria matar ele no estilo ninja. E pareceu que Rick também percebeu isso porque o sangue sumiu de seu rosto. Um segundo depois Marcus apareceu na porta. Me virei para ele enquanto colocava os calendários contra a parede. “Eu entrei e encontrei esse imbecil...” “Jillian me disse,” Marcus me interrompeu, sua voz calma. “Stephanie, você poderia sair da sala? Rick e eu precisamos conversar antes que ele pegue suas coisas e saída da porra do prédio.” Oh. Oh wow.
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Sai da sala depressa. Jillian estava esperando no corredor vazio, seus olhos brilhantes enquanto eu me aproximava dela. Suas mãos estavam entrelaçadas. “Obrigada por entrar. Ele me s-seguiu até ali e eu...” ela se cortou, pressionando seus lábios juntos. Eu parei na sua frente, mantendo minha voz baixa. “Você está bem, Jillian? Ele te machucou?” “Não.” Ela balançou um pouco a cabeça. Então algo horrível me ocorreu. E se essa não foi a primeira vez que ele tinha pressionado Jillian? “Isso já aconteceu antes?” eu perguntei. Jillian olhou para longe enquanto engolia. “Não.” Eu não acreditei nela. “É por causa dele que você está indo embora?” Ela se engasgou com uma risada. “Não. Não é isso. Eu... é melhor eu ir falar com meu pai.” Ela começou a se afastar. “Ob-obrigada de novo. De verdade.” Eu fiquei lá por um momento, assistindo ela sair correndo, um milhão de pensamentos ruins passando pela minha cabeça. Andei de volta até minha mesa, entorpecida. Mais ou menos uma hora depois que Rick, o estranho foi escoltado para fora da Lima Academy e Jillian já tinha ido embora do lugar, Marcus abriu a porta do seu escritório. “Stephanie, posso falar com você um minuto?” Eu imediatamente fiquei de pé e entrei em seu escritório, sem ter ideia do que esperar. Eu não achava que estava em apuros por ter reportado Rick, não baseado no quão irritado ele tinha ficado nem em como ele lidou com a situação, mas e se eu estivesse? E se perdesse meu trabalho? Com uma criança a caminho, isso seria tão, mas tão ruim.
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Mas mesmo que isso fosse ladeira abaixo, eu não me arrependia de ter me intrometido. De jeito nenhum. Eu só desejava que tivesse dito algo antes. “Pode fechar a porta?” Marcus perguntou enquanto dava a volta em sua mesa. Eu a fechei e me sentei na beira da cadeira que ficava na frente de sua mesa, minhas mãos em meu colo. Marcus se sentou, colocando seus antebraços sobre a mesa enquanto olhava para mim. “Primeiro, eu quero te agradecer por ter se envolvido e ajudado Jillian.” “Você não precisa me agradecer por isso,” eu disse. Ele continuou. “Você disse algo que me deu a impressão que essa não foi a primeira vez que você presenciou um comportamento inapropriado aqui. É esse o caso?” Eu concordei. “Ele disse algumas coisas para mim que não foram apropriadas e, uma vez ele se aproximou demais no elevador. Ele... ele se esfregou em mim.” Eu podia sentir as lágrimas nascendo. “Eu disse a ele que se fizesse isso de novo, eu iria reporta-lo.” “Ele te incomodou depois disso?” “Não. Ele ficou longe de mim a maior parte do tempo.” Meu olhar foi para a grande janela atrás dele. “Eu...” “Diga o que quiser,” Marcus disse. Balancei minha cabeça enquanto suspirava. Culpa preenchendo meu estomago. “Eu só queria que tivesse dito algo na primeira vez que ele fez isso. Então isso não teria acontecido com Jillian.” Marcus se encostou em sua cadeira, colocando uma perna sobre a outra. “Eu vou ser honesto com você, Stephanie. Eu entendo porque não disse
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nada. Você é nova aqui, mas eu espero que nenhum de nós tenha te dado à impressão que toleramos esse tipo de comportamento.” “Não deram,” eu respondi rapidamente. Marcus sorriu, mas esse sorriso não chegou a seus olhos escuros. “Mas eu queria que você tivesse vindo falar. Nenhum de nós quer que nossos empregados ou suas famílias se sintam inseguros aqui. Se algo assim acontecer de novo, eu quero que venha falar comigo ou Deanna imediatamente. Você entendeu?” “Sim, entendi.” Eu fui dispensada depois disso, mas a sensação estranha ainda ficou. Parte de mim queria encontrar Rick e dar um chute em suas bolas. A outra parte de mim queria bater em mim mesma por não ter reportado ele antes. Eu tinha lidado com isso, mas minha cabeça estava tão perdida que não percebi que se ele me tratava de um jeito como se eu só existisse para seu entretenimento, ele tinha de tratar outras mulheres do mesmo jeito. Eu só esperava que minhas suspeitas em volta de Jillian estivessem erradas, mas eu tinha a sensação que Rick teria de se mudar. Não só Andrew ficaria puto, mas uma vez que Brock descobrisse, eu apostava que Rick seria um cara morto. No caminho para casa eu parei em uma hamburgueria e peguei o jantar, já que eu estava cansada demais para fazer qualquer coisa. Eu sabia que a fatiga era normal, e eu não mencionei ela quando Nick mandou mensagem por volta das sete. A última coisa que eu queria que ele fizesse era se preocupar. Além do mais, eu tinha minha consulta médica na sexta e eu podia mencionar ela ali. Eu não contei a ele sobre o que aconteceu com Rick mais cedo. Mesmo que eu tivesse lidado com meus problemas com ele, se Nick soubesse, ele não ficaria feliz pelo comportamento de Rick.
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Depois de colocar a calça do meu pijama e uma camiseta, andei até o banheiro e fiquei de lado, na frente do espelho. Levantando a camiseta, eu me olhei no espelho. Sem barriga visível. Não de verdade, mas eu tentei me imaginar com uma barriguinha. Eu duvidava que ficaria tão adorável quanto Avery, mas meus lábios se curvaram em um sorriso enquanto eu deslizava minhas mãos pela minha barriga. Nos últimos dias eu tinha pensado sobre abortar a gravidez com Marcus. Não seria fácil, mas eu teria de dizer algo, logo. Me virando, eu balancei minha cabeça enquanto tentava afastar as dúvidas dos meus pensamentos. Eu não deveria estar vendo algum tipo de barriga? Algo que mostrasse as quatorze semanas? De acordo com as cinco milhões de fotos de mulheres gravidas que vi a resposta seria sim, mas... Eu abaixei minha camiseta e resisti a vontade de procurar no Google mais sobre casos anormais de gravides que eu poderia facilmente passar o resto da minha vida sem saber. Andando até a sala, eu liguei as luzes da árvore de natal e peguei um copo de suco de laranja da geladeira, andando de volta em direção ao quarto, meus pés cobertos pela meia, silenciosos no chão de madeira. Era cedo, mas depois de um grande bocejo, eu estava pronta para ir para cama. Eu tinha colocado o copo para baixo e pegado o controle remoto quando uma dor aguda passou pelo meu estomago, me fazendo ficar sem ar. “Ouch,” eu sussurrei, colocando minhas mãos contra meu estomago e quadril. “Whoa.” A dor queimava enquanto começava a passar. Eu levantei, encarando o copo de suco. Minha boca ficou seca quando um pensamento horrível apareceu em minha mente. Tem algo de errado? Meu coração estava acelerado. Eu esperei vários minutos e, quando a dor não voltou, me forcei a me acalmar. Eu estava bem. A dor provavelmente não tinha nada a ver com a gravidez, mais com o lanche que comi no jantar.
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Voltando para cama, eu enfiei minhas pernas por baixo do edredom e peguei o controle remoto. Eu liguei a TV, colocando no canal HGTV e não demorou muito para que me desligasse, ouvindo casais brigares sobre paredes amarelas e tapetes marrons. Quando acordei horas depois, me sentando, eu não tinha certeza o que havia me acordado. Minha garganta estava incrivelmente seca e minha pele húmida de suor. A TV ainda estava ligada, o volume baixo. Eu pressionei minha mão esquerda contra minha testa, mas eu estava fria. Eu tinha tido um pesadelo? Me inclinando para o criado mudo, eu peguei o controle remoto quando a dor atingiu meu estomago de novo. Eu perdi o ar enquanto congelava. A dor era como cólica menstrual, mas mais forte. Ela foi aliviando, mas foi seguida por uma sensação de pressão estranha na parte baixa da minha barriga. Eu liguei o abajur com minha mão tremula. Nem um minuto depois, a dor voltou. A cólica estava forte, me fazendo contrair em reflexo e, antes de aliviar, eu senti algo molhado. Isso não era normal. Meu estomago afundou quando eu puxei as cobertas da cama e fiquei de pé. A cólica atingiu de novo. Era como se meu estomago todo estivesse dentro de um punho, apertando e apertando e, logo que soltava, voltava a apertar. Virando-me, fui pegar o celular quando meu olhar caiu sobre a cama. Meu coração parou. Pânico explodiu enquanto eu encarava o colchão. “Oh meu Deus.” Havia sangue nos lençóis.
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Capítulo Vinte e Sete As fortes luzes da sala de emergência eram cegantes, deixando pouco espaço para esconder a realidade da situação. Tudo que conseguia fazer era encarar essas luzes até que halos se formassem em volta delas. Deitada no colchão inconfortável enquanto a enfermeira arrumava o jaleco do hospital e o fino lençol, eu não disse nada enquanto o médico se afastada da ponta da cama, fazendo um som com as luvas de borracha, como um trovão. Agua foi ligada. Eu não estava esperando que ela fosse falar, porque eu já sabia o que ela iria dizer. Eu não lembrava de ter dirigido até o hospital, o que provavelmente significava que eu não deveria ter dirigido até ali, mas eu lembrava do sangue que tinha ensopado a calça do meu pijama, e o sangue que começou a aparecer na calça de moletom que eu tinha me trocado. Eu lembrava das roupas quando me sentei no banheiro, eu lembrava... Mordi meu lábio enquanto a cólica voltava. Minha mão fechava em volta do lençol. A sombra da enfermeira caiu sobre mim e sua mão gelada cobriu a minha. Eu queria afastar minha mão. Eu não queria que ela nem ninguém me tocasse agora, mas não me movi. “Srta. Keith?” Meu olhar mudou para a médica. Ela era jovem. Poderia ter a minha idade. Sua sobrancelha levantou enquanto ela empurrava o banquinho para a cama, perto da minha cintura e se sentava. Seu olhar sério encontrou o meu. Seu olhar me lembrava o do técnico de ultrassom que havia estado no quarto antes dela. O enfermeiro tinha se introduzido, mas uma vez que ele começou a trabalhar, ele parou de olhar para mim. Quando saiu do quarto, eu nem sabia se ele tinha falado qualquer coisa. Eu pensei que tinha. E eu pensei que essas palavras não faziam sentido.
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“Me desculpe,” a médica disse. Eu respirei pelo nariz enquanto mudava minha tensão para o teto de novo. Meu maxilar doía do quão forte eu o estava apertando, mas eu não conseguia me forçar a soltar. A médica – qual era seu nome? Williams? Williamson? – estava falando de novo e eu perdi uma parte. “... o ultrassom confirmou o que suspeitávamos devido aos sintomas que você está apresentando agora,” ela estava dizendo e eu ouvi um papel sendo passado como se ela estivesse passando as páginas do prontuário. “Quando você chegou, você disse que estava na decima terceira semana?” Minha boca estava seca quando falei. “Sexta... sexta eu faria treze semanas.” A enfermeira apertou minha mão. “E você tinha acabado de ter sua primeira consulta com o OB:GYN?” “Há um mês,” eu disse. Os papeis foram passados de novo e, quando ela falou dessa vez, suas palavras foram cuidadosas. “Baseado no ultrassom e no exame de sangue que pedimos, parece que o feto já foi abortado e o que está acontecendo agora, com o sangramento...” “Espere.” Passei a língua sobre meus lábios. “O que você – o que quis dizer que eu já abortei?” “O ultrassom e o exame apontaram que não há mais feto. Quando você começou a sangrar, você reparou em algum coagulo maior?” ela perguntou Claro, os lençóis... eu sabia disso. Eu tinha lido sobre os sinais em um dos vários fóruns, mas eu não tinha pensado... Eu não tinha pensado que isso iria acontecer.
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Deus. Eu fechei meus olhos. A cólica tinha começado quando eu estava... eu nem mesmo consegui terminar essa linha de pensamento. Como eu pude não saber o que estava acontecendo naquele momento? E se eu tivesse vindo ao hospital no exato momento em que eu senti dor? A médica estava falando de novo. “É bem comum nesse estágio da gravidez para o feto parar de se desenvolver sem você saber. Às vezes pode aparecer dias ou semanas antes do corpo começar a se curar. Isso é o que está acontecendo agora.” Meus olhos se abriram. O bebê já tinha ido há dias? Semanas? E eu nem sabia? Ela estava falando comigo sobre opções o que esperar, as consultas seguintes que eu precisava marcar e sintomas que precisava ficar de olho no caso de... algo der errado. Ela estava falando sobre todas essas informações e a porra da enfermeira ainda estava apertando minha mão, e eu queria... Eu queria minha mãe. “Por que?” eu disse com a voz rouca. Pelo canto do olho, eu vi a médica se levantar. “Isso nunca é algo fácil de se ouvir ou entender, mas as vezes, não tem motivo, Srta. Keith. Apenas acontece. Não significa que você nunca vai conseguir engravidar de novo, mas eu sugiro que você veja seu médico, fale com ele sobre suas preocupações...” Não tinha motivo? Não. Isso não fazia sentido, poderia? Meus pensamentos estavam girando em torno de coisas que eu li, e sim, a parte logica em mim percebeu que o corpo humano era uma coisa louca e que fazia coisas loucas, mas eu queria um motivo. Uma dor tão forte e tão real estava expandindo do meu estomago para meu peito. Eu queria saber o que eu tinha ou não feito...
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A dor expandiu e as lágrimas subiram para minha garganta, inchando meus olhos. A gravidez não foi planejada, mas eu a queria. E Nick não estava esperando isso, mas ele a queria. Nós íamos tentar tirar o melhor proveito disso e, em poucas semanas, iríamos descobrir o sexo. A dor aumentou, queimando cada célula. E se o bebê fosse um menino, nós... Eu interrompi esses pensamentos e eu desliguei, desliguei tudo. Me tranquei. Afastei tudo porque eu não podia... não podia lidar com isso agora. Só não podia. “Você tem alguém para quem ligar?” A enfermeira perguntou. “O que?” Eu olhei para ela e percebi que a médica não estava mais no quarto. Era apenas nós. Quando ela tinha saído? Cólica começou de novo e eu lutei contra a vontade de rolar. O rosto da enfermeira estava cheio de simpatia. “Eu perguntei se tem alguém que você quer ligar?” Sim. Era isso que estava sendo dito de novo e de novo na minha cabeça. Sim. Havia pessoas para se ligar. Havia uma pessoa para ligar, mas não foi isso que eu fiz. Eu nem sei porque. Não foi isso que eu fiz.
Pela sugestão do médico, eu liguei para o trabalho e disse que não ia e com isso, eu consegui descansar o resto da semana. Eu disse q Deanna que era gripe, mas se Marcus precisasse de qualquer coisa imediatamente, eu poderia fazer de cada. Tudo que ele precisava fazer era ligar ou me mandar e-mail. Depois do que tinha acontecido ontem com Rick, eu não tinha certeza do que Marcus pensaria sobre eu faltando no trabalho, mas não tinha outra opção.
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Foi uma boa ideia não tentar ir trabalhar depois de tudo que aconteceu. As cólicas e o sangramento não foram nada parecido com qualquer coisa que experienciei antes. Uma hora depois que falei com Deanna, eu me enrolei no sofá, minhas mãos em meu estomago e meus joelhos para cima depois que troquei os lençóis da cama, removendo os vestígios do... incidente. Eu não pensei em nada. Nada. Horas se passaram e no momento que meu cérebro começou a divagar para o que tinha acontecido, eu rapidamente forçava minha atenção na TV. Por volta da hora do almoço, meu telefone tocou e a pressão em meu peito aumentou. Era Nick. Eu congelei a um segundo de atender. O que... o que eu iria dizer a ele? Então eu peguei o celular e, me sentando, trouxe ele perto do meu peito e fechei meus olhos. Deus, ele já tinha perdido tanto em sua vida, ele ficaria tão desapontado, e eu... Sem atender a chamada, eu larguei o celular no sofá e pressionei minhas mãos na testa. “Pare com isso.” Eu sabia que não tinha nada que pudesse fazer sobre isso. Já tinha acontecido. Ficando de pé, eu fui até a cozinha para pegar um copo d’agua. Eu passei pela geladeira e congelei. Segurado por um ima em forma de coração estava o ultrassom. Por um momento eu estava apenas presa ali, sem me mover, mal respirando, enquanto encarava a imagem. Se a médica não tivesse apontado o bebê, eu não teria sido capaz de encontra-lo. O bebê era tão pequeno, do tamanho de uma cereja. Esse era algum tipo de punição porquê... porque eu não queria ter engravidado? Como um tipo de karma cósmico desde que isso não tinha sido
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planejado e eu tinha surtado tanto no começo? Me preocupado por não poder viajar pelo mudo e coisas estupidas e sem motivo como essas? A pressão voltou para meu peito e eu me movi, tirando a foto da geladeira. Eu queria que tudo isso terminasse. Corri de volta para o quarto, ignorando a dor no estomago enquanto abria meu armário, colocando a foto entre duas caixas de sapato. Andei de volta para a sala e peguei o celular. Minha mãe atendeu no terceiro toque. “Hey querida.” “Oi.” Meus dedos apertaram mais o celular. “Está ocupada?” “Claro que não,” ela respondeu com uma risada. “Não está no trabalho?” Eu comecei a ofegar. “Não. Eu tenho hoje e sexta de folga porque não estou me sentindo bem.” “Oh não.” Houve uma pausa e eu pude ouvir Loki latindo no fundo. Minha mãe brigou com o cachorro. “O que tem de errado? É o bebê?” É o bebê? Apertando meus olhos fechados, eu inalei profundamente. “Um, eu...” As palavras eram incrivelmente difíceis de serem ditas. “Eu tive uma dor estranha ontem à noite no meu estomago, mas ela passou. Eu pensei que fosse algo que comi, então fui para cama.” “Oh,” Minha mãe sussurrou no telefone e eu pensei... eu pensei que ela já sabia. “Oh, querida.” Eu pressionei minha mão em meu estomago, logo abaixo do meu umbigo. “Eu voltei a dormir. Provavelmente não deveria ter feito isso. Eu só não pensei que havia algo de errado, mas eu acordei algumas horas mais
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tarde, e eu estava... estava com cólicas e tudo mais. Então fui para o hospital.” Abri meus olhos e comecei a ofegar de novo. “O médico disse que o be – que provavelmente parou de se desenvolver. Que isso poderia ter acontecido há semanas atrás, acho. Eu não sabia.” “Querida,” Minha mãe se engasgou. “Me desculpe. Você está...?” “Estou bem.” Eu interrompi, colocando um braço sobre minha cintura. “Estou bem, na verdade.” “Querida...” “Estou bem. Eu só vou descansar hoje e amanhã então usar o final de semana para relaxar, mas estou bem. Eu disse no trabalho que estava com gripe. Acho que foi uma coisa boa que eu não contei antes para eles. Quero dizer, isso provavelmente foi algo bom, né?” Eu estava balbuciando nesse ponto, mas não consegui parar. “Algo estava errado e essas coisas... essas coisas acontecem.” Houve uma pausa e, então, minha mãe disse. “Eu estou indo para aí. Eu vou colocar Loki em uma casinha de viagem e nós vamos ir aí e...” “Não precisa. Estou bem e não tem nada que alguém possa fazer.” Eu disse a ela. “Eu só preciso passar os próximos dias relaxando.” “Mas...” “Mãe, eu estou bem. Prometo. Você não precisa vir, okay? Eu te vejo no natal.” Ela não respondeu imediatamente. “Se mudar de ideia, estou apenas a um telefonema de distância, okay?” “Okay,” eu murmurei. “Como Nick está lidando com isso?” ela perguntou.
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Meu peito apertou enquanto eu forçava as palavras. “Eu não contei para ele ainda.” Silêncio. “Eu... acabou de acontecer e ele estava no trabalho, então eu dirigi até o hospital ontem à noite.” “Stephanie,” ela suspirou. Minhas juntas doíam. “Eu vou desligar, okay? Te ligo mais tarde.” Eu desliguei meio que na cara dela e me senti uma merda por querer sair logo do telefone, mas eu não queria dizer algo que a deixaria com vontade de ignorar meu pedido para não vir, e eu não queria falar sobre isso mais, porque eu sabia que eu teria que falar sobre isso de novo. Olhando para o relógio, eu sabia que eu tinha tempo para falar com Nick antes que ele fosse ao trabalho. Parte de mim queria amarelar e ligar para ele, porque vê-lo cara a cara era algo que eu não tinha certeza se poderia fazer. Mas essa não era a conversa para se ter pelo telefone. Mandei uma mensagem para ele, perguntando se poderia passar por aqui. Depois de algumas mensagens – Nick perguntando porque eu estava em casa e eu sendo vaga – ele disse que estava a caminho. Sentava na cadeira junto a pequena mesa, eu esperei enquanto os nós se formavam em meu estomago. A cólica não era tão ruim agora, mas de vez em quando parecia que alguém estava enfiando uma faca em mim. Parte de mim abraçava a dor, porque era algo em que focar. Quando Nick chegou, não tinha passado tempo suficiente. Uma primeira olhada nele me disse o porquê. Usando calça de nylon e uma blusa térmica por baixo de sua jaqueta, ele provavelmente estava na academia. Seu cabelo estava adoravelmente bagunçado.
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Ele deu uma olhada em meu rosto pálido e sua mão apertou mais o capacete. “Você está doente. É por isso que está em casa.” Colocando o capacete na mesa, ele se virou para mim. Eu dei um passo para trás, fora do alcance de seus braços. “Não estou doente. Não de verdade. Um...” Fugindo do seu olhar preocupado, eu me virei e passei minha mão pelo meu cabelo. Os fios com nó prendendo meu dedo. “Eu preciso falar com você.” “Estou aqui.” Sua mão passou em minhas costas e eu saí do seu alcance. “O que está acontecendo, Stephanie?” Andando até o sofá, me sentei no braço dele. Como eu já tinha contado para minha mãe, foi mais fácil dizer as palavras dessa vez, talvez fácil demais. “Eu... eu o perdi.” “O que?” Nick se aproximou. “O bebê,” Eu disse encarando minhas mãos – meus dedos. “Tive um aborto. Eu não sei por quê. Aconteceu ontem à noite. Eu nem sabia o que estava acontecendo no começo. Achei que fosse dor de estômago. Foi estupidez.” Eu olhei para cima e encontrei Nick de pé, perto do sofá, rígido como uma estátua. “Eu não seu se foi algo que fiz ou deixei de fazer, mas eu não... estou mais grávida.” A expressão de Nick estava tensa enquanto ele fechava seus olhos. Sua mão levantou e ele a passou em seu cabelo. “Stephanie...” Meu nome soou ríspido em sua língua, e eu voltei a olhar para minhas mãos. “Sinto muito” eu sussurrei. “O que?” Essas palavras ditas tão rápido chamaram minha atenção. Ele estava me encarando. “Babe, você não tem nada para se desculpar.” Um passo o trouxe mais para perto da onde estava sentada, e ele estava agachado na minha frente, suas mãos em volta das minhas, e eu acabei pensando na enfermeira de ontem à noite segurando minha mão. “Deus, Stephanie, não peça desculpas. Não...”
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“Eu sei que está desapontado. Você não achou que teria um... bem, eu sei que você queria isso.” Seu olhar procurou o meu. “Eu sei que você queria isso também, mas... acontece. Deus.” Ele abaixou sua cabeça enquanto trazia nossas mãos juntas para sua testa. “Porra. Eu não sei o que dizer.” Minha respiração estava falhada. Eu não sabia o que dizer também. Seus ombros ficaram tensos e, então ele levantou sua cabeça. Aqueles olhos extraordinários estavam brilhantes, brilhantes demais, e meu coração quebrou.” “Okay. Tudo bem.” Ele inalou profundamente. “Nós precisamos ir para o hospital? Eu posso...” “Eu já fui ao hospital.” Os lábios de Nick se afastaram vagarosamente enquanto ele me encarava, seus olhos arregalando. “Não tem mais nada que possa ser feito agora. Quero dizer, não agora. Eu vou marcar uma consulta de acompanhamento para saber que está tudo bem, mas não precisa ser agora.” Essa era a verdade, eu não precisava contar a ele os outros detalhes do que acontecei. “Você não precisa pegar folga no trabalho nem nada. Eu vou apenas ficar... uh, relaxando...” engoli forçadamente “...até segunda.” Ele soltou minhas mãos. “Quando... quando isso aconteceu?” “Ontem à noite.” Eu já não tinha dito isso? Não conseguia me lembrar. Nick colocou suas mãos em suas coxas. “E você foi para o hospital ontem à noite?” Eu concordei, esfregando minhas mãos sobre minhas pernas. “Por que não me ligou?”
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Seu rosto ficou embaçado enquanto eu balançava minha cabeça. “Não sei.” Houve uma pausa. “O que?” Por que eu não tinha ligado para ele? Ele deveria ter sido a primeira pessoa a se ligar. Bom, eu tinha entrado em pânico quando fui ao hospital, mas eu deveria ter ligado uma vez que estava lá ou quando a enfermeira perguntou. Eu ainda não sabia porque não fiz isso. Pressionei meus dedos em minha testa e balancei minha cabeça. “Eu não quis te incomodar.” “Me incomodar? Você está...?” Ele se levantou de repente, dando um passo para trás. Passou uma mão de novo por seu cabelo. “Okay. Por que você pensaria isso?” Eu balancei minha cabeça. Nick deu um passo para o lado, suas mãos em sua cintura. “Nós estamos tendo uma conversa de verdade?” Eu apertei meus olhos fechados. “Eu não...” “Você não o que?” Eu não queria desaponta-lo, porque ele já tinha perdido tanto. Eu não queria machuca-lo, porque ele já tinha sofrido o suficiente. E eu não sabia como lidar com isso – o bebê, estar em um relacionamento, perder o bebê e, então, Nick. Eu não sabia como fazer isso e eu tinha feito errado, tudo errado. Enquanto eu levantava meu olhar, eu sabia que esses não eram os únicos motivos. Eu tinha me apaixonado por Nick, tão profundamente, e esse bebê foi o que nos aproximou – o que nos prendeu, e agora ele não estava mais aqui. Ele nunca disse que me amava. Nenhum plano para o futuro foi feito que não incluísse o bebê. O que éramos sem aquilo que nos unia? Eu sabia que iria perdê-lo.
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Uma cólica me atingiu, me pegando de guarda baixa. Minha mão voou para meu estomago enquanto a dor passava por mim. Nick imediatamente se ajoelhou na minha frente. “Você está bem?” “Yeah,” eu respondi. “O que posso fazer?” ele tocou meu braço? “Nada. Eu apenas...” a dor aumentou e eu a afastei enquanto me levantava. “Eu só preciso relaxar um pouco.” Suas mãos afastaram. “Tem algo que posso pegar para você?” Balancei minha cabeça. “Não. Eu só queria te contar. Só isso.” “Só isso?” Ele cambaleou para trás como tivesse sido empurrado, e eu queria olhar para longe. Eu queria me esconder, porque isso... tudo isso era culpa minha. “Stephanie, eu não sei o que dizer.” Me diga que você ainda quer estar aqui. Me diga que você ainda vê um futuro para nós. Me diga que você me ama. “Não tem nada a se dizer,” eu sussurrei, olhando para longe. “Você está errada,” ele disse e a esperança cresceu em meu peito. “Nós perdemos um bebê...” “Eu não estava nem com treze semanas,” eu disse porque era mais fácil não pensar além disso. “A médica disse que ele provavelmente parou de se desenvolver a semanas.” “Semanas?” ele murmurou, se contraindo. “Tudo que estou tentando dizer é que pelo menos aconteceu agora e não a semanas daqui, não quando...” Não quando eu estivesse aparentando ou quando fosse ser muito mais difícil de aceitar e entender isso.
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Exceto que era difícil aceitar e entender. Eu não entendia. Eu não sabia o porquê tinha acontecido e eu não estava apenas desapontada. Eu estava arrasada, e eu... “Eu deveria ter estado lá, Stephanie. Não apenas para que pudesse ficar ao seu lado, mas porque eu poderia estar. E nada a se dizer? Tem muitas coisas a se dizer sobre isso. Eu só não sei as palavras agora. Eu nem mesmo quero pensar, mas... porra.” Ele passou suas mãos sobre seu rosto. Seu braço tremendo. “Por que não me ligou, Stephanie?” Eu pisquei. “Eu...” “Sabe o que? Essa não é hora para se ter essa conversa.” Meu estomago revirou. “Por que não?” Ele me atirou um olhar, incrédulo. “Você não precisa lidar com mais nada.” E lá vem, eu pensei. “Estou bem,” eu disse a ele, endireitando meus olhos. “Que conversa você quer ter?” “Você está bem?” “Sim.” Seus olhos queimaram. “Você não pode estar bem. Você acabou de perder um bebê, Stephanie. Quero dizer, vamos lá. Você é humana. Você não...” “Estou bem.” Meu coração estava pulando. “O que você quer conversar?” Balançando sua cabeça, ele começou a andar até a mesa – para seu capacete. Ele estava indo embora e o pânico cresceu na beira do meu estômago. Eu dei um passo na sua frente. “Por que você não quer me dizer o que queria falar?”
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“Por quê?” Suas bochechas coraram. “Porque eu estou tentando ser um ser humano descente agora, Stephanie. Eu estou tentando não descarregar mais merda na sua cabeça quando você não precisa. Eu...” “O que?” Eu retruquei, frustração e confusão girando em mim até que se transformaram em raiva. “Você o que?” “Estou puto! Estou desapontado,” ele respondeu e eu me contraí. “Como você pode ter lidado com isso sozinha?” Ele deu um passo na minha direção, suas mãos fechadas ao seu lado. “Como você pode ter pensado que eu teria – eu teria largado tudo para estar lá. Quero dizer, você sequer pensou em mim quando isso estava acontecendo? Será que passou na sua cabeça que eu iria querer estar lá por você? Por mim?” Minha boca abriu mas não haviam palavras. “Eu... não pensei quando comecei a ter as dores. Eu dirigi até o hospital e eu...” “Eu entendi. Okay? Eu posso entender essa parte, mas você esperou até hoje para me pedir para vir, e pediu pela porra de uma mensagem, você está brincando – Okay.” Ele se endireitou, inalando profundamente enquanto seu corpo todo ficava tenso. “Eu farei o certo agora. Você não precisa disso,” ele disse, passando por mim. “Eu não preciso fazer isso agora. Okay? Eu preciso limpar minha cabeça. Você precisa limpar sua cabeça.” Eu cruzei meus braços sobre minha cintura. “Me desculpe.” Nick passou por mim de novo. “Pare de se desculpar, Stephanie. O que aconteceu não é culpa sua.” Ele se aproximou e meu corpo teve vontade própria. Ele se contraiu por causa de suas palavras, porque como isso não seria culpa minha? Suas mãos tocaram o ar e a pele em volta dos seus lábios esbranquiçou. “Mas que...” “Por favor, apenas vá embora,” eu sussurrei. “Por favor, só vá.” “Steph...”
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“Por favor.” Meu controle estava escapando, afinando e, então, ele apenas... ele apenas quebrou. “Por que você ainda está aqui?” Nick parou de se mover. Ele pode até mesmo ter parado de respirar e, por um longo e tenso momento não havia nada além do silencio. Eu fechei meus olhos, ouvindo o capacete sendo arrancado da mesa e, num segundo depois, a porta da frente bateu, fechada.
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Capítulo Vinte e Oito Nick tinha ido embora, mas não para longe, o que descobri quando ele deixou o apartamento. Ele tinha ligado para Roxy e ficou no estacionamento até que ela chegou, uns quinze minutos depois. Eu soube disso, pois quando ela bateu em minha porta, sua motocicleta rugiu. Roxy entrou antes que eu tivesse chance de dizer qualquer coisa. “Eu sei o que aconteceu e Nick não quer que você fique sozinha agora. Você não deveria ficar sozinha agora.” “Eu estou...” “Yeah. Você está bem. Ele disse que você continuava dizendo isso.” Roxy tirou sua jaqueta. “Você pode muito bem ir fechar a porta, porque não vou ir embora.” Uma grande parte de mim queria mandar ela ir embora, mas de repente, eu estava cansada de discutir. Exausta, eu fechei a porta e andei, passando por ela, até o sofá. Me sentando, eu peguei a colcha e a puxei sobre mim, enfiando a barra sobre meu queixo. Roxy colocou seu casaco nas costas da cadeira da cozinha e veio até aqui. Ela não falou nada enquanto se sentava do outro lado do sofá, e eu não olhei para ela. Eu estava encarando a TV, sem realmente ver. “Eu quero te abraçar agora,” ela disse, e os músculos na minha coluna enrijeceram. “Mas parece que vou levar um soco se eu o fizer.” EU balancei minha cabeça devagar. Eu não tinha certeza se estava concordando ou não. Ela exalou. “Eu não sei o que dizer, Steph, além de sinto muito”
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Fechando meus olhos contra a queimação, eu agarrei a borda do cobertor. Meu estomago se contraiu e foi doloroso, mas de um jeito, não se comparava a completa devastação que eu sentia. “Eu não entendo,” eu disse depois de um momento. “Entende o que?” ela perguntou com a voz baixa. Eu realmente não sabia onde tudo isso estava indo, mas minha língua estava se movendo e as palavras estavam juntas da dor que crescia dentro de mim. “Eu não entendo porque isso dói tanto. Não é como se eu estivesse com muitas semanas, sabe? Eu nem tinha dito ao meu chefe. Talvez eu não devesse ter dito a ninguém. Quero dizer, eu estava entrando no meu segundo trimestre.” Uma dor aguda passou por mim. “Na verdade, acho que nem cheguei perto disso. A médica do hospital disse que o be – que ele provavelmente parou de se desenvolver a mais de uma semana atrás.” E agora que eu tinha dito isso em voz alta, tudo começou a fazer sentido. A exaustão que estava sentindo. A perda que qualquer peso que eu tinha ganhado. “Houveram sinais,” eu disse a ela. Eu estava começando a ver os pontos brancos por trás dos meus olhos fechados. “Sinais que eu estava perdendo... isso, e eu nem prestei atenção a eles. Eu pensei que era normal.” “Como você iria saber? Não tinha como,” Roxy argumentou. “E eu sei que abortos são comuns, Steph. Acontece, e não se tem ninguém a culpar.” Não tinha ninguém para culpar? Eu não tinha tanta certeza. Talvez eu não tivesse levado minha gravidez a sério. Eu sabia que tinha esquecido de tomar minhas vitaminas uns dias. Minha dieta poderia ser mais saldável. E se o bebê não tivesse parado de se desenvolver e se eu estivesse prestando atenção a dor ontem à noite em vez de ir para cama, será que o aborto poderia ter sido evitado? A onda de pensamentos me deixou enjoada. Eu me sentia como... como se merecesse isso. Como um tipo de punição. Eu tinha estragado tudo e nem mesmo sabia o que tinha feito.
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Roxy se aproximou, colocando sua mão em meu ombro. “Isso não é culpa sua.” Eu abri meus olhos. “Essas coisas acontecem.” Ela continuou, sua voz só um pouco mais alta que um sussurro. “Eu sei que isso parece idiotice agora e realmente não ajuda em nada, mas essas coisas acontecem, Steph, e não se pode culpar ninguém.” Meu olhar caiu para a árvore de Natal e meus pensamentos foram parar no dia em que escolhi ela com Nick. Como tínhamos parado na sessão de bebês e olhado tudo... Eu afastei esses pensamentos enquanto inalava profundamente, mas eu não conseguia olhar para longe da arvore. Deus, isso foi a realmente só duas semanas atrás? Será que o bebê ainda estava vivo? Roxy apertou meu ombro. “O que posso fazer para você?” “Nada,” sussurrei. “Acha que consegue comer?” ela perguntou, e eu balancei minha cabeça. “E algo para beber? Ou algo para dor?” Quando eu não disse nada, ela abaixou sua mão. “Eu não vou te deixar, então você deveria fazer um melhor uso de mim.” Pressionei meus lábios juntos. “Não tem nada que eu precise agora.” Um momento se passou. “Não acho que isso seja verdade. Você precisa de Nick agora.” Inalando profundamente, eu congelei. “E ele precisa de você agora,” ela adicionou. Eu balancei minha cabeça. “Ele... ele não precisa de mim.”
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“Ele soou como alguém a dez segundos de perder a compostura.” Seus olhos encontraram os meus quando olhei para ela. “Talvez você não precise ouvir isso agora, mas eu nunca vi Nick triste. E ele estava realmente triste.” “Eu não quero que ele fique triste.” Minha voz estava rouca. “A última coisa que eu queria era que ele se machucasse de novo. Ele perdeu...” eu me cortei, uma parte porque eu não queria compartilhar seus assuntos pessoais e porque as palavras de Katie voltaram correndo na minha cabeça. Você vai quebrar seu coração. Meus lábios se afastaram. Puta merda, Katie e seus superpoderes psíquicos tinham acertado. Eu achava que era loucura dela por, bem, motivos óbvios, e porque esse tempo todo eu não estava convencida que tinha o poder para quebrar o coração do Nick. Mas eu tinha feito isso. Foi o bebê, eu percebi – perder o bebê. Soava loucura, mas Katia tinha razão. “O que aconteceu com Nick?” Roxy perguntou gentilmente. Minha respiração estava instável. “Eu... eu quebrei seu coração.”
A tarde de quinta passou em um borrão. Em algum momento eu tinha saído do sofá e ido para cama e, enquanto estava deitada ali, eu não dormi. Eu não conseguia dormir. Minha cabeça estava repassando tudo que eu tinha feito e não feito desde que descobri que estava grávida, procurando incansavelmente pelo passo que perdi. Roxy não foi embora, mas ela me deu espaço, só entrando no quarto quando horas já haviam se passado e ela queria que eu comesse canja de galinha, coisa que eu não fazia ideia de como ela tinha conseguido, porque eu não tinha nenhuma na casa, mas essa sopa me lembrou de Nick. E isso tornou a dor muito mais nova.
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Eu pensei ter ouvido a voz de Reece na quinta à noite e, mais tarde, eu pensei ter ouvido Calla. No começo achei que estivesse apenas imaginando, mas então percebi que Calla estava aqui agora. O semestre em Shepherd havia acabado. Eu rezei para que ela não viesse até o quarto, e ela não veio. Fiquei a noite toda acordada e eu não chorei. Havia um grande vazio que consumia meus pensamentos. Eu não conseguia desligar isso como eu tinha feito na sala de emergência na quarta-feira. Só queria que isso tudo acabasse – a dor física e a mais aguda e profunda. Algum momento nas primeiras horas da manhã, eu descobri que eu já queria esse bebê por mais tempo do que havia admitido. Era meio clichê dizer “Você não dá valor ao que tem até perder,” e isso era puramente verdade. A queimação em minha garganta e em meus olhos aumentou. Eu me enrolei, trazendo minhas pernas contra mim. Não era justo. Nada disso era justo, e eu não me sentia desse jeito desde que aqueles dois oficiais uniformizados tinham aparecido na minha porta quando tinha quinze anos. No fundo da minha cabeça eu sabia que precisava me tirar daqui. Eu precisava me levantar, me arrumar e seguir com minha vida. Era isso que eu sempre fazia, e eu teria de fazer de novo, mas eu não tinha só acabado de perder o bebê. Eu tinha perdido um futuro. Roxy tentou me fazer tomar café da manhã na sexta e eu pensei que ela parecia tão ruim quanto eu, quando ela saiu para ir ao banheiro, seu cabelo castanho caindo do seu coque. Eu queria dizer a ela que ela não precisava ficar. Ela tinha uma vida que ela precisava voltar. Eu ficaria bem. Eu sempre ficava bem.
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Uns minutos antes das onze da manhã, eu ouvi a porta se abrir e eu estava esperando ver Roxy, mas foi Katie que entrou em meu quarto, fechando a porta atrás de si, e eu quase não a reconheci. Com o rosto limpo de qualquer traço de maquiagem e seu longo cabelo loiro preso em um rabo de cavalo, ela estava usando a roupa mais simples que eu já tinha visto nela. Jeans azul e um suéter branco de lã. Eu nunca tinha visto ela tão... tão simples. Katie fez seu caminho para cama e se sentou na beirada, seus olhos azuis brilhantes sem toda a sombra e delineador. “Roxy teve de ir para casa.” Minha garganta estava seca quando falei. “Você não precisava vir. Estou apenas... indo devagar.” “Meio complicado lidar com tudo depois de perder um bebê.” Minha respiração estava falhada. Aparentemente, sua honestidade não estava faltando. Eu não sabia o que dizer. “Você deve estar se sentindo mal,” ela adicionou, colocando um joelho sobre o outro. “Eu sei quando alguém tem um aborto eles se sentem bem mal por uns dias. Não apenas mentalmente. Roxy disse que você nem mesmo tomou café.” “Não estou com fome,” eu disse depois de um momento. Ela cruzou suas mãos sobre seu colo. “Você devia tentar comer algo.” Eu não respondi enquanto me contorcia por baixo das cobertas. Uma névoa, meio sufocante, estava me envolvendo. Eu estava com vergonha pela atenção – pelo fato que meus amigos achavam que eu precisava de uma babá agora quando tudo que eu precisava era... Eu não me deixei terminar essa linha de pensamento. “Estou bem,” eu disse a ela sem me mover. Havia uma boa chance que minha bochecha já estivesse grudada no travesseiro.
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Uma sobrancelha levantou. “Eu te avisei.” Minha respiração diminuiu. Katie balançou sua cabeça de vagar, triste. “Eu tinha essa sensação sabe? Eu sabia que você iria quebrar o coração dele e é isso que você está fazendo.” Eu apertei meus olhos fechados. Será que Deus estava brincando comigo? Eu realmente não precisava disso agora.” “Mas eu nunca pensei que você seria assim tão... estúpida.” Meus olhos voaram abertos. “Licença?” “Quero dizer, você é essa mulher sexy, inteligente e confiante. Você podia fazer os homens se ajoelharem para você se quisesse. E você está sendo uma puta de uma imbecil agora.” Ela olhou para mim. “Roxy me disse que você chutou Nick para fora do seu apartamento... depois de dizer a ele que tinha perdido o bebê. Você sabe, o bebê que vocês dois criaram juntos.” Algo quente e ruim estava crescendo em mim. “Eu sei que fizemos esse bebê, Katie. Obrigada. E eu sei que quebrei seu coração quando eu o perdi, então eu não preciso desse lembrete agora.” Katie ignorou meu tom e continuou. “Ela também disse que ele mencionou que você nem contou a ele até ter voltado do hospital. Mas que porra menina?” Minha boca caiu aberta enquanto a culpa se movia como uma fumaça preta sobre mim. “Você sabe, eu entendo que você tem esses medos e preocupações em relação a como Nick realmente se sente sobre você, mas você tem de ser muito idiota para não ver a verdade.”
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“Okay,” eu disse depois de um segundo. “Essa é tipo a segunda ou terceira vez que você me chama de idiota e eu realmente não gostei disso, nem tenho a paciência para estar tendo essa conversa agora.” “Que pena,” ela respondeu, seus olhos afiados. “Porque tem algo que você não está entendendo.” Eu virei, ficando de costas, cerrando meu maxilar. “Eu acho que entendo.” “Não, não entende.” Ela esperou até que meu olhar encontrasse o seu. “Mas você vai.” Exalando alto, eu tive de lugar para manter minha paciência. “Eu estou realmente cansada. Acho que eu preciso...” “Falar sobre o quão injusto é você ter perdido o bebê? Ou o quanto isso dói?” ela respondeu por mim. “Nós podemos falar sobre isso.” “Eu não preciso falar sobre isso.” Ela levantou ambas as sobrancelhas. “Isso não é verdade. Você não está bem. Falar é importante. Deixar sair as emoções e a raiva.” Ela pausou. “Ou quando estiver se sentindo melhor, pode subir no palco. Esse é um bom exercício e um bom jeito de aliviar a raiva.” Embasbacada, tudo que consegui fazer era encarar. “Você é psíquica e psiquiatra?” “Eles não são o mesmo?” “Mas que...?” Levantei minha mão, pressionando ela em minha testa. “Eu não posso lidar com isso agora.” “Ninguém espera que você lide. Isso é algo trágico, menina. Acontece toda hora, com várias pessoas ao redor do mundo. Não quer dizer que seja menos pior. E não quer dizer que sua dor seja menor pior. Você não está bem.”
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Ar ficou preso em minha garganta. “Eu estou bem.” Katie balançou sua cabeça. “Nope.” Meus olhos estreitaram. “Yeah, estou.” “Continue dizendo isso a si mesma.” Sentei-me, encarando ela. “Mas que porra? Eu disse que estou bem. Eu estou bem, pelo amor de Deus.” Ela cruzou seus braços magros sobre sua cintura. “Você pode me dizer isso o quanto quiser, mas eu sei melhor. Todos sabem.” “Todos sabem...” eu balancei minha cabeça, consciente da dor das mechas do meu cabelo batendo em minhas bochechas. Nesse momento, eu não achava possível odiar alguém mais do que Katie. “Eu não posso lidar com isso agora,” Eu repeti, minha mão fechada em punho. Katie inclinou sua cabeça para o lado. “Claro que não pode. Quem seria capaz de lidar com tudo isso agora?” Não havia palavras, porque, bom Deus, essa conversa estava andando em círculos. Uma mare de violência, emoções não controladas, cresceu em mim enquanto eu me movia e pegava as cobertas. Minha mão tremia enquanto eu a tirava de minhas pernas. Fiquei de pé, tirando meu cabelo de meu rosto com um único movimento. “Estou bem.” Katie não disse nada. O tremor dançava sobre meus dedos enquanto levantava meus braços. “Estou bem,” Eu disse, e a mare veio de novo, me lavando por completo. “Estou bem.” Eu andei para trás, atingindo a parede. “Estou bem!” Ela levantou da cama, seu rosto caindo enquanto ela sussurrava. “Está tudo bem.”
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Não. Esse era o problema. Não estava tudo bem. O Deus, nada disso estava bem. Algo forte quebrou dentro de mim. A queimação em meus olhos e garganta não era mais controlável. O contorno de Katie ficou embaçado e, em algum lugar, alguém estava gritando aquelas malditas duas palavras de novo e de novo, e isso era uma mentira. Era a porcaria de uma mentira. E isso era uma bosta. Eu sabia que de muito mais jeitos do que eu estava considerando, as coisas não estavam bem. E eu não sabia como deixalas bem para começar. Não tinha um manual sobre isso, não havia como pesquisar no Google um jeito de consertar isso. Lágrimas escorreram pelo meu rosto e meu peito junto a um suspiro quebrado. Os braços de Katie apareceram e me seguraram enquanto meus joelhos cediam e eu deslizava pela parede, trazendo ela comigo. Minha cabeça caiu em seu ombro. “Eu não estou,” eu sussurrei. “Não estou bem.”
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Capítulo Vinte e Nove Eu finalmente dormi. Não havia outra opção para mim. Eu chorei até passar mal, chorei forte, e eu chorei até me exaustar mentalmente, o que só poderia ser curado voltando para a cama. Eu não sei quanto tempo dormi, mas acordar foi como me tirar de dentro da areia movediça. Meus olhos, inchados e molhados, pareciam grudados, e eu não estava pronta a tentar abri-los e encarar a realidade, encarar a perda do futuro que eu não sabia o quanto queria até que ele já não estivesse ao meu alcance. E enfrentar a realidade das minhas inseguranças e preocupações em relação ao meu relacionamento com Nick, válidas ou não, que tinham me levado a essas escolhas covardes, quando se tratou em envolvê-lo no que tinha acontecido. Eu, também, não queria... não queria vê-lo machucado, e tentar proteger ele disso tinha saído pela culatra. Eu o amava e o tinha machucado ainda mais. Como um fantasma, a imagem daqueles sapatinhos que eu e Nick vimos enquanto procurávamos a arvore de natal se formaram em minha cabeça, a dor voltando, forte e afiada, nunca acabando. Nesse momento, eu nunca estive mais grata pelo fato de não ter começado a fazer compras de nada relacionado ao bebê. Eu não tinha certeza se poderia aguentar ter de devolver macaquinhos ou empacota-los. Só a foto do ultrassom que estava na geladeira já tinha sido difícil suficiente de se ver. Cada célula em meu corpo parecia ter passado por um espremedor, assim como eu. A última coisa que queria era levantar, mas eu precisava por causa das coisas que meu corpo estava passando. Enquanto estava deitada ali, me forçando a levantar, eu vagarosamente fiquei consciente da presença de outra pessoa no quarto. Uma presença muito próxima, do tipo, na mesma cama, comigo. Eu podia ouvir a respiração ritmada. Eu não ficaria surpresa se Katie tivesse
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vindo para cama comigo, mas eu tinha a sensação que não era ela. Minha pele formigava enquanto eu respirava profundamente, sentindo um cheiro fresco junto com pinho. Meu coração parou. Esse cheiro... esse cheiro era tão familiar, tão certo. Eu seguei minha respiração enquanto forçava meus olhos a se abrirem e, exalei uma vez que minha visão se ajustou a luz baixa que vinha do corredor, do lado de fora da porta aberta do quarto. Deitado na cama ao meu lado, de costas, estava Nick. Eu ainda devia estar sonhando. Nick virou sua cabeça na minha direção. Mesmo com a falta de luz, eu podia ver os círculos escuros sob seus olhos. Quando ele falou, sua voz estava rouca. “Você acordou.” Sem conseguir tirar minha língua do céu da boca, eu comecei a me sentar. Nick se levantou ao meu lado, seu olhar nunca deixando meu rosto. “Katie fez Roxy me ligar. Somos apenas nós.” Minha cabeça ainda estava confusa com o sono e eu deixei sair a primeira coisa que me veio à cabeça. “Eu preciso ir ao banheiro.” “Precisa de ajuda?” foi sua resposta imediata. “Balancei minha cabeça. “Eu...” eu estava sem palavras enquanto encarava ele. “Vou esperar por você aqui, okay?” Ele disse com a voz baixa. “Se precisar de qualquer coisa grite, e eu vou até você.” A pressão aumentou em meu peito e eu me forcei a sair da cama antes que eu perdesse a compostura de novo. Corri até o banheiro e cuidei das necessidades. Antes de sair, eu parei tempo suficiente para jogar agua gelada em meu rosto e colocar meu cabelo sujo para trás.
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Nick estava aqui. Ele tinha voltado mesmo depois deu tê-lo chutado para fora. Ele estava aqui. Com minha garganta fechando, eu olhei para meu reflexo e vi que minha aparência estava uma bagunça, mas eu sabia que não tinha nada que eu pudesse fazer sobre isso. O que eu parecia era a coisa menos importante agora. Voltei para o quarto, me sentindo como se tivesse cinquenta anos, mas ver Nick apoiado contra a cabeceira era como receber uma dose de adrenalina. Nervosismo e o suor que vinha atrelado a ansiedade a tudo relacionado a ele travavam uma luta em mim enquanto fazia meu caminho até a cama, sentando próxima as suas pernas. Nick havia ligado o abajur enquanto eu estava no banheiro, e agora eu realmente podia vê-lo. Sua barba estava grande e as sombras abaixo dos seus olhos eram profundas. Sua camiseta, a mesma que ele estava usando ontem quando eu o vi estava amassada. Seu cabelo era uma bagunça e ele parecia tão ruim quanto eu me sentia. Seu peito levantou quando ele respirou profundamente. “Eu sei que você não me quer aqui,” ele começou e, antes que pudesse responder, ele continuou. “Mas eu vou ficar exatamente aqui. Precisou de tudo que eu tinha dentro de mim para sair por aquela porta ontem e eu não tenho mais nada restando para fazer isso de novo. Não depois de saber o que você está lidando e te ver agora. Eu sei que está machucada. Você não deveria estar sozinha e tem de ser eu aqui com você.” Eu abaixei meu olhar enquanto puxava minhas pernas para cima, me sentando sobre elas. “Não é que eu não te queria aqui, Nick. Não é nada disso.” Houve um minuto de silencio. “Eu vou ser bem honesto com você, Stephanie, mas foi exatamente isso que deu a entender ontem.”
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Como eu poderia explicar o que estava sentindo e onde minha cabeça estava quando ela mesma estava em vários lugares diferentes e tudo era tão novo? Não haviam muitas palavras, muitas coisas que eu poderia dizer, e ainda assim eu não conseguia focar um pensamento. Era como tentar pegar a chuva. Ontem eu tinha esperado um confronto, mas hoje, agora, tudo que eu queria eram seus braços em volta de mim. Tudo que eu queria era ser segurada. Tudo que eu queria era estar com a única pessoa que dividia a mesma dor que eu. Levantei meu olhar e o rosto de Nick ficou embaçado por causas das lágrimas frescas. Ele inclinou sua cabeça para o lado e sua foz falhou quando ele disse. “Venha aqui.” Meu corpo se moveu antes que meu cérebro pudesse registar completamente suas palavras. Eu passei sobre suas pernas, seus braços se abrindo, procurando por mim. Eu subi em seu colo, colocando meu rosto contra seu peito enquanto eu tentava fundir meu corpo no seu. A reação de Nick foi imediata. Ele enterrou uma mão em meu rabo de cavalo bagunçado e seus joelhos se dobraram em cada lado meu enquanto seu outro braço fazia círculos em minha cintura, seu corpo se curvando contra o meu. Era como se ele estivesse se prendendo ao meu redor e aquelas lágrimas escorreram livres pelo meu rosto. Eu quase não pude acreditar que ainda havia mais em mim, mas os soluços voltaram e eles eram tão poderosos que faziam meu corpo tremer – tremer enquanto ele me segurava. “Isso é bom. Isso é bom,” ele continuava a dizer, de novo e de novo. “É bom não se sentir bem. Eu não estou bem também. Não estou.” E ele não estava. Eu podia sentir seu corpo tremendo e, enquanto eu enrolei meus dedos em seu cabelo na base de seu pescoço, a culpa e a angustia se fundiram, formando um nó venenoso. “Me desculpe. Me perdoe.”
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“Stephanie, baby, por favor, não peça desculpas.” Sua voz deu aquela falhada de novo, me matando. “O que aconteceu não é culpa sua. Você sabe disso, certo? Não foi culpa sua.” Eu não tinha certeza se estava me desculpando por ter perdido o bebê ou pelo jeito que eu o tratei. Ou, talvez, eu estivesse me desculpando por ambos. E, então, ele disse isso. “Você está quebrando meu coração, Stephanie. Pare de pedir desculpa. Está me desfazendo.” Você vai quebrar o coração dele. Meu aperto nele aumentou. Não era a perda do bebê. Nem era pelo jeito que eu havia agido. Era isso. Merda, Katie realmente era psíquica. Nós nos seguramos, nos tornando a âncora um do outro, e compartilhamos a dor. O tempo se tornou algo acontecendo ao fundo. Eu não tinha ideia do quanto havia passado desde que abri meus olhos e as únicas lagrimas restantes eram aquelas presas aos meus cílios. Seus braços pararam de tremer e seu queixo descansada no topo da minha cabeça enquanto uma mão subia e descia pelas minhas cotas, o carinho reconfortante e seguro. “Você... você não vai trabalhar?” eu perguntei, me contorcendo quando ouvi a rouquidão da minha voz e a besteira que foi a pergunta. “Jax me deu o final de semana de folga e Kira está com meu avô.” Sua mão estava em meu pescoço. “Eu não vou a lugar algum, Stephanie.” “Eu não quero que você me deixe.” Eu sussurrei essas palavras, e não me matou admitir algo tão vulnerável. Honestamente, aconteceu exatamente o contrário. Alívio cresceu, pequeno e frágil, mas estava ali. A mão de Nick parou. “Por que você pensaria isso?” Eu levantei um ombro.
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“Não faça isso de novo.” Sua voz era gentil enquanto sua mão voltava a se mover, aliviando a rigidez dos músculos do meu pescoço. “Fale comigo.” Minha mão deslizou até seu peito e parou ali, sobre seu coração. “Eu só não quero que você vá, porque eu... eu acho que é o que você faria. Nós ficamos juntos porque eu estava grávida. É por isso que ficamos juntos. Não por mais nada, e agora que isso se foi, não tem mais nenhum motivo para você continuar fazendo isso...” “Nenhum motivo?” Seu tom estava cheio de descrença. “Bem, eu sei que você é fisicamente atraído por mim, mas... eu não sei.” Suspirei. “Nada disso é importante agora. Nós pode...” “Isso é importante agora.” Sua outra mão levantou, colocando as mechas que haviam escapado de volta em meu rabo de cavalo. “Por que no mundo você acha que o único motivo que fiquei com você foi por causa da gravidez?” Quando ele disse isso dessa forma, meio que soou bobo, mas nossa relação tinha sido bem diferente da normal. “Você não queria me ver de novo depois da primeira vez que ficamos.” “Eu...” “Eu sei que você já pediu desculpas e honestamente, eu nem mesmo ligo para isso, mas quando você voltou, você só queria ser meu amigo. Não houve nada além até eu descobrir que estava grávida.” Eu disse e, me apressei a continuar. “Nós nunca chamamos um ao outro de namorado ou namorada e você disse que estávamos presos. E que teríamos de tirar o melhor proveito disso e que...” eu me interrompi porque, realmente, o que mais poderia ser dito além sido? Essas foram suas palavras. Nick estava quieto por um momento e, então, xingou. “Jesus, Stephanie, eu realmente fodi isso. Eu realmente fiz isso.” Confusa, me empurrei para trás e encontrei seu olhar. “O que?”
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“Merda.” Ele levantou uma mão e a passou pelo seu rosto. “Lembra-se da noite em que eu vim pedir desculpas pelo jeito que agi no bar? Quando eu disse que desejava que as coisas fossem diferentes entre nós? Eu não estava brincando. Você não tem ideia do quão difícil foi para mim não te ver depois da noite em que ficamos. Eu queria. Porra, eu queria mais que qualquer coisa que quis por um bom tempo.” Mas que o que? “Então por que não fez?” Ele balançou sua cabeça. “Meu foco foi meu avô pelos últimos, últimos anos, e eu não queria mais nenhuma complicação. Eu não tinha tempo para uma.” Ele abaixou sua mão. “Mas eu também sou a porra de um imbecil. Isso foi algo que percebi depois que te conheci. Essa não é uma boa desculpa, mas com tudo que aconteceu na minha família – perder quase todos eles e, então, a menina que eu pensei estar apaixonado no colegial me deixando quando viu que as coisas seriam difíceis? Entrar em um relacionamento de novo não era algo que o ansiava. Eu tenho de ser honesto. A ideia ainda... yeah, ainda me assusta um pouco.” Eu abri minha boca, mas não sabia o que dizer enquanto balançava minha cabeça. “Eu queria ser diferente com você – eu queria que tudo fosse diferente para você, e isso foi antes deu saber que você estava grávida,” ele disse, seus ombros tremendo enquanto ele balançava sua cabeça. “Eu só não achava quer era capaz de ser essa pessoa.” Minhas sobrancelhas levantaram. “Você é.” Seus cílios abaixaram. “Sabe, há uns meses atrás eu não teria certeza sobre essa afirmação e, honestamente, eu não sabia até você ter ido em casa no Thanksgiving. Ver você com meu avô me fez perceber o completo idiota que fui, não correndo atrás de você no momento em que sai do seu apartamento. E ter falado com você sobre o que aconteceu com minha família, como isso está amarrado a Calla. Ter dito essas coisas me ajudou a deixar tudo ir. Eu deveria... eu deveria ter dito isso para você, porque eu
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entendo porque você pensou que não havia nada mais entre nós. Eu entendo. Eu deveria ter deixado claro que eu sentia mais.” Ele pressionou sua mão em meu peito. “Eu estava sentindo mais por você aqui, e isso não tinha nada a ver com a gravidez.” Eu quase não conseguia acreditar no que ele estava dizendo. “Mas se eu não tivesse engravidado, iríamos ficar juntos?” “Eu não sei, honestamente não sei, mas eu gosto de pensar que iriamos ter encontrado o caminho um para o outro de um jeito ou de outro.” Seu olhar encontrou o meu. “Eu quero acreditar nisso. Eu preciso.” Eu lutei contra bola de emoção que estava aumentando de novo. A esperança estava ali, crescendo lindamente, mas estava tingida com a perda e com confusão que ainda havia. Meus lábios tremiam e eu os pressionei juntos um pouco. “Eu não sei. Você é incrível – você tem sido incrível. Eu deveria saber que havia mais. Eu só estive tão... tudo é tão novo para mim.” “Yeah.” Seus olhos procuraram os meus. “Nenhum de nós é bom nesse negócio de relacionamentos, huh?” Uma risada seca, rouca, escapou de mim. “Não. Não somos bons nisso.” Eu abaixei meu queixo. “Mas nós somos realmente bons nisso quando não sabemos o que estamos fazendo.” “Com certeza,” ele murmurou, gentilmente tocando meu queixo. Ele levantou minha cabeça para que nossos olhares se encontrassem. “Você gostaria de ser minha namorada? Circule sim ou não.” Outra
risada
rouca
escapou
enquanto
levantava
meu
dedo,
desenhando um círculo em seu peito. “Essa sou eu circulando o sim.” Os lábios de Nick formaram um sorriso. “Talvez eu devesse ter te perguntando isso a um tempo atrás.” “Talvez eu deveria ter te perguntado.”
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Seu sorriso sumiu enquanto ele se inclinava, pressionando seus lábios em minha testa. “Sabe o que?” Eu sussurrei, fechando meus olhos enquanto tentava segurar a esperança e quase me senti culpada por estar fazendo isso. Como eu poderia ficar feliz com qualquer coisa nesse momento? Mas ao mesmo tempo, como poderia não ficar, agora que eu sabia que o homem que eu amava queria ficar comigo? Mesmo que ele não tivesse dito essas palavras, o que ele me disse já significava muito. Ele passou seus braços em volta da minha cintura. “O que?” “Eu desejo... eu desejo que isso não tivesse acontecido.” “Eu sei. Eu desejo a mesma coisa.” Minha respiração estava falhada. “Isso dói. Eu não consigo acreditar o quanto isso dói, e eu não consigo parar de pensar que eu... eu poderia ter feito algo diferente.” “Babe,” ele disse, beijando minha testa. “Não deixe sua cabeça ir por aí. Prometa-me que você não vai deixar sua cabeça ir por aí.” Prometer era mais difícil de se cumprir do que falar, mas foi o que eu fiz e ele envolveu minhas bochechas com suas mãos. “Vai ser difícil. Eu sei que vai. Para ambos, mas sabe o que?” “O que?” “Nós temos um ao outro. Não importa o que. Existe um eu e você.” Nick abaixou sua testa contra a minha. “E isso é tudo que precisamos agora.”
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Capítulo Trinta Quando voltei ao trabalho na segunda, meu corpo ainda estava passando pelos sintomas do aborto, mas minha sorte não poderia ser melhor. O escritório fecharia na quinta, véspera de natal, e não reabriria até a segunda, e eu consegui agendar uma consulta com o OB:GYN na terça seguinte, pegando a vaga de uma consulta cancelada. Enquanto estava no trabalho, eu não me permiti pensar sobre o que meu corpo estava passando. Eu me foquei nas correções que precisava fazer e na renovação da proposta da unidade recém adquirida na West Virginia. Talvez toda a coisa de evitar o que aconteceu não fosse a coisa mais inteligente, mas era o que me ajudava a passar cada dia, e eu acho que era importante levar um dia após o outro. Mas eu não estava sozinha. No domingo eu tinha empacotado algumas roupas e itens pessoais e segui Nick de volta à casa do seu avô. Quando ele me pediu para ir para casa com ele, eu não tinha hesitado. Passamos a noite de domingo com seu avô e depois eu tinha dormido em seus braços. Sua presença e sua compreensão da dor mantinham os piores momentos – aqueles de culpa e dúvidas que queriam crescer – de me consumir. Acordar com ele enrolado em volta de mim ajudava muito, provavelmente mais do que ele imaginava. Então, de novo, eu achava que Nick sabia. Eu acho que era por isso que ele insistiu que eu ficasse com ele até que minha mãe chegasse para o Natal. Ele estava lá naqueles momentos em que eu acordava no meio da noite e não conseguia voltar a dormir. Esses eram os momentos que as sombras queriam voltar. Eu sabia que meu corpo estava passando por várias coisas e que meu humor estava uma bagunça, mas era também só... só difícil de lidar com tudo.
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Parte
de
mim
sentia
a
necessidade
de
voltar
com
tudo
imediatamente. De nadar a favor da maré, porque essas coisas aconteciam. Elas aconteciam todos os dias e eu tinha sorte que não teve mais nenhuma grande complicação até o momento, como uma infecção, ou que eu não estivesse com um período longo de gestação. Nesses momentos sombrios no meio da noite, era difícil falar exatamente o que eu estava sentindo, mas eu tinha que. Nick parecia sentir quando eu precisava dele. Mesmo se estivesse dormindo, seus braços iriam apertar em volta de mim e, algumas vezes, quando minha inquietação o acordava, ele iria conversar comigo até que eu voltasse a dormir, me distraindo com algumas loucuras que ele tinha visto no tempo que vinha trabalhando no Mona’s. Ele simplesmente estava lá para mim, e eu o deixei entrar completamente. E não tinha como negar o quanto eu amava esse homem. Minha mãe chegou na manhã da véspera de natal e, depois de fazer check-in em um hotel próximo, ela foi direto ao meu apartamento. Quando ela bateu na porta da frente, eu olhei para Nick e ele se levantou do sofá. “Está pronto para isso?” Eu perguntei. Um meio sorriso se formou. “Claro.” EU não tinha tanta certeza assim enquanto abria a porta. Minha mãe podia ser... muito para se lidar, e ela me atacou enquanto passava pela porta, envolvendo seus braços em mim. Eu estava presa em seu calor e em seu cheiro de baunilha. Sua mão acariciou a parte de trás da minha cabeça. “Oh minha doce menina...” Ela me segurou e eu, de repente, era essa menininha que só queria... só precisava da sua mãe porque agora tudo poderia ficar bem. A fungada de Loki nos separou. Olhando sobre seu ombro, eu vi o pequeno cachorro nos olhando de dentro da caixa de transporte. Eu abaixei
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meus braços enquanto dava um passo para trás. “Acho melhor pegar esse cachorro antes que ele coma as barras de metal.” Minha mãe revirou os olhos, mas ela sabia que poderia acontecer. Quando Loki queria algo, Loki pegava. O cachorro podia escalar cercas. Enquanto eu pegava a caixa, eu a trouxe para dentro do apartamento comigo, fechando a porta atrás de nós. Eu não fiquei surpresa quando vi que ela estava com Loki, em vez de tê-lo deixado no hotel. Ela não deixava Loki em lugar algum. Nick deu um passo para frente, estendendo sua mão e seu meio sorriso aumentou. “Olá, Sra. Keith.” “E você deve ser Nick. Agora eu consigo entender porque você fica tão distraída no telefone quando ele está por perto.” Minha mãe realmente olhou para ele enquanto pegava sua mão. Ele sorriu e seu olhar encontrou o meu. “Eu gosto dela.” “Claro que gosta,” eu murmurei enquanto minha mãe o checava. “Wow. Stephanie, wow.” Ela olhou sobre seu ombro para mim. “Estou muito orgulhosa de você.” “Oh meu Deus.” Minhas bochechas queimavam. “Mãe.” Ela riu enquanto voltava a olhar para Nick. “É um prazer finalmente te conhecer.” Então ela soltou sua mão e envolveu ele em um dos seus abraços maternos. Eu podia ver que Nick estava surpreso, mas ele devolveu o gesto sem estranheza, e eu o amei ainda mais por isso. “Sinto muito pelo que aconteceu,” ela disse, sua voz baixa enquanto eu me abaixava, abrindo a caixa de Loki. “Essas coisas nunca são fáceis, mas você parece ter os ombros para carregar o peso.” “Eu vou fazer tudo o que puder para conseguir fazer exatamente isso,” ele respondeu, ganhando um sorriso de aprovação da minha mãe.
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Loki saiu correndo, começando uma maratona de cheiradas enquanto Nick oferecia algo para beber a minha mãe. Nervosa, eu o assisti entrar na cozinha enquanto eu cruzava meus braços sobre minha cintura. Houve conversa sobre sua viagem até aqui, quanto tempo ela iria ficar e apenas conversinha em geral enquanto ele fazia café. Eu fiquei para trás, fingindo manter um olho em Loki enquanto o cachorro corria pelo sofá e, então, pulava no chão, correndo em direção ao quarto. Quando minha mãe olhou para mim e piscou, meus lábios se curvaram. Ela não precisava dizer, mas eu sabia que ela já estava começando a se apaixonar por Nick também. Inalando profundamente, eu andei até a cozinha e meu estomago se revirou prazerosamente quando Nick andou até meu lado, colocando seu braço sobre meu ombro. Enquanto minha mãe se servia de açúcar e creme, Nick se inclinou e beijou minha bochecha. Em engoli forte enquanto olhava para ele. “Você está bem?” ele sussurrou. “Yeah.” Eu sorri. “Yeah, estou.”
Depois que minha mãe voltou para o hotel com o pequeno hooligan também conhecido como Loki, eu fiz uma mala de voltei para a casa de Nick para passar o resto da véspera de natal para que Kira, a enfermeira, pudesse ir para casa essa noite. Minha mãe estaria se juntando a nós na casa de Nick na manhã, e isso parecia um passo enorme, mas Nick estava bem sobre ela vir. Enquanto Nick estava no andar de cima olhando seu avô, eu peguei o presente que eu tinha comprado a ele de natal e o levei até a sala de estar. Com a TV desligada e a única iluminação sendo da arvore de natal, uma atmosfera bem branda caia sobre mim enquanto me sentava no sofá. Não demorou muito até que Nick se juntasse a mim no sofá. “Como está seu avô?” Eu perguntei.
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“Ele está dormindo.” Ele olhou para minhas mãos. “O que é isso?” Eu segurei a pequena caixa de presente. “É um presente de natal. Eu queria te dar agora.” “Você não quer esperar?” “Eu sou impaciente. Além do mais, não é um presente tão legal assim.” Eu sorri quando ele riu. “Quero dizer, eu sou péssima em dar presentes. Não sou a pessoa mais criativa do mundo nesse assunto, mas yeah, eu só queria entregar ele para você agora.” Nick sorriu enquanto pegava o presente de mim, deslizando seus dedos por baixo do papel de presente. Ele tirou o papel rapidamente. Quando ele abriu a caixa, eu pressionei meus lábios juntos. “Whoa.” Ele se moveu, levantando o relógio da caixa. “Isso é legal, Stephanie.” “Mesmo?” O sorriso chegou aos seus olhos. “Claro que sim. Eu venho dizendo que preciso comprar um relógio a meses. É bom ter um enquanto estou trabalhando.” “Também é resistente a água,” eu apontei, me sentindo idiota. “e... yeah. Fico feliz que tenha gostado.” “Gostei.” Se movendo, ele colocou o relógio sobre a mesinha de centro e se endireitou, colocando suas mãos em minhas bochechas. “Obrigado.” “Não te de que.” Eu sussurrei. Nick me beijou, devagar e docemente, seus lábios e dedos sem se mover enquanto ele se afastava. “Fique exatamente aqui, okay?” “Não vou a lugar algum.”
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Seus olhos seguraram os meus por um momento antes dele se levantar, desaparecendo pela borda do sofá. Parecia que ele estava indo ao banheiro. Ele voltou rapidamente, se sentando ao meu lado. Uma caixa pequena de veludo preto estava em sua mão. “Desde que você me deu um presente, eu quero te dar o meu,” Eu olhei para ele e silenciosamente peguei a caixa que era menor que minha palma. Eu não tinha ideia do que esperar enquanto eu a abria, mas quando eu vi o que tinha dentro, perdi o fôlego. Arrumado no meio da caixa havia um par de dog tags. “Oh deus,” eu sussurrei enquanto passava meu dedão sobre uma delas. Minha garganta se fechou. “São duas delas.” Se movendo, ele virou ao contrário. Seu nome estava gravado nela. “A outra tem seu nome. Eu sei que isso é meio brega. Dog tags. Mas eu as vi na loja e elas me fizeram pensar em seu pai e como sua mãe usa suas dog tags. Foi meio que uma compra impulsiva. Você não precisa usar elas...” Eu joguei meus braços em volta do seu pescoço e o puxei para perto, beijando ele. “Eu vou usar ela. Todos os dias.” “Yeah?” Fungando, eu concordei enquanto me sentava de volta e olhava para elas. Eu pressionei meus lábios juntos. O presente era incrivelmente carinhoso. “Você... você vai usar a outra?” “Oh yeah.” Eu ri e perdi a respiração de novo. Cuidadosamente pegando a tag com seu nome e a soltando, eu a deslizei sobre meu pescoço, deixando o metal frio deslizar sob meu suéter. Eu peguei aquela com meu nome e a levantei. Sorrindo, Nick abaixou sua cabeça e a passou sobre ela. Ele afrouxou sua camiseta, deixando que a tag com meu nome desancasse sobre seu peito.
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E então eu sorri pelo que pareceu a primeira vez em dias. As palavras simplesmente saíram, não precisando de esforço nenhum. “Eu te amo.” Nick congelou e sua camiseta voltou a ticar sua pele. Ele parecia com alguém prestes a dizer algo, mas sua cabeça voou na minha direção. Seus lábios se afastaram. “O que?” “Eu te amo,” eu repeti, segurando seu olhar. As pupilas tinham dilatado e o verde parecia tão brilhante. Eu não conseguia acreditar o quão fácil as palavras eram de serem ditas. “Eu estou apaixonada por você. Eu me apaixonei há semanas atrás – meses atrás – e só queria te dizer isso.” Ele me encarou. “E você não precisa dizer de volta. Eu não…” As mãos grandes do Nick seguraram minhas bochechas e em um segundo sua boca estava na minha. O beijo suave me fez perder o ar. “Me deixe ouvir isso de novo,” ele pediu, sua respiração falhada, mas então me beijou de novo, sua língua gentilmente afastando meus lábios. “Me diga.” Eu envolvi seus pulsos com minhas mãos. “Eu te amo, Nick.” “Cristo.” Ele colocou sua testa contra a minha, suas mãos grandes tremendo enquanto ele segurava minhas bochechas. “Eu nunca pensei que te ouviria dizendo isso.” “O que?” Eu sussurrei. Ele deslizou uma mão, seus dedos se emaranhando em meu cabelo. “Porque eu nunca pensei que teria sorte o suficiente para ouvir isso – saber que o que eu sinto por você é a mesma coisa que você sente por mim.” Eu congelei. Havia uma boa chance que eu não estivesse respirando. Uma bolha cresceu em meu peito. “O que você está dizendo?” “Que eu não apenas te amo. Eu estou apaixonado por você. Inferno, eu estive por um bom tempo, e eu queria ter te dito tantas vezes, mas eu...
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porra, eu não conseguia tirar isso de mim. Eu nem mesmo sinto como se merecesse isso.” Meu coração estava batendo tão rápido. Lágrimas deixaram meus olhos embaçados e, uma doce sensação desabrochou em minha barriga, afastando todo o resto. “Você merece isso.” “Eu vou te provar Stephanie. Você não tem ideia.” Seus lábios encontraram os meus de novo e o beijo foi mais profundo, mais cru. “E você vai ficar cansada de me ouvir dizendo isso. Eu te amo. Eu estou fodidamente apaixonado por você, Stephanie.” “Eu nunca vou me cansar de ouvir isso.” Eu deslizei minhas mãos para baixo, sobre seus braços fortes. “Não tem como.” Apertei meus olhos fechados. “É por isso que eu estive esperando. Você é o que eu estive procurando.” A mão de Nick se fechou contra meu cabelo. “Você não precisa esperar mais. Nós não precisamos esperar mais.”
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Capítulo Trinta e Um Job Blanco, o homem doce e trabalhador que manteve sua família unida através das adversidades, faleceu tranquilamente, enquanto dormia, dia dezoito de abril. Quando ele se foi naquela manhã, ele não tinha perdido sua batalha contra o Alzheimer. Não. Job tinha lutado por muito tempo, muito forte e muito bravamente para apenas ter perdido a luta. Ele simplesmente tinha se esgotado. A notícia de sua morte não era totalmente inesperada. Por dias Nick sabia que isso estava vindo. Ele ainda estava chocado quando isso aconteceu, mas os sinais estavam claros e, enquanto pudessem desejar que a mensagem nunca fosse recebida, isso permitiu que Nick tirasse uma folga para estar com seu avô. Por uma semana, eu passei as noites na sua casa, e eu estava tão agradecida que eu estava lá com Nick, meus braços envolvendo sua cintura enquanto ele se sentava ao lado de seu avô e dizia adeus pela última vez. Dizer adeus nunca era fácil, mas eu acho que havia um certo alivio misturado com a perda que Nick estava sentindo. Seu avô não iria mais sofrer. No testamento de seu avô, ele tinha pedido certas clausulas baseado em sua herança e Nick tinha honrado todos seus pedidos, o que não era muito diferente dos processos que eu estava acostumada. O funeral foi menos de uma semana após sua morte, e ele foi colocado para descansar ao lado de sua esposa e do resto da sua família, dos que tinham se ido muito antes dele. O final de semana seguinte eu ajudei Nick na casa. Nós limpamos o quarto de seu avô, colocando de lado os itens que ele queria doar da pilha de itens pessoais que Nick queria guardar. Com a primavera chegando, havia algo fresco sobre esse processo, não só para Nick, mas para mim também. Janelas foram abertas. Brisas encheram
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os quartos. Tudo parecia claro e novo. Com cada pilha de roupa empacotada, era como se eu estivesse sobrando a culpa e a dor, guardando ela longe, porque a cada dia ficava mais fácil de se lidar com a perda do bebê. Ficou um pouco mais fácil de aceitar que ninguém tinha feito nada de errado, e que cada dia nós estávamos mais próximos a superar isso. Era um processo, assim como limpar o quarto do seu avô. Alguns dias, parecia que ao dar um passo para frente, estava dando cinco para trás. Alguns dias era difícil tentar não me esconder da dor, não ceder aos questionamentos sobre o passado e futuro. Como esperado, quando eu me encontrei com a médica depois do aborto, não houve respostas sobre como isso aconteceu e não houve garantias que isso não aconteceria de novo. E saber disso era difícil. Não era como se eu fermentasse isso todos os dias, mas havia momentos onde uma incerteza quase paralisante iria me atingir. Eu poderia ter filhos? Eu não sabia, mas eu continuava a dizer a mim mesma que se eu não pudesse, ainda assim estaria tudo bem. Como Nick tinha dito, nós tínhamos um ao outro. E era isso o que precisávamos. Nick não tinha certeza o que ele iria fazer com o quarto do seu avô, deixar ele como quarto de hospedes ou converter ele em algo diferente. De pé de frente para a cama recém arrumada, eu passei meu braço entre o dele e me apoiei nele. “Você não precisa decidir o que fazer com esse quarto agora.” “Você está certa.” Ele virou sua cabeça e abaixou seu queixo, passando seus lábios sobre o topo do meu coque bagunçado e, provavelmente empoeirado. “Eu acho que vou manter desse jeito por agora. Eu gosto dele como quarto.” Meu olhar viajou pelo cômodo. Na cômoda agora vazia, fotos de seu avô estavam alinhadas como uma pequena linha de soldados da memória. Deixar esse quarto como estava por agora era uma boa ideia. “Eu também.”
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“Obrigado por ajudar. Realmente estou agradecido.” Nick soltou seus braços e se moveu, pegando minha mão. Ele a levantou. “Mas você está suja.” Sorri para ele. “Assim como você, babe.” “Então acho que precisamos consertar isso.” Meu corpo estava concordando com a ideia. Nick me guiou para fora do quarto e para o andar de baixo, para o quarto ao lado da cozinha. Nick deu um show ao tirar suas roupas, levando mais tempo que o necessário, mas não tinham uma parte de mim que estivesse desapontada pela antecipação. Acho que, antes da agua ser ligada e o vapor tomasse conta do banheiro, ele beijou cada parte do meu corpo. E ele ainda não tinha terminado. “Eu amo seus lábios.” Ele me beijou. “E essas bochechas.” Seus lábios foram parar ali. “Eu amo seus olhos.” Ele colocou um beijo sobre minha sobrancelha e começou a fazer seu caminho para baixo. “Eu amo sua garganta.” “Minha garganta?” Eu ri, rouca. “Uh-huh. E eu amo suas omoplatas.” Ele as beijou. “Você é mega estranho.” “Eu estou completamente apaixonado por você.” Meu coração contraiu. Ele fazia isso toda vez que eu ouvia essas palavras. Ele adorou cada parte do meu corpo, e quando ele levou a ponta do meu seio em sua boca, sugando profundamente, ele me fez gemer, borbulhando com desejo. “E eu realmente amo esses aqui.” Eu me liquefiz, pronta para ele ao ponto de ser quase dolorido. “Oh Deus”
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Nós levamos nosso tempo no banho, e eu tinha certeza que não mais que apenas uns minutos foi dedicado a parte da limpeza. Não demorou muito para minhas costas estarem pressionadas contra os azulejos e Nick estivesse de joelhos, extraindo gemidos suaves de mim. Meus joelhos estavam fracos e meu corpo ainda tremia do orgasmo poderoso quando ele se levantou na minha frente, a agua escorrendo por sua pele morena enquanto ele investia em mim, seus olhos verdes brilhantes de um jeito possessivo, me consumindo. Ele me esticou de um jeito maravilhoso e ele me segurou gentilmente, mesmo com seu corpo atrelado ao meu. Nossos corpos estavam corados, quadril contra quadril, peito contra peito. “Deus, você é tão deliciosa que é difícil eu conseguir ir devagar.” “Não vá devagar.” Eu passei meus dedos sobre sua pele, pelo seu peito. Nick gemeu. Seus músculos tremeram enquanto ele se movia e minhas mãos deslizaram sobre sua pele. Rapidamente nós nos perdemos um no outro, ele se movendo freneticamente, meu quadril encontrando o seu, e precisou de um pequeno milagre para que não caíssemos ali e quebrássemos nossos pescoços. Mais tarde, muito mais tarde, estávamos em sua cama, rosto com rosto, nossa pele a muito tempo seca enquanto ele brincava com mechas do meu cabelo. “Estava pensando...” ele disse. Eu levantei uma sobrancelha. “Parabéns.” Ele riu. “Espertinha.” Meu sorriso chegou aos meus lábios. “O que você estava pensando?” “É meio que aleatório.” Ele jogou uma mecha de cabelo sobre meu ombro e, então, pegou outra. “Mas estive pensando em conversar com Calla, contar a ela quem meu pai é.” Perdi o fôlego enquanto um pouco do sono ia embora. “De verdade?”
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“Yeah.” Um lado de seus lábios se curvaram para cima. “O que você acha disso?” “O que eu acho?” Eu me movi para ele, virando ele de costas. Em cima dele, coloquei minhas mãos em cada lado do seu rosto. “Eu gosto da onde isso está indo,” ele murmurou. “Quieto,” eu disse a ele. “Eu acho que é uma ótima ideia.” “Você vai ficar por cima?” Eu inclinei minha cabeça para o lado, atirando um olhar neutro para ele. “Não. Não é sobre isso que estou falando.” Ele riu de novo, aqueles olhos verdes mais claros do que eu já tinha visto. “Eu sei.” Me inclinando, eu o beijei. “Estou orgulhosa de você.” Suas mãos estavam no meu quadril. “Por que?” Eu levantei um ombro. “Eu sei que vai ser uma conversa difícil, e eu sei o quanto você esteve pensando sobre isso. Falar com Calla é um grande passo de deixar tudo ir.” Eu o beijei de novo e me sentei. “Quando você estiver pronto para ter essa conversa, se quiser, eu estarei lá com você.” “Eu quero você lá.” “Então estarei lá.” Uma mão levantou, se enrolando em meu cabelo. Ele guiou minha boca de volta a sua, parando um pouco antes dos nossos lábios se encontrarem. “Sabe o que?” “O que?” Ele me puxou para baixo para que quando falasse, seus lábios estivessem sobre os meus. “Eu te amo.”
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Meu coração inflou tão rápido que foi difícil ele não nos levantar até o teto. Aquelas palavras eram palavras que eu nunca, nunca me cansaria de ouvir. Eu o beijei de novo e, dessa vez não houve nada suave ou casto sobre ele. Eu sussurrei essas mesmas palavras de volta para ele e, então, eu mostrei a ele o quanto.
No meio da semana seguinte, enquanto eu estava trabalhando organizando a agenda de Marcus para os meses seguintes, Nick me mandou mensagem sobre jantar com Calla e Jaz no domingo seguinte. Sair com eles ou com Reece e Roxy não era nada novo. Nós tínhamos encontros duplos – ou triplos – o tempo todo, mas eu sabia que Nick tinha um motivo maior por trás disso, e eu estava nervosa por ele, porque eu sabia que isso não seria fácil. E eu realmente, realmente esperasse que minhas impressões sobre Calla estivessem corretas, que ela não iria jogar nada contra ele. Eu levei mais tempo que o normal para me arrumar no domingo de tarde. Meio que me emperiquitando, eu fui a manicure com Roxy e Katie naquela tarde e tentei uma daquelas mascaras de argila que tinha comprado na semana anterior. Por sorte, ela não manchou minha pele ou fez algo estranho. Então, depois de um longo banho, eu sequei meu cabelo e cuidadosamente apliquei maquiagem. “Cuidadosamente aplicar maquiagem” era um código para colocar um quilo de maquiagem e ainda parecer que você não estivesse usando muita. Passando para o que vestir, eu ponderei a ideia de usar um vestido de verão fofo, mas não estava exatamente quente, especialmente a noite. Então decidi por um jeans skinny, um suéter leve e uma sandália de salto que ainda não tinha usado esse ano.
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Me estiquei no topo e puxei a caixa de sapato. Um pedaço de papel caiu, flutuando até o chão. Colocando a caixa em baixo do meu braço, eu me abaixei e peguei o papel. E fiquei sem ar. Eu deveria saber o que ela quando senti a fina textura do papel, mas eu não me lembrava de ter colocado isso no armário. Eu, provavelmente, tinha feito quando estava tentando remover todos os traços de ter estado grávida. Minhas mãos tremiam um pouco enquanto andava até minha cama. Sentando-se, eu coloquei a pequena foto ao meu lado e não olhei até que tivesse vestido meu sapato. Então, inalei profundamente e a peguei. Honestamente, eu ainda não via um bebe nessa foto. Era apenas uma bolha em preto e branco, mas tinha sido minha bolha e a bolha de Nick. Pressionando meus lábios juntos, eu balancei um pouco a cabeça. Não doía tanto quanto antes. A confusão ainda existia. Eu nunca iria saber o porquê isso tinha acontecido e eu não sabia se tinha algum problema sério com engravidar até que acontecesse de novo, mas eu sabia agora que não tinha nada que eu pudesse ter feito diferente. E eu sabia que estava bem em ainda me sentir mal com isso. Ficando de pé, eu andei para a prateleira e coloquei a foto contra a que tinha do meu pai. Fazia sentido ela estar lá. Talvez um dia eu iria trazê-la para baixo de novo, guarda-la. Assim como um dia Nick iria transformar o quarto do seu avô em alguma coisa. Um dia. Nick chegou, parecendo tão gostoso quanto usual em seu jeans e camisa. Ele deu um assovio baixo quando sai no corredor, fechando a porta atrás de mim. Fiz uma pequena reverencia a ele. “Obrigada.”
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Ele riu enquanto colocava seu braço sobre meu ombro. “Estranha.” “Que seja.” Nós encontramos Jax e Calla na churrascaria local. Eles já estavam lá, sentado em uma cabine, porque estávamos atrasados mesmo que tivéssemos saído cedo. Nick tinha ficado um pouco... empolgado no carro do lado de fora do meu apartamento e de novo do lado de fora do restaurante. Calla me atirou um olhar enquanto deslizávamos no banco na frente deles. Consciente, levantei minha mão ao meu cabelo para ajeitar as ondas. Jax riu baixo. “Fico feliz que vocês puderam se juntar a nós.” “Eu sei.” Nick pegou seu menu, um pequeno sorriso em seus lábios. “Vocês estão todos abençoados pela nossa presença.” Calla riu enquanto Jax revirava seus olhos. Eu puxei meu cabelo para baixo enquanto olhava para Nick e, então, voltava minha atenção a eles. “Então, o que vocês vão pedir?” Sua sobrancelha abaixou enquanto ela olhava para o menu na sua frente. “Acho que vou querer o filé.” “Porterhouse22.” Jax deu um tapinha em sua barriga. “Porterhouse sempre.” Nick bateu com seu dedo no meio do menu. “Eles têm costela.” Ele disse a mim. “Com osso. Você sabe que quer isso.” Eu sorri. Yeah, eu queria. A garçonete chegou e uma vez que nossos pedidos foram feitos, a conversa fluiu. Eu tinha pedido vinho e, quando Nick tirou sarro de mim, eu decidi pedir refrigerante, porque eu não podia comer enquanto estivesse bebendo agua ou vinho. Era estranho e fazia sentido. Eu sabia disso. 22
Porterhouse ou T-Bone, também conhecido bisteca ou chuleta, é um tipo de corte de carne bovina. Ele consiste em um osso em formato de "T" com carne dos dois lados. O lado maior é de contra filé, e o lado menor é filé mignon. Devido ao seu tamanho e à qualidade dos cortes que ele contém, o T-Bone é considerado um dos melhores cortes do boi.
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Calla falou sobre o que estava planejando fazer quando terminasse a faculdade de enfermagem. Tendo se transferindo para uma das faculdades locais, dois dos seus créditos de aulas não foram aceitos, então ela estava tendo sulas no verão para termina-los. Jax mencionou planos para uma pequena reforma no Mona’s. Ele queria tirar o piso velho e se livrar das mesas e cadeiras. Havia um assunto que eu sabia que eles não iriam mencionar, pelo que tinha acontecido com nós, então eu sabia que teria de ser eu a cruzar essa linha. Depois de tomar um gole de coca, eu a coloquei próximo ao meu prato. “Vocês viram fotos do bebê da Avery e do Cam, certo?” O olhar de Calla voou para o meu e ela concordou. Um momento se passou. “Eu nunca vi um bebê antes com tanto cabelo ruivo.” “Ela podia ser um dos irmãos Weasley.” Eu disse, colocando minhas mãos em meu colo. Ninguém tinha me enviado fotos no começou ou mencionado perto de mim quando Avery tinha entrado em trabalho de parto a uma semana de completar nove meses. Eu tinha visto Roxy mostrando a Katie há umas semanas trás e, então, eu tinha conseguido o telefone de Avery delas e tinha mandado uma mensagem de parabéns. Depois de algumas trocas de mensagens, eu tinha visto uma foto da pequena menininha. A filha de Avery e Cam era linda. Jax riu. “Não diga a Cam isso, porque eu acho que Avery tentou dar o nome de Ginny a ela.” Eu ri. “Mas Ava é um nome tão lindo.” “Combina com eles, eu acho.” Calla concordou, sorrindo para mim. Pelo que juntei de informações que ouvi de todos, o parto de Avery não tinha sido fácil e houveram algumas complicações. Eu não sabia dos detalhes e eu não me sentia confortável perguntando por eles. Eu estava apenas feliz que no final eles eram uma família feliz, com três pessoas.
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“O que vocês estão planejando fazer com a casa do seu avô?” Jax perguntou enquanto bebericava a cerveja que tinha pedido. “Meu avô deixou a casa para mim, então é minha, e é grátis e limpa,” Nick explicou. “Eu não tenho certeza o que vou fazer no futuro, mas por agora, eu vou mantê-la.” “É uma casa incrível.” Eu disse. Jax concordou. “Inferno, como é. Você está acomodado em um ótimo ninho.” “Yeah.” Nick se inclinou contra o assento, esticando seus braços. Seus dedos passaram pelo meu cabelo, até que ele começou a brincar com ele, mas sua postura tinha ficado tensa. Ele tinha ficado tenso então eu sabia que ele estava aprestes a deixar cair a bomba. Eu me movi, sob a mesa, e coloquei minha mão em seu joelho, deixando ele saber que estava aqui para ele. “Tem algo que eu queria contar a vocês,” ele começou. “Algo que eu provavelmente já deveria ter dito há muito tempo.” Jax franziu o cenho enquanto olhava para Calla, confuso, e disse. “Okay. Você atiçou minha curiosidade. O que é?” Quando a atenção de Nick mudou para Calla, eu desejei que eu tivesse previsto isso e pedido um segundo copo de vinho. Seus ombros levantaram enquanto inalava profundamente e então ele disse. “Blanco é o sobrenome do meu avô – o nome de solteira da minha mãe – mas o sobrenome do meu pai era Novak.” Calla piscou de vagar enquanto seu rosto ficava um pouco mais pálido. “Novak?” Ela se encostou, suas mãos caindo em seu colo. Ao seu lado, Jax franziu enquanto encarava o outro lado da mesa. “Espere um segundo. Novak era...”
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“Construções Novak,” Nick confirmou. “Oh meu Deus.” A mão de Calla levantou para sua bochecha, mas ela parou um pouco antes de tocar sua cicatriz. Meu peito apertou quando Jax se moveu, colocando seus dedos em volta de seu pulso, gentilmente o trazendo para baixo. “O que você está dizendo, Nick?” Nick exalou audivelmente e contou tudo a eles – sobre seu pai e o eletricista que ele tinha contratado, e o que seu pai eventualmente fez. Ele contou a Calla que sua mãe sabia quem seu pai ela e que ele tinha ficado assustando quando a viu pela primeira vez, nunca esperando que ela fosse entrar naquele bar. Quando Nick terminou, Calla balançou um pouco seu cabelo loiro. Alguns momentos se passaram e eu comecei a temer o pior, mas então ela finalmente disse. “Por que não disse nada antes?” “Eu não sei,” ele respondeu e, então disse. “Na verdade, isso é mentira. Você estava lidando com tantas coisas e eu não queria adicionar isso a pilha. Eu não queria estragar sua vida mais do que...” “Espere,” ela parou, seus olhos arregalando enquanto levantava sua mão. “Por que você não iria querer estragar nada?” O que aconteceu com minha família não foi culpa sua. Quero dizer, você era apenas uma criança.” A respiração de Nick estava oscilante enquanto um raio de alivio passava por mim. Jax concordou. “Ela está certa. Você não teve nada a ver com tudo.” “Mas saber quem meu pai era é um péssimo lembrete,” Nick protestou. “Não pode ser fácil.” “Definitivamente é uma surpresa. Estou um pouco assustada, mas eu também estou bem mal em saber o que aconteceu com seu pai e sua mãe,”
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Calla continuou, seus olhos azuis brilhando. “Eu sei como é perder alguém, e isso não deve ter sido fácil para você.” Nick fechou seus olhos. “Você está se desculpando?” Sua voz soou presa, e eu apertei sua perna. “Não tem nada que você precise se desculpar.” “Não tem nada que você precise se desculpar também,” ela insistiu, sua voz cheia de sinceridade. “Eu entendo o porquê não disse nada, mas eu quero que você saiba que o que seu pai fez não muda o jeito que penso sobre você.” “Eu...” a voz de Nick estava rouca e eu me inclinei contra seu lado. O braço atrás do encosto indo envolver meu ombro. “Isso... é um grande alívio de se ouvir.” “Parte de mim quer te dar um soco por você achar que isso iria mudar qualquer coisa,” Jax disse. Nick riu enquanto passava sua outra mão pelo seu maxilar e, então, apoiava ela na mesa. “Yeah, eu meio que quero socar a mim mesmo, mas uma vez que tanto tempo se passou, só ficou mais difícil dizer qualquer coisa.” “Eu entendo.” Calla apertou sua mão sobre a mesa. “Você sabe, o que aconteceu – o incêndio? Isso destruiu muitas vidas. Não apenas a minha ou da minha família, mas a sua também.” Seu olhar se moveu para o meu. “Uma tragédia é uma tragédia não importa o que, mas eu aprendi que isso não define quem você é e não nos enfraquece. Nos torna mais forte. Me levou muito tempo para entender isso.” Ela olhou para Jax e sorriu. “Eu tive ajuda nesse quesito.” O braço de Nick apertou em volta de mim e eu descansei minha bochecha contra sem ombro. Eu sorri um pouco para ela e sussurrei. “Assim como eu.”
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Capítulo Trinta e Dois Uma mulher morena mais velha que estava sentada na primeira fila do salão embalava o bebê de quatro meses em seu joelho. Os tufos de cabelo vermelho eram o chamariz. Ava Hamilton era incrivelmente adorável em seu pequeno vestido branco e faixa, ela tinha perdido seus sapatos e uma meia, e eu não tinha certeza quanto tempo ela iria durar antes que aquelas risadas virassem choros, mas eu tinha mãos gulosas. Eu queria segurar o bebê. Havia certa dormência em meu peito mas, isso... isso estava bem. A mulher segurando ela me lembrava de Teresa, cabelo escuro e olhos claros, e eu imaginava que ela deveria ser a mãe do noivo – Sra. Hamilton. Eu assisti os dedos gorduchos de Ava, abrindo e fechando, enquanto ela apertava nada até que um homem mais velho chamou minha atenção. Ele estava andando sobre o corredor que separava as duas sessões de cadeiras, seus passos firmes e estranhos. O corte do terno do homem e até mesmo seu corte de cabelo gritavam dinheiro. Seus passos diminuíram enquanto ele se aproximava da Sra. Hamilton. Ela olhou para cima, choque em suas feições lindas antes que ela substituísse a surpresa com um sorriso. Seus lábios se moveram, mas eu não fazia ideia do que estava dizendo. O homem estava encarando Ava, e tudo que eu conseguia ver era seu perfil. Seu rosto era pálido, sua expressão firme e seus ombros rígidos enquanto ele se ajoelhava ao lado da Sra. Hamilton e virava Ava para si. Ela disse algo e o homem concordou. Então ela entregou Ava para ele. Perdi o fôlego enquanto eu o assistia pegar o bebê em seu colo e segurar ela próxima ao seu peito como se fosse algo muito frágil. Sra. Hamilton estava falando com ele, mas eu tinha a impressão que tudo que o
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homem ouvia e via era Ava. Sua mão tremia enquanto ele passava sobre o tufo de cabelo. “Quem é esse?” eu perguntei. Ao meu lado, Roxy forçou a vista enquanto olhava para frente. “Eu não sei,” ela disse, ajeitando a barra da sua saia roxa. “Eu nunca o vi antes.” Quem quer que fosse esse homem, ele deveria conhecer ou Avery ou Cam muito bem. Eventualmente ele entregou a bebê de volta para Sra. Hamilton e se levantou. Ele andou de volta pelo corredor, seus movimentos menos firmes. Eu suspirei enquanto meu olhar voltava para a Sra. Hamilton. “Eu quero segurar o bebê,” eu disse. “Tenho certeza que ela vai deixar,” Roxy respondeu, ajeitando seus óculos. Hoje eles eram azuis, combinando com seu vestido. “Eu nunca a conheci então acho que é meio estranho ir até lá e chegar, ‘Posso segurar o bebê’ enquanto coloco minhas mãos na criança. Provavelmente vou começar a fazer ela gritar.” Roxy riu. “Bom ponto.” Eu fiz bico, porém, antes que pudesse mudar de ideia e me fazer de idiota enquanto traumatizava um bebê, os caras voltaram do que quer que eles estivessem fazendo, o que com certeza envolvia encher o saco de Cam. Nick se sentou ao meu lado enquanto Reece se sentava do outro lado de Roxy. Apensar deu já ter visto Nick de terno, eu não conseguia parar de ficar olhando para ele porque ele ficava ótimo todo emperiquitado. Ele se inclinou para mim, esticando seus braços sobre o encosto da minha cadeira. Abaixando seu queixo, ele sussurrou em meu ouvido. “Se você continuar olhando para mim assim, nós vamos perder o casamento.” “E por que iríamos perder o casamento?” Eu sussurrei de volta.
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Suas mãos se fecharam em meu ombro nu. “Porque nós estaríamos usando aquele quarto lá em cima que alugamos para o final de semana. Ou o banheiro mais próximo. Também tem um armário no final do corredor que pode ter espaço para nós dois.” Eu mordi meu lábio, mais feliz do que deveria ter ficado com a ideia. “Você é tão mal.” “E você...” ele beijou minha testa. “... está incrivelmente linda nesse vestido. Eu já te disse isso?” Meus lábios se curvaram enquanto me inclinava, colocando minha mão sobre a sua. “Sim. Algumas vezes.” “Bem, adicione mais essa a lista.” Ele apertou minha mão. “Você está incrível.” Reece suspirou. “Vocês dois estão me dando diabetes.” “Shiu.” Roxy deu uma cotovelada em Reece. “Você é tão doce quanto então nem adianta fingir.” Eu ri, principalmente porque Reece não negou isso. Em algum lugar atrás de nós a música começou a tocar e as grandes portas de madeira se abriram. Nós nos viramos em nossos bancos enquanto Cam fazia seu caminho pelo corredor, parecendo tão cindo como sempre. Seu cabelo normalmente bagunçado estava arrumado e ele estava ótimo em seu smoking preto com detalhes em azul. Ele passou por nós, Nick dando um tapinha nele. Eu me virei para Nick de vagar, “Um tapinha de casamento?” “Pareceu uma boa ideia,” foi sua resposta. Balançando minha cabeça, eu ri enquanto tive um grande momento aw, porque Cam parou perto de sua mãe antes de ir para o arco que estava decorado com flores azuis, se abaixou e beijou sua menina em sua bochecha gordinha.
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“Merda,” Roxy murmurou. “Lá se vão meus ovários.” Reece encarou ela. “O que?” Ela sussurrou. “Não consigo evitar.” Sorrindo, eu assisti enquanto os padrinhos faziam seu caminho pelo corredor. O primeiro era Jase, o melhor amigo de Cam, e Teresa, a irmã de Cam, ambos parecendo prontos para desfilar. Não deveria existir nenhum casal mais lindo que os dois, e eu me perguntei se eles iriam se casar antes que todos esperavam. Depois era Brit e Ollie, e meu sorriso aumentou ao ver os dois. Usando o mesmo vestido de alça azul que Teresa, Brit estava incrível com seu cabelo loiro preso, mas era Ollie que roubou o show. De algum modo, mesmo de smoking, parecia que ele estava na praia. Seu cabelo estava mais curto que na época da faculdade, mas ele ainda tinha aquele ar de surfista. Eles se separaram quando chegaram ao arco. Calla e Jax foram os próximos e, claro que eles eram a perfeição absoluta. Com o longo cabelo loiro de Calla e ele sendo moreno, eles eram como o dia e à noite, o complemento perfeito. Então entrou Jacob, parecendo incrível como sempre enquanto andava pelo corredor junto ao seu namorado. Eu tinha conhecido ele na noite anterior e ele era o exato oposto de Jacob – quieto, um pouco mais reservado, mas também era obvio que esses dois estavam apaixonados. Jacob se juntou as madrinhas, mesmo que estivesse com o mesmo smoking que os meninos, e ele parecia ótimo parado ali. A adição final ao casamento foi Brock, a besta, Mitchell, o que provavelmente fez o coração de fã de Cam rugir. Eu não fazia ideia de como Cam tinha conseguido conhecer Brock tão bem ou se esse era algum tipo de favor. Claro que Brock estava fora de forma, mas ele não tinha voltado em tempo integral a academia. Houveram certas complicações com sua recuperação.
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Eu não reconheci a morena que estava com ele, e eu meio que fiquei desapontada que ele não estava lá com Jillian. Eu nem mesmo seu porque eu desejei por isso. Eu não tinha visto Jillian desde o dia na sala de estoque. Tudo que eu sabia é que ela nunca mais havia voltado a Lima Academy depois disso. Uma vez que que todos estavam em seus lugares, a marcha nupcial começou e Avery apareceu. Ela era uma noiva linda. Seu longo cabelo vermelho caia em ondas em volta do seu rosto e, mesmo da onde eu estava sentada, eu podia ver o brilho de lágrimas em seus olhos. Seu vestido era simples, no estilo grego, e perfeito para ela. Eu não conseguia acreditar que ela teve um bebê a poucos meses atrás, porque ela parecia incrível enquanto olhava para o homem ao seu lado. Era o cada que tinha falado mais cedo com a mãe de Cam e segurado Ava. Eu sabia a resposta para quem ele era. O pai de Avery. Ele a levou pelo corredor enquanto nós nos levantávamos. Antes que ela chegasse próxima ao seu futuro marido, Avery parou e colocou sua mão na bochecha de Ava, beijando sua testa. O bebê riu feliz em resposta. “E aqui se vai meu coração,” Roxy suspirou. “E ele se foi. Assim como meus ovários.” Eu pressionei meus lábios juntos enquanto impedia uma risada de escapar, junto ao momento que o pai de Avery a entregava para Cam. Seria uma risada estranha – parte humor, parte suspiro. Eu assisti enquanto a mãe de Cam virava Ava para que ela estivesse de frente para seus pais, e a dor voltou, perfurando meu peito, e eu tive de me lembrar que estava tudo bem. Algum dia isso iria acontecer. Nick apertou minha mão e, quando olhei para ele, seu olhar procurou o meu, e eu sabia que ele sabia para onde minha cabeça tinha ido. Eu sorri para ele, e ele me puxou contra seu lado, com um braço em minhas costas.
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A cerimônia começou, e as palavras passaram como um borrão enquanto Cam Hamilton e Avery Morgansten finalmente amarravam o nó. Foi lindo e eu tive de lutar contra as lágrimas mais de uma vez. “As alianças?” O oficial pediu. Ollie deu um passo à frente e em suas mãos haviam duas tartarugas. Uma tinha um laço azul claro em volta do casco, a outra um laço preto. As alianças estavam presas em ambos. Eu não tinha ideia de onde ele tinha guardado as tartarugas todo esse tempo, só Deus e Ollie poderiam saber, então eu não pensei muito nisso. “Oh meu Deus,” eu murmurei, sorrindo. Nick riu. “Eu quero tartarugas no meu casamento,” Roxy sussurrou para o Reece. Alguém, e vou assumir que foi ele, riu. Suspiros e risadinhas cederam espaço para risadas enquanto Ollie levantava as tartarugas e andava com eles para onde Cam e Avery estavam. Eles não conseguiam manter o rosto sério enquanto pegavam as alianças e, então, Ollie voltou para onde os padrinhos estavam. Ele se abaixou, colocando as tartarugas em algum lugar que não conseguia ver. Então ele se virou e fez uma reverencia exagerada. Do outro lado, Brit revirou os olhos. A mão de Cam tremia enquanto ele deslizava o anel no dedo dela. “Você quer ficar para sempre comigo?” Lágrimas encheram meus olhos e eu olhei para Nick. Nossos olhares se encontraram enquanto eu segurava uma lágrima de escapar. Sem dizer uma palavra, ele passou seu dedão sob meu olho, afastando a lágrima, assim como ele afastou toda dor e culpa, e abriu um futuro que eu não tinha planejado mas realmente ansiava.
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O oficial falou de novo, mas eu não ouvi as palavras. Eu mal registrei as salvas enquanto Nick abaixou sua boca para a minha, me beijando suavemente, esse beijo falando todas as palavras que eu desesperadamente queria que ele tivesse dito nesses meses. Me diga que você ainda quer estar aqui. Me diga que você ainda vê um futuro para nós. Me diga que me ama. Nick tinha dito essas palavras antes, muitas vezes nos últimos meses, mas elas também foram prometidas naquele beijo, e aquela promessa dizia que era para sempre.
FIM.
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