ficou nem um pouco surpresa, porque um homem com coração tão duro para tratar uma mera criança, como a sua havia sido tratada, era, em sua opinião, mais diabo do que humano e preparado para cometer qualquer crime que seus impulsos o impelissem a fazer. Além disso, as crianças a informaram que uma carta havia chegado pelo correio trazendo a notícia. Imediatamente após esse anúncio, Solomon Gedney e sua mãe entraram, indo direto para o quarto da senhora Waring, onde ela logo ouviu o tom de voz de alguém lendo. Ela sentiu algo lhe dizendo, interiormente: “suba as escadas e ouça!”. A princípio, hesitou, mas isso pareceu pressioná-la ainda mais: “suba e ouça!” Ela subiu, por mais incomum que fosse os escravos deixarem o trabalho e entrarem sem serem chamados no quarto de sua senhora, com o único objetivo de ver ou ouvir o que poderia ser visto ou ouvido ali. Mas nessa ocasião, Isabella diz, andou até a porta, a fechou, colocou as costas contra ela e escutou. Ela ouviu quando eles leram: “ele a derrubou com um soco, pulou em cima com os joelhos, quebrou a clavícula e rompeu sua traqueia! Ele então tentou fugir, mas foi perseguido e detido, e colocado numa jaula por segurança! E os amigos foram solicitados a ir até lá e levar as pobres crianças inocentes que haviam ficado, dessa maneira, num curto espaço de tempo, mais do que órfãs.” Se essa narrativa chegar aos olhos daqueles que sofreram pela culpa de outra pessoa, que não sejam profundamente afetados pelo relato; mas, deposi-
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