para com ela, nas mentes da senhora Dumont e de sua empregada branca, sendo que esta se aproveitava de todas as oportunidades para denunciar as falhas de Isabella, diminuí-la na estima de seu senhor e aumentar contra ela o descontentamento de sua senhora, que já era bastante. Seu senhor insistia que ela poderia trabalhar tanto quanto meia dúzia de pessoas comuns e fazer bem também; enquanto sua senhora insistia que a primeira afirmação era verdadeira, apenas porque recebia de Isabella o trabalho sempre pela metade. Essa diferença de opinião, exacerbou-se, chegando a um nível desconfortável, quando as batatas que Isabella havia cozinhado para o café da manhã assumiram uma aparência escura e suja. Sua senhora a culpou severamente, pedindo ao seu senhor que observasse “um belo exemplo do trabalho de Bell!”, acrescentando: “é assim que todo o trabalho dela é feito.” Seu senhor a repreendeu também desta vez e ordenou que ela fosse mais cuidadosa no futuro. Kate se uniu com gosto nas censuras e foi muito dura com ela. Isabella pensou que tinha feito tudo o que podia para que as batatas ficassem boas; ficou bastante angustiada com o aspecto delas, e se perguntou o que deveria ter feito para evitar aquilo. Nesse dilema, Gertrude Dumont (a filha mais velha do senhor Dumont, uma menina de dez anos, boa e de coração gentil, que teve muita pena de Isabella), quando ouviu todos culpando-a com tanta insatisfação, aproximou-se, oferecendo empatia e socorro e, quando estava prestes a se deitar, naquela
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