Capítulo Vinte e Quatro Eu era uma medrosa. Eu não conversei com ele sobre minhas preocupações em reação a nós no domingo à noite, mesmo que tivesse sido a oportunidade perfeita. Mas eu não conseguia parar de sentir como alguém que não estava sendo grata o suficiente por tudo que estava acontecendo ou que estava sendo egoísta por querer transformar isso em mais que algo sobre o bebê, e Deus, mesmo isso soava como uma bagunça. Talvez essa fosse a razão do porque eu não tinha me apaixonado antes, porque, enquanto dirigia até a casa de Nick na tarde de quinta, eu estava convencida que quando se tratava de amar, eu era neurótica. Eu ficava muito com o pé atrás. Em cada ligação ou mensagem dele era como se não estivéssemos fazendo coisas como os outros casais normais faziam. Eu queria me bater. Eu também precisava parar de ficar comendo tudo que via pela frente porque eu tinha certeza que o motivo da cintura do meu jeans estar apertado tinha nada a ver com o bebê. Com quase onze semanas, minha semente de laranja era do tamanho de um limão, e além de me fazer querer arrotar a cada cinco segundos, eu duvidava que ele fosse o motivo dos 5 quilos a mais que eu carregava. No farol, eu olhei para os sacos de compras no banco do passageiro e sorri. Eu iria começar a controlar o que fosse comer, depois de ter meus hambúrgueres e minhas babatas em formato cilíndrico. Seguindo as direções em meu celular, eu achei facilmente a casa do avô de Nick. Era do outro lado de Plymouth, longe da cidade e dos arredores. No subúrbio. O comercio ficou cada vez mais escasso, as divisões tinham mais espaço entre as casas e, quando as direções indicavam que eu virasse à
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