Introdução A Astrologia e a Linguagem do Mito Durante séculos, as pessoas consultaram astrólogos com questões como: qual é meu destino, como terei sucesso no amor e nos negócios, como ganhar dinheiro, como está a minha saúde? O astucioso astrólogo, conhecedor da "linguagem das estrelas", calculava o horóscopo da pessoa, um diagrama composto de símbolos e linhas referentes às localizações planetárias no céu na hora do nascimento (astrologia natal) ou no momento em que a pergunta era feita (astrologia horária), passando então a tratar dessas questões. O fato de que um pedaço de papel com alguns rabiscos matemáticos e glifos de formas estranhas possam dar respostas racionais e exatas àquelas questões sempre desconcertou as mentes cultas. Mesmo assim, a astrologia continua a existir e a prosperar. Hoje, quando a Idade da Razão começa a se aposentar (ou talvez a se integrar na Era da Intuição), a astrologia pode ser compreendida bem melhor pelas mesmas mentes que a desafiaram por tanto tempo — justamente por ser a integração da razão (matemática, freqüências orbitais, ciclos) e da intuição (referências simbólicas a mitos e divindades há muito esquecidos). Persiste a discussão do "porquê" da astrologia, mesmo entre seus defensores. Algumas pessoas insistem que estamos, realmente, sob a influência de alguma espécie de magnetismo ou campo energético emanado dos planetas, uma energia que ainda tem de ser identificada e mensurada pela ciência. Os pesquisadores franceses Michel e Françoise Gauquelin passaram anos combinando dados que indicavam que a
1. Gauquelin, Michel, The Cosmic Clocks, Nova York, Avon Books, 1969; e Michel Gauquelin, Cosmic Influences on Human Behavior, Nova York, AS1 Publishers, 1978.