Capítulo Seis Vestindo shorts de dormir de algodão e uma blusa de moletom velha da Shepherd University, era um pouco depois da uma da manhã quando voltei do bar e comi metade de um pote de sorvete. Agora eu estava agarrada ao travesseiro estampado cinza enquanto a contagem regressiva aparecia na TV e a câmera se aproximava na Drew Barrymore. Seus olhos eram grandes, refletindo toda a esperança e antecipação que cada menina sente quando chega o momento de descobrir que seu amor sente o mesmo que você. Deus, isso – isso – era minha cena favorita no meio de todos os filmes desse mundo. O momento onde Sam aparece no campo de baseball, provando que ele se importava com Josie apesar da sua traição. Cara, eu era uma manteiga derretida. Mas eu não tinha arrependimentos. Nenhum. Uma das minhas amigas da faculdade, Cora, odiava Drew Barrymore. Era a coisa mais bizarra do mundo, mas sua raiva nunca conseguiu me fazer amar menos esse filme. Com certeza, não tinha muito de romance uma estória sobre uma mulher de vinte e tantos anos voltando para o colegial fingindo ser uma adolescente enquanto se apaixona pelo seu ultrassensível professor de Inglês. Esse filme 8nunca seria feito nos dias de hoje, mas tem algo naquele primeiro beijo entre eles que derrete meu coração.
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Ela está falando ao filme Nunca Fui Beijada (Aos 25 anos, Josie é redatora de um renomado
jornal. Ela inventa uma reportagem que pode ser sua grande chance para tornar-se repórter: disfarça-se como aluna de sua própria escola de segundo grau e tenta descobrir alguma grande história sobre a vida dos adolescentes. A reportagem acaba tornando-se uma espécie de chance de reviver sua própria adolescência. O que ninguém sabe é que ela nunca viveu um romance. Mas em sua volta à escola, tudo pode mudar).
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