IS A BE L L A COMO M Ã E
C
om o passar do tempo, Isabella se viu mãe de cinco filhos e se regozijou ao lhe permitirem ser o instrumento de crescimento da propriedade de seus opressores! Pense, caro leitor, sem corar, se puder, uma mãe assim voluntariamente, e com orgulho, colocando os próprios filhos, a “carne de sua carne”, no altar da escravidão — um sacrifício ao sanguinário Moloque!7 Mas lembremos que seres capazes de tais sacrifícios não são consideradas mães; são apenas “coisas”, “bens”, “propriedade”. Porém desde aquele tempo o sujeito dessa narrativa avançou de um estado de propriedade de terceiros para o de uma mulher e uma mãe; e agora ela olha para trás, para seus pensamentos e seus sentimen-
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Moloque, deus bíblico dos cananeus associado ao sacrifício de crianças.
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