Fixo Se os signos cardinais se empenham na atividade apenas pela atividade, os signos fixos agem apenas quando é absolutamente necessário. A energia cardinal é como um furacão, arrasando tudo em seu caminho. Os signos fixos capturam esse furacão em suas mãos fortes e o enraizam — ou, mais precisamente, fixam-no — em um ponto. Transformam o poder do vento em moinhos para que ele produza algo tangível. Entre os três gunas, tamas corresponde aos signos fixos. O significado básico de tamas em sânscrito é "inércia"; de todos os três gunas, tamas tem a conotação mais negativa. É associado a indolência, materialidade e obscurecimento da mente por meio da imersão no sensorial. É bem fácil ver a tendência dos signos fixos para atolar em trilhas. Touro, como um signo fixo de terra, atola em assuntos do mundo físico, dinheiro ou sensualidade; Leão, como fogo fixo, na autoindulgência, o famoso egotismo leonino. Escorpião, o signo fixo de água, fica exageradamente ligado a seus desejos emocionais e Aquário, o signo fixo de ar, pode facilmente atolar em padrões de pensamento rígidos ou adesão fanática a uma idéia. Mas, essa interpretação concentra-se apenas nas deficiências dos signos fixos. De fato, o poder de cada um dos quatro elementos fica concentrado nos signos fixos e assim podem realizar sua forma de expressão mais poderosa. Reza uma tradição astrológica que o ponto central de cada signo fixo (ou seja, o 15° grau de cada signo) representa seu foco máximo de poder. Observamos isso na história recente. Quando Plutão atingiu o 15° grau de Escorpião pela primeira vez, em novembro de 1989, o muro de Berlim caiu, um acontecimento que teve implicações inacreditáveis para a Europa oriental e o mundo. Quando Plutão atingiu o 15° grau de Escorpião em sua terceira e última passagem, em agosto de 1990, o Iraque invadiu o Kuwait, iniciando uma série de reações em cadeia com a qual o mundo terá de lidar ainda por algum tempo. Tal ênfase no poder dos signos fixos reflete-se na mitologia. A visão de Ezequiel do carro de fogo (Ezequiel, 1:4-24) talvez seja o exemplo mais famoso: Olhei, e eis que um vento tempestuoso vinha do norte e uma grande nuvem, com fogo a revolver-se, e resplendor ao redor dela, e no meio disto uma cousa como metal Brilhante que saía do meio do fogo. Do meio dessa nuvem saía a semelhança de quatro seres viventes, cuja aparência era esta: tinham a semelhança de homem. (...) A forma de seus rostos era como a de homem; à direita os quatro tinham rosto de leão; à esquerda, rosto de boi; e também rosto de águia, todos os quatro.