reunião de pessoas, oriundas das escórias da sociedade, ignorantes e degradadas demais para entender, e muito menos receber, uma ideia elevada ou luminosa — era um casebre sujo, desprovido de todo o conforto e onde o vapor do uísque era abundante e poderoso. A guia de Sojourner estava encantada demais com os atrativos do lugar para querer partir, até que o uso excessivo do álcool gratuito a fez perder a capacidade de fruição e ela se deitou na cama até que pudesse recobrá-las. Sojourner, sentada em um canto, teve tempo para muitas reflexões e absteve-se de censurar, em obediência à recomendação: “não lancei vossas pérolas…”. 31 Quando a noite estava longe, o marido da mulher adormecida despertou a dorminhoca e lembrou-lhe de que ela não havia sido muito educada com a mulher que havia convidado para dormir em sua casa e disse que seria mais apropriado retornarem para o lar. Mais uma vez emergiram no ar puro, o que, para nossa amiga Sojourner, depois de tanto tempo respirando o ar pestilento do salão de baile, foi muito refrescante e grato. Assim que o dia amanheceu, eles chegaram ao lugar que chamavam de lar. Sojourner viu então que não havia perdido nada em forma de descanso, permanecendo tanto tempo na festa, já que a cabana
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Mateus 7:6. “Não deis aos cães o que é santo, nem lanceis aos porcos as vossas pérolas, para não acontecer que as calquem aos pés e, voltando-se, vos despedacem.”
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