Capítulo Um A caixa, que estava transbordando, balançava precariamente em meus braços enquanto eu dava um passo para o lado, usando meu quadril para fechar a porta do meu carro. Eu prendi a respiração, completamente imóvel no estacionamento, ao lado de uma moto gigante, a caixa balançando perigosamente. Um. Dois. Três. Quatro. Cinco... A caixa finalmente parou de balançar quando eu cheguei ao ‘seis’, e eu soltei minha respiração. O que tinha na caixa era precioso demais para deixar cair. Algo que eu provavelmente deveria ter pensando antes de colocar um bilhão de coisas juntas. Tarde demais agora. Exalando, eu olhei sobre a borda da caixa para que pudesse avistar a calçada e a entrada do meu apartamento, andando para frente, determinada a não deixar cair a caixa ou quebrar meu pescoço no processo. Graças a Deus e a todos os seus – ou suas- anjos tocadores de trompete, meu apartamento era térreo. Eu realmente esperava que não precisasse me mudar de novo por um tempo. Mesmo que eu não tivesse muitas coisas para empacotar, isso ainda era um puta de um incomodo. Graças, as coisas grandes – a cama, sofá e outros móveis – tinham sido entregues. Eu só não fazia ideia como consegui acumular tanta porcaria morando em um dormitório. Eu cheguei à calçada, perto da grande escadaria que levava aos andares de cima, quando uma queimação em meu braço aumentou em intensidade. A caixa começou a tremer de novo, e eu xinguei baixo, uma maldição que teria feito meu pai, e o pai dele, tão orgulhosos de mim.
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