LiteraLivre Vl. 4 - nº 24 – Nov./Dez. de 2020
Luís Amorim Oeiras, Portugal
A betoneira Altura de férias lhe sorria lá de cima pe-
lhor ainda, aplicá-la em destino que a
los solares raios por detrás do monte
solicitasse com igual celeridade e em
verdejante e de aparentes saudáveis co-
quantidade vistosa. Depois de leva-
lheitas quando na chegada à longínqua
das as malas para dentro de casa e
aldeia, a dona do lugar ia recordando
de um «Até à próxima» ao taxista, lá
casas ali e mais por diante em como
ficou sossegada como até esse dia, a
tudo estava na mesma quietude. Mas na
imponente maquinaria. Estaria ali há
aproximação à sua propriedade, casa de
bastante tempo? Nem mais. Uns dias
dois pisos mais sótão na terceira possi-
depois, vizinho do fundo da rua, afir-
bilidade de vista para terreno do seu
mou estar ali há cerca de mês e
cultivo, havia um veículo em frente ao
meio. Seria talvez da junta de fregue-
portão de garagem. Era uma betoneira,
sia por causa de trabalho pontual na
usada para o fabrico de massa para
via pública e até nova tarefa que pre-
qualquer construção que a pedisse. Mas
ciso fosse, estacionamento ali mesmo
não era uma máquina qualquer. Tinha
em frente a portão de garagem, seria
assento e volante, qual tractor agrícola,
o mais adequado em termos de local
quase se podendo dizer tratar-se de um
e até de não incomodar pois que a
tractor-betoneira ou o seu inverso ou
casa estava desocupada fora do perí-
até um veículo com aqueles dois subs-
odo de férias. Mas tal não poderia
tantivos em acrescento. A imponência
continuar por muito tempo adicional
de semelhante objecto ou figura objecti-
e, em conversa com representante da
va de motorizada valência e mais algu-
junta, a dona disse-lhe «Os meus fi-
mas como os compartimentos que alber-
lhos estão para chegar e trazem am-
gava para depósito de água, cimento e
bos o seu carro. E não vão chamar vi-
areia, permitia fazer com rapidez e me-
zinho aqui ou acolá para tirar este
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